Danny P.O.V on.

- Chegamos! – parei o carro e olhei pra ela.

- Você não está falando sério está? – Katie falou séria olhando pro letreiro em letras garrafais laranja “ In Cube Lutas Marciais” .

- Sim eu estou falando sério e você sabe disso. – olhei em seus olhos e ela abaixou a cabeça.

- Por que uma academia de lutas marciais? – Katie gesticulou com as mãos.

- Eu vinha aqui uns meses atrás mais decidi parar. – ignorei a pergunta dela.

- Interessante. – revirou os olhos indiferente.

- Eu sei que você não está entendendo, mais quando entrar tudo vai fazer sentido. – desliguei o carro e tirei a chave do controle.

- Certo, o que eu não faço por você não é mesmo. – Katie abriu a porta e saiu do carro.

- Não é por mim Katie, é por você. – fiz o mesmo e dei a mão pra ela.

- Por que estamos aqui? – Katie falou assim que entramos.

- Pra superar o seu medo, esse medo que eu não sei direito qual é. – olhei sério pra ela que engoliu em seco.

- Ainda não entendi. – Katie falou olhando pra umas pessoas treinando.

- Se você souber se defender não vai mais ter motivos pra ter medo. – puxei ela com a mão.

- Pensei que não viria mais Danny. – Mark olhou pra mim e pra Katie. Mark era o dono do “In Cube”, eu conhecia ele já tinha uns anos, eu e o Harry frequentamos a academia por pouco tempo.

- Essa é Katie, e esse é Mark. – os apresentei.

- Você já sabe onde fica tudo. – Mark saiu e foi falar com umas pessoas que começariam hoje.

- O que vamos fazer? – Katie me olhou de lado.

- Primeiro treinar no saco de areia e depois você vai me enfrentar no ringue. – olhei pra ela que riu.

- Eu falo sério Katie. Se você gostar da sua pequena aula, poderá voltar. – parei perto de um balcão onde a garota quando viu nós chegando pegou as luvas.

- Essa é a sua luva e essa a da sua namorada. – Lucy entregou a luva pra nós.

- A gente precisa mesmo fazer isso? – Katie fez careta.

- Não vou nem responder. – falei sem olhar pra Katie que bufou.

Entramos em uma sala cheia de sacos de areia e olhei pra Katie que riu, ela estava achando que era tudo piada.

- Primeiro alongamento. – comecei a me alongar e Katie me ignorou.

- Até você precisa se alongar Katie. – revirei os olhos de saco cheio. Katie começou a se alongar, parei de me alongar e fiquei esperando ela parar.

- Vamos Katie, começa a bater. – comecei a esmurrar o saco de areia.

- É terapêutico Katie, desconta a sua raiva. – continuei e Katie não se moveu.

- Não é tão difícil, olha. – peguei os braços dela e comecei a esmurrar o saco de areia.

- Ok, eu já entendi. – Katie começou por vontade própria a bater no saco de areia.

Continuamos com aquilo por uns 40 minutos.

- Acho que já está na hora de ir pro ringue. – falei divertido, Katie abriu a boca mais nada disse. Ela não estava acreditando, é o que eu acho.

- Não vou falar nada, você não me ouve. – Katie balançou os braços sem emoção.

- Vamos lá. – fui andando em direção ao ringue e Katie me seguiu.

Subi no ringue e ajudei Katie a subir.

- Hora de me enfrentar Katie. – sorri pra ela.

- Quer mesmo fazer isso? – Katie arqueou uma sobrancelha.

- Eu sou um dos melhores lutadores armadores Katie. – tentei soar sério e Katie riu.

- Já que está duvidando me enfrenta. – chamei ela com o dedo, ou melhor com a luva, que revirou os olhos.

- Sabe que eu ganho né? – provoquei e Katie fez uma cara indignada.

- Você quem pediu. – Katie veio pra cima de mim e eu me defendia. Depois o jogo virou, eu comecei a atacar e Katie se defender.

Depois de uns 20 minutos era fácil ver que Katie realmente levava jeito, se eu fosse um pouco mais lento perderia pra ela.

- Qual é Danny, é só isso que pode fazer. – Katie mordeu o lábio inferior.

- Não me provoca Katherine Withmore. – falei rindo. Em um golpe ninja eu dei uma rasteira nela e a derrubei no chão.

- Você jogou sujo Danny. – Katie tentou ficar séria mais caiu na risada.

- Ninguém mandou você me provocar. – segurei os braços dela na altura da cabeça, sem ter jeito dela conseguir sair.

- Ok assim você venceu. – Katie falou ofegante.

- Sabe qual é o meu prêmio? – ainda segurando os braços de Katie perguntei pra ela, que negou com a cabeça não entendendo.

- Isso. – me aproximei dela e a beijei. Katie retribuiu o beijo, nossas línguas travaram uma luta interna.

- Hey, podem parar de pornografia aqui. – Mark falou rindo.

- É só um beijo. – ainda sem sair de cima de Katie eu olhei pro Mark.

- Mais é assim que a pornografia começa. – Mark riu. Levantei e dei a mão pra Katie levantar.

Saímos da academia do Mark pra voltar pra casa.

- Katie sem ser ignorante mais, todo esse tempo como você sobreviveu? Você não trabalha. – aproveitei o farol vermelho e olhei pra Katie com receio.

