Our Song escrita por Zoey Thompson


Capítulo 25
Não tem problema, eu não sou ciumento.


Notas iniciais do capítulo

Outro capitulo de brinde, já que eu fiquei anos luz sem postar. ^^ Leiam as notas finais, por favor. kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/184501/chapter/25

POV Percy

Acordei muito cedo, na verdade, nem tinha dormido direito. As palavras de Nico e da Annabeth martelavam na minha cabeça, como um despertador, elas apareciam de hora em hora na minha cabeça. Ouvir o Nico falando assim da Thalia, me despertou um lado que eu não conhecia em mim, me fez querer protege-la, naquele momento eu senti como era ter uma irmã. Mas tudo mudou quando ouvi Annabeth dizer que não entendia o porquê de eu estar tão preocupado com a Thalia, seu ciúme nos fez brigar mais uma vez, algo que eu definitivamente não queria. Estava disposto a fazer as pazes com ela, mas hoje seria de um jeito diferente.  Me arrumei rapidamente e segui para a casa dela. Eu sabia que há essa hora ela já estaria acordada, mas com alguma sorte, eu poderia surpreendê-la. Estacionei o carro e corri para a porta, antes mesmo de tocar a campainha a porta foi aberta, e uma Silena de pijama rosa e braço engessado apareceu. –Ah oi Percy, pode subir ela está lá em cima. –Falou sorrindo. –Obrigado. –Falei sorrindo de volta. Corri escada à cima e cheguei ao quarto dela. Estava tudo igual, como da ultima vez que eu vim aqui, a única diferença é que ela estava dormindo, enterrada nos cobertores com alguma coisa de baixo do braço. Parecia um anjo dormindo, o que de fato era. O meu anjo. Segui até a cama e cuidadosamente retirei o objeto de baixo do seu braço. Era uma foto minha e dela no parque, estávamos sujos de algodão doce e com os dedos labuzados. Mas mesmo assim ela estava linda. Coloquei o porta-retratos no criado mudo e delicadamente a peguei no colo. –Acorda Bela adormecida. –Sussurrei no seu ouvido. Ela abriu os olhos rapidamente, assustada. Ao me ver ela relaxou, mas abaixou a cabeça, envergonhada. –Ei, olhe para mim. –Falei buscando seus olhos. Ela ergueu a cabeça um pouco corada. –Eu já disse que amo te ver assim? Corada. –Falei beijando-lhe os lábios suavemente. –Já. Mas não me importo ouvir todos os dias. –Sussurrou fechando os olhos. –Você vai se atrasar para a aula, meu amor. –Falei sorrindo de lado. –Que horas são? –Perguntou abrindo os olhos. –7 horas. –Falei despreocupado. –QUE? –Perguntou pulando do meu colo. –Calma meu amor. –Falei segurando seu pulso. –Como calma. Eu só tenho meia hora pra me arrumar e você me pede calma? –Falou desesperada. –Annabeth calma, amor. –Falei a segurando pelos braços. –Tudo bem. –Falou respirando fundo. Me abraçou e pegou uma roupa qualquer para botar. Me sentei na sua cama, esperando ela sair do banheiro. Acho que peguei no sono, porque senti alguém me balançando, abri os olhos e dei de cara com um par de olhos cinza me olhando carinhosamente. –Nós perdemos o primeiro tempo, amor. –Falou rindo. –Me desculpe. Acho que dormi. –Falei desconcertado. –Não foi nada. Eu também me atrasei. Vamos? –Perguntou. –Claro, vamos sim. – Falei levantando. Descemos as escadas e fomos para a rua. Abri a porta do carro para ela. –Nossa, tá carinhoso hoje. –Falou sorrindo. – Queria me desculpar por ontem. Nós vamos sair hoje. –Anunciei sorrindo. –É mesmo, aonde nós vamos? –Perguntou curiosa. –Ah é surpresa. Mas garanto que você irá gostar. –Falei confiante. –Então tá. Nem queria saber mesmo. –Falou tentando esconder a curiosidade. Comecei a rir e ela se juntou a mim. –Vamos logo cabeça de alga. –Falou me dando um tapinha no braço. –Você é quem manda sabidinha. –Arranquei com o carro em direção a escola. Chegamos ao colégio e saímos do