E Que A Sorte... escrita por Juh11


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, primeiramente desculpe pelo atraso novamente...
Essa semana tive alguns problemas pessoais os quais complicaram muito a minha vida pra escrever e como dizem, a pressa é inimiga da perfeição, então devido a complicação de escrita tive que fazer esse capítulo correndo para fic não ficar desatualizada, então a qualidade deste não é das melhores...
Vejo vocês nas notas finais...



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Capítulo 28 – Por Juliet

O horário de minha vigília já estava acabando e logo seria a hora de acordar Caius quando me deparei com uma cena engraçada, meu irmão dormia abraçado com uma mochila e a beijava.

-Caius, o que está fazendo? – perguntei rindo de sua expressão assustada ao notar o que estava fazendo - Pelo visto não teve nenhum pesadelo, ou está pensando em beijar algum Carreirista? – provoquei-o

-Não – ele disse soltando a mochila e se levantando - Não tive nenhum pesadelo e nem ao menos lembro com o que estava sonhando – mas ele parecia inseguro com o que falava e eu conhecia aquele olhar, ele estava mentindo

-Acho que tem alguém mentindo... – falei meus pensamentos o provocando ainda mais e deixando-o vermelho, eu apenas ria

-Ninguém precisa saber dos meus sonhos e pesadelos, isso é algo particular – Caius resmungou

-Concordo, mas acho que você deve uma explicação pelo menos para a audiência sobre o motivo de você acordar beijando uma mochila – eu não conseguia parar de rir e como uma boa irmã, continuei provocando-o – Pode me contar pelo menos quais dos outros tributos você sonhava que enfrentava.

-Não sou você para ficar sonhando em beijar outros tributos – ele foi seco e meu rosto começou a corar, será que ele sabia que eu havia encontrado Luke há alguns dias na arena?

-O que você quer dizer com isso?– meu rosto estava quente, eu estava vermelha com certeza, porem antes que eu mesma terminasse a pergunta, um paraquedas prateado caiu do céu

Eu e Caius nos aproximamos para avaliar o presente de nosso pai, lembrei de nosso mentor dizendo que apenas usaria patrocinadores se fosse realmente necessário, mas o que seria extremamente necessário no momento? Os ferimentos de Caius já haviam sido tratados e nós tínhamos comida, precisávamos de alguma outra coisa?

-O que deve ser isso? – perguntei curiosa e desconfiada ao mesmo tempo

-Só descobriremos abrindo – falou meu irmão impulsivo com uma faca na mão

-E se for uma bomba enviada pelo mentor de outro tributo? – joguei meus pensamentos no ar fazendo-o parar

-Deixe de ser boba, que distrito teria tanto dinheiro para mandar uma bomba para outros tributos?  - ele perguntou. Eu sabia que dádivas a essa altura dos Jogos eram extremamente caras e uma bomba deveria ter um preço absurdo.

-Sei lá, talvez o distrito 1 – respondi, do jeito que aquele distrito tem mais vitorioso do que qualquer outro, não seria muito difícil eles arrecadarem esse dinheiro

-Acho que isso seria contra as regras – Caius respondeu, treinar Carreiristas também era, porem a Capital fazia vista grossa– de qualquer jeito, só abrindo para descobrir

E ele começou a abrir com cuidado a caixa misteriosa, e no final uma coisa pegou fogo, mas não era uma bomba. Era um bolo de aniversário com uma vela que começou a pegar fogo sozinha. Mas por que meu pai mandaria um bolo de aniversario? A única coisa que me vem na cabeça é que esse é um daqueles presentes como daquela historia muito antiga do cavalo de Tróia, inofensivos a primeira vista porem podem ser fatais. Olhei para Caius e ele estava com um sorriso no rosto, será que ele não entendia que aquilo poderia ser uma armadilha?

Não, era eu que não conseguia pensar que aquilo poderia ser algo inofensivo, até ouvir meu irmão falar:

-Feliz aniversário, maninha.

