Hadéfone escrita por Filha de Apolo


Capítulo 11
XI


Notas iniciais do capítulo

Estrategicamente, a Feeh98 me mandou a recomendação (muito linda, vocês deveriam seguir o exemplo dela) então aqui está, como combinado, o próximo capítulo.
Ah, eu amo Hadéfone, não preciso passar éons escolhendo nomes imbecis para os capítulos.



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Ártemis e Apolo andavam sorrateiros em meio às árvores, com seus arcos preparados. Haviam escutado algo, e sentiam cheiro de monstro. Sim, deveriam estar à procura de Perséfone, e estavam, mas não podia deixar o monstro escapar assim, vá que, na pior das hipóteses, ele tivesse encontrar Perséfone? Sabe se lá o que poderia ter acontecido.

Eles puderam ouvir a movimentação em meio as árvores. “São mais de um” Ártemis observou, sabendo que provavelmente Apolo chegara a essa conclusão também. Um rosnado soou atrás deles, e ambos se olharam e dispararam um para cada lado, confundindo a hidra.

Apolo subira agilmente nas árvores, e pulava no topo delas, lançando flechas e deixando a hidra sonsa, e a fazendo mudar o foco, que antes era em Ártemis, para ele. Apolo se esticou para ver se a irmã estava bem, e seus olhos encontraram os dela.

-APOLO! - Mas era tarde demais. Ou não.

A hidra aproveitou o curtíssimo momento de distração que Apolo teve e se lançou contra ele, se chocando na árvore e tentando o abocanhar. Ele se jogou da árvore, batendo a cabeça no chão, mas logo se levantou e correu para longe do alcance do monstro. Rapidamente fez um curativo em si mesmo, e disparou diversas flechas contra o monstro. Essas se uniram as de Ártemis e, em menos de 2 segundos, restavam apenas uma árvore derrubada, poeira amarela e um corte na cabeça do Deus do Sol.

Ártemis correu até o irmão com um olhar preocupadíssimo.

-Você está bem? - Ela passou a mão no cabelo dele para verificar e nada mais estava cortado, e limpou o ícor que havia escorrido em seu rosto. Apolo sorriu com o toque da irmã.

-Sim, eu sou fortinho.

-Haha, idiota, você sempre tem esse complexo de achar que eu preciso de ajuda.

Apolo ia responder, mas ouviram mais um rugido.

-Eram mais de um.

-Eu sei.

-Merda.

Ambos se viraram rapidamente, já disparando uma dúzia de flechas cada, e antes mesmo que o monstro pudesse entender que eles haviam virado, ele já havia se tornado poeira.

Os gêmeos recolheram suas flechas e continuaram a andar pela floresta. Permaneceram em silêncio por 20 minutos, até Apolo quebrá-lo.

-Você fica tão boba quando se preocupa comigo.

-Eu não... você... Eu sou a mais velha, tenho que cuidar de você, maninho.

-Haha, gracinha, pelo que eu me lembro, eu que te salvei de ser atacada, e assim acabei me machucando.

-Oh, que fofo, que um beijinho?

-Seria ótimo – Apolo quase recuou quando Ártemis se virou para ele, ele tinha certeza de que iria apanhar, mas então ela apenas se esticou e beijou sua bochecha, sorrindo. - Obrigado.

-Você é uma criança grande.

-Eu sei.

Ártemis riu, e eles continuaram andando até chegaram a uma clareira.

-Vamos descansar?

-Claro.

Eles armaram o acampamento rapidamente, e Ártemis pegou um dracma e um pouco de água de sua mochila, jogou a água em seu escudo e virou-se para o irmão.

-Brilha aí, Solsinho.

Apolo mostrou a língua para a irmã, ela sabia que “Solsinho” soava muito... afeminado, e a única pessoa que ele deixava que o chamasse assim era Afrodite, já que era a opção menos pior de apelidos que ela o deu. Apolo suspirou e abriu a palma da mão devagar. De lá, brotou-se uma esfera brilhante, como um mini-mini-mini-sol, que flutuou para perto da água, criando um arco-íris.

Ártemis sorriu, adorava brincar com as esferas. Ela também podia criar as suas, mas seriam mini-luas, muito pesadas e ótimas para deixar marcas nas costas do irmão. Ela jogou o dracma na água e pediu a Íris que mostrasse a eles seu pai.

-Ah, olá, novidades? - Zeus estava sentado em sua cama, sem camisa, preparando-se para dormir.

-O quê? - A voz de Hera soou no fundo, vinda do banheiro do casal. - Quem está aí?

-Mensagem de Íris.

-Oi, pai. - Disseram os gêmeos. Hera saiu do banheiro em uma camisola um tanto quanto provocativa, o que fez Zeus a encaram por um tempo, até ela sentar em seu lado e dar-lhe um tapa na cabeça.

-Então, novidades?

-Não achamos nada, apenas duas Hidras – Zeus suspirou. Fora assim da primeira vez, o problema é que agora ela havia fugido, e não sido raptada por um deus apaixonado.

-Descansem então, amanhã vocês continuam até a hora de retornar ao Olimpo.

-Pai, Atena já partiu?

-Sim, ela foi buscar com Poseidon.

-Como assim?

-Ela o chamou de incompetente e o seguiu, certa de que ele não faria uma boa busca – Hera respondeu, agora já de pé, arrumando a cama para se deitar.

-Ah.

-Por que perguntas?

-Queria ideias.

-Fale com ela amanhã.

-Certo.

-Apolo não achou nenhuma ninfa?

-Ainda não.

-HEY! - O deus do sol resmungou, frustrado. - Eu estou buscando minha irmã.

-Tá, herói, vamos dormir. Tchau, pai, boa noite. Boa noite, Hera.

Depois de se despedirem, Ártemis e Apolo foram para suas barracas (separadas, claro) e adormeceram, assim como Zeus e Hera.


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Notas finais do capítulo

Nhá. Capítulo light, vou escrever sobre as outras buscas também, sabe, porque eu não posso perder a chance de escrever Posena, né.
Sem chantagens dessa vez, não vou abusar da sorte de novo, eu sei que vocês não vão recomendar, então eu posto quando terminar de escrever.
Mas,
sabe,
se
recomendarem
eu escrevo
mais rápido.
Reviews para fazer uma linda semideusa feliz.
Mentira, eu não sou linda.
Mas me façam feliz.