That Is Eternal. escrita por bieberseduction


Capítulo 1
Maybe I Care .


Notas iniciais do capítulo

boa leitura



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Ela queria fugir. Queria gritar. Queria ser invisível naquele instante. Mais não conseguia mexer sequer um músculo de seu corpo. Lágrimas caiam de seus olhos e sua voz abafada pela mordaça ecoava pelo ar rarefeito.

Ele, antes carinhoso e gentil, se tornará o seu pior pesadelo. O que o levara a ser esse monstro frio e cruel? Ninguém sabia o motivo ao certo, a não ser ele próprio. Ele queria chamar a atenção dela, queria que ela o visse de forma diferente. Não queria mais ser o amiguinho que oferecia o ombro para ela chorar por um idiota qualquer. Estava cansado de não ser notado.Amava aquela menina. Amava tanto que não suportaria vê-la novamente nos braços de outro alguém. Estava determinado que isso não, aconteceria mais. Ou ela seria dele ou não seria de mais ninguém.

Abaixou-se na direção de seus olhos, tirou a mordaça de sua boca e disse:

_No dia 13 de outubro desse ano eu te mandei uma carta me declarando, não pus meu nome. Você achou que era de outro e na mesma hora me ligou dizendo que ele começou a gostar de você, de verdade. Doeu, sabe? Doeu tanto que pensei no pior. Como poderia seguir em frente? Todos os meus amigos tinham virado as costas para mim, e se você começasse a ter algo sério com aquele babaca, iria me abandonar de vez. Eu não queria ficar só. Foi aí que peguei um lençol, amarrei no bi cama e tentei me enforcar. Minha mãe chegou na hora e impediu que uma tragédia acontecesse. Obrigaram-me a fazer terapia. Fui a duas ou três sessões, faltava as outras por medo. Não queria enxergar a verdade. Tudo isso por sua culpa. Por sua culpa eu me tornei essa pessoa que eu disse que nunca seria.

Ele estava cego. Cego de amor. Amor doentio. Estava disposto a fazer o pior:

_Agora é tarde, não vou nadar,  nadar e morrer na praia. Eu quero que você seja minha. Quero que você diga que me ama. Não percebe que eu preciso de você para continuar vivo? – seus olhos estavam vermelhos, suas mãos suavam de nervosismo, sua voz falhava.

Ela estava realmente apavorada:

_Quem é você? Sinceramente, não te conheço mais Justin. Você está sóbrio? Por favor, me mate mais eu não serei sua, tudo isso pelo que você se tornou. E não fui eu quem fez isso contigo. Eu não tenho culpa alguma. Você está doente, precisa se tratar logo – pensava em tudo que havia vivido com ele, como uma pessoa é capaz de mudar tão depressa?

_Diga que me ama e eu te deixarei ir – olhava tão profundamente nos olhos dela, lindos olhos cor de mel, que ela chegou a ficar envergonhada.

_Não, não farei isso. Eu não te amo da forma que você quer – seus braços, amarrados em uma cadeira de madeira empoeirada estavam roxos e doloridos sua cabeça doía pela pancada que havia tomado quando estava na ranger rover dele.

Com uma arma apontada a sua cabeça, ela finalmente diz oque ele tanto quer ouvir.

_Eu te amo.

_Não é o suficiente pra mim, eu não acredito – sua respiração ofegante podia ser ouvida por ela, só mostrava como ele estava inseguro e com medo. Isso deixava menos apavorada.

_Não acredita porque não é verdade. Eu amo o amigo que tinha, o amigo que nunca pensaria em me abandonar. Sei que ele está aí, em algum lugar. Por favor, traga-o de volta – por mais que tentasse suas súplicas não eram ouvidas por ele.

_Foi você quem quis assim. Se não fosse por sua causa eu nunca teria mudado.

Estavam em um cômodo de uma casa abandonada distante da cidade, era terça-feira, á essa hora todos devem estar procurando por eles. Mais ele só queria ela, não estava se importando com o resto do mundo e ela só queria o velho amigo de volta.

(...)

_Sua mãe deve estar preocupada, você só dá trabalho pra ela, coitada.