carro. –O que você tem agora? –Perguntei enquanto andávamos pelos corredores. –Educação física. E você? –Perguntou. –Também. –Falei sorrindo. Fomos para o ginásio juntos, de mãos dadas. Quando chegamos lá nos separamos e fomos para os vestiários. Coloquei meu uniforme do time e sai. Na aula de hoje, os meninos teriam basquete e as meninas teriam vôlei. –Jackson. Anda logo garoto. –Ouvi meu treinador gritar do meio da quadra. As quadras estavam divididas, para garotos e garotas. –Sim treinador. –Respondi enquanto corria para o meu time. Nós passamos o treino inteiro jogando, sem descanso. Pedi um tempo e fui me sentar na arquibancada. Estava observando o jogo de vôlei quando notei que Annabeth não estava lá. Levantei confuso e fui falar com a Thalia. –Hei, sabe onde está a Annie? –Perguntei. –Hum, ela disse que ia ao banheiro. –Respondeu entediada. –Ok. Valeu. –Agradeci e sai correndo para o corredor. Eu a vi assim que ela saiu do banheiro. Caramba, ela quer me matar com essa roupa. Ela estava com um top preto e um short curtinho também preto, que contrastava perfeitamente com a sua pele clara. Ela estava distraída, e eu fiquei olhando para ver o que ela faria. Estava encostado na parede esperando ela passar quando alguém puxa seu braço bruscamente e tapa sua boca. Corri até lá. –Hei gostosinha, que tal brincarmos um pouco? –Ouvi o garoto perguntar. Quando eu dobrei o corredor senti um ódio profundo. Ele estava a prensando na parede segurando suas mãos e tentando beija-la. –Me solta, por favor. Você tá me machucando. –Ela implorava. –Ah qual é gatinha, eu sou novo aqui. Me deixa brincar. –Falou tentando beija-la. –Não, eu tenho namorado, não quero nada com você, me larga. –Ela falava tentando se soltar. –Não me importa, eu não sou ciumento. –Falou sorrindo, desprezível. –Mas eu sou. –Respondi o tirando de cima dela. –Hum, você é o namorado? –Perguntou debochado. –É sou eu. Mexeu com a garota errada. –Falei partindo pra cima dele. Comecei a soca-lo repetidamente, com uma ira até hoje, desconhecida para mim. –Percy para, por favor. –Annabeth pediu me segurando. Larguei o garoto e me virei para ela. Ela tira o pulso vermelho e estava com os olhos cheios d’agua. A abracei e peguei ela no colo. –Vamos, vou te levar para a enfermaria. –Falei ainda irritado. –Amor, deixa pra lá, vamos pra aula. –Falou tentando descer. –Não Annie, ele te machucou, nós vamos à enfermaria sim. –Falei autoritário. Ela bufou e se acomodou no meu colo. Abri a porta da enfermaria e vi a enfermeira Newbie de costas mexendo em alguns papeis. –Ei, enfermeira Newbie? –Chamei colocando Annabeth sentada em uma maca. –Sim? Oh Deus! O que aconteceu? –Perguntou vindo para o nosso lado rapidamente. Annabeth levantou o braço, mostrando o pulso. –Oh, o que aconteceu com o seu pulso, querida? –Perguntou atenciosa. –Um garoto queria beija-la a força. –Respondi por ela. –Meu Deus, mas por quê? –Perguntou horrorizada. –Ele queria diversão. –Annabeth falou fazendo caretas de dor cada vez que a enfermeira tocava seu pulso. –Hum, isso aqui tá parecendo uma contusão. –Falou a enfermeira. Segurei sua outra mão e fiquei fazendo carinho na sua coxa distraidamente. –Prontinho. –Disse a enfermeira. –Obrigado Enfermeira Newbie. –Falei sorrindo. –Que isso Sr. Jackson. Estou aqui pra isso. –Falou sorrindo. –Vamos, não quero perder a aula de literatura. –Annabeth falou levantando. Dei uma risada abafada. –Claro sabidinha, vamos. –Falei lhe dando um beijo rápido. –Ei, sem agarramentos aqui. –A enfermeira falou rindo. –Claro, claro. Vamos. –Falei. Peguei a outra mão da minha sabidinha e saímos da sala. Quando estávamos na porta eu me virei novamente. –Ei, enfermeira Newbie, o garoto ainda está no