- Bom dia!Feliz Natal! - Rose gritou descendo as escadas de pijama e indo abraçar todos os integrantes da família Weasley.Parecia uma missão impossível.

  Eles só estavam esperando Rose para abrir os presentes, a árvore da Natal ficou no jardim pra não ocupar espaço da sala.Espaço era uma coisa fundamental alí.

  A pilha de presentes era enorme e ninguém ficou sem ganhar algo tricotado pela Sra. Weasley nem alguma pegadinha das Gemialidades Weasley.

  Como não ouve ceia de Natal, pois todos estavam cansados na noite anterior, houve o almoço de Natal, como sempre lotado.Todos comerar, riram, conversaram e como em todo feriado, alguém se engasgou enquanto comia e ouvia as piadas de George.O azarado da vez foi o Gui.

  - O que você deu de presente para o seu querido Malfoy, Rose? - Lily perguntou depois do almoço quando todos já estavam na sala da'A Toca.

  - Malfoy?Como assim "Malfoy"? - foram ouvidos vários murmurios de todos aqueles que ainda não sabiam do namoro.Rose corou sentindo vários olhares sobre si.

  - Então Rose, como assim "querido Malfoy"? - George perguntou diretamente pra Rose.

  A garota mordeu o lábio inferior de nervosismo.

  - Essa desmiolada está namorando o cretino do filho dos Malfoy!E eu que pensava que ela tinha puxado a inteligência da mãe! - Rony falou alto.Quase todos olhavam assustados de Rose para Rony que estava com as orelhas vermelhas de raiva.

  - Desde quando? - Sua prima Dominique perguntou chegando perto de Rose, que corou vendo que todos na sala esperavam sua resposta.

  - Novembro, eu acho... - a ruiva disse incerta.

  - Gente, não é assim que vamos conseguir tirar as informações dela! - Roxanne disse puxando Rose e Dominique pra fora da sala.

  - Vai tortura-la? - Angelina perguntou pra filha.

  - Uhun, e não gosto de usar maldições imperdoáveis com platéia! - ela disse e muitos olharam espantados menos Angelina e George.A Sra.Weasley olhou zangada. - Por Merlin, é brincadeira! - ela disse levantando as mãos em sinal de rendimento e logo após voltou a empurrar Rose e Dominique para o quintal da'A Toca.Com apenas 11 anos ela tinha um grande poder de persuasão.

 [...]

  James e Rafa estavam sentados perto da janela da sala, só que do lado de fora, no quintal.Os pais de Rafa não comemoravam o Natal, assim, como um evento por isso deixaram a flha passar o feriado junto com o "namorado".

  Enquanto eles se beijavam, James tinha a mão delicadamente no rosto da garota e a outra segurando sua mão.

  Quando se separaram ela sorriu, ele sorriu também.Ela deitou a cabeça no ombro da James, o mesmo começou a fazer carinho no cabelo dela.Normalmente quando eles não estavam se beijando ele não tinha muito assunto, mas James começou a falar.

  - Se a Roxanne não conseguir tirar informações da Rose, eu tenho certeza que eu consigo tirar de você...

  A garota sorriu de lado.

  - Vai ter que matar primeiro.

  - Difícil decisão. - ele disse cossando o queixo como se ouvesse um rastro de barba alí - Pra matar minha curiosidade tenho que matar a minha garota? - ele disse crispando os lábios.Rafa ficou inexpressiva, as palavras " minha garota " mexeram com ela, mas foi despertada de seus devaneios quando ouviu a Sra. Weasley gritando de dentro da casa com eles:

  - NÃO VAI TER NENHUMA MORTE AQUI, OUVIRAM?!NINGUÉM VAI MATAR NADA!

  - Ela fica ouvindo TUDO? - Rafa sussurrou de sombrancelha erguida.

  - 98%. - James respondeu bufando.

  - 99! - Molly gritou da sala fazendo todos rirem.

  - De quem é aquela coruja? - Rafa perguntou apontando pra um pontinho acizentado que vinha na direção da casa.O pontinho foi se aproximando, só agora tomando forma de uma robusta coruja coruja cinzenta e desconhecida.Ela pousou na janela e piou impaciente.

  - Nervozinha! - Rafa disse chegando perto do coruja e retirando o bilhete amarrado em sua perna.

  " Minha rosa com espinhos, espero que goste do presente de Natal.
                                                                                                              Scorpius."

  - É do Scorpius... - Rafa disse lendo quando terminou de ler o bilhete - Que trocadilho tosco! - ela acrescentou relendo o trecho "minha rosa com espinhos".James levantou e tirou o bilhete de sua mão e começou a ler.

  - Ele mandou um presente? - James perguntou franzindo o cenho.Ele nunca se acustumaria com a prima namorando um Malfoy, mesmo ele fingindo estar indiferente a isso.

