Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 22
Profecias


Notas iniciais do capítulo

OOOI GENTE. Esse capítulo é dedicado à Andy Beluchi, por causa da linda recomendação que ela fez!! Eu só faltei soltar fogos de artificio quando eu li! hahaha ^^ Poxa gente, sigam o exemplo dela e recomendem também!! Enfiiim, espero que gostem do capítulo.
Boa leitura.



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UMA SEMANA DEPOIS...

Hermione abriu os olhos com facilidade e estranhou encontrar seu quarto mergulhado na escuridão, as grossas cortinas ainda estavam fechados. Isso significava que Adree, um dos elfos domésticos da Ordem, não havia entrado no quarto e aberto as cortinas. Ao contrário da grande maioria dos elfos, os que trabalhavam para a Ordem, trabalhavam de bom grado. Nenhum fora obrigado a trabalhar. E todos os membros os respeitavam.



A castanha não conseguiu levantar-se da cama com tanta facilidade que abrira os olhos. Demorou alguns minutos para realizar tal ato. Sua mente estava inundada por pensamentos. Quando todos se acalmaram e foram para seus devidos quartos, no dia em que Samuel revelou ser um comensal, Kingsley tentou penetrar na mente de Augustus para saber se ele tinha dito alguma informação sobre a Ordem para o Lord, mas não conseguiu. No dia seguinte, Kingsley fez uma reunião de última hora com todos.



Após todos conversarem muito, chegaram a conclusão de que iriam de vez para Oxford. O tempo era escasso, quanto mais perdessem o resto que havia dele, causaria um prejuízo enorme. Quatro grupos de dez membros foram formados. Cada um iria para um ponto cardial especifico. Harry, Rony e Draco foram designados para grupos distintos um do outro. Harry iria para o Norte, Rony para o Leste, enquanto Draco iria para o Sul.



Hermione continuara na sede da Ordem por muita insistência de Harry, Rony e Draco – principalmente do ex-sonserino. Havia exatamente dois dias que os grupos aparataram em direção à Oxford, e, como já era de se esperar, Hermione estava se corroendo de preocupação. Sentiu um enorme arrependimento por ter obedecido aos amigos e a Draco e não ter ido em um dos grupos.



A castanha, após muito tempo, levantou-se da cama e olhou para o relógio no criado-mudo. Marcavam exatamente 06h00min. Hermione suspirou pesadamente. Ela sabia que não ia conseguir voltar a dormir, então foi em direção ao banheiro. Assim que terminou sua higiene matinal e se vestiu, a castanha foi até a cozinha.



Hermione sentou-se quietamente em uma das cadeiras da mesa. Molly, que estava cozinhando, virou-se para a castanha e percebeu que ela estava triste.



–Querida... – ela a chamou. – O que aconteceu?



–Só estou preocupada... – Hermione murmurou. Molly sorriu de leve.



–Eu também estou. Mas sei que tudo dará certo. Sempre deu. – ela disse docemente. Hermione voltou seu olhar para a Mãe Weasley e lhe deu um pequeno sorriso.



O resto da manhã transcorreu relativamente bem. Todos tentavam ocultar o clima de preocupação que rondava sobre eles. Hermione ficou um pouco na sala com alguns membros, tentando conversar com eles. Mas não estava com nenhum ânimo para isso. Gina notou a preocupação da amiga e se sentou ao lado dela no sofá.



–Oi Mione... – ela disse baixo. A castanha lhe lançou um pequeno sorriso. – Vem, vamos sair um pouco daqui. Tem muitas pessoas... – Gina disse levantando-se. Hermione concordou rapidamente e seguiu a ruiva até a plantação de trigo que havia há poucos metros da sede da Ordem.



As amigas adentraram na plantação e começaram a andar calmamente.



–Quando tudo parece estar se resolvendo... Vem alguma coisa e sempre atrapalha, não é? – Gina disse tristemente.



