Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 12
Motivos para se ter coragem


Notas iniciais do capítulo

HELLO GENTE, então, no outro capitulo eu tinha dito que ia demorar pra postar.. mas enfim, mudei de planos hehehe
Espero que gostem xoxo



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A castanha sentou-se na poltrona a frente de Clare e, olhando para as chamas na lareira, falou com a voz enigmática:



–Tenho que te contar umas coisas.

Hermione começou a escolher as palavras cautelosamente, para não jogar tudo em cima de Clare. Aos poucos, foi contando sobre o plano e, por fim, sobre ela. Clare entendeu tudo muito bem, quero dizer... quase tudo. Quando Hermione chegou no ponto crucial, que era dizer que queria entrar na casa em que só Voldemort e Bellatrix sabem onde fica...

–Hermione, você está ficando maluca? É isso? – ela perguntou com a voz alterada. Ela não aceitou muito bem esse plano de Hermione.

–Clare, calma. – a castanha pediu franzindo a testa. Quando finalmente se acalmou, Clare prosseguiu:

–Então você é Hermione Granger... – ela comentou calmamente – Sempre ouvi falar de você.

–Sempre muito mal, eu suponho. – Hermione disse.

–Sim... Mas eu sempre tive uma visão diferente de você. Bom, você sabe né, estou aqui de má vontade. Minhas opiniões são bastante diferentes de outros comensais. – a morena disse, suspirando no fim. Olhou para Hermione e voltou ao assunto anterior: - Garota, como você entra em um plano assim sabendo que é suicida? E por que a Ordem escolheu você?!

–A Ordem não me escolheu, eu que me ofereci para a missão. E, sim, eu tinha plena consciência de que essa missão era perigosa quando eu a aceitei. Mas, veja bem, eu tenho meus motivos para isso. – Hermione disse um pouco fria e distante. Clare viu que a castanha não ia continuar o assunto, então ela também não insistiria na conversa.

–Sim, Hermione. Eu aceito entrar nessa missão com você. – Clare disse depois de alguns instantes em silêncio, surpreendendo Hermione. A castanha teve um misto de alegria, por saber que teria ajuda, e também um pouco de receio, já que colocaria uma outra vida em perigo. Quando disse o que estava pensando para Clare, a morena disse: - Eu também tenho meu motivo para entrar nisso. Não se preocupe.

E Hermione sabia desse motivo: Clare queria, mais que tudo, poder sair daquele mundo, mas antes, poder se vingar de Bellatrix, Voldemort, e todos os outros comensais. Já que ela nunca foi de acordo com os ataques que eles provocavam. Ela sentia nojo disso. Tanto é que Clare nunca matou nem torturou ninguém, “apenas” lançava Imperius, e ainda assim se sentia mal por isso.

Hermione estava contente em saber que ia ajudá-la, mas isso não diminuía seu medo pelo o que poderia acontecer com Clare durante a missão. A castanha sorriu para a amiga, que logo lhe retribuiu com outro sorriso.

As duas continuaram conversando por mais um tempo, planejando os próximos passos da missão. Concordaram em não falar nada para Frank nem Eddan, quanto menos pessoas soubessem disso, melhor. Quanto mais elas conversavam, mas Hermione via que Clare na missão seria bastante útil, já que ela sabia mais coisas daquela mansão do que qualquer outro comensal. Ela sabia de entradas e saídas secretas, caso aparatar fosse proibido por Voldemort.

Quanto mais Clare falava sobre as coisas terríveis que Voldemort fazia, mais Hermione queria sair daquele lugar horrível. A morena havia lhe dito que tinha dias que Voldemort estava tão aborrecido e enraivado que mandava comensais pegarem algumas crianças trouxas e levarem até ele, para então ele poder torturá-las até a loucura. E, quando isso não bastava para cessar ou diminuir sua raiva, ele mandava todos seus comensais irem ao grande salão e começava a matar a sangue frio alguns deles.

Se alguma pessoa pudesse sentir tanto nojo e raiva de alguém que não coubesse nem em si mesmo, essa pessoa seria Hermione. A castanha não estava acreditando nas coisas que Clare estava dizendo, ou melhor, não queria acreditar. Isso só lhe fazia ter mais certeza de um fato: Lord Voldemort é um animal, dos mais perigosos e sem coração.

–Entendeu, Hermione? – perguntou Clare, cortando a linha de raciocínio da castanha.

–Me desculpe, o que você disse? – Hermione perguntou.

–O único modo de você tentar entrar na casa que só Voldemort e Bellatrix sabem onde fica, é você conseguindo pelo menos meia parte da confiança dele. – Clare disse secamente. Hermione arregalou os olhos e olhou a amiga como o olhar dissesse “isso é impossível!” – Para você conseguir isso, é mostrando a ele que você é completamente leal a ele. Ou seja, Hermione, na próxima missão que ele nos der, você vai ter que matar a completo sangue frio algum trouxa, na frente dele.

–Nenhum comensal nunca fez isso? – Hermione perguntou. E isso era lógico, afinal de contas não é possível que nenhum comensal nunca tenha feito isso e nunca ganhou um pouco da confiança dele.

–Por incrível que pareça, não. Os comensais, no fundo, são covardes. Todos eles. – Clare respondeu, duramente. Hermione sabia que quando ela disse “Todos eles”, se referia a própria Clare também. – Você vai precisar de muita coragem. Muita mesmo.