corredor, sangrando. –Falei sorrindo. Ela arregalou os olhos e passou por nós correndo. Comecei a gargalhar e puxar Annabeth para a sala do diretor. –Ei, ei, ei. Onde você vai? Eu vou perder a aula de literatura. –Ela resmungava enquanto eu a puxava. –Annie, fica quieta, amor. –Falei parando na frente da porta do diretor. Bati na porta e esperei, peguei seu pulso delicadamente, estava enfaixado até metade do braço e na mão. Ele gemeu baixinho e eu olhei para seu rosto. Estava contorcido de dor. Larguei seu pulso imediatamente e lhe dei um beijo rápido. Na mesma hora a porta abriu e eu pulei para trás assustado. –Mas o que é isso na frente da minha porta? Sr. Jackson, Srta. Chase? –Perguntou nos olhando por baixo dos óculos. –Ahn. –Pela primeira vez eu vi Annie sem palavras. Cocei a cabeça, confuso. –Me desculpa. –Falei, sem pensar em mais nada pra dizer. –O que vieram fazer aqui? –Perguntou nos deixando entrar. –É que eu queria falar com você, quer dizer com o senhor. –Falei deixando Annie sentar e me postando atrás dela. –O que, exatamente? –Perguntou. –Eu peguei um garoto tentando agarrar minha namorada no corredor. –Apontei para Annabeth que esfregava o pulso levemente. –Ele a machucou e eu fui para cima dele. Ele está bem machucado. –Falei sério. –Então o senhor afirma que bateu no rapaz? Como é o nome dele? –Perguntou calmo. –Sim, bati. Eu não sei o nome dele, só sei que é um novato. –Falei. –Ok, me desculpe Sr. Jackson, sei que sua causa foi nobre, mas mesmo assim terei que suspendê-lo e chamar seu pai. E você Srta. Chase chamarei sua mãe e os pais do rapaz para conversar. –Falou levantando e pegando um papel. Me estendeu e me mandou assinar. Assinei e lhe devolvi o papel e passei o braço pela cintura da Annie e me virei para a porta. Quando estávamos saindo demos de cara com o garoto, ele estava com um corte no olho, a boca inchada e tinha um curativo no nariz. Dei um sorriso debochado, mas que se transformou em careta quando vi que ele estava secando Annabeth novamente. Trinquei os dentes e cerrei os punhos. –Não vale a pena. –Annabeth sussurrou me abraçando. –Não suporto ver ninguém te olhando assim. Eles te olham como se pudessem fazer o que quiser com você, odeio isso. –Falei enquanto outro garoto que passava a secava novamente. –Eu também não gosto, mas não dou bola. –Falou. Tirei a camiseta que estava usando e coloquei nela. –Pronto. Problema resolvido. –Falei orgulhoso. –Só se for pra você. –Falou fechando a cara para uma garota do 1º ano que passava ao meu lado e ficou me encarando. Annabeth agarrou minha cintura possessivamente. –Calma amor, eu sou seu, esqueceu? –Murmurei no seu ouvido. –Não. –Falou sorrindo. Entramos no vestiário e fomos nos trocar. Me troquei rapidamente e sai, para esperar ela na porta. Ela saiu usando uma calça preta justa, um all star preto e uma blusa branca e vermelha com uma jaqueta preta por cima. –Está linda amor. –Falei a abraçando. –Obrigado. –Falou sorrindo. Peguei sua mochila e pus no ombro, junto com a minha. Caminhamos lentamente até a sala e nos sentamos no fundo. Estávamos na aula de química, estudando radioatividade ou outra coisa qualquer, quando o diretor entrou na sala e nos chamou. Nos levantamos e o seguimos para a sala dele. Quando nós passamos pela porta da sala dele, um borrão loiro se jogou em cima da Annie. Annabeth passou o braço bom pela cintura da mãe e a abraçou de volta. –Tá tudo bem? Ele te machucou muito? Ah mais ele me paga, moleque insolente. E você Perseu. –Falou se virando para mim, quase morri de medo. –Você ganhou pontos comigo, garoto. Obrigado por defender minha filha. –Falou sorrindo levemente para mim. –Não fiz mais nada do que minha obrigação. –Falei sorrindo de