Steve Holmes - O Código Secreto escrita por bernardotc


Capítulo 3
1 - Rãs e um copo de vinho


Notas iniciais do capítulo

Comentem! Sugiram! Aceito opções! Demorei um pouco a postar este capitulo! É muito grande! XD



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Dias antes...

Londres, 6h54m, Prédio Goldberg, Universidade de Oxford.
           

O telefone tocava sem parar enquanto um sonolento Steve ia atender.

- Hi. Quem fala? - perguntou Steve.

- Mr. Holmes! Bella giornata vero? - perguntou, em italiano, uma voz conhecida. "Sr.Holmes! Belo dia não?".

- Ainda não tive tempo de apreciar! - respondeu em italiano. - Quem fala?

- Professor Giovanni, estudos científicos. - respondeu a voz.

- Claro, como não reconheci antes! - disse Steve. - O que te traz aqui?

- Eu estou na Universidade, não aí! - brincou Giovanni.

-O senhor entendeu! - riu Steve.- Sim, sim. O acelerador de prótons de pente italiano chegou! Quer ver ele funcionar?

- Não o ligue sem mim! - pediu Steve.

- Então venha logo!

- Eu acho que agora não vai dar! Tenho que decifrar uma caixa antiga. Achei em uma loja de antiguidades. Parece ser do sul... Algo como... Egito, Marrocos, Sicilia!

- Nem brinque. Então que horas podemos marcar? Tenho aula à tarde

- Qual tempo?

- Primeiro, Segundo e Terceiro.

- Até às 16 horas, suponho?

- Sim, aproximadamente.

- Às 17 horas então!

- Tudo bem! Ele irá passar por toda a Oxford, não é fantástico?

- Claro! E já estão montando?

- Desde às 3 horas da manhã! Sabe como é! Tiveram de abrir o Campus de Física só para isso!

- Aguardo anciosamente!

- Eu também. Agora tenho que ir, trabalho para fazer.

- As 7 horas da manhã?

- Claro! Vou montar um protótipo de uma usina nuclear e de uma bomba nuclear. Explicar coisas como enriquecimento de urânio e coisas do tipo!

- Com certeza seus alunos terão uma ótima aula.

- Também terão que montar um protótipo, completo. Com algo para fornecer energia, não pilhas, algo que possa substituir o urânio.

- Legal. Até a tarde então!

- Até!

Steve desligou o telefone e se olhou no espelho.

Seu cabelo preto estava desgrenhado. Olheiras enormes estampavam seu rosto.

- Meu Deus... Trabalhei tanto ontem à noite...

Ele lavou o rosto e escovou os dentes. Tirou o pijama e colocou uma blusa social branca e um jeans preto. Calçou um chinelo e foi para seu escritório. 

Steve mora em um prédio da Universidade, muito próximo ao campus.

Em sua mesa de trabalho se encontrava "A Caixa". Uma bela caixa rodeada de desenhos antigos e um grande sapo na fechadura. Já tentara de tudo. Nada fazia a caixa abrir.

Ele pensou em uma chave universal, porém não acreditava que uma chavinha daquelas fosse abrir esta caixa.

Datou as runas inseridas na caixa de um período datado entre 1500 a 1600 d.C.

Uma ideia correu por sua mente.

"Que tal uma gota de sangue? Ou qualquer coisa semelhante.” pensou. Ele pegou uma diminuta faca, que chamava de "Escovinha" por ajudar a tirar pedaços de materiais incrustados em seus objetos, e furou o próprio dedo. Uma bolha de sangue apareceu e logo começou a escorrer.

Logo colocou o dedo na fenda e não foi surpresa quando, ao escorrer, se escutar um 'clique'. A caixa estava aberta.

Lá dentro se encontravam inúmeros materias que constavam uma comunidade de... rãs. Lá datava o nascimento e a morte de todas da cidade, enquanto árvores genealógicas existiam. Esse experimento reivindicava a criação de uma cura para o câncer, que era chamado de "Mal da Morte". A pigmentação delas, segundo os dados de acidez, dentre outros, indicava que certa substância existia em excesso em sua pigmentação de pele.

Uma idéia surgiu por sua cabeça.

"Quem sabe se eu conseguir encontrar esta rã!"

Ligou imediatamente para seu conhecido na seção de anfíbios mundiais.

- Quem fala? -disse.

- Eduard Mikah. - respondeu a voz. Um sotaque britânico perfeito.

- Edd! Quem fala é Steve. Sou Professor de Runas e Física.

- Steve? Quanto tempo meu amigo!

