Capítulo 1 – De volta à Los Angeles?

‘Vá em frente e tente me derrubar eu vou me levantar do chão como um arranha-céu. ’

Demetria Devonne Lovato

Ponto de Vista: Isabella

Escutei o despertador tocando ao longe. Eu não acredito! Eu mal tinha deitado na cama e já teria que levantar? Hoje nem tinha aula! Quer dizer... Eu acho. Apertei no botão para desligá-lo e o mesmo caiu no chão fazendo um barulho oco. Voltei a dormir, ou a cochilar, até escutar alguém batendo em minha porta levemente.

– Filha? Filha! Acorde, você não ia se despedir de seus amigos? – a voz de minha mãe soou como uma repreensão.

– Por que eu me despediria de meus amigos mamãe? – bufei ainda de olhos fechados.

– Porque eu e seu pai vamos pegar o avião daqui a pouco e a senhorita pegará o avião mais tarde para voltarmos para Los Angeles? – a voz dela soou cética, mas nem reparei. Levantei em um rompante, como eu podia ter me esquecido disso? Logo meus pensamentos foram parados por uma terrível dor de cabeça.

– Argh! – gemi de dor massageando minhas têmporas. É Bella quem mandou você beber demais, pensei comigo mesma resmungando. Escutei um riso abrindo meus olhos e semicerrando-os ao encarar minha mãe que fez uma cara de culpada tentando parar de rir. – Mãe.

– Filha! Que bom que acordou amor! Bom dia querida, agora levante, tome um banho e venha se despedir de mim e de seu pai ok? – ela nem me deu tempo de responder e saiu do quarto. Bufei. Era sempre assim.

Ergui-me da cama calmamente andando até o banheiro me despi e entrei no Box, lavei meus cabelos com cuidado esfregando-o com calma, passei o sabonete por minha pele formando espumas por onde passava, o banho era sem dúvida o que mais me acalmava, sentir a água passando por meu corpo de forma rápida e, de certa forma, acolhedora. Devo ter demorado uns 20 minutos no banho com esse processo e sai do Box, peguei a toalha e me enrolei. Escovei os dentes e penteei os cabelos deixando-os soltos. Em meu quarto vesti uma roupa que combinava com meu humor, estava frustrada com a ressaca do dia anterior e irritada por ter me esquecido da viagem. Não era à toa que me esquecera da viagem, eu estava nervosa e, desde que soube que voltaria para Los Angeles, as memórias voltaram de forma dolorosa. Enquanto me vestia e fazia a cama me lembrava daquele fatídico dia.

Flashback On

Hoje era um dia importante, Edward completaria seus 11 anos, ele era 3 anos mais velho que eu e Alice, sua irmã e minha melhor amiga. Não que eu me importasse, o garoto era o ser mais repugnante que você possa imaginar. Quero dizer, os Cullen por sua natureza eram lindos. Edward tinha os cabelos acobreados, a pele marfim e olhos verdes como duas esmeraldas, lindo com toda certeza, mas seu jeito de ser era terrível. Ele caçoava de todos que pudesse só para impressionar seus ‘amiguinhos’. Bufei diante do espelho e me olhei no mesmo. Meus cabelos marrons avermelhados estavam presos com um arco descendo livremente por minhas costas formando perfeitos cachos nas pontas, eu usava um vestido roxo solto mais que ainda mostrava minha barriga enorme, sim, eu era gorda demais, minhas sapatilhas eram brancas com um laço roxo em cada uma. Minha roupa combinava com elástico de meu aparelho fixo e o arco em minha cabeça, os óculos que estavam perdidos em minha face praticamente escondiam meus olhos sem graça marrons, isso tudo sobre minha pele que de tão branca parecia quase transparente. Eu me recusara a ir à festa, mas minha mãe me obrigou e ainda com esta roupa ridícula! Bufei e me encaminhei para baixo onde encontrei meus pais. Renée, minha mãe, era esguia com um corpo curvilíneo e cabelos lisos em um tom de marrom claro, quase louro, tinham seus olhos azuis que contrastavam com sua pele marfim, linda. Já meu pai, Charlie, tinha os cabelos cacheados presos à cabeça na cor marrom avermelhado, que nem os meus, e os olhos escuros no mesmo tom sem graça que os meus, sua pele era um pouco mais escura que a minha e de minha mãe e seu corpo era levemente musculoso.

