(Im)memorial escrita por Giovanna


Capítulo 5
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Oi anjos. Tudo bem? Vim mais cedo... Ou não.
Aviso lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/188271/chapter/5

- Eu não acredito que tudo isso já aconteceu! – Thalia disse rindo, colocando mais um punhado de pipoca na boca e ajeitando as pernas no colo de Nico.

- Então não acredite! Mas é sério. Principalmente aquela vez que você nos forçou pra ir ao zoológico com você quando tínhamos 11 anos e você viu as girafas e queria chegar perto delas.

- Maus momentos aqueles! Imagine sua melhor amiga caindo da dentro do lugar em que ficavam as girafas? Sua mãe ficou desesperada! Mas a melhor cara foi a do Jason! Foi como se ele dissesse: Eba. Minha irmã vai morrer! Agora a casa é toda minha.

- Ah, não é verdade. Eu sempre amei a minha irmã.

- Amou mesmo, senhor Jason? – Thalia disse, olhando feio para o irmão, que caiu na gargalhada.

- Sim, Thalia. Eu sempre amei você. – O menino sacodiu a cabeça, rindo ainda. – Eu preciso ir pra casa. Arrumar minhas coisas. Amanhã começa as aulas. – Nico, Percy e Annabeth olharam para ele, com as sobrancelhas erguidas. – Vocês sabiam disso, não sabiam? É. Vocês não sabiam.

- Quando você descobriu isso, Jason?

- Semana passada.

- Ah, é claro. Eu recebi uma mensagem de Silena avisando que iríamos voltar para a escola amanhã. Só que estávamos tão angustiados com essa parada da Thalia que nem prestei atenção.

- Muito bem, Annabeth! – Percy comentou.

- Desculpe. A culpa não foi minha se eu tive outras prioridades. Mas não sei do que estão reclamando. Nós ganhamos já temos todos os livros e materiais!

- Estamos preparados já desse jeito, né. Mas não estamos preparados mentalmente e psicologicamente. É a escola! Não somos gênios iguais a você. – Nico disse, revirando os olhos.

Thalia e Jason estavam segurando a risada, vendo os três discutirem. Jason fingia que estava segurando um pacote de pipoca e comendo e a irmã ao lado olhava atentamente a briga. Os outros três deslocaram o olhar para os dois, e ficaram sem entender porque estavam daquele jeito e ainda não tinham falado nada.

- O que, exatamente, vocês estão fazendo?

- Assistindo um filme ao vivo. Por quê? – Thalia respondeu a pergunta de Percy, sorrindo sarcasticamente.

- Um filme? – Percy e Nico trocaram olhares e a morena juntou as sobrancelhas, sem entender nada.

- O que estão armando? – Annabeth estreitou os olhos ao dizer.

- Antes que vocês se matem, eu vou indo. – Jason acenou e saiu da casa. Thalia já ia subir as escadas para ir até o quarto, mas fui puxada novamente para a sala por Nico, que a tirou do chão fazendo-a se debater no braço do garoto.

- Me solta! – A menina tentava dizer séria, mas acabou por rir e entrar na brincadeira.

- Nananinanão. Você e Annabeth vão pagar por serem tão sérias. – Nico jogou Thalia no sofá.

- Como é? – Annabeth, que até então estava parada apenas rindo, disse, já se afastando.

- Nada de se afastar, Annie querida. Vem cá! – Percy começou a correr atrás da menina, que apenas gargalhava.

Nico e Thalia se encaravam, sem dizer nada. Emoções passavam pelo corpo dos dois e aquela foi a primeira vez que Thalia sentiu aquelas palpitações no coração e o maldito frio na barriga quando olhava para algum garoto. Ou pelo menos que se lembrava. Parecia que o mundo havia parado e que apenas a menina de cabelos negros e os olhos azuis elétricos, sem nem um pingo de maquiagem, e o menino com o cabelo bagunçado e olhos castanhos escuros estavam ali.

