Como estou me sentindo meio tonta, meus olhos estão fechados, não sei por que, mas não estou conseguindo abri-los, eles estão tão pesados. Não consigo ouvir nada, “ Tem alguém aí?” Estou tentando gritar, mas nada sai de minha garganta, estou começando a entrar em desespero, por que meu corpo não está me obedecendo? Espera, estou conseguindo movimentar minha mão, sim minha mão está me obedecendo, meio precariamente, mas já é um bom sinal, eu acho.

- Ela está acordando! – ouço uma voz desconhecida falando. – Graças a Deus ela já está acordando, chame os médicos.

Chamar os médicos? Graças a Deus que eu já estou acordando? Como assim? Onde será que eu estou?

Consigo então lentamente abrir meus olhos, nossa como minhas pálpebras estão pesadas, será que eu dormi por muito tempo?

Fico com os olhos abertos, mas minha vista não está acostumada com a claridade que á está atravessando. Percebo então que estou deitada, e estou em um quarto de hospital, mas por que será que estou aqui? Minha cabeça está tão confusa!

- Graças a Deus minha filha, tudo vai ficar bem você vai ver! – olho em direção a voz que encobre o quarto, mas quem é essa mulher ao meu lado? Ela não parece muito jovem, deve ter uns 50 anos eu acho, mas o que ela está fazendo aqui? O que EU estou fazendo aqui?

- Onde eu estou? – consegui em fim falar, mas minha cabeça realmente está confusa.

- Você está no hospital Sant’s minha filha, você não se lembra do que lhe aconteceu?

- Quem é você? – falei preocupada, essa mulher está me assustando.

- Quem sou eu? Como assim quem sou eu Lorena, eu sou sua mãe!

- Você não é minha mãe!

- Você não se lembra de mim?

- Não – a mulher então a minha frente começa a chorar, ela está chorando muito, será que eu disse alguma coisa errada? – minha senhora, eu acho que você cometeu algum engano, sua filha deve estar em algum outro quarto.

Mas ao falar isso ela começou a chorar mais e mais, isso está me assustando, a mulher então saiu do quarto eu fiquei sozinha por alguns segundo, em seguida um homem todo de branco entrou em meu quarto.

- Você não vai me falar agora que é meu pai não é? – disse para o doutor.

- Parece que do senso de humor você não se esqueceu – disse o medico rindo – então Lorena, como se sente?

- Meu nome não é Lorena!

- Então qual é?

Nunca pensei que uma pergunta tão fácil me colocasse em tão graves apuros, eu não lembrava meu nome, eu não sei meu nome, como isso pode acontecer, eu não saber meu próprio nome!

- Minha nossa, eu não sei meu nome - comecei a me desesperar – eu não sei quem eu sou – agora eu já estava gritando – como assim, eu não sei de onde eu vim, quantos anos eu tenho, eu não sei nada sobre mim – meus olhos se encheram de água, como eu poderia me esquecer de mim mesma, o que estava acontecendo comigo? Para onde foram as minhas lembranças? Eu estava amedrontada comecei a gritar, fiquei desesperada, vi uma mulher entrando no quarto, ela estava toda de branco também e carregava uma seringa nas mãos.

- Espera o que você vai fazer?

- Calma Senhora Lorena, você vai se sentir melhor. – lentamente fui perdendo os sentidos e voltando a dormir.