– Vamos Bella? – mamãe me estendeu a mão que logo peguei e saímos de casa. Andamos até os vizinhos e entramos na grande mansão Cullen, não que minha casa fosse pequena, eu morava em uma mansão também, mas ainda assim a deles era gigantesca! Adentramos o lugar tão bem conhecido e logo cada um foi para um canto, meus pais foram falar com tia Esme e com tio Carl e eu fui atrás de Alice. Infelizmente, não a encontrei e sim encontrei Edward com seus amigos. Fiquei sentada olhando ao redor para ver se avistava Alice e nada. Ela evaporou! É amiga você me larga num momento critico desses!, pensei frustrada. Então, os amigos dele o puxaram pela camisa e começaram a cochichar olhando em minha direção, pronto, eu estava com problemas, já sabia disso só pelo olhar! Um tempo depois avistei Alice entrando em casa e sorri, agora eu iria me sentir bem, quando eu me levantei Edward e seus amigos se aproximaram, tentei fugir, mas não deu.

– O que você está fazendo aqui sua monstra? – perguntou Edward com uma cara enorme de desgosto e antes mesmo de eu poder responder ele falou novamente – Ninguém te quer aqui ou você não reparou? – ele continuou com a mesma cara e aquilo me magoou profundamente, eu sabia que ninguém queria uma gorda e chata ali, mas meus pais me obrigaram! – E como consegue ficar ainda mais feia? É impossível isso! – ele soltou uma gargalhada divertida sendo seguido pelos amigos e me encolhi – Isso tenha pavor! É isso que quero, que você não se aproxime mais de minha casa. – Edward abriu um sorriso maléfico e trinquei os dentes tentando não chorar – Vê se você se enxerga Isabella! Sua gorda, ninguém nunca vai olhar para você! Você é uma balofa feia, idiota e imbecil! Você é uma pirralha! – ele se aproximou e eu sai correndo dali me recusando a ouvir mais.

Fugi com as lágrimas descendo por meu rosto, corri até a maior árvore do quintal dos Cullen e me agachei abrindo uma pequena porta secreta que só eu e Alice conhecíamos, desci pela escada e pulei no sofá dali, ali era nosso clubinho secreto, como uma casa da árvore, só que maior como um quarto e aconchegante como um pequeno apartamento com sala, cozinha, quarto e banheiro. Ali já ocorrera festas do pijama, conversas secretas e segredos trocados, ali era meu refugio da realidade! Afundei-me no sofá cama que ali tinha e chorei abraçada com Rob, um ursinho que ganhara de tia Esme ainda quando eu era um bebê. Escutei um barulho e vi Alice descendo pela escada, ela veio direto ao meu encontro e me abraçou apertado. Alice era a única que me conhecia por inteiro. Seus cabelos pretos repicados e curtos eram lindos e contrastavam perfeitamente com sua pele em marfim, seus olhos verdes como esmeralda, a marca dos Cullen, me olhavam preocupados e ela vestia um lindo vestido roxo que lhe caia perfeitamente pelo corpo magro e esbelto.

– O que aconteceu Bells? – ela murmurou sentando-se ao meu lado no sofá vermelho. Contei-lhe o que ocorrera e sua expressão de preocupada fora para fúria – Eu vou esganar o Edward! – ela falou com raiva e quase se levantando, a segurei firme e lhe encarei os olhos.

– Alice, não! Olhe eu decidi uma coisa, mas antes que eu diga, me perdoe pelo que farei, com ou sem seu consentimento. – murmurei olhando para baixo e brincando com meus dedos.

– O que fará Isa?! – ela me olhou alarmada e lhe lancei um sorriso triste encarando seus orbes verdes.

– Vou me mudar. – seu rosto demonstrou espanto e tristeza – Alice, me deixe terminar. Convencerei meus pais de irmos para outro país, estado ou continente, você sempre poderá me visitar e... Continuaremos amigas para sempre Alie! Eu prometi certo? E vou cumprir, mas será melhor mudar um pouco os ares, me fará bem e Alie eu vou mudar. Vou emagrecer, escolherei minhas próprias roupas e não serei mais essa garotinha ingênua. Eu vou mudar Alie, completamente. – a olhei séria, eu estava decidida a mudar.

