Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 33
Pequenos Destruidores (Vol. 3) - Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo engraçado :p Esperemos que gostem ;)



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   No dia seguinte, mal o sol nasceu, trouxe consigo o calor do dia anterior. Assim que Melissa acordou reparou que tanto o seu pai como a sua madrasta ainda estavam em casa… E isso significava problemas matinais, uma vez que tinha de lhes contar o que sucedera ao seu emprego. Por ela já tinha contado ontem, mas à hora a que chegou já estavam todos a dormir, adiando a difícil tarefa que tinha pela frente.

   Cheia de coragem, levantou-se rapidamente e dirigiu-se à sala… “Mais vale dizer logo de uma vez e só depois começar o dia.” Pensava a jovem cheia de sono.

Melissa - Bom dia!

Vasco e Clara Monserrate olharam para a jovem e ambos sorriram.

Vasco - Bom dia filha! Bem-disposta?

Melissa não estava contente e para ainda ajudar mais, estava cheia de sono pelas poucas horas que tinha dormido.

Melissa - Mais ou menos…

E senta-se à mesma. Clara acompanhou-a com os olhos.

Clara - Como correu o primeiro dia?

Melissa engoliu em seco. Parecia que a sua madrasta já estava a adivinhar o que acontecera.

Melissa - Era exactamente sobre isso que queria falar…

Vasco - O que é que se passa? Está tudo bem?

Pergunta o seu pai muito preocupado.

Clara - Sim Melissa… O que é que queres falar connosco?

Clara estava a fazer pressão e já tinha perdido o ar amigável que tinha no dia anterior.

Melissa - Antes de dizerem qualquer coisa deixem-me acabar de falar!

Vasco e Clara assentiram com a cabeça.

Melissa - Ok, então pronto… Acontece que o meu primeiro dia de trabalho foi também o meu último… Já está!

Vasco e Clara ficaram uns segundos em silêncio…

Vasco - Despediste-te?

Melissa - Hum… Não!

Vasco - Então?

Pergunta o pai surpreendido.

Melissa - Na verdade… Fui despedida!

Diz a jovem um pouco atrapalhada. Clara riu-se com alguma ironia.

Clara - Só podia! Eu já sabia que ia acontecer algo!

Melissa - Mas foi por causa de um mal-entendido!

Clara - Pois, claro que não ias dizer que a culpa era tua! Não tinhas vontade nenhuma de ir trabalhar! De certeza que o gerente reparou nisso!

Exclama a madrasta no seu modo antipático e frio.

Vasco - De certeza que a culpa não foi da Melissa! Não digas isso, ainda ontem estavas a apoiá-la!

Diz Vasco em defesa da filha.

Melissa - A culpa não foi minha! Uns vândalos entraram pela pizzaria a dentro e começaram a destruir tudo! Eu apenas tentei pará-los e o gerente culpou-me a mim por tudo! O homem é louco!

Vasco olha para a filha, muito atento.

Vasco - Eu ouvi falar de uma onda de vandalismo que houve ontem na vila! Não sabia que tinham ido à pizzaria! Porque é que os tentaste parar? Podia ter sido perigoso!

Clara - Ela só se mete em confusões! Ainda ninguém percebeu isso?

Melissa - Eu tive de fazer algo, estavam todos tão assustados! E foi graças a mim que eles fugiram! Ainda fiz algo bom e fui castigada!

Vasco - Eu sei que a culpa não é tua, mas tiveste sorte. Eles podiam ter-te magoado!

Melissa - Mas está tudo bem pai!

Clara - Não, não está! Foste despedida!

Vasco - Ao menos ela está bem, isso é que importa. E de qualquer dos modos ela também não precisava daquele emprego para nada, está a estudar!

Clara Monserrate olha furiosa para Vasco…

Clara - Tu! Estás sempre a defendê-la. São só desculpas atrás de desculpas! Ela tem de aprender o que é certo e o que é errado, pois claramente não sabe distinguir!

