-Jack volte aqui! –gritava Barbossa. – Se não você voltar eles irão te pegar!
-Bússola... Deixei minha bússola. -berrava Jack, correndo desesperadamente de volta a prisão de Tullianum.
-Vão atrás de Jack antes que ele faça uma besteira. –ordenou Hector, e seus tripulantes foram pegando suas armas, suas espadas. Uns desciam pelas cordas ou escada, outros que eram mais novos pulavam de cima do navio sem medo.
Jack corria em disparada, e os tripulantes da Rainha Anna corriam o mais depressa possível. De repente o alarme soou um barulho infernal para os ouvidos de qualquer um. Guardas saiam das suas cabines, os uniformes eram brancos, com algumas faixas verdes e pretas, isso significava que a prisão se localização na Jamaica. Com o barulho Jack tentou achar um lugar mais rápido para entrar lá dentro sem ser visto, os piratas não tinham escolha teriam que enfrentar os guardas Jamaicanos.
-É o Sparrow. –disse um guarda que olhava por um binóculo. -ele esta na parte leste, vão atrás dele. -ordenou aos seus companheiros e disse para si mesmo... -Como é que ele conseguiu sair de lá?

-Alavanca! -disse uma voz por trás do guarda e espetou-o com a espada dentro de sua barriga, deixando-o morto. O misterioso sorriu, parecia que sentia prazer em ver a morte. – Jack Sparrow é meu. –disse a voz feminina.

   Os piratas vinham em peso para cima dos guardas, alguns pareciam já mortos, outros pareciam bonecos de vudú, só faltava o pano no lugar da pele. Eles eram diferentes, Jack sabia disso, mas não queria perguntar a Hector como foi que conseguiu, pois sabia que iria se mandado para lá de um jeito ou de outro. E eram balas de um lado, espadas se cruzando de outro, flechas cruzando o céu tão rápido, que qualquer um que ficasse a linha delas já estaria em outro mundo.
-Bússola, bússola, aonde foi que deixaram você. -dizia Jack procurando na cabine dos pertences dos presos, jogando as coisas todas no chão. -Ah!Achei... Não isso absolutamente não é meu.
-Ainda bem que você sabe! .-disse a voz forte e rouca, Jack se virou rapidamente, quando se deparou com o homem alto e careca,era gordo, e continha algumas linhas no rosto, principalmente perto dos cantos dos olhos.
-Ah!Pensei que fosse a minha sela. -disse Jack com o sorriso falso.
-Bem, eu acho que não pensou não. -o cara de linha fez careta e colocou a mão na porta deixando Jack sem saída.
Do lado de fora a confusão rolava solta, os presos estavam sendo soltos, alguns bêbados de rua entrava naquela confusão.

 Um berro horroroso foi escutado do lado de fora.
-É a voz de Jack. –disse o pirata atrapalhado. E os berros começaram a se aproximar cada vez mais, e os passos que eram ouvidos eram fortes, como se fossem perdas enormes sendo jogadas do céu de uma grande altitude. A porta do centro do pátio foi aberta, todos olharam para lá, onde saia um grande homem gordo, algumas partes do corpo feito de linha e conforme ele se aproximava mais alto ele ficava, estava carregando algo na mão direita, era Sparrow aos berros, de ponta cabeça.
-Você tem um preço a pagar Jack Sparrow. -dizia o cara de linha.
-Preço?Quanto?Eu pago tudo.
-Tem alguém que quer te ver. -o cara de linha abriu a boca, que por sinal era grande e cheia de dentes amarelados e alguns até vermelhos, e de lá dentro começou a sair chamas de fogo, e o homem começou a mirar em todos ao redor daquele pátio, dos piratas até os guardas jamaicanos. Ele cuspia fogo como um dragão, um enorme dragão. Todos os guardas saíram correndo, deixando tudo e todos para trás. Ficaram os piratas e os bêbados de rua impressionados com aquele grande homem de linha.
-O que é aquilo? –disse Gibbs dentro do navio apontando para o homem que soltava fogo pela boca.
-Aquele é o Jack na mão dele? -disse Elizabeth
-Ela voltou. –disse Barbossa assustado. -Marujos peguem tudo que seja pontudo coloquem dentro do canhão e reze muito para que isso de certo.
-Quem voltou? –disse Elizabeth e Gibbs juntos. Barbossa desceu para ajudar os piratas, deixando eles dois sem resposta.
Jack não tinha escolha a não ser deixar o monstro matá-lo. O homem não parava de sacudir-lo e soltar fogo. –Para de me sacudir, se não vou ficar enjoado. -disse Jack com a mão na boca. Os piratas tentavam furar o homem com suas espadas, com pedras com qualquer coisa que o machucasse, mas de nada adiantava, muitos deles entravam em chamas e corriam para o lago que estava um pouco mais a frente do portão de saída.
-Capitão você acha que daqui acertaremos o grandão ali?
-Bem alguma coisa tem que dar certo, pelo menos uma vez. -disse Hector. -Vocês não podem errar a mira, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, certo?
-Bem, depende do lugar de onde você está. -disse uma menina, aparentemente com nove anos de idade.
-Só deixei você entrar aqui criança, por causa de seu pai e sua mãe, se não fosse eles você estaria andando na prancha. -disse Barbossa, a menina deu os ombros e tapou os ouvidos, não para deixar de ouvir Hector, mas sim o barulho dos canhões que estavam sendo disparados.
BOOOM, BOOOM, BOOOM, BOOM! As bombas pegaram em cheio o grandalhão que caiu no chão, soltando Jack de cabeça para baixo. -AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