lado. –Sra. Chase, sente-se, por favor. Vocês também. –Nos sentamos e ele logo começou a falar. –Então começaremos quando o Sr. Jackson chegar e... -Ele foi interrompido pela porta, que foi aberta. –Desculpe o atraso, tive um compromisso na empresa. –Falou meu pai, sentando ao meu lado. –Oh, muito bem então, vamos começar. –Começou o diretor. –Eu quero deixar claro que eu não sei porque estamos aqui, esse desprezível agarrou minha filha, a machucou e nós ainda estamos aqui discutindo isso? –Atena reclamou. –Mãe! –Annabeth exclamou baixinho. –Bom, o garoto alega que a Srta. Chase também queria, como é que eles dizer, ficar com ele. E que só começou a se debater quando o namorado chegou. –Disse o diretor. –Seu verme, seja homem e diga que você forçou, que você ouviu ela dizer que você estava a machucando e mesmo assim tentou beija-la. –Falei me levantando. –Eu? Ela também queria me beijar. –Falou cinicamente. –Eu nunca te beijaria, eu amo o Percy. Nunca trairia ele. Nunca. –Annabeth falou irritada. –Ah qual é gostosinha. Você bem que gostou quando eu te chamei assim não é? –Falou divertido. –Cala essa merda de boca. Não fala com ela assim, eu te mato. –Gritei tentando me soltar do meu pai, que me segurava no lugar. –Perseu, calma. –Falou o diretor. –Perseu, não me faça reconsiderar os pontos que você ganhou comigo. –Atena falou nervosa. –Não, pode reconsiderar, mas ele não vai falar assim com ela, não vai. Eu quebro a cara dele. –Gritei ainda tentando me soltar. –Percy, amor calma. –Annabeth falou suavemente. Parei de me debater e olhei pra ela. –Annie, ele não pode te tratar assim. Você não pode deixar. –Falei choramingando. –Percy, isso não me afeta. –Falou passando a mão no meu rosto. –Mas afeta a mim, que tipo de namorado eu seria se deixasse ele falar assim com você. Ninguém, ouviu? Ninguém, pode falar assim de você, você é a pessoa mais pura, que existe no mundo. –Murmurei chateado. –Bom, depois de toda essa demonstração de amor, podemos voltar a nossa reunião? –O diretor perguntou. Annabeth corou e me soltou rapidamente, se sentando ao lado da mãe. Me sentei ao seu lado ainda encarando o garoto, que agora eu sabia que se chamava Michel. –Ok, vamos começar. Sr. Donavan, explique o que aconteceu dessa vez, a verdade. –Disse o diretor. –Ok. Eu conto. –Michel disse se dando por vencido. –Eu estava saindo do banheiro quando a vi passar, ela estava de top e de short curtinho, o que vocês queriam que eu pensasse? Eu achei que ela era uma atirada. A puxei pelo pulso e a prensei na parede. No começo ela ficou quieta, e com isso achei que ela queria também. Tentei beija-la e ela começou a se debater. Eu não prestei a mínima atenção no que ela falou. Eu assumo que eu errei, mas eu não queria machuca-la. –Falou abaixando a cabeça. –Me desculpe, mas eu vou ter que suspendê-lo. –Falou o diretor. Michel se levantou junto com os pais, que não tinham falado nada até agora. –Me desculpe Annabeth. –Falou o pai do Michel, sua mãe me olhou irritada e saiu. O pai dele saiu atrás dela. –Olha, me desculpem, eu não queria mesmo fazer aquilo. –Michel falou estendendo a mão para mim. Apertei sua mão a abracei Annabeth pela cintura. Ele estendeu a mão para Annabeth, que apertou hesitante. –Tchau. –Falou se afastando. –Tchau. –Murmurei.  Essa noite iria ser perfeita, eu iria fazer Annabeth se esquecer de tudo ruim que aconteceu nesses últimos dias. Nessa noite, nada irá nos atrapalhar, e se eu conseguir fazer tudo que eu quero, Annabeth terá a maior surpresa da vida dela. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não tenho a minima ideia do porque eu coloquei esse garoto idiota na historia, acho que eu sou só queria uma emoçãozinha. UHUASHAUHSUAH até loogo :*