Pov. Jacob

Dois dias se passaram após o nascimento de Daniel e Ephaim, eles realmente eram perfeitos. Uma combinação entre Renesmee e eu que sinceramente não existia em nenhum outro lugar – Lembro-me de ter feito uma coisa que não devia, me excedi acabei dando um tapa no rosto de Sarah, e ninguém nesse mundo iria entender o quanto estava arrependido, a imagem dela chorando estava me perturbando durante essas ultimas noites.

Levantei-me do sofá da sala de Emily, indo em direção ao quarto em que Sarah estava. Bati na porta e me surpreendi com um “Entre” masculino, era a voz de um garoto. Entrei no quarto deparando-me com uma cena que sinceramente não gostei muito – porém não iria julgar. Sarah estava deitada no colo de Derick – filho de Embry.

_Senhor Black – Derick disse, espantado.

_Não se preocupe Derick. Eu só gostaria de conversar com a Sarah, um pouco – disse coçando meus cabelos negros, com um sorriso sem graça em meu rosto.

_Ah, sim... Me da licença – Derick saiu do quarto. Mais antes pude notar um olhar triste que Sarah lançou para Derick.

_Posso me sentar? – perguntei fitando Sarah.

_Tanto faz, você escolhe – respondeu Sarah quase que sussurrando.

Sentei-me ao lado dela, fiquei em silencio por algum momento. Porém o silencio era tanto que chegou e me perturbar, fitei Sarah ela balançava o seu pé descalço para frente e para trás. Apesar de ser “durona” era apenas uma garotinha, confusa de mais para pensar em seus próprios atos.

_Me desculpe – dissemos ao mesmo tempo. Demos um pequeno sorriso.

_Pode falar – Sarah falou, agora fitando meus olhos. Pode notar que seu rosto tinha uma marca meio avermelhada, porém fraca e um pouco borrada. Seus olhos estavam inchados provavelmente de tanto chorar.

_Filha, eu queria pedir desculpas... Sei que o que fiz não foi certo. Eu estava cego e com muito medo, mais eu nunca te trocaria por ninguém você é muito importante na minha vida e sei que pode estar brava comigo... Eu sei que nada que eu faça vai poder tirar essa marca de você, nem apagar o que já foi mais do fundo do meu coração você poderia me perdoar ou tentar pelo menos? – perguntei segurando sua pequena mãozinha comecei a sentir meus olhos lacrimejarem.

_Pai, eu não preciso te perdoar. Você esta certo! Eu me comportei como uma criança... E como sempre estraguei tudo a mamãe não se orgulharia de mim – Sarah abaixo a cabeça, e podia ver que estava prestes a chorar, pois quando estava prestes a chorar seu rosto ficava vermelho.

_Está errada... Sua mãe se orgulharia de ter uma filha tão forte, inteligente e carinhosa. Nunca por um momento para de pensar que sua mãe não se orgulharia de você minha filha – a puxei para mais perto de mim, levantando seu rosto pequeno e delicado.

_Você tem certeza pai? – perguntou ela inocente.

_Tenho filha, com todo meu coração.

Sarah começou a chorar e me abraçou. Senti seu abraço apertado, me senti a pessoa mais feliz por ter o carinho de minha filha novamente.

_Eu tive medo de te perder pai e ciúmes quando a Nessie engravidou... – Sarah se abriu comigo.

_Medo? Por que medo? – perguntei, fazendo carinho em seus cabelos.

_Por que você não sabe como é difícil ter nove irmãos, então imagine dez... E também fiquei com medo de você amar mais ele do que a mim – a respiração de Sarah estava um pouco acelerada.

_Eu nunca em hipótese nenhuma amaria um filho meu mais do que o outro... Amo vocês igualmente. Entendeu minha princesa? – perguntei agora puxando Sarah, para que pudesse a abraçar mais ainda.

_Eu prometo que nunca mais vou faltar com respeito com a Nessie, pai – Sarah disse em meu ouvido.

_Filha, eu te amo. Independente do que você fizer – sussurrei em seu ouvido.

_Pai? – Sarah me chamou.

_Sim.

_Você pode me fazer um favor? – pediu manhosa.

_Fale, querida – esperei pelo seu pedido.

_Eu quero passar um tempo na casa da Tia Annie... Posso? – pediu Sarah agora me fitando.

_Mais a casa da tia Annie fica em Tóquio – disse incrédulo.

_Eu sei... – Sarah ficou meio acanhada.

_Eu prometo que vou ver, manhã eu ligo para sua tia está bem?

_Eu já liguei ontem, do meu celular – Sarah deu um pequeno sorriso sapeco.

_O que ela disse? – perguntei meio temoroso.

_Ela disse que se você deixasse em dois dias ela viria me buscar, deixa? – Sarah pediu com os olhos brilhando.

_Está bem, pode ser bom para você – concordei.

_Ain, paizinho você não sabe o quanto eu te amo – Sarah beijou meu rosto.

_Agora me conta qual é o “lance” com o Derick? – perguntei parecendo inocente.

_Ah, somos apenas amigos – Sarah pareceu estar mentindo, porém não iria força-la a falar nada.

_É menino ou menina? – perguntou empolgada.

_O que? – a fitei espantado.

_Meu irmão – disse Sarah sorrindo.

_Meninos – respondi com um sorriso.

_Meninos? – Sarah pareceu não entender.

_Sim, são gêmeos – Sarah arregalou os olhos, quando ouviu isso,

_Nossa, você em pai... – ela ficou sem palavras.

Apenas sorri para minha princesa, o que iria responder.

_Como é o nome deles? – agora ela mexia em meus cabelos.

_Ephaim Masen e Daniel Billy – respondi.

_Nossa, pai que legal, é o nome do vovô e do seu bisavô – disse contente.

_É sim.

_Quem escolheu? – quis saber.

_A Nessie – disse rapidamente.

_Ela tem bom gosto para escolher nomes – Sarah sorriu.

_É tem mesmo.

Continuamos ali conversando sobe varias coisas, afinal desde que tínhamos vindo para Forks, não tínhamos uma conversa de pai e filha. Deitei na cama que pertencia a Sarah e ela deitou-se sobre minha barriga. Nem percebi por quanto tempo ficamos ali conversando, só sei que começou a escurecer, porém eu queria continuar ali com a minha pequena Sarah – pequenos flashes vieram em minha mente. O primeiro passo, a primeira palavra que foi “papai”, a primeira briga, o primeiro chute de futebol, o campeonato internacional de beisebol. Cada Conquista que minha princesinha tinha conseguido, ela não era uma perdedora e sim uma campeã e eu tinha orgulho de ser seu pai.

_Pai... – Sarah me chamou, ela estava quase pegando no sono.

_Sim, querida? – respondi fitando ela.

_Eu te amo, e não podia ter um pai melhor – Sarah disse, me abraçando.

_E eu não podia ter uma filha melhor do que você, eu te amo Sarah – sussurrei, antes que ela pudesse dormir.

Incrível como aquelas palavras jamais sairia de minha memoria, nem o dia que minha Sarah falou pela primeira vez, e eu me senti o homem, mas sortudo do mundo... Por ter uma filha tão amorosa como Sarah.