Hermione engoliu seco, e então lembranças do seu passado começaram a percorrer em sua mente. Lembrou-se dela mesma entrando no Expresso de Hogwarts pela primeira vez e tendo uma breve conversa com Harry e Rony; ainda nesse mesmo ano, continuou a lembrar dela com os amigos, procurando a Pedra Filosofal; em seguida, imagens de seu segundo ano começaram a aparecer, fazendo Hermione ter rápidos flashbacks de alguns momentos em sua própria mente; no terceiro ano, lembrou-se de ter voltado no tempo com Harry, ter salvado Bicuço e conhecido Sirius Black.

No quarto ano sua mente foi invadida por imagens do Torneio Tribuxo que ocorreu naquele ano, e de Harry contando a ela e a Rony sobre o seu primeiro duelo cara a cara com Lord Voldemort, e dela no Baile de Inverno, com todos os olhares em cima dela. No sexto ano, lembrou-se dela e seus amigos conhecendo a Ordem da Fênix e entrando no Ministério da Magia, para saber do que se tratava a tal profecia que se referia a Harry e que Voldemort tanto queria.

No sétimo ano, descobriu que Severo Snape era o “Príncipe Mestiço”, e que havia escrito um livro com muitas informações que em outros livros não havia, e ainda nesse ano o próprio Snape matou Alvo Dumbledore, fazendo com que Hermione criasse uma completa rejeição e raiva do professor por algum tempo.

Até que, no oitavo ano, ela não estava mais em Hogwarts. Estava com Harry e Rony caçando Horcruxes, partes da alma de Lord Voldemort, para assim matá-las cada uma, ou seja, matar Tom. Não foi nada fácil, mas os amigos conseguiram com muito esforço. E então, chegou a hora de Harry duelar pessoalmente com Lord Voldemort na Floresta Proibida. Harry acabou morrendo no duelo com Tom Riddle, deixando Hermione, e a todos do mundo bruxo que acreditavam nele, inconsolável.

E, depois de dois anos, Hermione está aqui. Tomou poção Polissuco para se transformar em uma comensal chamada Kylie Gerard, encarregada da segurança de Lord Voldemort e todos os dias fica, relativamente, bem perto dele. Todos os dias têm que pedir à Merlim que não lhe aconteça nada, afinal de contas, está convivendo com Lord Voldemort.

Tudo pelo o que Hermione passou durante esses anos todos lhe obrigava a ter muita coragem. Não foi atoa que o Chapéu Seletor lhe colocou na Grifinória. Hermione se ofereceu para essa missão tendo consciência de tudo o que poderia acontecer. Ela entrou nessa missão para conseguir informações sobre o herdeiro de Voldemort, dá-los para a Ordem, e assim encontrar o filho dele. E, de uma vez por todas, acabar com Tom Marvolo Riddle. Ela entrou nessa missão para vingar a morte de Harry e não deixar mais que nenhuma outra guerra bruxa fizesse tanto estrago como a última fez; Ela faria isso por seus pais... é, os pais que nem sabia mais da existência dela, mas Hermione faria isso por eles. Afinal de contas, se não fossem por eles, ela não estaria aqui hoje. Hermione ainda os amava e sempre ia os amar; e, ela também faria isso por Draco. Sim, Draco Malfoy. Ela o amava, e faria tudo por ele. Ele estava se arriscando todos os dias para dar informações a Ordem durante dois anos seguidos, por causa dela. Hermione se arriscaria por ele também.

–Eu tenho, sim. – Hermione disse olhando para as chamas da lareira, e em seguida olhando para Clare, que lhe encarava. – Eu tenho coragem para fazer isso, Clare.

***

O dia estava nublado, como de costume. O sol estava coberto pelas nuvens densas e cinzas. Os galhos das arvores estavam balançando rebeldemente por causa dos ventos fortes. Estava fazendo bastante frio.

A castanha estava em seu quarto, se preparando. Por coincidência, Lord Voldemort havia anunciado para todos os comensais no grande salão que todos eles iam até a Escócia, para uma missão de “marcação de território”. Ou seja, mostrar para os bruxos que haviam lá que eles eram os “poderosos” e que quem se metesse com eles, acabaria morto. E, essa missão começaria hoje.

Todos os comensais estavam no grande salão, esperando Lord Voldemort para dizer quando eles deveriam ir. Antes de se encontrar com os “colegas”, Hermione resolveu beber mais uma taça da Poção Polissuco, só para prevenir. Dirigiu-se até o salão e foi ao encontro de Eddan, Frank e Clare.

–Será que ele ainda vai demorar muito? – perguntou Clare impaciente.

–Saber esperar é questão de sabedoria. – Frank disse casualmente. Ele sempre dizia frases assim, filosóficas...

–Bom, sabedoria neste momento pra mim é um desperdício. Ele bem que poderia aparecer logo. - ... e Eddan sempre dizia coisas desse tipo.

Mas Eddan tinha um pouco de razão. Voldemort estava demorando bastante, todos os comensais já estavam impacientes, inclusive Hermione. A castanha cruzou os braços e começou a balançar a perna impaciente, olhou para o topo da escada e nada de Voldemort aparecer. Olhou novamente, e nada. Por fim, olhou de novo e desta vez seu olhar se prendeu àquela pessoa parada ali no topo da escada.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Odiaram? Acharam sem sal? Comentem. *-*
Beijinhos ;* e ah, agora é sério, provavelmente vou demorar um pouco pra postar o próx. cap =(



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