Haviam se passado três horas, era noite. Ele estava assustado, não tinha certeza da escolha que tinha tomado. Uma pergunta passava por sua cabeça a toda hora: é o certo a se fazer? Então perguntou a ela:

_A morte te assusta? – estava confuso, tentou então puxar assunto.

_Pule as preliminares, me mate de uma vez – sabia que ele não a mataria, não por agora.

_Está com medo?

_Não tenho mais medo de você. Está doente. Precisa de tratamento. 

_Não estou doente.

_Mais vai me matar. E eu não tenho culpa de nada. Está totalmente descontrolado.

_Sei oque estou fazendo – tentou parecer firme, olhando novamente no fundo dos olhos dela ele via que não estava tão apavorada como antes, via um brilho, de esperança, talvez?

_Poderia ser bem melhor sabia? Poderíamos voltar vivos. Você complica tudo.

_Pra cidade eu não volto mais, não com você viva.

_Eu vou ficar do seu lado. Pelos velhos tempos. Ninguém vai saber que você me trouxe aqui.

_Essa hora meu pai já deu falta da arma dele que peguei – ele tinha roubado um antigo revólver do pai que ficava escondido no fundo de uma das gavetas da cômoda – sua amiga já avisou a todos que te sequestrei, a polícia deve estar procurando a gente. Tarde demais pra mudar de ideia.

_Você é muito impulsivo, meu querido. Poderia ter sido bem mais fácil – algumas lágrimas escorriam de seus olhos. Seu corpo doía, uma dor quase insuportável.

Ele deitou na cama velha que estava encostada na parede, começou a chorar. Chorava pelo rumo que as coisas haviam tomado. Chorava pela sua amada. Por mais que tentasse, ele não era um monstro, mas estava disposto a mata-la e se matar logo depois. Era isso que a havia trazido aqui.

Pegou a arma e apontou para ela. Tentou um disparo, mais foi em vão.

_Sabia que você não teria coragem. O meu amigo ainda esta aí, agora eu tenho certeza disso – seus olhos brilhavam ao lembrar-se do amor fraternal que sentia por ele.

_Cale a boca – ela era corajosa demais pra se intimidar com sua frase de três palavras.

_Poderia me desamarrar, por favor? Meus braços estão muito doloridos e essa cadeira e tão dura que meu corpo não está suportando a dor, me deixe ir ficar com você ai?Mais uma vez, ele não a ouvia, estava com os pensamentos longe, muito longe.

_Você não me ama, isso dói.

_Está enganado.

_Mas foi oque disse há algumas horas.

_Lembra, daquela tarde em que fomos para o piquenique? E aquela vez que você me protegeu de uma garota que queria encrenca? Teve um dia em que fomos ao clube, você estava com vergonha, não quis entrar na piscina. Eu fiquei com você do lado de fora vendo todos se divertirem. Quando meus pais se separaram você ficou do meu lado o tempo todo. Quando você ganhou a Sammy, aquela cachorrinha fujona, quando você quebrou a perna, deu o primeiro beijo eu estava com você. O tempo todo, eu nunca te abandonei. Por que agora seria diferente? Fiquei tão abalada quando começou a ficar diferente. Você estava sendo grosso comigo. Faltava as aulas. Nunca ia para o curso de francês. Liguei para o seu celular e você não atendia. Liguei para a sua casa milhares de vezes, a cada vez sua mãe inventava uma desculpa diferente. Decidi ir até lá. A empregada me disse que não queria falar comigo. Me disse também que você não se alimentava direito, que não estava mais limpando o seu quarto por que você não permitia. Até que uma vez você não estava lá, e ela entrou. Encontrou droga e avisou sua mãe. Mas ela nada fez, não acreditou que seriam suas. E então eu fui embora, chegando em casa escrevi uma carta para você, e voltei lá no dia seguinte pedi a sua empregada que lhe estregasse já que agora você quase não ia pra casa, eu sei que você não leu. Estou realmente preocupada, não quero que aconteça nada contigo. Depois de tudo, ainda acha que eu não me importo com você, que eu não te amo?

Com cuidado ele a desamarrou, chorando. Não sabia mais oque fazer.

_Você ainda tem a carta?

_Sim – ele disse baixo.

