E Que A Sorte... escrita por Juh11


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

E então pessoal, me desculpem a demora para publicar esse capítulo. Muita coisa aconteceu nos últimos anos e eu estou realmente tendo dificuldade com a escrita além de uma terrível falta de tempo. Bom, curtam este capítulo, falarei melhor nas notas finais.



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Capítulo 43 – Por Juliet

Dou o último nó necessário. Minha armadilha está pronta. Papai não só me enviou o grande pedaço de corda que eu precisava como também enviou um pedaço falso de grama para esconder minha armadilha e ele se camufla perfeitamente com a arena. Agora apenas basta eu atrair um dos últimos tributos para cá.

E então eu vejo, dez vezes maior do que o tamanho normal, cinco teleguiadas vindo em minha direção.

—AAAAAAAAAAAAHHHHHH – grito enquanto corro. Justamente quando penso que as coisas estão começando a dar certo, me mandam bestantes gigantes. Esses idealizadores estão completamente sem imaginação, eu já fui atacada por teleguiadas.

A Cornucópia está perto o suficiente para que eu possa avistar seus chifres gigantes, então corro para lá pois apesar de saber que Zac estar acampado por lá, sei que é minha única opção para me livrar dessas teleguiadas. Os idealizadores realmente querem me jogar para a jaula do leão.

BOOOOOOOOOMMMMMM.

Escuto o canhão, um dos meus inimigos está morto, agora só me resta atrair o outro para a minha armadilha, contudo, preciso me livrar das teleguiadas primeiro.

Sem olhar para trás, mergulho no lago e quando volto a superfície, vejo Zac se levantando e o corpo de Luke imobilizado. Suspiro, eu já deveria imaginar que o final seria entre nós dois e talvez até torne as coisas mais fáceis, não sei se eu seria forte o suficiente para atrair Luke para minha armadilha. Ao olhar para cima, constato que as teleguiadas se foram e isso tudo era um plano maligno de meus idealizadores para acabar logo com os Jogos. Bom, vamos dar a eles o show que eles querem.

— PIRRALHA!!! – Zac grita ao me ver sair do lago. Em seu rosto existe uma expressão maligna de quem quer assassinar junto a expressão de felicidade como uma criança que descobriu que o natal chegou mais cedo.

Corro, pois é isso que tenho feito o tempo inteiro, correr. Sou mais leve, menor, então é provável que eu seja mais rápida mesmo com as roupas encharcadas. As botas de couro molhadas estão pesadas, tiro uma a uma enquanto corro e as jogo para trás, talvez isso o distraia.

Meus excelentes ouvidos indicam que Zac está correndo atrás de mim sem se importar a direção, o que é ótimo pois eu o estou levando direto para minha armadilha. O chão está mais quente a medida que me aproximo do ponto e posso sentir uma pontada de dor vindo da sola de meu pé, contudo, não ligo. Passo pela armadilha e paro de correr assim que chego ao ponto de cortar a corda, poucos segundos depois, Zac chega ao meu campo visual e aparenta estar surpreso por eu ter parado.

—Por que parou, sua pirralha? – ele pergunta cuspindo suas palavras.

—Acho que você deveria me respeitar mais – digo enquanto desembaraço uma mecha de meu cabelo, está tão embaraçado que não sei nem se um dia poderei penteá-lo novamente. –Sabe, só tem nós dois por aqui agora. – observo que ele está perto do ponto que deveria ficar, mas não o suficiente.

—Por que parou? – ele pergunta grosseiramente de novo.

—Ora, Zac, não te ensinaram a ter modos no Distrito 1? – ele emite um ruído que me lembra um rosnado, mas não deixo isso me abalar, quanto mais irritado estiver, menos ele notará que é uma armadilha.

—Deixe de conversa e me responda, sua perdedora. – ele fala socando a árvore mais próxima. Ele quer sair logo daqui e ser declarado vencedor logo e eu o irrito, pois sou a presa fácil que ele não eliminar logo de cara. Eu aproveito o momento de distração e pego a faca que estava na lateral de minha mochila.

 -Vamos parar com essa brincadeira de pique-pega, não sou mais a pirralha que você pensa que eu sou – digo séria, a adrenalina em meu corpo me lembra de que tenho de ser o mais racional possível para meu plano dar certo. –O que acha de entretermos o público com um combate corpo a corpo?

