- O que? – Gritou ela jogando a pasta sobre a mesa, com a expressao totalmente frustrada – C-Como.. Como voce conseguiu isso? – Perguntou

Olhei pra ela e por poucos miseros segundos, tive aquilo que Karina teve naquele parque. Pena. È dificil e atè uma surpresa para mim, que ocnheço Alex a muito tempo, e sei que ela mereçe isso mais do que ninguèm.. Mais, posso garantir que sinto pena dessa pobre alma.

- è isso que voce està vendo, Alex – Falei baixo observando o seu rosto mudar de expressao – Voce brincou com o que nao deveria. E ainda mais nao tevi o que queria. E ai està – Falei apontando pra pasta.

Ela, do nada, pegou todas as fotos, papeis, ou como eu chamo “provas criminais”, e rasgou. Rasgou ao mesmo tempo gritando da raiva que tinha por aquilo que eu fiz. Provavelme foi sò um misero esfogo, jà que eu acho que ela è o bastante inteligente da entender que eu tenho outras mil copias disso em casa, e nem essas sao as originais.

Depositou sua mao sobre a mesa com os olhos fechados. Os papeis ainda voavam ao meu e o seu lado. Estavamos na biblioteca, e como eu tinha marcado hoje mesmo com ela, vim trazer as provas e encosta-la na parede.

- Voce, seu desgraçado idiota! Como pode... – Se jogou sobre mim e começou a bater no peito com toda a força que tinha. Segurei suas maos juntas e balnaçei um pouco ela, atè quando vi algumas lagrimas escorrerem pelo seu rosto

- Alex..

- NAO! – Gritou e se soltou – Nao... – Limpou um pouco as làgrimas em seu rosto – Eu.. eu estou me arruinando.. estou virando uma merda, ou como muitos me chamam, uma vadia. Sabe Justin, ser garota, è algo muito diferente. Voces homem podem fazer o que quiser, mais nao chamados de putos, ao massimo de galinhas, mais sempre no sentido engraçado. Hoje, as mulheres se arruinaram. Todas que voce ve na estrada rodando bolsinha ou ajuelhadas dentro de um carro, sao as putas que condenam eu e muitas outras. Eu sou assim, gosto de me diverti dos melhores jeitos. O problema, è que eu tambèm me condenei. Na festa, voce conseguiu uma foto que eu recebia dinheiro... Eu dei, fiz, chupei, sò por 50 dolàres. Sabe o que significa? Uma vergonha. È isso que eu tenho, vergonha.

A olhei com ainda mais pena de antes, mais eu tinha que chegar ao ponto e esqueçer o discurso de pobre coitada que ela insisti em dizer.

- Escuta, Alex. Isso, sò irà ser visto, se voce nao fizer o que eu le pedir. Voce errou em ir atè Karina e inventar qualquer coisa. È mentira que eu transei com voce. E voce foi e disse outar coisa. Essas fotos, eu tenho muitas copias, e posso mostrar ao seu ponto central, os seus pais. – Ela arregalou os olhos e novamente làgrimas escorreram pelo seu rosto

Ela pegou a cadeira e sentou, ainda chorando. Me olhou cuidadosamente e disse as tres letras:

- Nao.

Arregalei os olhos a causa da sua resposta. Como assim nao? Como ela pode dizer nao, se eu posso entregar tudo isso e condenar ela.

- O que? – Gritei e recebi um cala boca de qualquer um

- O que, o que? Eu nao vou falar nada a Karina – Seu rosto vermelho nao escondia o seu odio, o ponto è, odio por quem? – Justin, Justin , Justin.. Quntas vezes voce foi pra cama comigo e amanheçeu o dia me chamando de puta? Nao, nao. Eu nao vou falar nada pra Karina. Mostre isso pros meus pais, colegas, amigos.. qualquer que seja. Eu nao vou falar com Karina.

- Tudo isso sò por causa minha? – Perguntei

- Por causa sua? Justin, eu realmente gostei de voce, e voce sabia muito bem disso, mais sò fazia me usar para sentir prazer quando em um certo dia nao tinha nenhuma disponivel! Eu cansei! Voce ama aquela putinha? Problema è seu!