  - Olha mãe, uma coruja!Lá na janela!

  - Não conheço essa coruja! - o Sr. Weasley disse olhando pra janela.

  - Arthur, seu nome é "mãe"? - a Sra. Weasley perguntou e o Sr. Weasley corou.

  - Desculpe, Molly.Não sabia que a coruja é sua.

  - Mas não é! - ela disse chagando perto da janela.

  - Mas então por que...? - ele começou a dizer mas foi interrompido pelo grito da Sra. Weasley.

  - Jaaaames! - ela gritou colocando a cabeça pra fora da janela - Essa bilhete, por acaso, veio com a coruja?

  - Vei sim, vó.Por que? - ele disse tentando tirar a caixinha que estava amarrada ao pé da coruja mas a única coisa que conseguiu foram algumas bicadas na mão.

  - Deixe-me ver! - ela disse autoritária e na hora o garoto estendeu o bilhete e ela leu.

  - Pelo visto a coruja não vai deixar ninguém encostar no presente a não ser a Rose.

  - A coruja é da Rose? - Fred II perguntou.

  - Do Scorpius Malfoy. - Ela respondeu e todos voltaram a atenção para a coruja.

  - Não acredito que esse meliante conseguiu estragar meu Natal! - Rony resmungou.

  - Podem chamar a Rose por favor, queridos? - Molly pediu, James tirou o celular do bolso e digitou o número da ruiva:

      I'd catch a grenade for ya
      Throw my hand on a blade for ya
      I'd jump in front of...

  A música soou vindo do bolso da calça de Rafa.

  - Não acredito que você tá com o celular dela... - o garoto desligou o aparelho e colocou de volta no bolso.

  - Bom... - Rafa começou a dizer envergonhada - é que eu fiquei curiosa pra saber como funciona isso, daí ela me emprestou pra eu aprender...

  - A Dominique ou a Roxanne tem celular? - o garoto perguntou, Fleur e Fred fizeram que não com a cabeça, James suspirou. - Vamos procura-las... - ele disse e puxou Rafa junto com ele pra explorar o jardim.


[...]


  - Agora que a Rose tava na parte boa da história!James, você ainda vai pagar! - Roxanne Weasley vinha reclamando porque James interrompeu a história do namoro pra chamar Rose - Você sempre estraga tudo James!Você vai ver James, quando você estiver nos finelmentes com uma garota eu vu estar lá pra atrapalhar!

  - Mas você não estava nos finalmente com a Rose e a Domi!Estava? - James perguntou levantando uma sombrancelha.Eles não conseguiram deixar de rir disso, nem a Roxanne.

  Nem James, nem Rafa tinha contado pra Rose do porque de ela precisar voltar pra sala da'A Toca.Quando ela chegou lá perguntou:

  - Que foi?

  - Presentinho do Malfoy. - Percy disse apontando pra janela.Rose murmurou um "obrigada pela informação" com desprezo.Ela não gostava nada de seu tio Percy, nem de sua esposa.Eles tampouco gostavam de Rose.Algúns desentendimentos passados.

  Ao ver a coruja, Rose correu para a janela.Mesmo que a maioria tentasse disfarçar, todos estavam curiosos pera saber o que era o presente.O que um Malfoy mandaria?Uma bomba atomica, talvez?

  Mas para Rose não era um presente de um Malfoy, é simplesmente e ao mesmo tempo nada simples, o presente de seu namorado.

  Assim que ela pegou a caixinha a coruja piou agudo e voo de volta a Mansão Malfoy.

  Quando ela abriu a caixa branca e simples, viu uma pulseira grossa e prateada, crostada de pedras verdes escuras.Realmente não era NADA simples.

  - U-a-u! - Fleur deixou escapar.Rose sorriu ao ver o nome "Malfoy" cravado na jóia.Aquilo era uma jóia de família.Tão sonserina.

  - É linda, filha! - Hermione disse andando até a filha pra ver a jóia de perto.

  - É verde! - Rony resmungou.Rose revirou os olhos e colocou a pulseira em seu pulso.

  Ouviu-se murmurios baixos...Não vinham das pessoas da sala, pois elas nem respiravam direito...Vinham da pulseira...

  Um som agúdo de ferro se expandindo e Rose gemeu.

  5 filetes grossos de ferro se expandiram de dentro da pulseria penetrando em sua pele.

  - Rose! - muitos gritaram incertos ao ouvir o arfar da garota que tentava desesperadamente tirar aquilo de seu pulso.

  Ela puxava e puxava, assim como Hermione, Ron, Harry, tentaram mas parecia só piorar e a pulseira se apertar mais.

  - Tira...isso! - ela arfou, lágrimas brotavam nos olhos de Hermione ao ver sua filha no chão batendo o braço frenéticamente contra o chão.Hugo estava encolhido no canto da sala.