Vira as costas e sai de casa para ir trabalhar. Vasco levantou-se e ainda tentou chamar por ela, mas não obteve qualquer resposta, Clara fora muito rápida e desprezou-se por completo. Melissa ficou calada e um pouco envergonhada. O pai olha para ela e volta a sentar-se.

Vasco - Não fiques triste! Não tens culpa de nada… Eu sei que as tuas intenções foram boas!

Melissa - Desculpa por esta confusão toda…

Vasco - Não te preocupes, logo já estará tudo bem!

Melissa - Então não estás desiludido comigo?

Vasco sorri carinhosamente para a filha.

Vasco - Nunca!

E dá um beijo na testa de Melissa.

Vasco - Vá, agora toca a despachar que temos horários a cumprir!

Diz de forma atenciosa. Ambos levantam-se.

Melissa - Obrigado pai! Adoro-te!

Dá um abraço a Vasco e logo a seguir segue para o seu quarto. O pai ficou na sala a rir. Melissa entra no seu pequeno espaço um pouco mais aliviada, não tinha sido assim tão difícil contar o que acontecera. Rapidamente começou a despachar-se para ir pra faculdade. Quando ia a preparar-se pra tomar o seu banho o seu telemóvel começou a tocar e a jovem foi a correr para ver quem lhe ligava tão cedo. Ao olhar para o telemóvel sorriu e atendeu a chamada…

Melissa - Olá Hugo!

*

   Como quase sempre, Érica acordou e já Rodrigo tinha saído para o trabalho. Não era costume apanhá-lo de manhã, muito menos quando havia trabalho na noite anterior. Ainda não tinha tido hipótese de contar ao marido as novidades acerca dos Goblins, mas tinha a certeza de que ele ia ficar espantado.

   Ao levantar-se da cama, abriu a janela do seu quarto… Concluiu que com um tempo daqueles ia voltar a fazer exercício, como já era habitual todas as manhãs. Quando ia em direcção à cozinha para tomar o seu precioso pequeno-almoço, foi interrompida pelo som da sua campainha a tocar… “Quem será a estas horas?”

   A Night Watcher pensou que talvez fosse Rodrigo que tivesse voltado atrás… Podia ter esquecido algo em casa. Então, dirigiu-se à porta e abriu-a com rapidez.

   Do outro lado estava um homem na casa dos 30 anos, com um aspecto bastante simples… Érica estranhou pois não conhecia aquela pessoa de lado nenhum.

Pedro - Bom dia! É a Sra. Érica Rodrigues?

A Night Watcher observou o homem…

Érica - Sim, é a própria! Quem é o senhor?

Pedro - Peço imensas desculpas em passar aqui a estas horas, mas o dever obrigou-me. Sou o Agente Pedro Dias do departamento de polícia de Cila! Importa-se que entre por uns minutos? Tenho algumas questões que gostaria de colocar…

Érica percebeu que algo não estava certo e tentou agir do modo mais natural que pôde.

Érica - Sim sim, claro! Esta à vontade!

E deu espaço para o polícia entrar.

Pedro - Acredito que não seja uma boa hora, mas a lei e a justiça não têm horários!

Diz Pedro dias enquanto entra na sala de Érica, devagar e a observar todo o espaço em si.

Érica - Compreendo! O que o traz por cá agente Pedro? Não estou em problemas pois não?

Diz a Night Watcher num tom descontraído e brincalhão de modo a evitar qualquer tipo de tensão.

Pedro - Esperemos que não!

Responde o agente a sorrir.

Pedro - Há quanto tempo habita em Cila Sra. Rodrigues?

Érica - Há cerca de 20 anos. Posso perguntar porquê?

Pedro - Apenas curiosidade… Tenho andado a analisar alguns dos nossos casos que foram arquivados.