Entortei o olhar e virei um pouco a cabeça – Voce sabe o que està fazendo? – Minha pena tinha passado completamente

- Se eu tenho? – Perguntou se levantando – Và em frente. Eu sou feliz se voce – Deu um sorriso falso e pegou sua bolsa saindo da biblioteca.

Bufei e coloquei as maos ao cèu – MERDA!

- SSSHHHH! Mr. Bieber! Por favor! –

- Desculpe Ms. Lilli

Me levantei daquele lugar soltando fumaça do nariz.. com certeza de todo o corpo. Porra, ela sò pode estar brincando com a minha linda cara, nè?

Destravei o carro e entrei, batendo no volante em seguida. Tudo està indo contra a minha inutil vontade. Ryan me odeia, Alex nao irà abrir boca, e eu prometi entregar as provas de que Alex mentia. Mais nao posso.. nao tem outra saida!

Liguei o carro e sai do estacionamento da escola. Nao tinha mais opçao. Tinha que entregar Alex pros pais. Passei em casa e peguei a copia das provas sobre Alex e me dirigi rapidamente atè sua casa. O carro dela nao estava ali, estranho.

Desliguei o carro e suspirei, saindo em seguida.

- Olà Justin – Gritou a mae de Alex quando me viu. Estava cortando flores do jardim da entrada. Sorri e me aproximei dela.

- Eii senhora Charlie. Como està?

- Oh, sim, muito bem, obrigada Justin. – Sorriu e tirou as luvas – Procurando Alex, porque ela ainda nao chegou – Falou um pouco confusa

- Oh.. bom, eu queria mesmo falar com a senhora e o seu marido, se possivel – Falei

- Claro, venha comigo. – Sorri e a segui

Ela se virou, sorriu e logo abriu a porta de casa. Da ultima vez que vim aqui, isso nao era assim. È bom ver tudo com um ar de mais armonia. Claramente, a mae de Alex ficarà muito triste em saber o que a filha faz, mais eu preciso fazer isso. Me parte o coraçao pensar que ela chegue atè a chorar em saber que nao tem um filha modelo como ela pensa ter.

- Querido – Gritou com sua voz armoniosa – Venha cà! Justin precisa falar com nòs – Vi o marido de Charlie descer as escadas sorrindo e me encarando

- Justin! Que prazer ti ver! Como vai? – Perguntou e fizemos um toque

- Bem,muito bem senhor. – Sorri

Eles dois se juntaram um do lado do outro e me olharam.

- Ao que devemos essa visita, Justin? – Perguntou Charlie

Mudei expressao e encarei eles – Bom, seria melhor se sentassimos – Falei e a expressao deles mudou tambèm

Sentamos na mesa central. Eu encarava os dois.

- Bom.. Penso que todos sabem.. que eu mudei – Eles assentiram – Mais essa mudança foi devida a uma pessoa. Karina. Teve um tempo, que no nosso namoro tivemos uma crise, e.. e Alex aproveitou da situaçao. Veio em minha casa e se pòs semi-nua a minha frente. – Suspirei e calei a minha boca

O lindo sorriso que antes estava no rosto de Charlie, sumiu.

- Justin.. mai como voce pode vir aqui em nossa cas a efazer uma acusaçao tao seria?! Estamos falando de minha filha! Foram raras as vezes que soube de algo de errado que ela fez!

- Senhora, eu nao estou mentindo.

- Nao està mentindo? – Agora foi a vez do seu marido, Simon, falar – Saia da minha casa, agora mesmo! – Se levantou assunstando seja eu que sua mulher

- Eu nao vou sair daqui, atè quando nao mostrar toda e completa verdade –

- Entao mostre! – Gritou  Simon

Joguei a pasta que estava em minha maos sobre a mesa, fazendo com que ela espalhasse levemente as fotos sobre a delicada mesa de vidro. Charlie olhou uma por uma, sem tocar. Seus olhos mostravam a surpresa e decepçao. Notei uma làgrima escorrer, e outras descerem molhando o seu rosto e borrando um pouco sua leve maquiagem.

- Isso.. – Uma mao desceu devagar, e pegou a foto mais importante: Alex recebendo dinheiro. – Isso è verdade? – Seu olhar dizia tudo. O que ela mais queria fosse que eu dissesse nao, mais infelizmente, o destino nao dizia isso.