  - Puta merda! - Rony exclamou tentando arrancar a pulseira do pulso da filha com uma faca - Chamem os aurores!Os inomináveis!O Minístro!

  - Não podemos! - Harry disse aflito agarrando seu rebeldes cabelos negros e rebeldes com tal força que ele poderia ficar careca.

  Rose soltou mais um grito agúdo.Gotas de sangue respingavam pelo chão da sala.Algúns mantinha distância.Gui se ajoelhou ao lado da sobrinha que se debatia de dor.

  - O que é isso?Exatamente?Está vivo?

  - Não sabemos. - Harry admitiu.

  - Talvez tenhamos que matar... - George sujeriu, Rony se virou e gritou:

  - Que?Matar minha filha?Que idéia desgraçada é essa??

  - A Rose não!A pulseria!

  - Como matar?É só um objeto! - a esposa de Percy, Natasha, disse, puxando de volta a filha que insistentemente se aproximava de Rose.

  - Talvez não! - Hermione disse com uma sombra de esperança nos olhos.Enquanto Hermione corria pra fora da casa à caminho do carro de Rony, a mão de Rose já estava pálida, assim como seu rosto, sua respiração acelerada e lágrimas de dor escorriam de seus olhos.

  "O Scorpius não fez isso de propósito!" ela pensava tentando acreditar nisso.

  Hermione voltou correndo.Seus passos pareciam saltos, ela tinha algo na mão.

  - Dente de basilisco? - Harry perguntou chegando perto da amiga.Muitos tiveram um sobresalto.

  - Sempre guardei um.Sabe, defesa pessoal... - ela disse tentando tirar Harry do caminho mas o moreno continuou tentando evitar a passagem da mulher.

  - Isso tem muito veneno, Hermione. - disse Arthur - Se pegar no braço dela irá mata-la!

  - Alguém tem alguma idéia melhor? - Rose gritou entre guinchos de dor.Hermione se aproximou da filha com lágrimas nos olhos e o dente de basilisco na mão.Rony acompanhou a cena choroso, os outros pareciam mais tensos.

  Com cuidado, Hermione posicionou o dente de basilisco em uma das pedras da pulseira e fez pressão no local.

  Foi como se fosse um gás, uma fumaça preta começou a sair dos lugares que Hermione perfurava.Hermione fazia mais força até que a pulseira se partiu no meio deixando à mostra algúns filetes de prata que já tinham saído do braço da garota, outros ainda estavam cravados em seus pulso.Agora muito mais sangue escorria.

  Muitos voltaram a respirar na sala.Principalmente Rose.Hugo limpou uma lágrima que tinha escorrido sem sua permissão.

  - Episkey. - Gina apontou para o pulso de Rose.Os machucados não sararam, tão pouco diminuiram mas a veia que havia se rompido se reuniu o que fez parar o sangramento.

  - Obrigada! - Rose agradeceu tombando a cabeça no chão.


[...]


  - Hermione?

  - Sim, Gina? - Hermione perguntou, sem parar de andar em círculos no que era o antigo quarto de Ron na' A Toca.

  - No que está pensando?

  - Em ir à mansão dos Malfoy.

  - Quando? - Gina perguntou não demonstrando surpresa com a decisão da amiga.

  - Assim que a Fleur terminer lá embaixo. - Fleur estava fazendo os curativos no braço de Rose.

  - Ela já terminou.

  - Ótimo! - Hermione disse se encaminhando para a porta e descendo as escadas até a sala.

  Partiu-lhe o coração ao ver ainda tantas lágrimas no rosto da filha.

  - Ainda está doendo? - Hermione perguntou preocupada e Rose assentiu.

  - Aqui. - ela disse apontando para o coração. - Eu não acredito que ele fez isso comigo...

  - Eu disse que ele é um cretino, idiota, nojento... - Rony começou a dizer mas se calou ao ver o olhar assacino que Hermione e Rose o mandaram.

  - Vem cá, Rony! - Hermione chamou autoritária estendendo a mão para o marido.

  - O que eu fiz? - Rony perguntou confuso e com medo.

  - É o que você vai me impedir de fazer, na verdade! - ela disse sombriamente.

  - Não acho uma boa idéia não, amor...

  - Ah Ron, pode uma vez na vida levantar essa bunda gorda do sofá e ajudar a sua mulher?! - George disse enquanto jogava cartas com Harry e o Sr.Weasley.A maioria riu.

  - Ronald Billius Wea...

  - Não precisa chamar pelo nome completo, ok?! - Ron disse e foi mancando até o lado de Hermione.

  - Hugo? - ela perguntou.Hugo franziu o cenho e negou ao pedido mudo.

  Rose e Ron tocaram no braço de Hermione e aparataram.