Constantemente meu aniversario caia durante as finais dos Jogos, apenas quando algo acontecia como o alagamento da arena no ano passado que eu fazia aniversario depois. Existem algumas vantagens de ter essa data de aniversario, como por exemplo, você não tem escola quando os Jogos estão nas finais, mas é horrível saber que ao mesmo tempo você completa mais um ano de vida outros 23 estão perdendo os seus por causa de uma brincadeira idiota e agora eu poderia ser um desses 23, e Caius também.

-Juliet? – Caius me chamou me puxando de volta a realidade

-Oi- respondi piscando duas vezes tentando me lembrar da situação

-Parabéns pelos seus 14 anos – ele falou me abraçando, será que ele já tinha pensado alguma vez que talvez eu não chegasse nessa idade? Talvez ele mesmo tenha esquecido a data, afinal o aniversario é meu e passaria em branco se meu pai não tivesse nos enviado o bolo.

O bolo ainda me deixava angustiada, por que ele gastaria dinheiro dos patrocinadores com uma dádiva como essa? Encarei-o mais uma vez

-Sem medo, maninha, a vela não te atacará se você assoprá-la – ele falou rindo um pouco e como uma tradição de aniversario eu assoprei a vela fazendo um único pedido, que eu e Caius pudéssemos voltar a salvo para casa. “Desejo besta” pensei, sabendo que isso não aconteceria.

Ficamos em silencio enquanto partíamos o bolo e comíamos um pouco, era de chocolate, a melhor coisa que eu havia provado na Capital. O silencio continuou até eu quebrá-lo.

-Então estamos entre os 8 finalistas? – perguntei para Caius e ele se voltou o olhar para mim

-Eu, você, Zac, Isabel, Bruce, Luke e... Os outros dois eu não lembro o nome – ele falou contando nos dedos

-Amber – eu complementei – e acho que o outro é o garoto do 6

-Amber seria...? – Caius começou a pergunta

-A tributo do Distrito 11. Eu e ela fomos aliadas por um bom tempo – completei sua sentença novamente

-Então vocês duas estavam aliadas? – o garoto perguntou interessado – Quem será esse garoto do 6? Não consigo me lembrar dele de jeito nenhum – ele falou pensativo

-Também não me lembro dele na entrevista – respondi também pensando, não conseguia me lembrar nem de qual era sua aparência

-Isso pode ser perigoso, só quem sobrou na arena eram as pessoas que possuíam alianças, ele não parece ter um aliado e nem sabemos quem ele é. Seja quem for, é um tributo esperto e bem discreto – Caius concluiu, tendo absoluta razão

-E qual vai ser nosso plano a partir de agora? – perguntei

-Não há necessidade de sair para caçar tributos, não somos Carreiristas para fazer isso – Caius começou sua linha de pensamento –Temos até o fim do dia para que eles comecem a nos procurar, então até lá estamos parcialmente seguros.

-Existem os bestantes – eu argumentei

-Sim, mas não temos como prever se um deles vai aparecer ou não, por isso eu falei parcialmente seguros. – ele respondeu

-Então quer dizer que ficaremos aqui até sermos atacados? – eu perguntei confusa, que tipo de estratégia seria aquela?

-Não, apenas temporariamente, amanhã de manhã já podemos nos mudar, mas por hoje acho melhor ficarmos aqui cuidando de nossos ferimentos. Temos comida suficiente.

Apoiei minha cabeça numa arvore suspirando levemente, teríamos um tempinho para descansar. Minhas mãos deslizaram lentamente pela grama até a esquerda colidir com um cabo. Virei minha mão para me certificar do que era aquilo e me deparei com uma das flores mais belas que já vi.

-Chama-se rosa – meu irmão falou enquanto me observava - Dizem que as brancas são as favoritas do presidente.

