Nightly Knights escrita por Vince


Capítulo 6
Capítulo 5- Si Je Defaille


Notas iniciais do capítulo

Era uma vez uma princesa que estragou um plano
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"Si Je Defaille", de Mozart L'opera rock, significa "Se eu falhar"
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Desculpem a demora, mas ontem eu estava muito indisposto, tanto que mal usei o PC e não pude terminar o capítulo...
Mas hoje estou bem!
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Capítulo dedicado a:
> Silent Night
> Babi Morato
> Black Blood
> Winged Dreamer
> belawang (senti a falta de vocês dois! xD)
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Vejo vocês lá embaixo!



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Capítulo 5- Si Je Defaille


E se eu falhar...

Em suas presas, eu vou me empalar

Eu não sou páreo

Eu vou acabar nas garras do macho

E se eu falhar

Certamente, eu tenho mal

Eu devo ir

Muito antes que ele me devore, o animal

–Vamos, Charlotty! O dia está lindo e você sequer anda? É fácil, olha: primeiro você levanta uma perna, depois a outra, assim por diante!

Assim que reconheceu a voz, Velkhan cuspiu toda a água que bebia no cavaleiro à sua frente, Richard. Richard era um dos “novos recrutas” que seu pai mandara buscar para cumprir os requisitos para tal “missão”. Richard, tal qual Velkhan especificara, parecia mesmo com ele. Os cabelos escuros, os olhos claros, alto e forte. Mas agora Velkhan tinha uma característica que o diferenciaria dos outros. Uma cicatriz atravessava seu rosto, indo de uma bochecha, passando pelo nariz e acabando do outro lado.

–Desculpe – Velkhan pediu e se levantou do chão. –Thomas, tá ouvindo isso? É a Victorique.

Thomas estava terminando de ajustar a armadura. Apurou os ouvidos e ouviu um som doce, uma voz.

–Essa voz que reclama algo sobre... “saias”?

–Não! Essa voz é da dama de companhia dela! Mas isso não importa, significa que ela já está aqui! –Velkhan disse, sacudindo o cavaleiro a sua frente. Virou-se para o “acampamento” improvisado e disse – Atenção, todos! Pelo visto, nosso plano vai sofrer uma alteração.

–Qual? – Outro cavaleiro, Isaac, um nobre, perguntou-lhe.

–Vamos pô-lo em prática agora! Se preparem, vou soltar Cornell. –Velkhan disse antes de correr para onde Cornell estava. Uma espécie de coleira o prendia à uma árvore próxima. Velkhan desembainhou a espada e cortou a corrente do pescoço dele.

Cornell arfou e lambeu o rosto de Velkhan. Ele riu e fez um carinho na cabeça do fenrir.

–E então, amigo? Você lembra-se do plano, certo? –Cornell arfou – Isso! Cara de mau!

O semblante do lobo mudou. Ele abriu a boca, expondo as presas enormes. Ele assumiu uma posição de predador e mesmo seus olhos, antes verdes, se tornaram vermelhos. Ele começou a fazer um som forte, um rugido.

–Bom garoto! – Velkhan disse, coçando a orelha de Cornell. – Vamos!


‡‡‡‡‡

Charlotty seguia contra sua vontade. Seus passos eram arrastados e sua expressão mostrava que não queria estar ali.

–Charlly! – Victorique chamou. – O dia está lindo e eu, pessoalmente não aguento ficar com alguém que não se diverte e fica resmungando!

–É que meu... pressentimento diz que algo de ruim vai acontecer se sairmos agora.

Victorique virou-se para ela.

–Aqueles pressentimentos ou só um pressentimento qualquer?

–Eu não sei dizer. Só sinto que é perigoso.

–Bem, mas você está aqui, né? Minha maga e vidente de companhia, a pessoa em quem confio! – Victorique disse com um sorriso. Ela abraçou Charlotty e disse – A única em quem confio.

Charlotty sorriu e a abraçou de volta.

–Obrigada.

Victorique soltou o abraço e puxou Charlotty para o meio do Jardim, em direção à floresta próxima. Elas se sentaram e começaram a conversar, simplesmente conversar, como duas amigas adolescentes que não se viam há algum tempo.

Até que um barulho as assustou. Um rugido, um som gutural, que parecia vir de uma besta feroz. Charlotty levantou-se e olhou para a floresta. Viu olhos vermelhos encarando-a e a Victorique.

–Vic... Levante-se.

–O que foi? – Victorique perguntava enquanto se punha de pé.

–Um... um... m-monstro. – Charlotty começou a entrar em pânico. Ela começou a recuar, junto com Victorique. – Fi... Fique longe! –ela gritou para o monstro.

O monstro começou a andar lentamente em direção a elas. Victorique, que estava mais atrás, começou a puxar Charlotty pelo braço.

–De-desculpe, Charlly... Eu deveria ter lhe ouvido. E-eu... Pelo menos se eu tivesse trazido minha escolta...

–Tudo bem, Victorique, tudo bem. E-eu estou aqui. Mas acho melhor correr.

Victorique começou a puxar Charlotty com mais força, levando para trás. Até que o monstro pulou, avançando a parte da floresta que o cobria.

–UM FENRIR! –Charlotty, surpresa, gritou. Victorique começou a correr, mas Charlotty soltou de sua mão, e ergueu a mão direita, na qual usava um anel de ametista, uma pedra lilás com uma runa gravada na pedra. – Liber! – ela disse.