- Infelizmente, eu tenho que responder de sim.. – Falei muito devagar, mais assim como Charlie, Simon tambèmc omeçou a mudar totalmente expressao. De raiva foi pra decepçao, uma coisa que permanecerà por um bom em tempo entre a familia

- Aquela desgraçada.. – Murmurou Simon

- Nao – Falou Charlie – Apesar disso, ela è e serà nossa filha. Teremos uma conversa valida com ela – Falou Charlie e em seguida me olhou – Era sò isso? – Perguntou. Fechei os olhos e assenti – Entao por favor, saia da minha casa – Assenti e me afastei, deixando tudo com ela

- Justin – Me chamou Simon – Obrigado – Assenti e sai daqule lugar, pedindo para nunca mais pisar nele.

Karina P.O.V

- As mechas nao saem mesmo? – Perguntou pela enesima volta meu pai

- Nao pai – Respondi pela enesima volta – Nao saem. Sao tinta verdadeira – Revirei os olhos e subi atè o meu quarto

Nesses tempos, tudo està virando um problema. Muito mudou. Eu o outro dia, me reduzir a fazer “quase sexo” com Justin em um banheiro; fui pra escola como uma puta de rua. Nao foi uma das melhores coisas que pudi fazer.

Parei pra observar algo que pra mim nunca chamou minha atençao: um quadro. A reproduçao da Gioconda de Leonardo da Vinci. No quadro è desenhada uma mulher que como todos dizem, tem um sorriso enigmatico e um olhar predador. Eu nao penso assim.

Pra mim esse quadro mostra uma simples mulher, que sorri timidamente pra que serà a que a olha. Provavelmente na existencia dela, ela foi uma linda mulher, de uma educaçao enorme e de uma doçura especial.

Mais ao mesmo tempo, tem o olhar fechado. O olhar que pode demonstrar dor, soferencia, ou algo pior na sua vida. Talvez a convivencia com o marido nao uma das melhores, ou talvez, aconteçiam coisas, que nao tinham nada a ver com o seu amado.

De qualquer jeito, ela è sempre mulher, mais quem a desenhou, foi um homem. E ai està a pergunta: Quem disse que um homem, nao pode entender o que uma simples mulher senti?

Bufei e passei a mao no cabelo. Nao to afim de me enrolar com um quadro. Parei nas pontas e observei as mechas rosas escuro e azul esciro. Nao sao feias. Fazem um contraste bonito com a cor natural do meu cabelo. Mais sinceramente, me arrependo. Mais o feito, foi feito.

Senti o celular tremer no meu bolso. Baixei a mao e apertei o verde, sem olhar no visor.

- Alo? – Perguntei

- Karina – uma voz bem conhecida respondeu

- Ryan! – Tirei o olhar do quadro e começei a fitar o chao com a mao no bolso – Tudo bem?

- Oh sim, tudo otimo – Deu pra sentir o seu sorriso no rosto – Hoje vamos fazer uma saida jà que è sexta. Quer vim? – Perguntou

- Oh.. Ok. Onde?

- Vamos em uma pizzaria. Escuta... o clima entre voce e July nao è um dos melhores, mais por favor..queremos que seja uma noitada entre amigos – Falou

Fiquei meio ofendida. O que ele vai pensar, que eu vou dar o escandalo?

- Ok – Respondi somente. Ele me disse aonde ir, e desliguei.

Bufei. Era sò o que me faltava. Agora sou a barraqueira do lindo grupo de santos.

-/-

- Pai, vou sair pra comer uma pizza. Nao volto tarde – Falei e recebi um “cuidado” de volta.

Lembro quando Justin jogou a pizza na cara de Ryan, ou July derramou a sprite propositalmente em mim, sò porque a chamei de gorda. Eram esses os pensamentos que eu tinha naquele momento, naquele taxi.

Queria que ainda fosse assim. Queria ainda fossimos realmente como uma familia. Mais incrivelmente, tudo està mudando. Uma amizade de anos entre eu e July, està desaparecendo, e uma vontade enorme de voltar a morar com minha mae, apareçeu do nada, mesmo contra o meu querer.