Hermione voltou seu olhar para a ruiva e a abraçou bem fortemente. Continuaram conversando e andando, até que um “clack” fora ouvido pelas duas. Elas conheciam aquele barulhinho. Alguém havia aparatado ali perto.



Hermione franziu a testa de leve quando viu a cabeça de um homem ao longe. Por instinto, a castanha recuou um passo. Enquanto Gina continuou no mesmo lugar, observando o homem se aproximar mais e mais. Quando perceberam a vestimenta preta que ele usava, a realidade caiu sobre elas.



Era um comensal. Mais um “clack” foi ouvido pelas duas e, logo, outro comensal apareceu atrás do primeiro. Eles continuaram andando em direção das meninas e elas começaram a correr. Fora completamente em vão. Os comensais apareceram na frente delas. As duas gritaram altamente, mas nada fora ouvido. Já que os comensais lançaram Silencio em ambas.



Hermione e Gina estavam desesperadas, até porque não estavam com suas varinhas. Não tinham para onde correr e nem aparatar. Os comensais já haviam agarrado os braços delas. A ruiva estava se segurando para não chorar, e Hermione estava tentando manter a sanidade.



A castanha sentiu o chão ser puxado brutamente dos pés dela e algo parecido com uma alavanca a empurrou para o lado, fazendo tudo girar em seguida. Quando ela finalmente sentiu o chão ser recolocado em seu devido lugar, olhou em volta e engoliu seco.



–Onde estamos? – Gina perguntou assustada. Hermione olhou para a amiga; seu olhar dizia “Gina! Fique em silêncio”. A ruiva entendeu o recado e voltou a olhar ao redor.



Elas estavam sendo puxadas indelicadamente pelos comensais. Entraram em um corredor escuro e frio, até que pararam em frente a uma porta. O comensal que estava segurando o braço de Hermione abriu a porta e a jogou para dentro do cômodo, e em seguida o outro comensal fez isso com Gina. Fecharam a porta sem dizer absolutamente nada.



A castanha olhou o cômodo por inteiro. Elas estavam em um quarto. Um quarto bem escuro, por sinal. Gina andou devagar até a cama, onde se sentou na ponta da mesma. Olhou assustada para Hermione, que estava em pé, ainda perto da porta.



–Estamos na mansão, não estamos? – Gina perguntou temerosa. Hermione assentiu com a cabeça e se aproximou da amiga.



–Estamos... Calma, Gina. Tudo dará certo. Sempre deu. – a castanha repetiu as últimas duas frases que Molly havia lhe dito naquele mesmo dia mais cedo. Gina suspirou.



–Como eles ficaram sabendo o local exato da Ordem? – Gina perguntou mais para si mesma do que para Hermione; mas a castanha respondeu.



–Ficaram sabendo por Augustus. – a garota respondeu. – Kingsley não conseguiu penetrar na mente dele, se lembra?



–É mesmo... - Gina murmurou. Olhou em volta do quarto e em seguida para Hermione. – O que será que vai acontecer? – ela perguntou baixo. Hermione deu de ombros.



–Nem tenho ideia. – ela respondeu sinceramente. Sentou-se ao lado da amiga. – Mas temos que ficar calmas. – Hermione disse, e Gina concordou com a cabeça.



Apesar de tudo isso, elas teriam que ficar calmas. Não adiantaria ficar mais apavoradas, isso só pioraria tudo.






Em um outro quarto...



Eddan não estava conseguindo entender a súbita mudança nas atitudes de Alicia nessa ultima semana. De uma hora para a outra, ela foi ficando arrogante, fria... Foi ficando cada dia mais sonserina. E isso começou quando o Lord começou a fazer algumas visitas à garota. Ele ficava horas e horas lá dentro. Sempre que saía deixava uma Alicia ainda mais digna de uma bruxa da casa Sonserina. Sempre que saía, Alicia ficava sabendo de mais coisas – não sobre ela, mas sim sobre esse mundo. E ela não ficava nem um pouco assustada com isso. Ela até gostava de falar sobre isso.



A cabeça de Eddan estava completamente bagunçada.