– Isa... Eu não posso fazer nada quanto à sua escolha e te ajudarei em tudo! Além disso, amiga temos celulares! – ela riu me arrancando uma risada e ali rimos e conversamos até altas horas da noite.

Na manhã seguinte, acordamos e fomos direto para casa de Alice onde ocorria uma reunião em pleno café da manhã, meus pais, os pais de Alie e Edward estavam na mesa, o dia se passou tranquilamente e quando fui para casa puxei meus pais para o sofá e os olhei seriamente.

– Mamãe, papai. Um comunicado importante ou nós mudamos ou fugirei de casa, morarei com a vovó, mas aqui não fico mais! – franzi a testa os olhando com a expressão séria e ambos me olhavam alarmados e antes que me perguntassem o óbvio logo respondi – Não precisam saber o porquê, só apenas façam isso se me querem bem. – me retirei da sala e me refugiei em meu quarto, tomei um banho e pus uma roupa confortável passando o resto da tarde no quarto. Quando chegou a noite desci para jantar e comemos silenciosamente. Até papai quebrar o silêncio.

– Filha, atenderemos seu pedido e nos mudaremos. Vou ficar na filial de São Francisco, onde já achamos uma escola para você e uma casa tão boa quanto esta. E sua mãe pediu transferência que logo concederam para própria São Francisco. Tudo muito perto e mesmo longe poderá manter contato com Alice, Edward, Esme e Carlisle ok? – sorri abertamente e me levantei, primeiro fui ao meu pai beijei sua bochecha e o abracei apertado e logo me dirigi a minha mãe repetindo todo o gesto.

– Obrigada! Vocês são os melhores pais do mundo. – sorrimos e terminamos aquela noite em meio a risos e sorrisos, eu adormeci feliz.

Flashback Off

Depois daquela noite em menos de 1 mês eu já estava nessa casa e começando minhas mudanças, meus óculos eu troquei por um mais discreto e na verdade hoje em dia nem uso mais, já não era mais preciso usá-lo, meus dentes já não precisavam de aparelhos, minha saúde estava perfeita e comecei meu regime, sozinha. Com ajuda de Alice mudei meu visual de forma que meus cabelos ficassem mais vivos, minha pele mais sedosa e meu estilo, isso era particular e eu me vestia de acordo com meu humor. Agora em frente ao espelho de meu quarto eu via uma menina mudada, com os mesmos cabelos, olhos e cor de pele, mas seu corpo era esguio e bem delineado, a barriga era lisa e durinha, os braços eram fortes e pequenos, as coxas eram bem torneadas e fortes e, claro, eu havia crescido uns 15 centímetros desde que cheguei aqui. Uma menina mulher, forte e mudada. Afastei as lembranças e desci de dois em dois degraus pulando. Quando cheguei à sala meus pais estavam na mesa e perto da porta tinha minhas malas e as deles. Murmurei um bom dia e fui correspondida. Sentei-me com eles à mesa e comi panquecas com mel, frutas e tomei um suco de laranja. Sentia-me bem apesar da ressaca.

– Bells seu avião sai às 15 horas! Não se esqueça ok? – papai disse enquanto mamãe levantava e subia as escadas. Jenna, nossa governanta, já tinha ido para organizar as coisas por lá e todos os empregados, agora o que faltava era apenas eu e meus pais. E, é claro, as malas. Mais contratamos Samantha, uma mulher jovem com cabelos escuros, pele clara e olhos claros, ela foi retirando o café da manhã enquanto meus pais terminavam de se arrumar. Logo ambos desceram prontos para viajar – Bells escutou bem? 15 horas! – meu pai olhou seriamente para mim me fazendo revirar os olhos.

– Pai eu não sou surda! Escutei bem que meu voou sai às 15 horas, como o senhor já disse umas... – fiquei pensativa enquanto minha mãe soltava uma sonora gargalhada – Oh yeah! Mil vezes certo senhor Charlie? – ele riu de minha cara e eu sorri, eu os amava demais.

