Standby escrita por Mercenária, Jhaay


Capítulo 4
Capítulo III




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Capitulo 3

-O que pretende fazer hoje? - Carmen perguntou a Bella.

-Andar por entre os campos. - respondeu e perdeu o fôlego, quando a acompanhante apertou-lhe um pouco mais o espartilho.

-Não estas de castigo? - rebateu apertando mais, arrancando outro suspiro entrecortado de sua protegida.

-De ir ate a cidade? Sim, com certeza! - respondeu azeda. - O senhor meu pai não sossegará ate me ver inútil em cima da cama!

-O senhor seu pai apenas se preocupa com a senhorita. - a acompanhante discordou. Bella ficou em silencio, estava cansada de falar sobre aquilo. Ficar em casa só a entristecia. Carmen deu outro aperto no espartilho.

-Ai! - Bella exclamou aborrecida. - As costelas ainda são importantes, Carmen!

- Desculpe-me, senhorita. - murmurou a mulher poucos anos mais velha. - Pronto! - amarrou as pontas do fio que trespassava na peça de roupa. -Qual vestido quer usar hoje, senhorita Isabella?

-Aquele bege com dourado... - disse levantando-se de sua penteadeira. - Eu o adoro!

Logo, Carmen retornou com o pesado vestido nos braços. Ajudou Bella com as saias e a abotoar a fileira de botões cor de marfim. Era um dos poucos vestidos leves que Isabella tinha e lamentava sempre que o verão chegava. Seu humor mudava drasticamente.

-Pronto, senhorita. - disse afastando-se. Bella alisou a roupa e deixou os ombros caírem. - O que houve?

-Nada... - resmungou tristonha. Sentia-se esgotada nos últimos dias, talvez fosse a falta de apetite.

-Diga-me.  - incentivou-a.

-Carmen, como acha que devo achar um noivo que me ame e que me dê filhos, se fico trancada aqui? - desabafou desanimada. Carmen não tinha com o que rebater o argumento. E então, Bella voltou no tempo, há exatamente uma semana atrás, quando sentiu o vento nos cabelos...

E teve uma ideia diabólica!

-Meu pai está em casa? - Bella perguntou a acompanhante abruptamente. Refreou toda a emoção para não dar pistas a ela.

-Não. - admitiu Carmen. - Ele foi à cidade e levou a senhora sua mãe junto. Estas sentindo alguma coisa?

-O que? - Bella assombrou-se. - Não. Poderia fazer-me um favor, por gentileza, Carmen? - pediu amorosamente enrolando uma fina mecha de seu cabelo entre os dedos.

-Claro senhorita, o que quiser.

-Poderia ir chamar Alice para almoçar conosco hoje? - retorceu as mãos, fazendo-se de inocente. Carmen hesitou. Bella jogou-se em seus braços. - Sinto-me mais alegre com ela ao meu lado... Por favor, chame-a! Sao poucas milhas. Eu mesma iria se não estivesse de castigo...

Carmen suspirou resignada.

-Por favor. - Bella tornou implorar.

-Tudo bem, senhorita, eu vou. - a garota riu mostrando suas covinhas angelicais. - Não consigo lhe negar nada senhorita!

-Obrigada, Carmen. - disse feliz.

-Eu vou agora e volto com a senhorita Brandon. - a mulher disse encarando os olhos castanhos brilhantes de Bella. -Não faça nada de errado em minha ausência!

-Não estava pensando nisso. - ela beijou os dedos, prometendo em vão.

A acompanhante entortou a boca e saiu, arrastando seu vestido opaco. Bella correu para a janela a tempo de ver Carmen sair pela porta da frente e andar apressadamente, ate sumir entre os campos de trigo.

Excitada, saiu pelas portas do fundo em direção aos estábulos.

Edward suspirou limpando os acessórios de seu pai com álcool. Era um trabalho demasiadamente tedioso. O senhor seu pai riu, dando-lhe tapinhas nas costas.

-Já não somos o assunto da cidade. - contou-lhe animado.

-Mesmo? - Edward animou-se. - Isso é bom... Posso ficar mais aliviado em passear na rua sem receber olhares...

