Time Heals Everything escrita por LunacyFringe


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Nem demorei né? AUSHAUSH Sério, desculpem a demora okay?
Não tenho muito o que dizer... Eu gostei desse cap!
Boa leitura (:



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Brian POV

Fazia um mês que eu havia saído de casa; um mês que eu não dirigia a palavra ao meu pai ou colocava os pés na casa dele.
Eu não quis morar com os Bakers, achei que seria estranho ficar ali, tão perto do Zacky, tão perto do meu pai. Então Johnny surgiu com a proposta que dividirmos o apartamento dele, estava sobrando um quarto e eu só tinha que ajudar com as contas, já que o apartamento é próprio, e não alugado.
Acordei num sábado frio de inverno, ao som de Metallica feat. Johnny Seward. Levantei e calcei meus chinelos com meia e fui para a sala. Hoje era feriado em Huntington Beach, dia de alguma santa que eu não sei qual é, e o Sr. Baker decidiu que faríamos feriado também, porque, segundo ele, existem outros supermercados na cidade.
Cheguei à sala e James já estava lá, olhando Johnny cantar alto e fazer panquecas. Entrei na cozinha e sentei em uma cadeira ao lado de James, olhando a bunda do Johnny se mexendo de um lado para o outro no ritmo da musica.
- Bom dia pessoas. – Falei servindo um pouco de café.
- Bom dia Bri. – Disseram juntos. – Você também vai querer panquecas? – Johnny perguntou.
- Yeah. – Assenti. – O Zee vai vir aqui hoje né?
- Ele vem sim, eu já liguei para ele e ele disse que tá só esperando o Matt decidir se vem ou não. – James disse.
- Se o Matt vir, os gêmeos vêm também. Eles têm um radar que procura pelo grandão. – Johnny disse.
- Eu não gosto do Benji. – Eu e James falamos.
- Ele tá cagando pra vocês mesmo. – Johnny disse trazendo as panquecas e se sentando na nossa frente.
Comemos em silêncio, e alguns minutos depois nós já estávamos limpando a cozinha. Fiquei um pouco com eles, e fui para o meu quarto, pedindo que quando o Zee chegasse, que eles o mandassem para o meu quarto.
Liguei a televisão e me joguei na cama, vendo The Simpsons. Encarei a televisão, o teto, meus pés, mas não adiantava, eu continuava entediado. Passou sei lá quantos minutos e finalmente alguém batia na porta do meu quarto.
- Entra. – Falei sentando na cama.
Zacky entrou sorrindo e sentou nos pés da cama, com as pernas no estilo “indiozinho”.
- Tudo bem? – Perguntou.
- Tudo... – Respondi suspirando. – Conseguiu falar com a Kenna?
- Falei sim, ela disse que o seu pai tirou o celular dela, e agora ela só pode ir de casa para e escola, e da escola pra casa.
- Não sei por que ele faz isso com ela. – Abaixei a cabeça. – Eu estou com saudades dela.
- Pode ver ela hoje à noite. – Ele se aproximou e levantou o meu rosto, dando um beijo na minha testa. – Meu pai disse para você ir à festa hoje.
- Oh Zacky. – Ri sarcástico. – Você acha mesmo que eu vou lá? O bairro todo vai estar naquela festa!
- E daí? Você vai ficar se escondendo? – Sentou ao meu lado, se encostando na cabeceira da cama. Fui mais para trás e fiz o mesmo. – O que você tem a perder, Brian?
Suspirei. Zacky tinha razão. Agora, eu realmente não tinha mais nada a perder. A não ser por ele.
- Se você não ir, meu pai disse que vai me proibir de ver você. – Me olhou segurando o riso. O encarei, chocado.
- Como assim?! Não mesmo, que isso! A única coisa que eu tenho a perder agora é você!
- Então você vai ir né? Vai ir comigo? – Agora ele deitou na cama, aumentando o volume da televisão.
- Vou né. – Deitei também. – Mas vou completamente contra a minha vontade.
- Você vai só por minha causa. – Me abraçou.
- É o que eu tenho a perder né? – O abracei de volta.
Ele me olhou e selou nossos lábios, passando a mão no meu rosto. Retribui o gesto, e o puxei mais para perto, colocando minha mão em suas costas. O beijo foi ficando mais intenso e o Zacky mais safado, porque o mesmo escorregava a mão que estava no meu rosto pelo meu abdômen, parando na minha barriga.
Se acalma ai Zachary!
Parei o beijo devagar e tentei me mexer com o intuito de “okay, deu Zee, agora chega!”, mas isso só o fez descer o beijo para meu pescoço. Suspirei, jogando a cabeça para trás, até que ele decidiu colocar a mão sob a minha camiseta.
- Zee! – Tentei empurrá-lo. – Acho que deu né?
- Ninguém deu nada. – Riu. – Ainda...
- Zacky! – Fui para longe, me sentando no meio da cama. Senti minhas bochechas ficarem quentes. – Eu não... Quero falar sobre isso.
Ele suspirou e sentou na cama também, se escorando na cabeceira da cama.
- Okay, eu não vou te forçar a nada. – Me olhou sério por alguns instantes, mas depois sorriu de canto.
- Que foi? – O olhei desconfiado.
- Como você vai saber se gosta... – Se aproximou de mim, ficando atrás da minha pessoa. Ai Deus... – Se não experimentar? – Falou baixo no meu ouvido, e então beijou o meu pescoço.
Sabe aqueles arrepios que correm o corpo inteiro? Então, acabei se sentir um desses.
Zacky passou o braço em volta da minha barriga, me puxando para perto e fazendo minhas costas baterem no seu abdômen. E então ele resolveu abaixar a mão dele...
- Zachary! – Me mexi, fazendo-o sair de perto rindo. – Mas o quê...?!
- Você ia gostar Brian!
- Acalme os seus hormônios! – Cruzei meus braços.
- Ai Brian, vem cá! – Me puxou novamente.
Socorro!
- Gente, vamos almoçar? – Johnny bateu na porta.
Quanto tempo eu fiquei aqui dentro?
- Opa! Já que eu não como nada aqui né! – Zacky levantou.
- Como você é desagradável Zee. – Falei bravo.
- Oin, desculpa! – Me abraçou, beijando de leve o meu pescoço. – Não fica bravo tá?
- Tá... – Fiz biquinho. Ele selou nossos lábios e saiu do quarto.
Salvo pelo Johnny!