A pedra do anel emitiu uma luz roxa, e um livro apareceu em cima do anel.

–Ai, ai... Um feitiço, um feitiço... – ela resmungava, enquanto folheava o livro. –Ah, achei! Adgredere! – ela disse, levantando a mão para o monstro.

Uma luz vermelha saiu da sua palma e foi em direção ao monstro, que rosnava ferozmente. Um ataque de magia. Atingiu o fenrir no meio da cabeça, que se pôs sobre duas patas, mostrando sua verdadeira altura. Ele uivou, erguendo a cabeça para cima.

Ele correu em direção as garotas, e, com um movimento da pata, derrubou Charlotty. A segurou com a pata, impedindo-a de se mover. Ela gritava, mas não podia fazer nada.

Um único pensamento lhe ocorreu “Se eu falhar... Vou acabar empalada nas presas desse predador. Não só eu, mas Victorique também. Minha obrigação é protege-la!”

–Charlotty! – Victorique gritou. “Se eu falhar... Vou acabar sob as garras dele... Mas esse não é o problema! Já perdi meus romances, meu príncipe se foi. Mas foi por minha culpa que Charlotty foi envolvida nisso! Muito antes que ele me devore... Devo salvá-la!”.

–SOCORRO!!! – ela e Charlotty gritaram.

‡‡‡‡‡

–Como assim, “perdi a manopla”, Isaac? – Velkhan perguntou impaciente.

Ele e os outros já estavam prontos, montados nos seus cavalos, vestidos com as armaduras e armados com lanças e espadas.

A armadura seguia um padrão: a couraça era composta por uma grande e grossa placa de metal cobria-lhes o torso; um tipo de gargantilha que seguia para cobrir seu pescoço; um cinto com as tasset para proteger-lhes as coxas. Os braços eram protegidos desde os ombros com placas leves de metal, seguindo pela proteção do braço e do antebraço até as manoplas. As pernas eram protegidas dos joelhos para baixo, com as joelheiras e grevas, que iam até o escarpe.

Por baixo, uma espécie de túnica azul escura, e, por cima, uma capa de viagem preta.

Isaac era a exceção: a mão direita estava exposta, pois não fazia ideia de onde estava a manopla.

–Vai procurar agora! –Velkhan disse.

Primeiro, quando conheceu os guerreiros, ainda no castelo, ele teve dúvidas sobre as vidas nas quais interferiria. Aqueles homens poderiam ter uma vida muito melhor, mas largaram tudo por uma ordem do príncipe. Então, um dia antes do treinamento começar (conhecer Cornell, entender o plano, etc.), ele decidiu que conheceria cada um dos homens que estava ali.

O primeiro se chamava Richard Saint Drake. Ele tinha apenas 23 anos, o mais novo de todos. Ele se diferenciava de Velkhan pela cor dos olhos, muito longes de “dourado”, eram verdes. Ele era o filho de um nobre, mas perdera o direito sobre qualquer tipo de bem dos pais, pois não era o filho primogênito e viu no pedido de Velkhan uma chance de sair da propriedade do irmão; ele não queria ser um “estorvo”.

O segundo fora Isaac Locontte. O nobre de 25 anos simplesmente abrira mão da vida que levava para seguir a vida como um cavaleiro, antes mesmo do pedido de Velkhan, mas quando ouviu a mensagem, que fora lida em várias cidades do reino em busca de voluntários, decidiu que segui-lo seria a melhor opção.

Por último, Hector Dei Arkaid. O mais velho deles não era nobre. Ele era um caçador de tesouros. Lacônico, mais forte dentre eles e um tanto mal humorado, o mais velho era o mais habilidoso. Os olhos refletiam certa maldade, mas, na verdade, Hector lembrava Velkhan de Cornell: grande e aparentemente mau, mas na verdade era um homem bom.

Entretanto, todos aceitaram bem o fato de que talvez nunca mais voltassem a ver suas casas. Mas Velkhan dissera que, caso quisessem desistir, que soubessem que não seriam impedidos por ele.

Alguns segundos depois, Isaac apareceu de novo, encaixando a manopla na mão e montou no cavalo, pronto para acompanhar os outros.

Então ouviram um grito duplo:

–SOCORRO!!!

E Velkhan soube que tinham atacado Cornell e ele reagira de maneira precipitada. Talvez até acabasse com um fim trágico. “Não! Se eu falhar, significa que errei não apenas com Victorique, mas também com a acompanhante dela e seus soldados. E com esses homens que aceitaram me seguir... E não posso deixar Cornell morrer!”

–Vamos! Está na nossa hora! –Ele gritou para os cavaleiros.



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Notas finais do capítulo

Uma ideia de como é a armadura:
http://wen-m.deviantart.com/gallery/?q=Romeo#/d1ux9jq
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Talvez isso ajude-os a visualizar melhor o Velkhan
http://3.bp.blogspot.com/_HcmyVD94aFU/TLC80E7XAaI/AAAAAAAAABE/f2z8aH5bRnk/s1600/single-mozart-assassymphonie-1530197dd7.jpg
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a Letra de "Si Je defaille"
http://letras.terra.com.br/mozart-lopera-rock/1523016/traducao.html
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A fic de hoje é:
Stay escrita por SplashBoom
https://www.fanfiction.com.br/historia/183514/Stay/
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Obrigado!
reviews são bem vindos :D



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