- Eles vão se beijar. – Percy comentou baixinho com Annabeth, o que fez Nico e Thalia voltar ao “mundo real” e levantarem rapidamente, corando. Annabeth deu um tapa no ombro de Percy com toda a força possível, mas o menino apenas riu nasalmente.

- Não ria, panaca.

- Só fez cócegas, Annabeth. – A loira revirou os olhos e o garoto riu.

Annabeth puxou Thalia para o quarto, sem esperar ninguém dizer nada. Thalia nem relutou e, quando ela fazia isso, a loira sabia que a amiga estava com vergonha. Entraram no quarto da morena e Thalia foi empurrada pela segunda vez naquele dia, caindo na cama e olhando sem entender nada para Annabeth, que estava com a mão na cintura.

- Que ceninha foi aquela? Me conta tudo, Thalia!

- Não teve... Ér... Ceninha nenhuma, oras.

- Não. Claro que não. Aquilo foi o resultado de uma ilusão da minha cabeça, não foi? – A ironia presente na voz de Annabeth só fez Thalia corar ainda mais. – Não disse! Você tá corando. Pode soltar o verbo. Anda.

- Mas não aconteceu nada. Foi só... Eu não sei exatamente o que aconteceu.

- Tem certeza?

- Lógico, Annabeth! Nunca senti isso antes. Bem... Não que eu me lembre.

- Certo. – A loira bufou. – Vamos arrumar as coisas.

Annabeth abriu o guarda-roupa bagunçado de Thalia e tirou de lá de dentro uma mochila. A morena arregalou os olhos ao ver a facilidade da amiga ao achar aquela mochila e Annabeth apenas deu de ombros.

- Sou sua amiga desde que éramos pequenas. Eu tenho que saber onde você guarda suas coisas, mesmo que esteja tudo bagunçado. Me acostumei. Uma vez fui tentar arrumar, e você me disse algo como “Não tente arrumar a minha bagunça!”. Depois desse dia tive que me virar pra me acostumar.

- Eu era estranha...

- Não. Você era normal. Pro jeito que você era, claro. Enfim...

- Eu preciso arrumar esse guarda-roupa.

- Não antes de me ajudar a arrumar sua mochila. – Annabeth puxou Thalia pelo cabelo, que apenas bufou, mas assentiu.

As duas arrumaram as coisas rapidamente e, quando viram, já estava dando a noite. Annabeth lembrou-se que naquele dia era a vez dela de preparar o jantar, então teve de descer correndo, deixando uma Thalia sem saber o que fazer no quarto e uma mochila bagunçada, mas com tudo arrumado.

Thalia deu de ombros e foi arrumar o guarda-roupa. Tirou lá de dentro todas as coisas, deixando-o vazio. Ou nem tão vazio assim.

No fundo do guarda-roupa estava uma caixinha semiaberta, como se tivesse sido mal fechada e jogada lá dentro para ninguém ver. Thalia pegou a caixinha, abriu espaço na cama e sentou-se. Abriu levemente com medo do que poderia estar ali, mas se assustou, ao ver um objeto dentro da caixa. Era um... Caderno? Por que razão alguém guardaria um caderno daquele jeito naquele lugar dentro de um guarda-roupa bagunçado? Ela. É.

A menina abriu o caderno e se exaltou ainda mais ao perceber do que se tratava aquilo: De textos. Ou mais precisamente, de histórias. Suas histórias. Seus textos. Provavelmente estava guardado daquele jeito para ninguém descobrir a sua aptidão por escrever histórias.

 A menina estava tão absorvida na descoberta que não escutou a porta sendo aberta, fazendo-a jogar o caderno no outro canto do quarto e olhar assustada para a porta. Lá estava Annabeth, com uma colher na mão e com uma expressão nada amigável.

- Ficou surda? – Disse, colocando a mão na cintura. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Cores, minhas aulas começam na segunda. Pois é. Não é drama não, mas eu não quero voltar.
Então quem quiser trocar de lugar comigo... Rere.
Reviews? '-'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "(Im)memorial" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.