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Eram 20hrs quando nós chegamos na tal festa. Era uma coisa meio caipira, celebrando o dia da tal santa que eu ainda não sabia o nome. O salão era enorme, e acho que metade da cidade estava lá dentro. Várias crianças correndo, mães gritando, barracas vendendo comida e bebida, entre outras coisas.
Entramos no salão de bando, eu, Zee e seus pais, Matt, Joel e Johnny.  Eu estava mais atrás, na verdade, eu tentava me esconder ali. Zacky me olhou bravo e pegou na minha mão, me puxando para andar ao seu lado.
Mas ele não soltou a minha mão.
E isso me fez ficar ainda mais nervoso.
- Zee... – Falei mexendo nossas mãos.
Ele olhou para baixo, e bufou, me soltando. Caminhou mais rápido, parando ao lado de Matt e me deixando sozinho com Johnny. Os pais dele já haviam sumido.
- Então... – Fui para mais perto de Johnny, puxando conversa. – Cadê o Jimmy?
- Em algum lugar por aí, com a família dele. – Deu os ombros.
- Ele já falou de você?
- Nah... Ele comentou de você, sabe, para ver o que o pai dele dizia.
- E então?
- O Sr. Sullivan disse que o que o seu pai fez foi muito errado, o que ele fez foi um horror. Disse também que o Sr. Baker foi muito mais sensato, mas ele sempre foi mais “cabeça-aberta” mesmo. – Riu, e me olhou. – Ele disse que o Sr. Baker sempre foi mais “vivido”.
Mas o quê?
- Como assim? – Falei num meio riso.
- Sabe como é... Faculdade, festas, álcool, drogas, sexo... – Riu. – Segundo o meu sogro, ele era bem... Doidão. – Rimos.
- Por essa eu não esperava!
Continuamos rindo e conversando. Eu e Johnny, apesar de morarmos juntos, não conversávamos muito, mas ele era um dos meus melhores amigos do mesmo jeito, porque quando eu mais precisei, bem, ele estava ali. Assim como todos os outros.
Até Benji que, não conte para ninguém, me emprestou dinheiro quando eu me mudei.
Olhei para a barraquinha de pipoca, e segurei a respiração no mesmo instante. Lá estava meu pai, minha madrasta e a Kenna, todos sorrindo e conversando, como se eu nem existisse.
Bom, pelo menos estavam até me verem.
Kenna sorriu e fez menção de vir em minha direção, mas meu pai a segurou pelo braço e falou algumas coisas. Ela apenas abaixou a cabeça e assentiu.
Meu pai suspirou e falou mais alguma coisa, dessa vez para a esposa e para a filha. Então ele sorriu e tateou a calça, a procura de algo. Bufou e entregou a pipoca que estava em sua mão para Suzi, e saiu irritado.
Quando eu o vi atravessar o portão do salão, eu decidi que eu tinha que falar com ele. E seria agora ou nunca.
Corri em direção ao portão, cruzando o mesmo logo depois do meu pai. Parei alguns centímetros atrás dele, que esperava um carro passar para poder atravessar a rua. Pude ver que seu carro estava do outro lado da rua.
- Pai... – Chamei.
- Vá embora Brian. – Ele nem virou para me encarar.
- Vira pra mim! – O puxei pelo braço. – Você vai me evitar desse jeito? Vai continuar fingindo que eu não existo?!
- Você já não existe pra mim, Brian. – Puxou o braço. – Vá se divertir Brian, vá pecar bem longe de mim.
- Eu não estou pecando!
- Você não está pecando?! – Me olhou surpreso com tamanha a minha insolência. – Nunca mais diga isso, você mesmo sabe que o que você faz é errado. Se deitar com homens, Brian.
- Não é com homens, pai, eu não sou uma puta. E eu não me deitei com ninguém, eu simplesmente... – Respirei fundo. – Eu gosto do Zacky.
- E você vem falar isso na minha cara, Brian? – Seu rosto alcançou um tom avermelhado. Ele estava fervendo de raiva. – Eu não sei onde eu falhei com você!
Ele me olhou com desprezo, e atravessou a rua.
- Eu ainda não terminei de falar com você! – Gritei, o seguindo.
E então aconteceu.
A última coisa que eu vi foi o meu pai sendo clareado por uma luz branca, e a última coisa que eu ouvi, foi o seu grito esganiçado, misturado a um alto som de pneus freando. E então algo atingiu meu abdômen, proporcionando uma dor insuportável, e logo a dor se repetia na minha cabeça.
E com isso eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

Eu fui muito má de parar ai? ASUAHSUAS
Reviews?
Espero vocês no próximo ;)
BJO BJO BJO