E tira de dentro do casaco algumas folhas… Érica observava-o atenta.

Pedro - Aqui pela vila temos muito disto… Casos que não tiveram uma resposta conclusiva.

Érica - Sim?

Pedro - Verifiquei que o seu nome aparece em três desses casos… Como testemunha!

E passa os papéis a Érica, a qual faz uma breve leitura sob os mesmos.

Pedro - Lembra-se deles?

Érica - É claro que lembro-me! Nunca encontraram os assassinos destas pobres vítimas…

Disfarçou a Night Watcher. Estava bem ciente dos casos a que o agente se referia. E os assassinos tinham sido eliminados como era óbvio… Por ela!

Érica - Tem a certeza que pode estar a mostrar-me estas folhas? Não devia ser material confidencial?

Pedro - Não há problema… São relatos antigos!

Pedro Dias era esperto e Érica já se estava a aperceber disso… O homem estava desconfiado que ela talvez tivesse algumas respostas.

Pedro - Então? Pode falar-me acerca deles?

Érica - Não sei o que quer que eu diga! Já foi há algum tempo, não me recordo de tudo e são coisas que não me quero lembrar…

Dramatizou a Night Watcher.

Érica - Além disso, os meus testemunhos de certeza que estão algures no departamento!

Pedro - Pois, acredito que sim. O que me admira é o facto de nunca ter saído da vila. A grande quantidade de criminalidade não a assustou!

Érica - Isso é o que pensa! Andei cinco anos em terapia…

Pedro - Onde?

A Night Watcher estava a ficar um pouco apertada… Claramente estava a mentir e ia chegar a uma certa altura que não haveria mais para onde se virar.

Érica - Fora! Em Inglaterra!

Pedro - Então esteve cinco anos fora de Cila?

Érica tinha de dar a volta à situação. Estavam a chegar a um extremo.

Érica - Peço desculpa, mas porque é que isto está a soar a interrogatório invasivo? Não há mais testemunhas? Não acha que já estou maluca o suficiente?

Pergunta muito histérica, de robe e toda despenteada por ter acabado de acordar. Pedro ficou um pouco assustado, para ele aquela mulher tinha mesmo um parafuso a menos.

Pedro - Existem sim, mas a Sra. Rodrigues é a única comum é mais que um caso.

Érica - Como se não chegasse!

Exclama eufórica.

Pedro - Entendo… Talvez não tenha sido boa ideia ter vindo aqui! Não se incomode, esqueça o que eu disse. Começo do zero de novo… De qualquer dos modos obrigado pelo seu tempo Sra. Rodrigues!

E começa a avançar na direcção da porta de saída, um pouco confuso pelo que sucedera e pelo estado mental da mulher… Érica sentiu que tinha tido sucesso no seu disfarce, mas tinha vontade de perguntar algo… E tinha de o fazer de maneira a que não soasse estranho no meio de toda a conserva que tinha decorrido.

Érica - Agente Dias?

Pedro pára e olha para trás.

Érica - Porquê? Porque é que está a levantar fantasmas do passado?

Perguntou de um modo lunático.

Pedro - Foi como lhe disse… Cila está cheia de casos arquivados e cada um mais surreal que o outro. Ainda hoje isso acontece! Algo não está certo… Passa-se algo em Cila… Há muito tempo!

Foi aí que Érica percebeu que o agente já ia muito mais à frente do que ela pensava… Não eram só meia dúzia de casos que ele estava a investigar, mas sim o conjunto de todos num só. Um passo realmente perspicaz, na opinião da Night Watcher.

Pedro - Tenha um bom dia Sra. Rodrigues!

Ao ver o agente sair, Érica suspirou fundo de alívio… Mas sabia que não ia durar muito tempo. Pedro Dias podia estar a chegar onde não devia. Mais uma vez tinha um novo problemas nas suas mãos…


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Notas finais do capítulo

Reviews ;)



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