Tattoo escrita por Bea


Capítulo 6
Capítulo 6




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Pegou um chaveirinho/lanterna e direcionou a luz sobre o braço, deixando que cada letra da sua tatuagem aparecesse vagarosamente enquanto algumas sumiam. Sua vida começava a ficar entediante.

Mais constantemente os sites de viagens entravam em suas buscas, apesar de estar ciente que uma longa viagem poderia comprometer seriamente seu tratamento.

Não ia morrer, mas uma sede por viver a dominava.

Era lindo, atraente, e sugava para longe todos seus horrores e medo, a única coisa que importava era viver com essa sede. Praticamente um vampiro de Stephenie Meyer

A campainha toda, tirando-a de uma viagem imaginária para França. Batidas na porta anunciam a impaciência do convidado.

– Já vou! – Ela fala, andando vagarosamente até a porta para então abri-la. – House?

– Não, ilusão do Vicodin. – Ele fez uma pausa. – Não, espera, sou eu quem toma vicodin.

– O que você quer aqui?

– Ora, vim fazer uma visita.

– São... – Ela consulta o relógio na parede. – Cinco e quinze da manhã.

– Sinta-se honrada.

Ele sorri e bota sua bengala dentro da casa, pronto para dar um passo, apenas esperando pela permissão dela.

– Entre.

– Cuddy. – Ele fecha a porta atrás dela. – Você me ama.

– Eu... não. Eu... Por que está perguntando isso?

– Não foi uma pergunta. E não leve isso para o lado sentimental. É apenas uma peça.

– Ah, mais um quebra cabeça.

– Uma semana. Não quero te convencer a nada a não ser de que você precisa de uma semana de folga.

– Rachel-

– Sua irmã ficará com Rachel.

– Você falou com ela?

– Pessoalmente.

– É mentira. Ela nunca deixaria.

– Mas você ainda pode falar com ela. – Ele olha para baixo e passa a mão esquerda por seu ante-braço direito – Uma semana longe de tudo, até de mim se quiser. Aqui mesmo, nem precisará sair, fiz uma programação.

– House, você foi a Portugal, não foi? Precisamos falar sobre isso.

– Está na agenda, só falta você aceitar.

– E por que eu aceitaria?

– Por que você quer isso. Fingir que está tudo bem, que no fim desses sete dias eu poderei ter mudado.

– Eu não espero que você mude, espero nada de você.

– É mentira. Você tatuou isso.

– Não eu não...

– Em homenagem à sua tatuagem, batizei o nome da viagem de Tattoo. – Ele deu um passo para trás encostando na porta e ponto a mão na maçaneta por trás. – Passo aqui à 13h.

E ele sai.

House costumava conhecer Cuddy. Mas quando ela fez a tatuagem percebeu que não a tinha mais sobre controle. Precisava estudá-la. Esta pequena viagem o ajudaria a recuperar o tempo perdido. Se ainda a amava, talvez, na verdade, provavelmente não. No fundo nem acreditava que ela o amava ainda. Só há um história e um forte sentimento de mágoa que puxa os dois para longe e para perto ao mesmo tempo. Foi exatamente esse sentimento que fez com que ela fizesse uma tatuagem. E o mesmo que levou a House fazer exatamente a mesma no seu antebraço direito.

Ele puxa vagarosamente a manga da camisa para cima, tomando cuidado com a tatuagem feita a poucos dias. Olhou as letras pretas brilharem sob o papel filme. Tinha uma mentira tatuada na pele.


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