-é uma flor realmente bela – eu respondo passando a mão nas pétalas

-Cuidado, as coisas mais belas nessa arena são traiçoeiras – meu irmão falou preocupado

-E por que eu deveria temer uma flor? – falei passando o dedo pelo caule, mas algo me espetou, retirei o dedo rapidamente e uma gota de sangue caiu na grama

-Lave isto rápido – falou Caius desesperado pegando a garrafa de água e um pouco do remédio enquanto lavava meu dedo

-Foi apenas um espinho, relaxe um pouco – falei enquanto ele lavava meu dedo desesperado

-Tudo nesta arena é perigoso, esta flor mesmo poderia ser venenosa – ele falou com um tom aborrecido, como se eu fosse uma criança descuidada isso me irritou

-Então vamos levantar da grama e voar, que ela também pode ser venenosa – falei debochada

-Juliet, isso é sério, você não pode ficar se furando com flores pela arena, nem tínhamos reparado se ela sempre esteve ali – Caius parecia realmente perturbado

-Relaxe, Caius, nunca vimos em nenhuma outra edição alguém morrer por causa das flores – eu falei quando ele finalmente parou de limpar meu dedo

-Também nunca vimos ninguém morrer por culpa de borboletas, mas de qualquer maneira aconteceu. Os Idealizadores estão inovando cada vez mais as armadilhas da arena – ele falou encarando o chão, ele estava realmente perturbado

-Alguém morreu por causa das borboletas? – perguntei e ele balançou a cabeça afirmativamente - Quem foi? E quando isso aconteceu?

-Lime, Distrito 1 – ele falou e eu me lembrei da forte garota loira a qual eu conheci no centro de treinamento, ela era uma Carreirista e das boas,apesar de ser extremamente vaidosa –Estávamos caçando quando...

-Você estava com ela? – perguntei e ele balançou a cabeça afirmativamente - Continue

-Quando uma borboleta apareceu, nunca vi borboletas com cores tão vibrantes, e ela também não, apesar de contar que sempre caçava algumas com o avô em seu Distrito.

-Se caça borboletas no Distrito 1? – perguntei curiosa

-Eles devem caçar, Juliet – Caius respondeu irritado revirando os olhos, era a segunda vez que eu o interrompia e dessa vez com uma pergunta bem idiota

-Ok, e o que aconteceu depois?- perguntei agora para retornar o assunto

-Lime foi atrás daquela criaturinha, e quando esta pousou em seu dedo liberou um veneno fazendo-a morrer em segundos. Não tive tempo de fazer nada – ele falou encarando o chão

Agora eu entendia o motivo dele ter ficado tão desesperado com a rosa, uma borboleta é tão inofensiva como uma flor e Lime morreu diante dos olhos dele por causa de ma brincadeira boba. Olhei para o furo do espinho em meu dedo que já não sangrava mais, aquilo poderia ter causado a minha morte.

Caius continuava a olhar o chão

-Você se sente culpado pela morte dela? – perguntei

-Parcialmente – ele falou levantando a cabeça, me olhando nos olhos - Eramos aliados, tínhamos que proteger um ao outro

-Esse tipo de coisa acontece, você não deveria ficar tão perturbado – falei

-Você não entende? Quando Lime morreu eu pude imaginar você indo atrás de uma borboleta e morrendo, a cada tiro de canhão eu achei que fosse isso. Naquele dia, eu tive um pesadelo em que eu te encontrava com uma borboleta na mão e o canhão soava em seguida – Caius falou passando a mão nervosamente pelos cabelos, ele realmente estava preocupado, deve ser horrível ver um aliado seu ser morto e não poder fazer nada, mesmo que seja um Carreirista.

-E agora que me encontrou, você acorda beijando mochilas – falei debochada, mas um calafrio percorria a espinha ao lembrar que eu quase tive o mesmo fim que Lime se não fosse por Amber.


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Notas finais do capítulo

Oii gente, e então, o que acharam? Eu estava com saudades de vocês e estou realmente me sentindo mal pela demora da postagem (por favor, não deixem de deixarem reviews aqui pela demora, eu dependo de reviews para sobreviver/escrever)
Para compensar a demora, capítulo que vem terá uma coisa especial e espero postá-lo até quarta. Porem...
Mais más noticias, depois do feriado tenho semana de testes e depois duas semanas de provas e como sou uma aluna meio nerd, talvez não dê para escrever por conta disso, mas tentarei ao máximo, na ultima semana de provas eu consegui manter a fic atualizada e minhas médias altas e farei o máximo para conseguir isso novamente.
Enfim, acho que era isso que eu tinha a dizer... Amo todos vocês e os verei nos reviews, Beijinhos