Farewell escrita por Venus Noir


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

2011 tá acabando. Todos choram. Deixa eu me abraçar com 2011 e nunca mais deixar ele ir embora por que sd~çds~fs ai que ano bom. ;; Pura zoeira kkk Enfim, minha última fic do ano não foi tão boa quanto o ano em si... De todo modo, espero que vocês gostem, mesmo nem eu tendo gostado muito etc.
Espero estar com vocês em 2012 também. ♥



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Já faz alguns meses.

Eu não diria que estou amargo. A vida continuou mesmo depois de ele ter se ido. A princípio, não nego, pensei que tudo fosse acabar junto com aquele relacionamento. Pensei que eu não poderia encontrar outro alguém, que eu iria ficar só, que eu não seria capaz de amar novamente. A gente pensa toda sorte de besteiras quando leva um pé na bunda.

O tempo me provou que eu estava errado. Não, não. Nada aconteceu do jeito que eu previ. Eu sobrevivi, eu encontrei outras pessoas, eu me reergui, até. E até arrisco dizer que passou. Meu amor por ele passou. Eu não espero mais que ele volte... Eu não quero mais que ele volte. No entanto, ainda há algumas coisas que permanecem em minha mente.

O que eu fiz? O que eu deixei de fazer? Eu agi errado? Eu o amei demais? Eu o tratei bem demais? Perguntas que jamais serão respondidas, certo? Ele está muito longe, nos confins da Europa, vivendo uma tórrida história de amor com seu mais novo... homem. Um homem bem mais jovem que eu. Ele vai dar conta de Donghae, como eu não tive condições de fazer.

Donghae certamente já jurou amor eterno ao cara. Ele é um idiota. Ele aparenta ter bom senso e ser sensato, mas ele não o é. Ofereça alguma novidade, alguma chance de quebrar a rotina e de ter mais intensidade no que quer que se faça e ele aceita o que vier. Esse imbecil com quem ele está sem dúvidas só foi mais esperto que eu. Deve ter estendido a Donghae o que ele mais ama, o que mais aprecia e adora. Efemeridades.

Consequentemente, ganhou um ‘eu te amo’ em troca. Mal sabe ele que as declarações – e o amor – de Donghae são tão tenazes quanto um fio de algodão doce. Tão duradouras quanto a fumaça que se esvai da ponta do meu cigarro. Ele é uma criança e é impulsivo, bobo, ingênuo. Não duvido que ele seja capaz de nutrir algo verdadeiro por outrem. Ele é sincero, apesar de tudo. Ele é honesto e transparente. Você entreve o que há em sua alma só de olhar em seus olhos. Conhecê-lo tão a fundo não é privilégio meu. Deve ser por isso que é tão fácil se apaixonar por ele.

As portas de seu coração estão escancaradas. E ele nunca, nunca sai machucado. Ele, invariavelmente, é o primeiro a sair. E vai sem nenhuma mácula.

X

Então essa era a nossa foda de despedida. Muito bem. Como o bom canalha que eu tentava ser desde que ele se afastara de mim, eu topei. Sem conversinhas, fomos logo ao que interessava. Eu o fodi com tanto gosto que ele poderia ter caído de amores por mim ali mesmo. Eu fiz do jeito que sei que ele gosta. Ele gemeu e suou e gritou meu nome na hora do ápice.

E nem por isso ele ficou. Não é irônico? Eu meio que gozei minha alma ali, por falta de expressão melhor. Eu rasguei meu peito pra ele, expus meu coração e a porra toda e nem usei palavras. Meu olhar o perseguia o tempo inteiro. Nem isso o demoveu. Ele se foi. Ele tinha que ir. Alguém o esperava lá fora. Não literalmente, mas... O fato é que ele tinha outro alguém. Donghae não era meu, não mais. Talvez nunca tenha sido.

Eu me despedi dele enquanto erguia minhas calças e passava o cinto por meu cós. Ele calçou seus sapatos, acenou um tchauzinho, e adeus. Depois eu soube que ele estava mesmo de caso com esse outro rapaz, chamado Lee Hyukjae. Ele trabalhava na Europa. Ganhava bem. Apartamento próprio na capital. Pelo menos Donghae tinha critérios.

Quando ele atravessou a soleira da porta em direção a rua, eu apanhei uma garrafa em meu armário. Era vinho dos bons. Sorvi tudo em uns segundos. Deve ter sido a rapidez com que bebi, não a quantidade de álcool em meu sangue que me deixou bêbado. De qualquer forma, eu estava bêbado. E com uma ferida que eu iria carregar pro resto da vida. Nós iríamos nos casar antes de ele desistir de mim e de nós. Não faço ideia como, mas nós íamos, nem que precisássemos cruzar meio globo pra achar a porra de um padre que celebrasse esse caralho de casamento. Era estapafúrdio, nós daríamos um péssimo casal.

Provavelmente foi melhor ele ter ido mesmo. Às vezes desconfio que foi eu e minha rejeição por compromisso o que o botou pra correr. Mas quem pode me culpar? Ele era miraculosamente adorável. Eu não achava defeitos nele. E isso me assustava. A realidade sempre é mais aprazível. A realidade é o que Donghae me fez enfrentar desde que se foi. Sou grato a ele por esse “presente”.

Feliz ano novo, meu bem. A última trepada do ano foi a melhor e também a nossa derradeira. Veio bem a calhar. Haengboghan saehae doeseyo.


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Notas finais do capítulo

Se é TeukHae, é pra minha rainha. Mesmo que seja... isso.
23 execuções no last.fm de I'm not yours anymore e ta aí o resultado.
Por que, já que eu não consigo escrever um certo lemon cofcofabovecofthecofrainbowcofcof, eu resolvi apelar só pra não perder o jeito de escrever e depois ficar perdida e. fa/
Obrigada por lerem! ♥



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