-Femininos? Aposto que ainda assim chamará a atenção. - Carlisle o provocou, deixando-o envergonhado o bastante para deixa-lo sem voz.

-Com licença... - um senhor, não mais velho que o pai de Edward disse. Tinha um bem cuidado bigode acima da boca. - O senhor é o medico?

-Sim. - o homem loiro de olhos bondosos avançou pronto para ajudar. Os dois se afastaram, deixando que Edward continuasse a limpar os acessórios. O álcool começava a queimar-lhe as narinas.

Suspirou outra vez, abandonando a tarefa de lado. Estava faltando pouco para a hora do almoço e gostaria de cavalgar, como fazia todos os dias. Pegou gosto por ficar debaixo do imponente carvalho.

Estava se preparando para sair de mansinha, quando uma mulher entrou afobada com uma criança nos braços. A criança chorava alto, e Carlisle apareceu apressado, pegando a criança nos braços e levou-a para um dos leitos disponíveis. O homem de bigode pareceu perdido. Edward caminhou ate a mãe desesperada e mostrou-lhe um acento.

-Deseja mais alguma coisa, senhor? - ele perguntou ao homem de bigode.

-Não. - respondeu lentamente. - Obrigado, rapaz. - Edward deu um breve aceno. -Com licença. Rapaz. - e fez uma pequena reverencia na direção da mulher. - Senhora. - e saiu.

-O que lhe ocorreu, senhora? - Edward perguntou, olhando rapidamente para a porta por onde seu pai entrara e que se podia ouvir a criança chorar.

-Eu não... Eu não sei... - ela balbuciou atordoada. -Estava observando-o brincar e virei às costas, ele gritou e estava ao chão... Eu não sei o que se passou!

-Acalme-se, senhora, vai ficar tudo...

-Edward! - Carlisle o gritou, interrompendo-o. -Venha cá, garoto!

Rapidamente, ele atendeu ao chamado. O pequeno menino de cabelos claríssimos choramingava.

-Pegue a faixa para mim. - pediu. -Ei garoto, como conseguiu isso? - o menino pestanejou com os olhos úmidos. - Vai ficar bem em um minuto! - e Carlisle fitou o filho parado perto do leito. - É pra hoje, tudo bem, Edward?

-Ah... - resmungou. - Tudo bem, tudo bem... - e entregou a faixa para o medico loiro. Ficou quieto e curioso atrás dele, observando seus movimentos firmes e delicados que fazia ao enrolar a faixa no braço da criança. O menino nem chorava mais.

Isabella rodou e rodou com o cavalo e descobriu que era mais difícil do que imaginara. Decidiu que pediria ajuda a um dos criados mais tarde, entretanto, Isabella era teimosa o suficiente para atravessar os campos de trigo a galope, em direção ao carvalho que a protegera do sol.

Teve medo de descer do cavalo quando chegou ao destino, afagou a crina do animal amavelmente, com os olhos grudados em sua casa. Suspirou tristemente. Bem que Demetri, seu irmão mais velho, podia voltar para casa. Ela sentia sua falta... Odiava ser o centro das atenções de seus pais. Isabella suspirou de novo e o cavalo bufou como se concordasse com a saudade dela.

Uma brisa beijou-lhe o rosto.

N/a: Respondendo algumas perguntas:

Sim, vou responder a todos os reviews, é só questao de tempo!

Nao, a postagem nao é semanal... Vai ser quinzenal, pra ficar mais facil pra mim!

E creditos de postagem à beta linda, porque eu estou temporariamente sem computador! ~estão pintando meu quarto ¬¬ ~ Por favor, comentem! :)

N/B: Oi pessoal!!! Mais um capitulo!!! Será que era Charlie no ‘consultorio’ de Carlisle??? Sera que ele foi pedir que ele fosse avaliar a Bella??? Por será que ele tem essa cisma com Bella doente??? E quem é Demetri?? Aonde ele esta??? Só estou aguçando a curiosidade de vocês!! Mandem reviews e perguntas!! Hehehehe... Até a proxima!!


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