A Preferida escrita por Roli Cruz


Capítulo 8
Times Square


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos pelos reviews *-*
Fico muito feliz que tem gente acompanhando essa hitória.
Boa leitura ^^



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 - Então... O que está fazendo aqui? – Perguntei, olhando-o com um sorriso no rosto.

 - Vim tomar um café. – Ele sorriu de volta. – E você?

 Eu ri e abaixei a cabeça, olhando para o copo de coca na minha frente.

 - Eu vim encontrar alguém. – Respondi.

 - A é? Que sortudo. – Ele me encarou com seus olhos castanhos.

 - Jenny. Posso falar com você um minuto? – Eu ouvi Amani me chamar.

 - Claro. – Eu levantei e fui com ele até a cozinha. – O que foi?

 - De novo? – Ele me olhou incrédulo.

 - O que??

 - Outro professor Jennifer?

 - Ele... Ele é diferente. – Me defendi, desviando de seu olhar.

 - Diferente? Assim como aquele professor de biologia dois anos atrás? – Ele perguntou, fazendo-me corar.

 - Não! Olha. Eu não sei por que você está me perguntando essas coisas, Amani. Você sabe que eu sou assim e nunca vou mudar.

 - Pois deveria. – Ele estreitou seus olhos verdes amarelados. – Não me importa se você ainda vai quebrar o coração de mil homens. – Ele fechou os olhos e suspirou. - Eu só não quero ser um deles. – Então se virou e voltou para onde Dylan estava.

 Eu fiquei ali, no meio da cozinha do Dukin’ Donuts, parada, pensando no que meu amigo tinha me falado.

 - Desculpe moça, você não pode ficar aqui. – O garoto novo chegou a mim.

 - A ta. Tudo bem. – Eu sorri e saí de lá o mais rápido que pude.

 - Jenny? Você está bem? Está pálida... – Dylan me encarou assim que pisei fora da cozinha.

 - E-Eu estou bem. – Gaguejei um pouco e sorri para ele. – Vamos dar uma volta?

 - Claro. – Ele colocou uma nota no balcão e saímos da lanchonete. – Aonde quer ir? – Ele perguntou assim que sentimos o ar frio da noite em nossos rostos.

 - Táxi! – Eu chamei assim que vi um passar lentamente pela rua. Ele parou e nós entramos.

 - Para onde? – O motorista perguntou.

 - Times Square. – Respondi, fazendo meu professor de português levantar as sobrancelhas.

 - Times Square? – Ele perguntou.

 - Algum problema?

 - Não, não. Para mim está ótimo – Ele sorriu. – Estando em uma companhia tão maravilhosa. – Eu o ouvi murmurando. Acho que não era para eu escutar aquilo, pois ele olhava vagamente para a paisagem lá fora.

 “Cara. Como ele é lindo!” Eu ficava olhando bobamente para Dylan, enquanto ele mexia distraidamente nos cabelos castanhos.

 - Então... Porque a Times Square? – Ele perguntou depois de vários minutos em silêncio.

 - É meu lugar preferido em toda a Nova York. – Eu disse.

 - Você sabe... – Ele sorriu. – A maioria das meninas diz que é o próprio quarto.

 - A é? – Eu ri. – Infelizmente, não é meu caso.

 - Por quê?

 - Bom... Eu evito o máximo ficar em casa. – Eu fitei seus olhos. – Aquele lugar não é muito convidativo. Entende?

 Ele assentiu lentamente.

 - Algum motivo específico? – Ele perguntou se endireitando no banco, para que pudesse me olhar diretamente nos olhos, sem ter que virar muito o pescoço.

 - Sim. – Eu respondi sem lhe dar detalhes.

 - Posso saber de uma história mais completa? – Ele pediu.

 - É que... – Eu não sabia se podia confiar naquele cara. – Eu...

 - Hey. – Ele segurou em minhas mãos. Fazendo meu corpo estremecer com seu toque. – Você pode confiar em mim. Você sabe disso, né?

 - Eu... – Hesitei. – Sei...

 - Então me conte.

 - É minha mãe e... – Suspirei. – E meu pai juntos.

 Isso pegou Dylan de surpresa. A notícia de pais juntos, não deveria alegrar qualquer filho?

 - Mas... O que tem? Você não devia estar feliz por eles? – Ele juntou as sobrancelhas, visivelmente confuso.

 - Não. Eu... – Fechei os olhos frustrada. – Eu odeio minha mãe.

 - Senhorita. Chegamos. – O motorista anunciou.

 Descemos na Times Square e tudo estava iluminado. Eu não tinha ideia do que Dylan pensava de mim naquele momento e, sinceramente, eu não queria descobrir. Estávamos no meu lugar favorito em toda a Nova York e nada poderia estragar minha alegria.

 - Porque você gosta tanto daqui? – Ele perguntou assim que acabou de pagar o taxista. Por sorte, tinha ignorado completamente o assunto interior.

 - Por quê? Ah, Dylan. Aqui é mágico. Todo o tipo de coisa boa tem isso como referência. – Eu dizia e fechava os olhos, inclinando minha cabeça e deixando o vento frio bater no meu rosto.

 - Como o que? – Ele perguntou, fazendo-me olhá-lo incrédula.

 - Olha. Eu não sei quanto às outras pessoas. Mas foi nesse lugar que eu vivi os melhores dias da minha vida. – Eu dizia enquanto sentava em uma das cadeiras vazias.

 - Ainda não estou entendendo. – Ele se sentou na minha frente.

 - Foi aqui meu aniversário de 15 anos. Quer dizer, o bolo e os presentes eu ganhei aqui. Minhas primeiras palavras eu disse quando estava sentada em uma dessas cadeiras, enquanto comia meu Mc Lanche Feliz. – Isso o fez dar um meio sorriso. – Eu também dei meus primeiros passos ali. – Apontei para uma parte da calçada. – Eu estava perseguindo um cachorro. – Eu sorri lembrando-me das coisas maravilhosas que aconteceram naquele lugar. – E agora... – Continuei. – Mais uma lembrança feliz.

 - Qual? – Ele arqueou uma sobrancelha.

 - Ter passado uma noite maravilhosa com um cara ainda mais maravilhoso. – Eu sorri para ele. Dylan agora estava passando os dedos pelo cabelo liso.

 - Jenny. – Ele apoiou os cotovelos na mesa, chegando mais perto de mim. – Você sabe que essa coisa Professor Aluna não dá certo e... – Eu o calei encostando subitamente meus lábios nos dele.

 - Sei? – Eu perguntei calmamente enquanto afastava lentamente nossas bocas.

 - Eu... – Ele me olhou com um brilho estranho no olhar. – Eu... Acho que estou indo contra as leis morais.

 - Como assim? – Franzi o cenho, ainda com meu rosto a centímetros do dele.

 - Jenny. Jenny. Acho que você já sabe. – Ele sorriu.

 - Sei o que? – Perguntei inocentemente. Eu sabia exatamente o que ele estava dizendo. Mas eu queria ouvi-lo falar. – Dylan? O que eu sei?

 - Acabo de me apaixonar por uma aluna.


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Notas finais do capítulo

E então? Fofo, né? *-*
Beijos!