– Certíssima dona Isabella! – ele falou brincalhão e me abraçou apertado – Filha, até mais tarde e cuide-se, lembre-se...

– Charlie! – mamãe o interrompeu o repreendendo – Isa não perderá o voou não se preocupe. Além do mais, Giovanna irá acompanhar-lhe até o aeroporto às 14: 30. Certo Samy? – Renée perguntou olhando por sobre meu ombro e me virei para olhar a moça.

– Sim senhora Renée. – ela sorriu doce e se retirou terminando de tirar a mesa e bufei.

– Já sou grandinha e sei me cuidar! – fiz bico manhoso e meus pais riram.

– Bells só queremos o seu bem garota. – Charlie disse me beijando a bochecha e saindo com as malas. Mamãe me abraçou e beijou minha testa seguindo papai e eles se foram. Quando escutei o ronco do carro saindo ergui meus braços.

– Samy estamos livres! – dei um grito rindo e escutei o riso dela na cozinha.

– Preparo almoço para você e seus amigos Bella? – ela gritou concentrada.

– Sim Samy, vou almoçar aqui. Ressaca! – bufei gritando – Samantha to subindo até daqui a pouco.

– Até garota! – ela riu e eu sorri, Samy era legal!

Passei a manhã lendo ‘Formaturas Infernais’, um livro ótimo se me permitem dizer, eu estava abraçada com Teddy e escutava Adele cantando ao fundo Rolling In The Deep, até quando o barulho irritante de meu celular começou a tocar, sério quem mudava meu toque?! Olhei no identificador de chamadas e vi que era da casa de Alice, provavelmente a mesma me ligava.

– Fala gata! Quer ir a que cinema hoje? Eu to livre hein. – ela riu do outro lado da linha junto a mim.

– Como está Isa? Ai estou tão animada com a sua volta. – eu via em minha mente Alice no celular dando breves pulinhos, a imagem me fez rir.

– Eu estou bem, daqui a pouco pego o vôo. – falei pondo o marcador no livro e pondo o Teddy em minha barriga – Daqui a pouco o pessoal vem se despedir e, então, darei um breve adeus. Para Bianca, Charlotte, Elizabeth, Caroline, Marcus, Caius, Eleazar, Peter, Henry... – murmurei amuada.

– Henry é Isa? – sua voz era maliciosa o que me fez rir – Bells, ânimo, por favor. – escutei o biquinho em sua voz e sorri.

– Ok amore! – escutei a campainha e sorri – Vou desligar Alie até mais tarde, beijos.

– Beijos – ela soltou um último riso e desligou.

Desci correndo, recebi meus amigos, eles me encheram de presentes e almoçamos. Quando deram 14 horas o pessoal foi embora e eu fui trocar de roupa. Logo pus Teddy, meu livro e a muda de roupa de cama e a roupa que eu usava de manhã cedo numa mochila. Fiquei pronta bem a tempo, fechei a casa e guardei a chave. Fui conversando com Samantha até o aeroporto, lá ela se despediu de mim como meus amigos entre choros, sorrisos e risos.

– Bells, presta atenção agora. – Samantha pediu assumindo uma postura séria.

– Que foi Samy? – perguntei curiosa olhando em seus olhos.

– Eu quero... – ela olhou para baixo e pegou um cordão, aparentemente não deu para ver com clareza e depois reparei que era um cordão de prata com o que se parecia uma máscara que tinha uma pequena flor acima do olho esquerdo – Eu quero te dar este cordão, minha mãe me deu dizendo que minha bisavó dera a minha avó que só pedira para entregar este cordão a quem merecia. Isa, esse cordão foi passando de mão em mão e quando chegou em minhas mãos eu não sabia o que fazer e falei com minha bisa enquanto ela ainda estava viva. Ela me disse que eu saberia quando entregar e para quem seria e Bells, - ela olhou em meus olhos dando um meio sorriso – eu sei que essa pessoa a quem ela referia era você. Porque eu sinto que devo lhe entregá-lo. – ela se aproximou e pôs em meu pescoço delicadamente e se afastou, peguei o pingente em minhas mãos e sorri. Samy era um anjo, sabe aquela melhor amiga que você quer sempre ao lado? Então, Samantha era assim. Ela, Alice e Rosalie eram isso para mim, eram minhas melhores amigas e sempre seriam.