Agora ele estava no quarto, tentando conversar com Alicia pacientemente.



–Não vai me dizer o que o Lord fica fazendo aqui sempre que vem lhe visitar? – Eddan perguntou pela centésima vez naquele dia.



–Ele conversa comigo, eu já te disse. Ou será que você é burro o bastante para não entender isso?! – Alicia perguntou irritada. Ela estava em pé, perto da cama; enquanto Eddan se encontrava perto da porta, com a testa franzida e braços cruzados.



–Não é só isso, Alicia. – ele disse descruzando os braços e indo até ela. – Têm mais coisas, eu sei disso.



A garota arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços. Encarava Eddan seriamente.



–Não, não tem nada além disso. – ela falou duramente. Eddan já estava bastante próximo dela. – Você está muito perto... Dubarry. – ela murmurou quando Eddan estava há poucos centímetros de distância dela.



–Isso lhe incomoda? Por quê? – ele sussurrou, olhando-a nos olhos. A garota não o respondeu. – Alicia, eu preciso saber o que ele vem fazer de verdade quando vem aqui.



A garota engoliu seco e continuou encarando-o. Seu olhar, antes superior, agora estava distante.



Alicia não sabia o que o Lord fazia quando ia visitar ela. Era como se quando ele entrasse tudo ficasse escuro e ela desmaiasse.



–Eu não sei... – ela disse sinceramente. Eddan pôde perceber que ela falava a verdade por causa do seu olhar. Ele suspirou pesadamente e olhou para o chão. Alicia se recompôs e voltou a postura arrogante e fria de uma sonserina. – Agora, saia de perto de mim. – ela mandou. Eddan voltou seu olhar novamente para os de Alicia e arregalou os olhos. – O que foi, Dubarry?



–Seu hálito...



–O quê que tem meu hálito? – ela perguntou sem entender.



Eddan não respondeu e se afastou dela rapidamente. Saiu do quarto sem olhar para trás e parou de andar quando chegou a um corredor vazio. Eddan encostou-se na parede fria e fechou os olhos.



Voldemort havia feito uma lavagem cerebral em Alicia. Eddan já tinha ouvido falar sobre um feitiço das trevas que fazia o cérebro da pessoa em questão se “abrir” para novas informações que seriam colocadas pela pessoa que estava fazendo isso – podendo ser essas informações dos mais diversos tipos, desde personalidade até o modo de pensar. Lord Voldemort fez isso em Alicia. Eddan percebeu isso quando sentiu o hálito dela. Tinha um cheiro ardente, parecia que ela tinha comido muitas pimentas. Eddan só precisava confirmar; ele já tinha algumas suspeitas disso, mas queria ir mais a fundo.



Agora Alicia está com sua personalidade completamente alterada. Está com a personalidade de uma sonserina. E Eddan tinha certeza absoluta de que Voldemort havia mudado seu modo de pensar sobre tudo.



Eddan ainda estava com os olhos fechados fortemente quando ouviu passos vindos não de muito longe dele. Não demorou muito para dois comensais chegarem a seu campo de visão. Estavam vindo de um dos corredores que levava a um lugar com muitos quartos também.



–Dubarry! O que está fazendo aqui? – Pietro, um dos comensais, perguntou. – Ah, já sei! Acabou de sair do quarto da queridinha do Lord, não é mesmo? – ele perguntou, arrancando risadas do comensal ao seu lado, Archibald.



Eddan se segurou para não socar a cara dele.



–Sim, estou vindo de lá mesmo. E vocês? De onde estão vindo? – Eddan perguntou tentando manter a calma.



–Acabamos de capturar a sangue-ruim Hermione Granger e a irmã do traidor do sangue Weasley, Gina. – Archibald respondeu, sorrindo cruelmente. Eddan arregalou os olhos.



–E agora vamos até o Lord, avisá-lo sobre o que fizemos. – Pietro completou. Em seguida, ele e Archibald passaram por Eddan, deixando-o sozinho. Quando os comensais saíram do campo de visão de Eddan, ele começou a andar em direção ao corredor que Pietro e Archibald saíram.



