E Que A Sorte... escrita por Juh11


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

OMG gente obrigada! Nunca vi tantos reviews na minha fic como eu vi na semana antes do carnaval, me faz muuuito feliz saber que vocês gostam da minha fic. Não lembro se já agradeci, mas agradeço a CloveGraceDelacour pelo recomendo. Espero que gostem do capítulo



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Capítulo 9 – Por Caius

Eu estava terminando uma arapuca quando Zac saiu dizendo que treinaria um pouco com as lanças, então resolvi percorrer a sala com os olhos para ver o que Juliet estava fazendo. Ela estava tentando atirar com arco e flecha e como a mesma havia dito hoje mais cedo, sua mira era péssima. Ela atirou a primeira flecha e era hilária a cara de frustração que ela fazia, eu gostaria de ajudá-la porem meu “mentor” deu ordens absolutas de não treinarmos juntos, e ajudá-la com sua mira estaria incluído como treinamento.

Eu estava odiando essa proibição imposta pelo meu pai, mas de qualquer maneira eu tinha que obedecê-la. “Juliet terá que se virar sozinha com as flechas” pensei “ela já é grande o suficiente para não precisar de sua ajuda e se ela quiser, ela pode pedir ajuda para um instrutor” eu tentava pensar nisso, mas Juliet parecia ser muito orgulhosa no momento para pedir ajuda a qualquer um, quando noto o garoto do distrito 4 sorrindo para ela e andando em sua direção.

Soltei as cordas por um momento e observei. O que ele iria fazer com ela? Quem ele pensa que é para ir sorrindo na direção da minha irmã? “Um Carreirista” respondi a mim mesmo mentalmente. Eu já estava a ponto de me levantar para dizer para ele se afastar dela, então reparo que ele está tentando ajudá-la.  Voltei minha atenção para os nós odiando o garoto do 4. O motivo? Talvez seja a maneira como ele se aproximou da minha irmã ou o fato dele poder ajudá-la e eu não.

Resolvi ignorá-los até anunciarem o fim do treinamento. Eu havia terminado minha última armadilha naquela exata hora e consegui me virar bem a tempo de ver Juliet lançar a ultima flecha. Não era tão ruim quanto à primeira, mas continuava longe do alvo e então ele se aproximou dela mais uma vez com aquele sorriso idiota. Eles conversavam sobre alguma coisa, por fim ele lhe deu um beijo no rosto e saiu andando em direção a saída, mas na metade do caminho ele virou novamente com aquele sorriso e gritou:

– Vejo você mais tarde, Wisebit. – exatamente como Finnick se despediu do meu pai hoje de manhã.

A essa altura a raiva já havia subido minha cabeça e consegui pensar em que planos ele tinha com aquilo tudo “Ele quer seduzi-la” pensei com raiva “Ele quer seduzi-la para ganhar sua confiança e depois matá-la. Mantenha-a longe dele” meu subconsciente gritava “Ele não vai perdoá-la na arena só porque tem 13 anos e é bonitinha”

De mau humor, caminhei em direção a Juliet, passei um de meus braços ao redor e seus ombros, exatamente como fiz no desfile, e conduzi em silencio em direção ao elevador, ela era inocente demais para entender o plano maligno do seu “amiguinho pescador”

Entramos no elevador juntos com o casal do 2. Era engraçado vê-los, ela era mais baixa que Juliet e ele era bem maior que eu, estando um ao lado do outro era possível pensar que a garota não seria perigo nenhum. “se ela não fosse boa não iria para arena” lembrei das palavras de meu pai se referindo a ela. Eu a vira treinando com varias armas perigosas, e subestimá-la pela altura não era uma idéia inteligente.

Descobri que seus nomes eram Isabel e Bruce, eu não havia gravado nenhum nome no dia da Colheita. Os dois conversavam sobre uma possível aliança com Lime e Zac, se eu quisesse eu poderia fazer parte dessa aliança também e provavelmente o distrito 4 também fora convidado. Distrito 4, só de pensar naquele garoto idiota dando em cima da minha irmã já me dava ódio. Eu nunca tive a intenção de me juntar aos carreiristas, mas mesmo que existisse uma pequena possibilidade de isso acontecer, agora ela já havia acabado, não formaria equipe com ele de jeito nenhum.

A porta do elevador se abriu e os carreiristas saíram deixando apenas eu e Juliet. Nós continuamos em silencio até chegarmos ao andar de cima e encontrarmos meu pai e Louise nos esperando.

-Como foi o treinamento? O que vocês treinaram? – perguntou meu pai curioso

-Nós – respondi secamente e fui em direção ao meu quarto deixando os três para trás perplexos

Aquele comportamento não era o meu padrão, isso se explica a perplexidade de todos, mas eu precisava ficar um pouco sozinho, o treinamento não me fizera bem. Não se passou nem 5 minutos quando bateram na porta, eram as batidas ritmadas de Juliet, eu não queria falar com ela, não agora. Peguei uma roupa qualquer e fui ao banheiro, talvez um banho me acalmasse um pouco.

