Boston - Massachusetts

14 de Fevereiro de 2008

17h54min PM

Estou sentada aqui faz mais de meia hora esperando essa estúpida me atender, mas eu não estaria aqui se não fosse pela minha amiga Larissa, ela me fez desmarcar um encontro com o Michel para vir com ela nesse lugar. Mas vamos lá ela disse que é boa, eu duvido muito, mas não custa nada tentar...

– Custa um encontro com o Michel - sussurrei

– Que? - Lari me olhou confusa

– Nada, to pensando alto - virei meu rosto pro lado, estava sentada ao lado de uma janela grande de vidro, nele pelo lado de fora se lia "MADAME ARIANE", pessoas normais passavam pela rua, casais se beijando e eu aqui podendo estar em um cinema. Depois de mais de meia hora a moça que entrará em minha frente saiu. No rosto um olhar apavorado, por um estante, senti minha espinha gelar e um arrepio me subir.

– Isso é bobagem Megan - sussurrei a mim mesma

– Vamos é a nossa vez - disse Lari já de em pé a minha frente.

– Vamos - me dei por vencida, Lari era morena de olhos castanhos chocolate e eu, bom eu sou loira, mas meu cabelo tem umas mechas verdes, meu corpo não é de modelo, mas eu me achava gostosa. E ah, eu sou baixinha. O corpo de Lari era esculpido por deus, seios fartos bunda farta, todos sempre a olhavam, mas eu, bom nunca fui a predileta do publico. Muito quieta e muito mandona pela visão deles, o que eu chamo de ser madura. Entramos naquela sala, tinha panos escuros por todo lado, uma mesa redonda e no centro a tal famosa bola de cristal, não acredito nessas coisas ainda não entendo muito bem o que estou fazendo aqui e quando disse sim a essa loucura, obvio que Lari se aproveito de mim em um momento de fraqueza. A mulher apareceu atrás de uma cortina azul que havia bem atrás da mesa a nossa frente, ela era ruiva e usava uma saia longa e uma blusa de ombros caídos, seus olhos pelo pouco que pude ver eram azuis cerreos. Ela gesticulou para que sentássemos, e logo em seguida ela se sentou e depois dai, foi que a minha vida mudou.

Lisboa - Portugal

15 de Fevereiro de 2008

18h43min PM

– Shannon - eu sai correndo pelo camarim e pulei em seu colo

– Jared - ele disse como se sentisse dor - Sai de cima - ele me empurrou me fazendo me levantar

– Sem graça - fui em direção ao frigobar que continha as nossas bebidas, peguei uma garrafa de água e fui saindo pela porta em direção ao corredor

– Onde vai? - Tommo passou por mim entrando no camarim

– Espairecer - tomei um gole da garrafa de água e fui andando as pessoas me cumprimentaram, eu anda o show começaria em uma hora, e de lá já ouvia os gritos dos fãs. Continuei andando havia vários corredores com fios espalhados pelo chão, tinha uma escada, fui subindo e lá de cima ficava a aparelhagem das luzes tomei cuidado pra não tropeçar em nada e continuei andando por ali, até que me sentei em um degrau que havia ali e de lá eu conseguia ver o pessoa entrando no coliseu os ingressos esgotaram muito antes do previsto, eles não me enxergariam, por dois motivos um estava escurecendo e o outro eu me escondia atrás das luzes, mas ai naquele instante eu sentia uma imensa falta de algo, mas não sabia descrever eu tinha esperanças de olhar pro publico e achar aquilo que procurava, mas eu duvidava que eu achasse. A banda Qwentin fez a abertura, começaram a tocar, minha hora estava chegando comecei a refazer meu percurso de volta ao camarim, todos corriam e eu calmamente passava por eles. Minha mente não estava ali, senti algo diferente em mim, sentia que algo estava por acontecer, desejava que aquilo fosse bom. Entrei no camarim e coloquei meus óculos, Shannon se aquecia tocando a bateria imaginável dele, Tommo fazia aquecimento e Tim já tinha ido em direção ao palco. Fui à minha mala e peguei meu remédio, Vitamina C, tenho gota contrai ano passado após ter atuado no filme Chapter 27, mas isso não vem ao caso. Chamaram-nos era a nossa deixa, meu cabelo comprido, com a parte de trás vermelha, eu estava vestido totalmente de preto, os meninos também estavam, meninos ainda chamo eles assim, mas de meninos não tem nada eu já tenho meus 36 anos, Shannon 37 e Tommo 28. Saímos caminhando em direção ao palco e como sempre eu entro por ultimo, todos foram aos seus lugares e eu fui conversando com o publico as luzes estava apagadas apenas algumas ligadas perguntava algumas coisas e comentava outras e eles gritavam, mas ainda não havia encontrado o que procurava, peguei a bandeira que uma fã me alcançou e coloquei sobre meus ombros me abraçando nelas e o palco se acendeu e eu comecei a fazer umas das coisas que eu sabia fazer melhor, mas aquele aperto dentro do meu coração continuava, ainda descobriria do que se tratava, ainda faria esse mal estar passar.