Havia uma única porta naquele corredor, ao contrário dos outros que havia na mansão. Eddan sussurrou Alohomora e aporta se abriu. Encontrou Gina Weasley deitada na cama, aparentemente dormindo e Hermione Granger andando de um lado do outro pelo quarto.



O olhar de Eddan se encontrou com o de Hermione e os dois sorriram automaticamente. Ele entrou no quarto e Hermione foi em sua direção, logo o abraçou.



–Como é bom te ver! – a castanha exclamou. Eddan sorriu mais abertamente.



–Também é muito bom te ver. – ele disse. – Como vieram parar aqui?



–É uma longa história... – Hermione disse indo se sentar na ponta da cama. Eddan se aproximou, fez uma cadeira aparecer a frente de Hermione e sentou-se na mesma. Ele estava olhando atentamente para a castanha.



A castanha contou como ela e Gina haviam ido parar ali e não demorou muito para a ruiva acordar. Hermione apresentou a amiga à Eddan e os dois se gostaram de cara.



Os três ficaram conversando por algum tempo. Eddan começou a contar tudo sobre Alicia, até que, do nada, se lembrou de uma coisa muito importante. Sua expressão ficou séria de uma hora pra outra.



–O que foi, Eddan? – Gina perguntou ao notar a mudança de expressão dele.



–Eu... eu me lembrei de uma coisa. – ele sussurrou, olhando para o chão.



–Que coisa? – Hermione perguntou curiosa.



Eddan olhou para ela, até que começou a contar:



– Há uns três dias eu ouvi dois dos comensais encarregados da segurança do Lord conversando. Eles estavam comentando sobre... sobre duas profecias. Duas novas profecias. Eu fiquei bastante curioso, mas não consegui ouvir mais nada depois disso. Na noite do mesmo dia, eu lancei Expelliarmus em um dos comensais que estavam conversando e em seguida o encurralei na parede e o ameacei, dizendo que ele teria que me contar o que sabia dessas profecias ou senão ele morreria. Ele me disse que em uma das profecias dizia que uma pessoa muito próxima do Eleito ia se juntar a ele na derrota de Voldemort. Mas, ao contrário do Eleito, essa outra pessoa não teria vindo de uma família de bruxos, mas de trouxas. – Eddan ia falando. A mente de Hermione já tinha pegado a linha do raciocínio e temia que já soubesse a resposta.



–Na outra profecia dizia que Voldemort acabaria assumindo todo o controle da situação e, juntamente com um descendente direto de um dos fundadores de Hogwarts, iria acabar tomando o mundo bruxo para si, e derrotando o Eleito e uma pessoa muito próxima a ele, que teria vindo de uma família de trouxas. – a voz rouca de Eddan finalizou.



Hermione engoliu seco e olhou para o amigo, temerosa.



Instantaneamente, a castanha se lembrou do pesadelo que tivera há alguns dias atrás.

–Por favor, não me diga que essa pessoa próxima ao Eleito sou eu... – Hermione murmurou. Os olhos de Eddan estavam sem emoção alguma. Gina estava com os olhos arregalados diante disso tudo.



–Deve ter sido por isso que... que ele te manteve viva enquanto estava aqui, Hermione. Juntamente com Harry. Para... matar vocês dois com a ajuda de... Alicia. – Gina falava com dificuldade. E Hermione sabia que a amiga tinha completa razão.



–Por isso ele fez a lavagem cerebral nela. Para ela achar que o certo é fazer isso... – a castanha completou, sua voz estava seca. Não demorou muito tempo até que Eddan teve que ir embora, deixando Hermione e Gina sozinhas. Ambas ainda estavam inexpressivas.



A castanha tinha certeza de uma coisa: estava ferrada.





CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Quero muuuuitos reviews hein. Ah gente, talvez eu demore só um pouquinho pra postar o próximo capítulo.
Beijos! ^^



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