—Você querendo lutar comigo em um combate corpo a corpo? – ele diz rindo e acaba dando um passo para frente. –Por favor, eu fui trein... – ele para e eu levanto uma sobrancelha, todo mundo sabe que é proibido falar dos treinamentos dos Carreiristas - ... Um dos finalistas nessa edição.

—E eu, a pirralha que você adora criticar, também, dê um passo a frente, Zac, e venha me enfrentar. – digo convicta e vejo que ele realmente dá um passo a frente e para. Alvo na mira.

—Uma pirralha que só chegou até aqui porque teve um irmão idiota que a protegeu. – Zac fala as palavras com um sorriso no rosto, ele sabia que falar de Caius iria me afetar e ele pensa que isso é o suficiente para me dar o golpe final.

—Pode até ser, mas Caius não fez isso. – digo cortando a corda e Zac é pego de surpresa. O chão falso abaixo dele foi puxado e seus pés foram presos por cordas. De cima das arvores, mais cordas soltaram, enrolando seu tronco. Por último, a faca envenenada cai do alto acertando em cheio o braço de Zac.

—Bela tentativa, pirralha, mas você realmente acha que pode me matar acertando meu... – Zac começa a falar e seu corpo fica mole.

—Seu braço? Aparentemente, sim. – e então escuto um BOOOM de canhão pela última vez.

Sim, era um protótipo disso que eu havia feito no treinamento individual, uma simples armadilha, bem menos complexa que essa, mas tinha sido feita em apenas 15 minutos. Lembro de um dos idealizadores me perguntando  de qual seria o benefício de uma armadilha daquela “Bom, posso arrumar comida amarrando pequenos animais selvagens, também posso prender um tributo inimigo e finalizar com o uso de uma arma mais mortífera. Alem disso posso utulizar para enganr o inimigo e atrai-lo para uma melhor,”. De fato, eles pareceram bem satisfeitos com a minha resposta e acabaram me dando um 10, uma nota assustadoramente alta.

—Senhoras e senhores! – escuto a voz da Claudius Templesmith ecoando pela a arena – Apresento-lhes a vitoriosa da septuagésima primeira edição dos Jogos Vorazes, do Distrito 3, Juliet Wisebit!

E então, o efeito da adrenalina finalmente passa, minha visão fica turva e apenas lembro de tudo ficar preto antes de eu desmaiar.

Quando acordo, estou em uma cama de hospital com meu pai ao meu lado.

—Juliet! – ele diz com lágrimas nos olhos – Graças aos céus, você está bem! Eu não suportaria perder você também!

—O que houve? – pergunto ainda confusa.

—Você não se lembra do que aconteceu? Será que está com amnésia? – meu pai pergunta preocupado –Você tem ideia de onde está?

Nego com a cabeça, sei que estou em um hospital, mas estou na Capital? Sabe, temos um pequeno hospital no Distrito 3, mas eu nunca fui lá. Mamãe preferiu ficar em casa pois seu tratamento dependia exclusivamente de remédios da Capital que nunca chegaram. E então, quando vejo meu pai levantando para chamar alguém do lado de fora, me ocorre uma ideia louca? Será que tudo isso foi apenas um pesadelo? Uma doença que eu não tenha notado, que eu tenha entrado em coma na véspera da Colheita? Caius então ainda estaria vivo e preocupado comigo?

Eu realmente espero que tenha sido apenas um pesadelo.


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Notas finais do capítulo

Bom, gostaram? Sei que minha escrita declinou muito nos últimos anos, então por favor, não julguem tanto, e bem, deixem comentários de todos os tipos, preciso deles para saber se tem gente que (ainda) lê esta fic. Mais uma vez, desculpa a demora para publicar o capítulo. Prometo que o próximo será o último, até porque não tem mais tanta coisa para escrever, mas não prometo que ele saia rápido. Também prometo uma explicação com todos os detalhes de porque parei de escrever e o que aconteceu nesses últimos anos, vocês, meus fiéis leitores, precisam saber.
Mais uma vez, desculpem a demora, eu juro que amo vocês.



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