_Pega – a garota disse calmamente, o garoto se dirigiu a cômoda antiga e tirou o envelope de lá, estava intacto.

_Pronto – ele foi entregar a ela o envelope e ela negou com a cabeça.

_Leia, leia em voz alta – ela disse.

_ eu acho.. – ele foi dizer mais a garota o interrompeu.

_Leia em voz alta Justin – ela disse seria e então ele abriu o envelope retirando a carta e começou a ler em voz alta.

“Por que é tão difícil acreditar nas pessoas? Acreditar que os sentimentos delas são verdadeiros? Que não irão brincar com os meus e que não me deixaram no primeiro obstáculo? Pode parecer clichê, mas em meio a tantos, ADEUS, eu aprendi a não confiar em qualquer OI, melhor dizendo em quase nenhum, e a me proteger dos sentimentos que eu sei que me causaram dor mais tarde. Sim, pode parecer egoísmo também, mas não sabes tudo que fizeram com meu coração e se hoje sou assim é culpa das pessoas que acharam que ele era feito de ferro e não de carne. Pobre de mim por ter acreditado que seria diferente dessa vez, por ter acreditado em falsas promessas, de novo. Agora estou aqui novamente procurando achar um sentido pra minha vida, uma essência que me faça querer viver novamente.E estou mais uma vez tentando decidir entre a razão e a emoção. Pergunto se você vai hesitar me amar, assim como usa guarda-chuva para se proteger do chuvisco que tanto ama, como usa a cobertura aonde faz sombra pra se proteger do sol, a estrela mais linda pra ti. Desculpe-me, estou tentando encontrar onde eu perdi a menina pé no chão que nunca se deixou levar por qualquer emoção elevada. Como você conseguiu me fazer abrir os olhos para a parte mais horrível que eu pude conhecer, de mim? Ser fraca nunca foi minha maior especialidade. Desde quando te conheci você passou a ser a minha maior fraqueza, ou melhor, a única e essencial pra mim. É horrível você se olhar no espelho e não reconhecer a si própria, pois uma pessoa apareceu na sua vida lhe fazendo mudar. Tu estavas morrendo de felicidade ao me ver sorrir e apesar de você ter me transformado, isso se tornou um motivo pra eu te amar mais. Meus sorrisos vazios se encheram de felicidade e aquele coração que batia por bater, hoje bate por você.Eu passei e anos, anos negando um sentimento, e isso simplesmente acabou comigo, espero que você entenda, convenhamos, que já faz tempo, não faz? Faz um bom tempo que eu não lhe pergunto como anda a vida, o que anda fazendo, se está sorrindo… como você realmente está. Faz um bom tempo que eu não lhe dou colo e brinco com você. O que aconteceu? Desistimos assim, tão facilmente, não sabemos quem somos nos tratamos como estranhos, somos estranhos. Estamos com medo do que? De si próprios, creio eu. Aposto que você me vê como um bicho de sete cabeças e três olhos; mas eu não sou nada disso, continuo a mesma. Eu queria que você voltasse para casa, para a nossa casa, aquela casa da arvore cheia de coisas bobas e doces muito calóricos. Gostaria de dar continuidade na nossa história, mas nada é como queremos. Sei o quanto dói e imagino o quanto doeu, mas será que foi melhor? Melhor assim? Fizemos tantas promessas e todas quebradas agora, sei o quanto batalhamos para que isso desse certo, o quanto tentamos bom... Pelo, menos eu sei o quanto tentei e me esforcei, o quanto te amei. Recordo-me de tudo que vivemos, espero que você se recorde também, foram tantos momentos não acha? É impossível esquecer o quão bem você me fez e o quão divertido foi tudo que passamos. Eu tentei acertar, mas eu errei como sempre, eu faço isso direto,  sempre erro. Mas me fale de você, como está seu coração? Não me venha com essa de está batendo ou bombeando o sangue, não cola, você sabe muito bem do que estou me referindo. Espero que esteja bem e apaixonado, vivo. Como está aquele seu sorriso? Ele ainda existe? Ou foi transformado? Como foi a prova para a faculdade? Estava difícil? Eu deveria ter estudado com você, não é mesmo? Tem ouvido a nossa música? Eu ainda ouço, ela e sabe… eu choro bom, não me pergunte por que, mas eu simplesmente choro. Você ainda tem aquele ursinho que eu lhe dei? Eu lembro que você dormia abraçado com ele, todas as noites. E a aliança, que nos trocamos quando éramos pequenos, quando prometemos nos casar? Diga-me que a guardou, a minha está aqui, guardada, na mesma caixinha que veio, em cima da minha cômoda, esperando você coloca-la em meu dedo novamente. Me, diz você está se alimentando direito? Lembro que tinha a mania de esquecer, de comer. Como foi seu treino de futebol? Era ótimo lhe ver jogando e comemorando os gols que fazia. E a nova menina? Me fale sobre ela… ela é bonita? Cuida de você? Tem um sorriso lindo? E a voz dela, é irritante? Me diz o que você acha… eu me pergunto se você prefere a mim do que a ela; mas sei que não. Ainda anda de skate? Quem está fazendo os curativos quando você cai? Mas me diz, você sente a minha falta? Passamos tanto tempo distantes, tudo mudou, não somos os mesmos, você amadureceu, eu amadureci. Você me prometeu ser feliz, espero que esteja cumprindo. Pois eu cumpro todas as minhas promessas. E cada dia que passa, a saudade aumenta, sabe? Como se você estivesse aqui ainda, e dissesse “estou indo passar o fim de semana com meus avós” é como se você nunca tivesse ido, mas foi, e não voltou. Você esqueceu, de devolver meu coração, espero que esteja cuidando dele. Tenho diversas confissões a lhe fazer, mas só irei, quando você estiver aqui. Promete vim me visitar? Passar uma tarde comigo, só para colocarmos os assuntos em dia, e eu ter a plena certeza que você está bem. Sinto muito por não ter continuado, mas ambos erramos. Eu pediria para voltar, mas não sei se irá o fazer. Você era todo errado, mas eu o concertei. Espero que você não esqueça nunca, meu primeiro e último amor, eu te amo Justin Drew Bieber.