– Samy?

– Sim querida? – ela sorriu amavelmente.

– Samantha você vai me visitar? – vi seus olhos se arregalarem, ela não teria dinheiro era essa a desculpa – Não Sam, eu quero dizer... Vai morar lá em casa? Pode levar a Anne! Ou pelo menos me ligue, por favor, você é uma amiga para mim. – eu sorri.

– Está bem senhorita Isabella. – eu fiz cara feia e ela riu – Bells, te ligarei todos os dias! Mais... Não posso me mudar. – ela corou e a olhei com curiosidade – Eu to gostando de um cara Isa, por causa disso, sem mais! Depois te conto, agora vá antes que perca o vôo. – ela envergonhada e me empurrando me fazendo rir, me virei e beijei sua bochecha a abraçando apertado em seguida.

– Eu te amo Samy, lembre-se disso ok? – ela sorriu e beijou minha testa me abraçando igualmente apertado.

– Eu te amo Bells, agora vá. – ela me empurrou uma última vez e eu fui.

Quando ia passar pela porta de embarque olhei o rosto sorridente de Samantha uma última vez e entrei no avião. Fiquei na janela olhando por sobre as nuvens e pensando na vida. Agora, novamente, eu mudaria. Estudaria de novo com panaca do Edward e com Alice, também tinha Emmett, Rosalie e Jasper, amigos de Alice que a mesma me apresentara certa vez e que se tornaram meus amigos também. A viagem seria rápida se de carro a viagem de São Francisco para Los Angeles eram quase 7 horas de avião a viagem era de no mínimo 1 hora. A viagem em si era calma, eu fiquei pensando em como tudo mudou desde que sai de Los Angeles, como eu mudei. Fiquei pensando em como deveria ser minha vida a partir de agora e se eu tinha certeza do que eu queria fazer, cursar na faculdade. Estudaríamos na Universidade da Califórnia, Alice cursaria moda, eu cursaria biologia e Rosalie cursaria história. Já Emmett, Jasper e, o idiota, Edward já estavam no 3° ano de advocacia, psicologia e medicina, respectivamente. Suspirei, eu estava com saudades de tia Esme e tio Carl, saudades do Emm e do Jazz, saudades da Alie e da Rose, mas agora eu mataria essas saudades. E as saudades de Bianca? Samantha? Elizabeth? Margareth? Charlotte? Peter? Caius? Marcus? E, principalmente, de Henry... O que seria de mim sem eles? Que me aceitaram gordinha e me ajudaram a ficar magrinha. Henry que sempre foi meu protetor, meu amigo, meu amor. Eu não era apaixonada por Henry, mas o amava, só não sabia se era como amigo ou como ‘um eterno amor’. Está bem minha vida era uma completa confusão, mas sabia que eu não era a única que sofria, a única que era subjugada, a única que era condenada. Bufei, é melhor eu dormir um pouco né?

‘Passageiros abordo, ponham os cintos que iremos aterrissar. ’

Porra, só por que eu ia dormir? Ajeitei-me na cadeira e olhei novamente o avião descendo por entre as nuvens, logo avistei prédios, casas, árvores, lagos, mares. Logo vi Los Angeles inteira por sob meus pés e senti um surto de ansiedade. Como será que estava nossa casa? Meus pais mudaram totalmente a casa para voltarmos! Como será que estava à casa da Alice? Tão linda quanto da última vez que vira? E nosso lugar secreto estaria ainda intacto? Ou melhorado? Perguntas invadiram minha mente e olhei ansiosamente para o lado de fora do avião enquanto o mesmo pousava. Logo avistei minha amiga saltitante, sorri com ela que acenava freneticamente, dei um leve aceno me erguendo da cadeira, agora tudo mudaria, eu daria um tapa na cara de todos que zombaram de mim quando eu era pequena, agora eu não deixaria ninguém pisar em mim, agora eles conheceriam a nova Isabella Marie Swan. E, sim, agora com meus quase 18 anos eu voltava para Los Angeles para cursar a melhor faculdade da região junto a Alice, a Emmett, a Rosalie, a Jasper e, ao lado do odiável e idiota, Edward e com esse último pensamento sai do avião.