Todo homem é poeta quando está apaixonado.

Platão

– Capítulo Um –

O Casal Mais Que Esperado

O restante das férias de verão se passaram rápido na Mansão Ridgeway, Dumbledore permitiu que Harry passasse o resto das férias na Mansão, e a Sra. e o Sr. Weasley também permitiram que Rony e Gina ficassem, Hermione foi escoltada até a casa de seus pais para explicar o que havia acontecido e depois voltou pra Mansão, a Sra. Malfoy e Draco também ficaram hospedados lá, a mansão Malfoy estava em reforma. Para que os garotos não ficassem sozinhos, temporariamente a Ordem fazia suas reuniões na Mansão ao invés do Lago Grimmauld, Sirius fazia visitas quase diárias ao Harry pela lareira e Snape aparecia sempre que podia para as reuniões, Dumbledore dera a ele alguma missão que eles acreditavam que era para ser espião. Fora eles quem aparecia quase sempre para o jantar era Kingsley que foi tantas vezes na mansão, que engatou uma grande amizade com Narcisa que resultou em um namoro recente e Draco não conseguira aceitar muito bem o fato, A Sra. Malfoy agora voltara a ser a Sra. Black, ela conseguira um divórcio forçado, sem que Lúcio precisasse assinar, depois de tudo que ele fez com ela o ministério apoiou a separação, além disso, Lúcio estava desaparecido e não poderia assinar tais papéis.

Hoje em especial, teria uma grande reunião de comemoração, todos acreditavam seriamente que Sirius seria inocentado depois do julgamento. Draco foi mais cedo ao ministério para dar seu depoimento e não pôde ficar no aguardo teve que voltar pra mansão, Narcisa ainda estava no ministério para depor, Angeline a acompanhou, a amizade delas estava forte como sempre fora antes de tudo acontecer.

- Relaxa Potter. – disse Draco pela quinta vez, Harry não parava de andar pra lá e pra cá na sala de estar da mansão – Sirius será inocentado. Por que não se senta e toma um pouco de chá?

- Não vou conseguir comer nem tomar nada até saber o que está acontecendo. – disse Harry se sentando em uma poltrona perto da de Draco.

Draco sabia o quanto era importante para Harry que Sirius fosse inocentado, ele finalmente sairia da casa dos Dursley na qual sofreu durante tanto tempo e ficaria com alguém que realmente gostava dele, agora ele teria pra quem voltar nas férias de natal e nas férias de verão.

- Não se preocupe, vai dar tudo certo. – disse Draco – Eu depus sobre efeito do Veritasserum, não tem erro.

- Obrigado Malfoy. – disse Harry pela centésima vez. Draco não gostava muito quando agradeciam a ele com tanto sentimentalismo, ele nunca sabia o que dizer, também pudera, ele nunca fez coisas boas antes para ser agradecido assim.

- Só tenta ficar calmo. – disse Draco bebericando o chá.

- Tudo bem. Você tem razão, eu sei que ele vai ser inocentado. – disse Harry se servindo de chá.

- Ótimo. – disse Draco mais relaxado, ele não sabia por que mais quando Harry ficava nervoso ele nunca conseguia relaxar.

- Quero te pedir um favor. – disse Harry de repente.

- E qual seria? – perguntou Draco preguiçosamente.

- Quero que você me ajude com a Agatha. – disse Harry acelerado.

- O que quer que eu faça Potter? – perguntou Draco sorrindo irônico – Que eu ameace colocar fogo no cabelo dela se ela não ficar com você?

- Muito engraçado Malfoy. – disse Harry impaciente – Ela está me evitando. Sempre está fazendo alguma coisa e eu nunca consigo pegar ela sozinha pra conversar.

- Você já parou pra pensar que ela realmente está muito ocupada? – perguntou Draco inocentemente.

- Ela sempre te ouve, tenta falar com ela, convencê-la a voltar comigo. – disse Harry ignorando Draco – Pelo menos convencê-la a conversar.