Mellany Campbel Bieber.”

_Vá para casa, é só seguir a estrada que logo chega à pista principal. – ele disse

_Eu espero, irei com você – finalmente estava livre das cordas a apertando, seu corpo estava dormente e os braços roxos.

_Vá antes que eu mude de ideia – não conseguia olhá-la nos olhos, então fitava somente o chão sujo de poeira.

_Não, além do mais é tarde. É perigoso eu sair sem a sua companhia – sem amigos estava distante, em um mundo onde só existia ele, o amor doentio que sentia por ela e seus pensamentos confusos. Como ele estava diferente de uns tempos para cá...

_Eu vou ficar bem, não quero voltar agora.

_Não, vamos comigo. Não vou deixar nada de mal te acontecer – sonhadora, amiga, gentil, ela sempre estava disposta a ajudar as pessoas, ainda mais quando se tratava dos amigos. Faria tudo por eles.

_Quer morrer? Isso está me irritando. Vai ser feliz, menina!

_Podemos ser felizes juntos, seria melhor, não acha?

_Tarde demais, não vou suportar ser julgado por todos. Acham que eu sou louco, se voltar posso ser preso.

_Não percebe que não vou deixar você só? – segurava a sua mão- Esteve sempre ao meu lado, em todos os momentos da minha vida. Não vou te deixar quando mais precisa de mim. Você não será preso, confie em mim._Me deixe um pouco sozinho, preciso respirar.

_Promete que vamos embora juntos?

_Prometo -mentiu- e confio em você, sempre confiei. Pelos velhos tempos.

_Eu te amo – ela disse, com o coração aberto, com os olhos cheios de orgulho do amigo, haviam vencido mais uma batalha juntos, não via a hora de chegar na, cidade ao lado dele e defendê-lo, na frente de todos.

_Eu te amo muito mais, pequena – ele disse.

Eles estavam próximos, um ouvia a respiração do outro, e nela ele deu um beijo. Um beijo sutil, o primeiro beijo dos dois. Mal sabia ela, que poderia ser o último também.

The end..


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Notas finais do capítulo

Hey *-*
oque acharam ?
xoxo :*



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