Aki No Ame (DESCONTINUADA) escrita por SilenceMaker


Capítulo 18
Aulas experimentais


Notas iniciais do capítulo

AH- DESCUUULPEEEM!!! Sei que demorei demaaaiss!! T-T
Eu tinha que escrever um capítulo sem-graça sobre mitologia nórdica (uma história do Thor) para a aula de artes, e não pude nem pensar em colocar esse! Gomen!!!
Como sempre, caso hajam demasiados erros ortográficos; palavras repetidas, erradas ou esquecidas... Peço desculpas adiantadas!! Espero que esteja bom! Boa leitura!



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Após terminada a conversa, os rapazes saíram um por um da sala. Akita deu uma cutucada em Takeshi para que acordasse, e ambos cruzaram a porta — Takeshi quase caía de sono, então ia apoiado em Hayato. Mas o visconde Khan permaneceu ali, com o rosto absorto e os olhos fixos em algo da parede.

Após o albino fechar a porta e os três subirem ao salão de entrada, Theo deu um risinho de lado, indicando claramente que não acreditava no que acabara de ouvir. Encostou-se no espaldar da poltrona e segurou o próprio rosto, quase como que se obrigasse a "voltar ao normal".

— O que mais me surpreendeu, não foi o plano em si... — murmurou o visconde para si mesmo. — Mas sim, Akita concordar com ele.

Ainda incrédulo, levantou-se e, para dar uma distraída nas ideias, foi até uma das prateleiras buscar um livro.

Takeshi sentou-se ao pé da escada com um bocejo, dizendo logo em seguida:

— Por que o tio Theo estava com aquela cara estranha?

— Pelo o que eu saiba, é a única cara que ele tem — respondeu Akita.

— Cale a boca, estou falando sério. Parecia muito, muito surpreso.

— Se quiser que contemos vai ter que nos ajudar, espertinho — disse Hayato. — Afinal, quem mandou dormir durante a conversa?

Takeshi fechou a cara. Quase se dava para ouvir as engrenagens de seu cérebro funcionando, procurando uma vantagem que pudesse tirar da situação. Por fim, ele bufou e falou:

— Esquece. Não vejo motivos para ajudá-los. Nem estou tão curioso assim.

Hayato sabia que essa seria a resposta, então sua reação foi um sorrisinho compreensivo. Takeshi analisou a expressão do albino por uns momentos.

— Se precisam tanto assim de mais alguém — disse ele —, sugiro irem até Terrae. Lá encontrarão dezenas de pessoas dispostas a ajudarem, pelo preço certo, claro. Mas terão mais chances lá do que aqui em Caeli.


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— Ah, finalmente chegamos!

Hayato e Akita desciam de um táxi todo branco com uma plaquinha brilhante em cima.

— Demoramos um tempinho para acalmarmos o visconde antes de sairmos — comentou Akita, pendurando a mochila no ombro. Por acaso, não trajavam mais as roupas recém-compradas, e sim as habituais.

— Não o acalmamos — respondeu Hayato, pagando o taxista e fechando a porta. — Tivemos que amarrá-lo para que pudéssemos sair, lembra? Ele queria que ficássemos lá até o dia da festa.

— Estou com um peso na consciência...

— Não precisa, o visconde já vai estar conformado até o fim do dia.

Certo, sei que você não deve estar entendendo absolutamente nada. Então me disponho a explicar.

Ambos aceitaram a opinião de Takeshi e concordaram em irem até Terrae por alguns dias, procurar alguém para auxiliar no plano — que será explicado em seu devido tempo. Arrumaram as malas quase imediatamente e foram contar para o visconde que estavam indo. Foi quase cômica a reação de Theo, pois se jogou ao pescoço de Akita, ignorando os protestos do mesmo. Quase implorava para ficarem ali. Enfim, puxaram-o pelos sapatos e o trancaram no armário de vassouras. Simples assim.

A primeira coisa que fizeram foi procurar um lugar para ficar e deixar as coisas. A primeira ideia que tiveram foi a de ficarem em um hotel, mas não estavam com muita vontade de fazer isso. Hayato ainda acrescentou em um sussurro quase inaudível:

— Alguém começou a nos seguir desde a metade do caminho para cá. Se nos instalarmos em algum lugar, digamos... independente, atrairemos mais suspeitas ainda. E posso garantir que não teremos sossego.

— Então o que faremos? — sussurrou Akita de volta, mexendo nervoso no lenço amarrado no pescoço.

— Existe um internato por aqui que, se não me engano, pode oferecer a alunos novatos cerca de duas semanas de aulas experimentais no início do ano. É perfeito para nós. Entramos hoje ou amanhã como alunos interessados na escola, o espreitador vai se aproximar para acabar conosco e damos cabo nele.

— Ah... — Akita não se sentia muito à vontade em eliminar o perseguidor.

— Sairemos da escola uns três dias antes do prazo acabar. Arrumaremos uma desculpa decente.

Akita assentiu. Não questionou nada, sabia que Hayato sempre tinha um bom plano.

Deram alguns passos, quando de repente Akita parou e soltou uma exclamação.

— E o que fazemos com isso? — perguntou ele, apontando o olho marcado.