Juliet continuava insistindo, mas ignorei-a. Eu precisava de um tempo sozinho e mais cedo ou mais tarde eu teria que falar com ela, mas preferia que fosse mais tarde. Liguei o chuveiro e agradeci pelo fato do som da água caindo no chão abafasse qualquer batida na minha porta.

Vesti-me e fiquei deitado na cama pensando sobre tudo o que estava acontecendo. Fiquei ali por um bom tempo, até ouvir batidas na porta, mas dessa vez eu sabia que não era minha irmã.

-Entre- falei com minha voz entediada e meu pai entrou no quarto, sua expressão não estava das melhores

-O que houve no treinamento? – ele me perguntou tão diretamente que por reflexo respondi a mesma coisa de antes

-Nós- ele agora estava com um olhar de cobrança muito parecido com o que minha mãe possuía, ele sabia que existia alguma coisa por trás

-Vou reformular a pergunta – ele falou calmamente – O que houve no treinamento para irritá-lo desta maneira? É difícil vê-lo irritado assim.

-Eu não sei – respondi honestamente

-Então me conte tudo o que aconteceu – meu pai falou – lembre-se que como seu mentor eu também preciso saber o que vocês estão treinando.

-Eu estava fazendo nós, como havíamos combinado – existia um pouco de amargura em minha voz- o tributo do 1 se sentou ao meu lado e começou a conversar comigo – fiz uma pausa e meu pai fez um gesto para que eu continuasse – ele estava me propondo uma aliança, ele e os outros carreiristas estão querendo se unir. Eu recusei a aliança porque sabia que Juliet não seria aceita – fiz outra pausa e dessa vez ele me interrompeu com uma pergunta

-É por isso que está tão irritado? De não quererem aceitar Juliet na aliança?  – meu pai perguntou arqueando a sobrancelha – Se esse for o caso posso ver com os mentores deles.

-Não é só isso, eu também não quero fazer alianças, já me tornarei um assassino, não quero assassinar pessoas conhecidas.

-E por que a proposta desse carreirista do 1 te perturbou tanto se você nunca teve a atenção de aceita-la? – meu mentor parecia um pouco confuso com essa historia toda

-Ele falou, que se tivesse escolha própria, não se aliaria ao distrito 2 e o 4 – fiz outra pausa – mas que ele queria me ter como aliado “afinal, nós filhos de vitoriosos temos que ficar juntos” foi exatamente a frase que ele utilizou. – meu pai analisou por mais alguns momentos e perguntou curioso

-Quem é o pai dele?

-O pai? Eu não sei. Mas a mãe... Ganhou os Jogos três anos antes de você – e com essa frase meu pai ficou mudo, ele sabia muito bem quem era a mãe de Zac, a garota que matara sua irmã.

-Existe mais alguma outra coisa que aconteceu no treinamento? – ele perguntou assim que conseguiu recuperar a voz

-Sim- eu contaria para ele do garoto do 4 – Eu vi Juliet indo treinar com arco e flecha.

-Se for que a mira dela continua péssima eu já sei – meu pai me interrompeu com um ar um pouco cômico antes de eu terminar a frase – ela me contou quando você se trancou no quarto

-Ela também te contou sobre o tributo do 4 estar ajudando-a? – perguntei e sei que estou com a sobrancelha levanta da mesma maneira que ele levanta – Ou sobre ele parecer estar querendo seduzi-la? – meu pai ficou mudo por um tempo me encarando, ele queria uma explicação – Ele a viu tentando treinar, e foi cheio de sorrisinhos para cima dela oferecendo ajuda, depois passou o resto do treinamento a ajudando e no final deu um beijo no rosto dela e se despediu utilizando as mesmas palavras que Finnick usou mais cedo. Só para mim que isso cheira a estratégia? – levantei a sobrancelha de novo, meu pai parecia perplexo novamente

-Falarei com ela sobre isso, apesar de duvidar um pouco que Finnick tenha deixado o tributo ser tão cruel a esse ponto. Com a ajuda dele, ela melhorou?

-Um pouco – admiti, era verdade, as flechas de Juliet já chegavam ao alvo com força, ela só precisaria ajustar um pouco a mira. Então meu pai falou a coisa que eu menos poderia esperar de ouvir

-Então deixe os dois treinarem juntos, avisarei para ela apenas tomar cuidado. Falarei com Finnick também. Vejo você no jantar – meu pai saiu do quarto e me deixou ali perplexo.

Era real? Ele permitiria que Juliet treinasse com um carreirista? Ela poderia entender os planos cruéis dele e mesmo assim fingir que nada estava acontecendo? As respostas eu não sabia, mas sabia que eu não gostava nada desse plano.


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Notas finais do capítulo

Hahaha, sei que é um capítulo meio desnecessario, mas nao resisti a ideia de escrever do Caius com ciumes hahaha espero que tenham gostado =)



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