- Ainda está na Suécia vejo!

- Sim, meu amigo. Uma nova espécie de ganso apareceu aqui!

- Ganso? Uma ave? Pensei que seu ramo fosse animais aquáticos e não terrestres!

- Você que pensa! Eu sou especializado neles, porém... Este ganso... Muito belo, você tem que ver.  Ele tem dentes! Reais. Com pontas!

- O que? Mas em aves? Isso não era impossivel?

- Até pouco tempo sim! A comunidade índigena que o descobriu o apelidou de Kal-Asa. "Kal" carnívoro e "Asa" voador! Incrível, não?

- Fantástico! Mas estou te ligando por outra coisa!

- O que amigo?

- Você sabe se existe ainda uma rã chamada Touro-Gibenho-Africana?

- Não é possível. As chances são muito pequenas. Elas contraíram câncer e foram se exterminando.

- Eu é que o diga! A pele dela repelia o câncer!

- Você só pode estar brincando!

- Não, não estou!

- Então, pode ser pelo segundo fator. A pele dela chamava muita atenção. Até que era a maior rã já encontrada, variando entre 15 a 30 cm! A carne dela era sagrada! Em rituais eles a caçavam!

- Então, os humanos esbarraram na cura e a jogaram fora.

- Mas hoje temos tratamento.

- Tratamento! Com a cura, poderíamos salvar todo o mundo! Imagine as milhões de pessoas sendo salvas todos os dias!

- Sem falar no dinheiro que isto ia render!

- Com certeza!

- Meu amigo, não espere. Hoje mesmo irei pegar um vôo para Londres. Amanhã ao meio dia na Casa del Vitto, a comida que mais gosto!

- Italiana, penso eu!

- Acertou de novo! Vou mandar investigar o ganso depois. Primeiro as rãs da cura! Então, até mais! Preciso providenciar uma passagem para hoje ainda!

- Tchau!

Steve desligou o telefone pensativo.

"Um ganso com dentes pontudos?"

Não fazia a menor ideia do que era, mas iria esperar.

Voltou sua atenção para sua caixa. Pegou alguns documentos ainda em italiano. Segundo as anotações um perigo começou a se alastrar, e as rãs morrerem.

"O tal câncer que Edd falou..."

Steve olhou seu rélogio de pulso.

11h30m

Passou todo o tempo discutindo com seu amigo e estudando a caixa que se esqueceu da sua aula! Tinha aula no Primeiro e no Segundo tempo da tarde. 

Correu para a cozinha e começou a preparar um grande almoço: macarrão com molho de frango(molho branco e vermelho juntos) e batata palha. Abriu um whisky de 1525 e um copo de água.

Almoçou tranquilamente. Ao meio dia tomou um banho rápido e escovou os dentes. Colocou uma camisa social preta e um jeans azul. Vestiu meia e sapato social. Saiu para trabalhar.

O tempo vôou. Seu primeiro tempo era de física, e o segundo de runas. Às 15:00 terminou de dar aula. Era sempre assim na segunda. Terça já tinha aula de manhã. Quarta os dois. Quinta à tarde. Sexta de manhã. Uma semana normal.

Quando o sinal tocou Steve se dirigiu à praça de alimentação da universidade. Comeu um Burguer King x5 e um copo de Coke. Logo pegou três Bus-O-Way da própria universidade. Chegou as 16:30 no Campus de Física. Segunda ele tem que correr para chegar a tempo. Ele viu um grande tumulto, na própria universidade. Grandes instalações circulariam por Oxford.

O sinal tocou e rapidamente um homem, altura mediana e cabelos castanhos e um grande bigode, chegou correndo, gritando com os operários.

- Você está fazendo isto errado!Figlio di una puttana!

- Siñore, acalma-te!

- Se não é ele! - disse Steve.

- Oh, Steve! Não marcamos às 17h? - disse Giovanni, surpreso.

- Vim um pouco mais cedo.

- E então. Terminou seu projeto? A caixa mágica foi aberta?

- Foi e você nem imagina que lá dentro... - disse, logo interrompido por uma voz.

- Giovanni! Steve! Como vão? A obra está uma beleza não! Começamos ontem, antes da universidade fechar. Sem tempo para descanço, mais de 1000 homens empregados! - disse um homem baixo, parrudo.

- Carlos! Estamos bem e você? Estamos ansiosos pelo lançamento do acelerador! - respondeu Giovanni.

- Melhor impossível! O acelerador vai ficar debaixo do solo, teremos que asfaltar depois. Estamos tentando colocar embaixo da rua, e isto irá dar uma semana de folga para todos da universidade! - disse, alegre, Carlos.