De volta A Vingança da Rainha Anna, homens estavam feridos no chão, queimaduras no rosto, nos braços, novos tripulantes subiram a bordo; os bêbados de rua. Jack estava observando aquela enorme prisão jamaicana e a fumaça que subia.
-Que diabos era aquilo? -perguntou Jack quando viu Barbossa se aproximar
-Diabos! –disse Barbossa com desconfiança. –Não sei se estou certo Jack, mas acho que aquilo não vai ser o único a cruzar nosso caminho. –Jack Sparrow não respondeu, apenas ficou observando a ilha se afastar cada vez mais.

-Olhem!Olhem isto aqui. -gritava um guarda jamaicano para seus colegas .Os outros chegaram perto do homem que estava se desfazendo, e uma enorme poeira foi crescendo formando um redemoinho, e no lugar de onde estava os ‘’trapos’’do homem formaram um enorme buraco bastante fundo. E uma vermelhidão subiu engolindo todos aqueles guardas. Berros monstruosos foram ouvidos ao Sul da ilha. E com um zip nada mais restava lá, apenas esqueletos e uma bussola preta, que sumiu em meio à poeira. E uma pena vermelha caiu bem lentamente sobre o chão.

-Pra onde estamos indo mesmo?- pergunto Jack á Elizabeth
-Para a corte, Jack esta com algum problema? –caçoava ela. -Esta esquecendo muito rápido as coisas.
-Não, não é que para mim a corte ficava para aquele lado. –Jack apontava em direção ao Sol. - E não esse lado.
-Mudanças Jack Sparrow. –disse Barbossa. -Ou você esqueceu que Sao Feng morreu e Elizabeth ficou no lugar dele?
-E qual é a influência de tirar A Corte de Cingapura? –perguntou Jack ironicamente.
-A influência Jack Sparrow e que eu tenho mais poder que você e posso colocar A Corte da Irmandade em qualquer lugar. - disse Elizabeth com um sorriso irônico respondendo a pergunta Jack com a mesma ironia que ele. –E depois Capitão Jack Sparrow, caso você não se lembre descobriram nosso esconderijo, daquela última vez que nos encontramos, a maioria dos Piratas que estavam na corte foram presos e condenados a algo terrível Jack, que provavelmente você não queira passar pelo mesmo. -Jack apenas engole as palavras de Elizabeth que deixa todos supressos e desce para o sótão do navio pirata.
Mais tarde todos tripulante da Rainha Anna estavam reunidos conversando, tramando roubos e outros ainda estavam tentando saber o que era aquele homem.
-Barbossa. -disse Elizabeth. -Quando estávamos em Tullianum, você disse que ela tinha voltado... Ela quem?
-Bem minha querida. –todos pararam para ouvir. -Não posso dizer algo pela qual eu não tenho certeza. -sorrio Hector. - Onde está Jack Sparrow? .-Olhava ele para todos os cantos do navio.

-Preocupado comigo Hector? -disse Jack subindo as escadas. -Quando você me colocou naquela prisão, não estava nem um pouco preocupado comigo.
-Eu não estou preocupado com você Jack, estou preocupado com o meu navio. -disse Barbossa franzindo as sobrancelhas.
-Engraçadinho. -Jack se senta na escada ao lado de uma garotinha, ele vira para ela e pergunta. –Quem é você? Parece-me um pouco familiar sabe ;o olho, o cabelo... –Jack tenta se aproximar um pouco mais da menina. –Como uma criança pode estar em um navio onde só têm piratas e uma intrometida? - Jack fala aos gritos para todos escutarem.
-Essa é a Ângela, estou tentando te falar desde manhã. –disse Elizabeth inconformada.

-Ângela Swann Turner, prazer. –disse a menina para Jack estendendo a mão.
-Ah!Uma intrometida filha. -disse Jack sorrindo para a menina, Ângela deu risada. -Yeah! -disse a menina
-E o que uma menina tão linda como você faz aqui?Com esses olhos de mel, esse cabelo loiro-ouro, olha que os piratas podem pegar você e nunca mais devolver para sua mãe.
-Eu conheço todos por aqui, faz muitos dias que estamos ao mar. Sabe esperando Will voltar. -disse a menina com os olhos brilhando.
-Will Turner? –disse Jack pasmado, olhando para Elizabeth ao seu lado. –E vocês não me contam nada, e assim que somos uma equipe?
-Estou tentando falar isso desde manha Sparrow. -disse Barbossa imitando a voz de uma mulher, mas não deu muito certo. ’’É assim que somos uma equipe’’. -disse Barbossa. -Nunca fomos uma equipe, somos piratas Jack! O que aquele pirata disse pra você?
O silêncio foi se aprofundando cada vez mais na Vingança da Rainha Anna, o único barulho que pode ser ouvido foi às ondas do mar imenso.