Lagrimas escrita por Laari_th


Capítulo 26
Capítulo 26 – Matando a Saudade!




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Mesmo que estivesse muito explicito o porque de nosso isolamento, o porque da privacidade, eu não me importava mais, naquele momento eu queria que todos desaparecessem, e que sobrasse apenas eu e ele, só nós dois, apenas ele para me contemplar, me aparar, me aninhar, eu só o queria, o resto não passava de um incomodante resto.

Já nos encontrávamos sozinhos em um quarto de hotel, um sorriso esboçado na cara não conseguia revelar a grandeza do sentimento, nem as palavras teriam esse feito, só os olhares com sedes e os corpos em sincronia.

Segurei o rosto de Bill com as duas mãos, fitando seus profundos olhos, amendoados, sua pele perfeitamente maquiada, sua expressão que conseguia me abalar com fortes espasmos, se aquilo não era o fútil sentimento que era o amor, poderia então ser a pior dor que a vida poderia oferecer. Era tão doloroso que chegava a ser prazeroso.

- Você está nos meus braços novamente – ele ronronava em meu ouvido, enquanto acariciava meus cabelos, pousava seus lábios em minha pele os deslizando por minha face, realmente era a pior dor que eu poderia sentir, com intensidade inimaginável, sua pele, seu contato, sua essência, tudo formava a dor em mim.

O amor é a dor, a diferença é que essa dor era um vicio, você não queria que ela parasse, quanto mais você a sentia, mais você a desejava, por isso era a mais cruel e esnobe dor, eu o desejava com tanto vigor que meus pensamentos sufocavam minha estreita garganta.

- Se depender de mim, nunca mais estarei nos braços de mais ninguém, Bill, você é uma droga, não queria que você fosse tão letal para mim, mas isso não é algo que eu possa resistir, é algo que sua presença desperta, um desejo insuportável de querer ser feliz.

Seus lábios agora pousavam nos meus, a intensidade dos beijos enlouquecia a pele quente, eu fui tirando sua camisa, enquanto ele se encarregava da minha, não deu muito tempo nós já estávamos deitados na cama, e eu podia sentir o amor borbulhando em nossa pele, ecoando em nossos gritos, se expressando em nossos olhos.

Era ele e eu, eu e ele, o mundo? Realmente existia um mundo? Provavelmente não, minha respiração acelerava meus braços o envolviam, eu sentia a pele dele em atrito com a minha, a magia do real ultrapassava seus limites ali, entrando no insano do irreal, toda a vida se resumia nos minutos em que eu o sentia.

Assim me encontrei depois entrelaçada em seus braços, minha cabeça apoiada em seu peito, olhei para seu rosto e vi seus grandes olhos fechados, adormecera, meu anjo dormia, eu poderia também dormir e sonhar, mas nenhum sonho me mostraria melhor o paraíso do que aquele momento eterno em minhas lembranças uma vez esquecidas.


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Notas finais do capítulo

Proximo Capitulo - Capitulo 27 – Relembrando coisas!