— Não se preocupe — disse Hayato, abaixando sua mão e dando um sorriso tranquilizador. — Por mais incrível que pareça, há menos pessoas aqui que podem vê-la do que lá na sua cidade. Eu diria que... um entre quinhentos, provavelmente. O resto é tudo charlatão enganador.

O pequeno se surpreendeu, mas tranquilizou-se. Afinal, se era Hayato quem dizia...

— Vamos fazer o quê antes? — indagou Akita, retomando a caminhada junto do albino.

— Ir à escola verificar se podemos entrar logo amanhã — respondeu Hayato. — Quanto mais cedo, melhor. Vamos virar à direita aqui.

O resto do trajeto até a escola foi silencioso, pontuado de vez em quando por comentários banais. Aos poucos, Akita também sentia, que nem Hayato, um olhar veemente e atento sobre suas costas. Era horrível sentir-se observado e ainda ter de agir naturalmente. Enfim, chegaram. Era uma escola alta, tão grande quanto a Chuushin Gakuen, sem contar os dormitórios. E, apesar de tudo, era um colégio masculino apenas.

— Para ser sincero, nunca estive aqui antes — confessou Hayato, obviamente perdido. — Mas acho que a secretaria deve ser por aqui...

O albino andou para uma porta comum, com uma maçaneta escura, e encostou o ouvido nela para escutar os sons de lá de dentro.

— É aqui sim! — exclamou ele animado, abrindo a porta e entrando.

Akita o seguiu rapidamente.

Era um ambiente quieto e confortável, com uma única mesa de escritório, cadeiras giratórias à frente, poltronas nos cantos e um grande tapete forrando tudo. Sentada à mesa, estava uma das únicas mulheres da escola (proibida de ir à outro lugar, a não ser a secretaria). Obviamente era a secretária, em seu peito tinha uma carteirinha com seu nome: Velis Lilewa. Ela carimbava alguns papéis distraídamente, quando ouviu a porta se fechando. Ergueu os olhos para os dois rapazes. Apontando o carimbo para Akita, disse:

— Suponho que seja um garoto, certo?

— Claro — respondeu Akita secamente.

Lilewa deixou o carimbo de lado.

— O que desejam? — perguntou ela.

— Queria saber se ainda há vagas para as aulas experimentais desse ano — respondeu Hayato.

A secretária suspirou, consultando a lista do computador ao lado.

— Há algumas sim — respondeu. — Cinco, para ser exata. Querem se inscrever?

— Por favor.

Demorou alguns minutos, que exigiu muito da paciência de Akita, mas por fim deu certo. Lilewa disse que poderiam emprestar os uniformes na tesouraria logo ao lado, informou o lugar onde alugariam os livros escolares, e usou o microfone para chamar algum aluno qualquer antes de voltar a carimbar os papéis.

Em menos de dois minutos, um rapaz do segundo ano chegou na secretaria com uma barra de chocolate amargo em mãos. O tom dos cabelos pendia entre o cinza escuro e o cinza claro, os olhos sendo completamente negros. Ele usava o uniforme escolar, que era simplesmente composto de calças pretas, uma blusa branca social (que, no caso dele, estava com a gola aberta e para cima) e uma jaqueta preta também, com o símbolo da escola. Sua bochecha esquerda tinha uma marquinha de chocolate. Era consideravelmente mais alto que Hayato e, consequentemente, que Akita.

— Por que me chamou? — disse ele.

— Faça o favor de mostrá-los a escola e os dormitórios — Lilewa apontou Hayato e Akita, sem desviar os olhos dos papéis.

— Sem problemas! Então, se puderem me acompanhar... — Após concordar alegremente, ele segurou o chocolate em uma mão e abriu a porta com a outra, aguardando os dois passarem antes de ir também e fechá-la.

O corredor para que foram era largo, mas não alto nem fechado. Ao invés de ter uma parede do outro lado, dava para um pátio cheio de bancos e arbustos.

— Meu nome é Kasagara Suuji — apresentou-se o rapaz energicamente. — Serei o senpai de vocês pelo tempo que estiverem aqui, seja lá quanto for. Isso é, se forem mais novos que eu, claro.

Hayato sorriu e disse:

— Eu sou Raiden Hayato, e esse emburrado aqui é Hideki Akita. Somos amigos de infância.

Akita respondeu com um resmungo baixo e mal-humorado. Estava sentindo-se mais desconfortável que antes, por estar em um local completamente desconhecido.

A escola inteira foi mostrada em menos de quarenta minutos, por mais impossível que pareça. Havia quase o dobro de clubes do que a Chuushin Gakuen, além de mais salas de aula e um auditório muito maior. Os dormitórios foram indicados vagamente pela janela da sala de biologia.

— Não faço a mínima ideia de onde vão ficar — disse Suuji. — Teremos que perguntar para o líder do dormitório sobre qual quarto está livre...

Depois dessa maratona, foram conversar com o diretor que, enfim, havia chegado de uma reunião.


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Notas finais do capítulo

Uff... Deve estar um lixo, eu sei. Não ficou do jeito que eu esperava inicialmente, mas nos próximos vai tudo se resolver. Não tenho previsão nenhuma, e espero que me desculpem mais uma vez por erros ortográficos. Kissuss!!! ♥.♥



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