- Obrigada – Agradeçi e desci do taxi, observando o nome “Pizzaria d’Italia” em alto no centro.

Nao sabia se jà tinham chegado os outros, mais teriam a confirmaçao agora.

- Valentino! – Ouvi gritarem meu nome, e de instinto, me virei – Valentino

- Oh, Paul. Pelo amor de Deus, nao me chame assim- Ri e ele acompanhou

- Fazendo o que por aqui? –

- Comer pizza? – Perguntei

Ele riu

- è, otima pergunta a minha.. Nao sei se voce sabe, mais amanha terà uma festa na casa de Jessie. Quer vim comigo? – Perguntou

- Oh, seria otimo para mim! – Falei sorrindo – To precisando de uma festa. Otimo, entao està marcado – Sorri e ele fez o mesmo

- Bom, entao te mando uma mensagem,ok? – Perguntou

- Claro – Sorri e dei um beijo em sua bochecha, entrando na pizzaria seguida da ele. Notei ele seguir atè uma mesa, aonde provavelmente estavam todos os seus amigos.

Sorri umaultima vez pra ele, e me dirigi atè onde provavelmente, seria o inferno essa noite.

Estavam todos presentes: Ryan, July, Chaz, Justin e Emily.

Emily?

Ela estava – como sempre – com um vestido longo tomara que caia, com um monte de fantasias diferentes. Minha roupa nao chegava nem aos pès. Rolei os olhos com o meu pensamento, e criei forças para me aproximar.

- Olà! – Sorri e sentei no unico lugar disponivel, entre Emily e Chaz.

Todos responderam e Emily me olhou mostrando felicidade. – Karina! Que bom ti rever!

- Oh, pra mim tambèm Emi. – Sorri de volta e observei melhor a mesa.

Justin e Ryan, infelizmente pareciam nem querer se tocar. July, nem querer me olhar, e Chaz, na posiçao neutra, onde nao briga com ninguèm. Suspirei. Infelizmente, o grupo estava realmente se dividindo.

- Entao, jà pediram? – Perguntei quebrando o silencio

- Nao, esperavamos voce – Falou Emily

- Oh.. ok. Eu vou fazer o meu pedido.

Justin P.O.V

Jà era quase uma hora e meia que eravamos aqui, e jà era quase uma ora e meia que Karina ria das inuteis palhaçadas do Don Ruan ao meu lado. A quem interessa que ele bateu a bunda no esquentador, ou que escorregou em uma casca de banana?

Cala a boca porque voce ria disso em passado.

Disse bem, passado. Sabe o que è passado? Algo que jà aconteçeu, e que eu decido se quero que aconteça de novo ou nao.

Mais eu sei que voce està querendo rir disso. Nao è um falso sorriso que desfarça a sua vontade de rir atè cair da cadeira.

Ta. O ponto è que è verdade. Eu queria ri. Mais o orgulho, grita muito mais alto do que.. do que a amizade?

Queria ir atè Ryan e dizer, “Desculpa cara”, e assim finalmente ter usa amizade de volta. Mais ao meu ponto de vista.. nao. Ao ponto de vista do meu orgolho, è missao impossivel.

Nao que eu seja um deficiente que faz o que quer, mais o que eu quero agora è que Ryan venha me pedir desculpas. Ele è que errou e ainda mais vem dizer que è louca de paixao por Karina. Vai pra porra Ryan.

E a outar novidade: Emily conheçe Karina. Quem disse que eu queria isso? Elas duas nao podem se conheçer, alèm do mais Emily nao pode saber o motivo de tanta mudança na minha vida.

Karina ria como uma louca, e eu estava conçentrado sò na minha escolha diferente de bebida essa noite: suco.

Suco, mais porque suco?

Dizem que o suco faz bem a saude. Descobri ontem na internet.

Ta, o suco era de cereja, mais posso garantir, uma delicia! Nunca pensei nisso, mais vou pedir a Cro pra fazer. Ele iria ficar surpreso e rir da minha cara. Idiota. Com Karina nao teria sido diferente. Ela ira ri e apontar na minha cara. Conheço ela e..

E de volta estou pensando nela.

Inutil qualquer tentativo de fugir.. meu pensa