- Eu consegui expor minhas telas, em umas 4 exposições. Assim eu consegui bastante dinheiro, basicamente é isso que me sustenta. – Katie falou sem se importar.

- Por que você não volta a expor suas telas? – dei partida assim que o farol abriu.

- Não tenho muitas pinturas. – Katie apoiou a cabeça no encosto do banco.

- Mais e as antigas que estão lá?

- Aquelas não venderiam. – ela falou sem emoção.

- Você sabe que isso não é verdade. – repreendi Katie.

Chegamos na portaria do prédio já estava de tarde.

- Entregue. – destranquei a porta e Katie olhou pra minha cara.

- Não vai subir? – Katie apontou pra entrada.

- Eu estou cansado. – suspirei fundo.

- Você janta aqui. – Katie segurou minha mão.

- Ok, você me convenceu. – olhei pra Katie que sorriu fraco.

Entramos no apartamento Jessy estava se arrumando pra sair.

- Vou dormir fora. – Jessy falou assim que olhou pra Katie.

- Como assim dormir fora? – Katie praticamente gaguejou.

- O Danny dorme aqui hoje, e assim você não fica sozinha. – Jessy continuou caçando o outro par do brinco.

- Você sabe se ele quer dormir aqui hoje? – Katie franziu a testa.

- Se ele não quiser, você dorme na casa dele. – Jessy olhou pra mim e eu só sorri de volta.

- Eu não me importaria. – levantei os meus braços adorando a ideia.

- Ok até de manhã. – Katie foi indo pra cozinha e eu ri da cara dela.

- Como você aguenta esse mal humor diário dela? – Jessy falou divertida.

- Da mesma forma que você aguenta. – falei rindo.

- Nossa é mesmo. – Jessy bateu a mão na testa como se tivesse se lembrado.

- Tchau casal. – Jessy praticamente gritou pra que Katie da cozinha ouvisse e saiu apressada.

- Quer ajuda? – apareci na cozinha e Katie estava virada de costa lavando alguns tomate.

- Você não está cansado? Vai descansar. – Katie falou sem me olhar.

- Mais é bom ficar de olho, sabe você não cozinha muito bem. – provoquei, era tão legal provocar ela.

- Mais hen? Eu cozinho mal? – Katie virou com cara de poucos amigos.

- Você sabe que eu estou brincando. – falei rindo e me aproximando dela.

- Você e suas brincadeiras sem graças. – Katie fez careta e eu colei meu corpo no dela.

- Eu vou precisar dizer de novo, que você fala demais? – passei os braços pela cintura de Katie.

- Claro que não. – Katie se aproximou mais de mim e me beijou. Ela deixou uma mão descansando no meu peito e a outra começou a arranhar a minha nuca.

- Katie não me provoca. – tirei a mão dela da minha nuca e Katie riu.

- O que eu fiz? – Katie me olhou sapeca.

- Se você ficar me provocando, nós não vamos nem jantar. – olhei malicioso pra ela que abriu a boca mais não disse nada.

- Apaga esse fogo homem. – Katie falou divertida.

- Vai me ajudar ou não? – Katie arqueou uma sobrancelha e eu sentei no balcão de frente pra pia.

- O que vai cozinhar? – olhei pra Katie que fez uma cara pensativa.

- Não sei, que tal macarrão ao molho de champignon? – Katie pegou o macarrão dentro do armário.

- Sou alérgico a champignon. – sorri sem mostrar os dentes.

- Sério? – Katie fez careta e eu concordei com a cabeça.

- Que tal macarrão aos 4 queijo? – Katie me olhou.

- Sim acho melhor. – levantei do banquinho e fui ajudar Katie a fazer o macarrão.

-Como vai ser essa promoção? – arquei uma sobrancelha sem entender nada.

- Simples Danny, quer fizer a melhor versão pro single ganha. – Tom falou empolgado.

- E qual vai ser o prêmio? – Dougie parou de ler a revista que estava lendo e olhou pra Tom.

- O que seria dessas crianças sem mim. – Tom falou convencido.

- Amo a sua modéstia Tom. – Harry veio andando e sentou do meu lado. Os fãs estão quase enlouquecendo com a promoção, chega a ser engraçado.

-  E qual vai ser o prêmio? – Dougie fez a mesma pergunta.

- Um dia inteiro com gente. – Harry abriu os braços e sorriu.

Os guys começaram a pensar nas músicas que ouviríamos mais eu estava longe. Eu comecei a pensar em um jantar com a Katie. Resolvi ligar pra ela.

- Alô Katie? – esperei e Katie respondeu.

- Oi Danny.

- Janta comigo hoje? Sentei na poltrona longe dos guys, eles falam alto.

- Fala sério? – Katie respirou fundo.

- Sim, muito sério. – me virei incomodado a poltrona.

- Certo a gente janta.

- Te pego as 07 da noite. Beijo até mais.

- Beijo te amo! – Katie desligou o telefone.

- Está ocupado? – Tom coçou a cabeça e eu descordei com a cabeça.

- Não por que? – olhei pra Tom.

-Dougie escreveu uma música nova, estamos querendo ensaiar pra ver como fica.

- Tudo bem, já estou indo.