- Estou ansioso por isso Carlos. Imagina, termos um próprio acelerador de partículas! - disse Steve - Já vi muito! Tenho que ir agora. Projetos para realizar! Provas para discutir! Tenho também que me encontrar com um amigo.

- Então, até logo! - disse Carlos.

- Tchau amigo! - disse Giovanni.

Steve pegou um BOW (Bus-On-Way) até a entrada da universidade e de lá pegou seu carro, um simples Ford Truck 48 , e de lá seguiu para casa.

Chegando em casa, tomou uma ducha gelada. Antes de chegar em casa passou no açougue, e comprou um pernil. Açou ele regado à Russa. Passou o tempero e foi tomar banho. Quando terminou jogou whisky por cima e riscou um fósforo. O jogou em cima e com batidas de pano apagou o fogo. Abriu uma latinha de Diet Coke e tomou enquanto devorava seu jantar.

Foi dormir cedo, tinha que dar aula as 7 horas.

                         

*

Acordou as cinco da madrugada e tomou um banho rápido. Correu para a cozinha e fritou um ovo com torradas. Trocou de roupa rapidamente, pegou seu material e foi para a escola.

Deixou seu carro no estacionamento e pegou um BOW para o Campus de Física.

*

Quando o sinal bateu, Steve saiu apressado da universidade e tomou seu carro rumo ao Casa del Vitto, onde tinha marcado com Edd.

Ao chegar lá ele se deparou com seu antigo colega de trabalho, Eduard Mikah. Mikah é pequeno, usa óculos grandes, de aro tartaruga, com grandes lentes, e é magro. Ele estava com um grande chapéu de palha, em um restaurante daqueles, o que não dúvidava de sua insanidade mental.

- Steve! - disse, alegre, Edd. - Como vai?

- Edd! Bem e você? - respondeu Steve.

- Também. E o problema da caixa? Resolveu algo? Achou uma rã?

- Nada.

- Eu acho que podemos encontrar um possível resultado. Elas tem que existir ainda! Não podem estar extintas.

Nesse momento o garçom chegou.

- O que desejam senhores? - perguntou, educadamente.

- Para mim... - começou Steve, porém foi interrompido por Edd.

- Um vinho caseiro. Reserva do século XIX por favor.

- E para comer? - perguntou o garçom.

- Ganso à Romana. - respondeu Edd.

- Tudo bem. - disse. E saiu calmamente.

- Iria pedir um whisky não? - perguntou, rindo, Edd.

- Claro! - respondeu Steve.

- Tem horas que acho que você bebe Whisky demais!

- Sou russo, esqueceu?

- Claro que não! Só que vinho é mais doce, suave. Whisky é muito forte.

- Cada um com sua bebida!

- Com certeza.

- Olha. Olha isto! - Steve apontou para a garrafa de vinho. Nela estava desenhada uma espécie de sapo, atrás da garrafa. - Não é a Touro-Gibenho-Africana?

- É sim! Elas ainda existem na Itália!

- Quem sabe! Pode ser que sim! Mas... Esta garrafa é do século XIX.

- É verdade. Garçom! - chamou Edd.

- Sim? - perguntou o garçom, um rapaz que aparentava 19 anos.

- Vocês ainda têm esta garrafa deste ano? Um vinho igual a este, deste ano?

- Temos.

- Posso ver? Não traga aberto.

- Claro. - e se afastou.

- Será? - perguntou animado Steve.

- Quem sabe? Você mesmo disse!

- Senhor esta aqui serve?- mostrou o garçom.

- Sim! - disse um animado Edd. - Aqui olha! Ela aidna está aqui só que menor. Pode ser um método de exemplicar sua redução de seres!

- Para mim elas ainda estão vivas! - disse Steve.

- Amigo, por favor. Pode guardar no freezer para mim esta garrafa, vou leva-la. - pediu Edd.

- Tudo bem. - disse o garçom.

Logo o jantar veio e não conseguriam comer direito, de tão animados. Continuaram discutindo hipóteses até as 14h. Steve convidou Edd para irem pesquisar na própria Itália. Edd lembrou a Steve que ele daria aula ainda, que não tinha tempo para isso. Portanto agendaram para sexta feira, as 13h pegar o vôo para a Sicilia e voltar domingo as 20h.

Pela primeira vez Steve tinha um mistério nas mãos...

                                   


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Opinem! Digam o que acham! O que é bom! O que é ruim! O que pode/precisa melhorar! Aguardo atenciosamente!



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