  O jardim da Mansão Malfoy nunca foi menos hospitaleiro.Era bem difícil não sentir um arrepio na espinha onde os arbustos formavam muros de metros de altura, gárgulas de 5 em cinco metros, silêncio, um passo parecia ser o som mais alto.

  Toc toc toc

  Hermione bateu na porta umas 7 vezes.

  - Granger? - Draco perguntou ver quem batera em sua porta. - Weasleys - ele disse com desgosto. - Temos campainha.

  - Olá Draco, seu filho está em casa? - ela disse fria e robóticamente.

  - O que quer com o Scorpius?

  - Ele está? - Hermione tornou a perguntar.

  - Olá! - O rosto de uma mulher sorridente apareceu por trás do ombro de Draco.

  - Olá Astória, será que podia chamar seu filho , por gentileza? - perguntou Hermione um pouco mais açúcarada.

  O sorrizo de Astória sumiu.

  - Claro. - ela disse, mas sem chance de dar o primeiro passo, Draco segurou seu braço firmemente, então ela gritou - SCOOOOOOOOORPIUS!

  - Não Astória! - Draco disse irritado assim que a mulher chamou o filho.

  - Draco, se não chamarem o menino não podemos tirar essa história a limpo.

  - E o que o Scorp fez?Engravidou a menina? - Draco perguntou espantado.

  - Claro que não, seu idiota! - Rony rugiu.

  - Foi o que então?

  Hermione segurou o pulso de Rose e com um feitiço a faixa se desenrolou deixando expostas as feridas profundas.

  - Mãe, chamou...? - Scorpius disse chegando na porta de entrada e travou ao ver os Wealeys - Rose...? - sua voz saiu pesarosa e quando ia tocar no pulso da ruiva...

  - Não se aproxime dela seu desgraçado! - Rony gritou e foi em direção ao garoto, mas foi barrado por Draco e Astória.Estranhamente Draco só segurou Rony, sem atacar, bater, nada enquanto o ruivo se debatia pra chutar o loiro.

  - Mas que tumulto é esse? - Narcisa chegou vendo a cena e fechou a cara. - Vocês deviam se envergonhar!Não conseguem resolver...

  - A Senhora é que devia se envorgonhar por seu neto ter dado uma Horcrux pra tentar matar a minha filha! - Hermione gritou e todos ficaram em silêncio.Rony parou de tentar agredir Scorpius e passou para o lado da esposa.Lágrimas escaparam dos olhos de Rose.O coração de Scorpius ficou apertado, seus olhos ardiam.

  - Uma...horcrux? - Narcisa perguntou, perdendo a pose, deixando os ombro caídos.

  - Sim!Uma Horcrux de... - ela deu um segundo - Você-sabe-quem.Nós a destruimos! - a castanha disse e tirou do bolso do casaco e pulseira partida no meio e ainda ensanguentada.Narcisa pegou a pulseira da mão de Hermione de queixo caído. - Ele deve ter a feito quando aqui foi a cede dos comensais.

  Narcisa colocou uma mão na tempora, fechou os olhos e disse:

  - Perdã, perdão...era minha.Eu não fazia ideia. - sua voz saiu chorosa e rouca.

  Mais silêncio

  - Perdão Rose... - Scorpius pediu com as lágrimas queimando eu seus olhos.

  - Espero que possa me rerdoar, Rose.Eu que ajudei o Scorp a escolher a pulseira,mas eu nunca ia imagina que fosse uma...Horcrux... - Astória disse de cabeça baixa.

   Silêncio.A família Malfoy olhava para Draco.

  - Não estão esperando que eu me desculpe, estão?Eu não tive nada a ver com isso! - Draco disse cruzando os braços e Rose deu um risinho.

  Foi o bastante para o clima ficar mais leve.

  - Perdoados.  - Rose disse e Scorpius a abraçou delicadamente sendo fuzilado pelo olhar de Rony.

  - Obrigado! - ele sussurrou no ouvido da ruiva.

  - Não creio que irão nos perdoar tão facilmente quanto a Rose, mas aceitam um convite para um café ou algo assim? - Narcisa perguntou abrindo a porta da mansão por completo e abrindo passagem para eles.

  - Claro. - Hermione respondeu educada, puxando consigo Ron pra dentro da mansão.O ruivo olhou incrédulo.

  - Hermione!Eles são os inimigos! - ele sussurrou para a esposa enquanto entravam na sala enorme que lhes traziam as piores das recordações.

  - Francamente Ronald! - ela revirou os olhos séria.Narcisa e Astória sorriram alíviadas.Draco resmungou um pouco mas depois parou.

  - Eles passaramo final da tarde de Natal conversando quase "amigavelmente", como Rose e Scorpius sonhavam.Só houve 5 ou 6  discussões, e uma ou duas vezes Rony e Draco apontaram a varinha um para o outro.

  Já era um começo.

[...]