- Eu não tenho nenhum dom para ser conselheiro amoroso. – disse Draco zombeteiro – Mas posso tentar – acrescentou ao ver a cara de decepção de Harry.

- Obrigado. – disse Harry aliviado – Só precisamos encontrá-la, eu já me perdi nessa mansão bem umas dez vezes, eu não faço idéia de onde ela esteja.

- Ela sempre gosta de ir à estufa antes do jantar. – disse Draco de repente – Desde pequena.

- Ótimo, então você poderia...?

Draco balançou a cabeça e seguiu para os fundos da Mansão onde se encontrava uma estufa, ao se aproximar, pôde visualizar Agatha com um avental e luvas mexendo nas plantas, nada como as plantas da qual a Profª Sprout dava aulas, eram plantas e flores normais.

- Mudou muito desde a ultima vez que estive aqui. – disse Draco na entrada da estufa, Agatha deu um pequeno salto com o susto – Você fez um ótimo trabalho.

- Obrigada, mas, o mérito não é só meu. – disse Agatha sorrindo docemente – Desde que entrei em Hogwarts quem tem cuidado daqui é a mamãe e a Dana.

- Como se chama aquelas ali. – disse Draco apontando para um vaso com algumas flores amarelas, elas lembravam um pouco um botão de rosa.

- Tulipas. – respondeu Agatha apreciando as flores – São lindas não são? Como sinto falta daqui quando estou na escola.

- É só daqui que você sente falta? – perguntou Draco desinteressado.

- Como assim?

- Você também não sente falta do Potter? Você ainda o ama?

- Eu – Agatha tentou escolher as palavras certas, mas, não conseguiu – não tenho certeza. Eu ainda o amo claro, mas, não como antes, não sei explicar.

- Por que você não dá uma nova chance a ele? – perguntou Draco amaldiçoando Harry por estar tendo esse tipo de conversa com alguém – Vai ser bom pra você. Para com esse orgulho Agatha.

- Eu não vou voltar com o Harry, já está decidido. – disse Agatha resolvida – Mas independente de tudo, eu já abri mão dele.

- Não entendi?

- Eu percebi que tem alguém que gosta de verdade dele. – explicou Agatha com um sorriso sincero – E eu vou deixar o caminho livre pra ela conquistá-lo.

- Você não tá falando sério. – disse Draco indignado.

- Claro que estou. – disse Agatha firmemente.

- Eu não sei se você está sendo corajosa ou covarde de deixar a pessoa que você gosta ficar com outra.

- Então Draco. – disse Agatha o encarando nos olhos – Você e eu somos dois covardes.

Draco a encarou e não respondeu de imediato, olhos esmeraldas e pratas se fitavam.

- Eu não vou trair a confiança dele. – disse Draco finalmente.

- Eu sei. – disse Agatha como se já esperasse essa resposta – Mas eu vou viver a minha vida agora Draco, nem meus sentimentos por Harry e nem por mais ninguém – disse ela olhando novamente Draco – vão me impedir de enxergar em outras pessoas uma chance pra mim.

- Tudo bem então. – disse Draco se dando por vencido – Não vou mais falar disso.

- Perfeito. – disse Agatha tirando as luvas – Vamos entrar, terei que dar a ordem do jantar no lugar da mamãe.

Os dois caminharam juntos em direção a entrada da mansão, Draco pensativo andava logo atrás com as mãos no bolso foi quando Agatha parou abruptamente na entrada da sala de estar e Draco quase deu um encontrão nela. Ele a olhou irritado, mas, resolveu prestar atenção na causa dela ter parado daquela maneira, de pé no meio da sala de estar, estavam Rony e Hermione entrelaçados, não se sabia onde começava o Rony ou onde terminava a Hermione, a única coisa que Draco sabia é que eles estavam se beijando, do outro lado da sala, Draco reparou que Gina e Harry também observavam a cena, surpresos. Depois de mais uns minutos em que ninguém falou nada e os dois não paravam de se beijar, Draco já constrangido resolveu pigarrear alto. Rony e Hermione se soltaram imediatamente.