O Acampamento e a Lenda do Baú de Nun escrita por BellaS2Books


Capítulo 16
A Reunião


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Esse capítulo ficou bem diferente, pessoalmente eu gostei, porque além de ter mais sobre a lenda, ele tem bastante romance entre Sadie&Anúbis! To adorando escrever POVs da Sadie, mas em breve vou escrever mais POVs!Ainda estou pensando na capa, em breve a fic assumirá uma cara nova! Quem tiver alguma ideia pode dizer! Eu adoro opiniões, além do mais a fic tb é de vcs leitores! Apaguem as luzes e boa leitura!
BellaS2Books



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POV Sadie



Acordei bem cedinho de manhã aninhada sobre Anúbis, sentindo ele acariciar meus cabelos. Abri meus olhos.

–Bom dia, minha rosa do Duat.

–Bom dia. -Disse ainda sonolenta.

Eu me sentei como ele e meus cabelos se soltaram rapidamente caindo sobre meus ombros. Ele olhou para mim e me beijou. Eu sorri.

–Que sorriso lindo... A melhor coisa que poderia ver de manhã... – Disse ele.

–Você também é a melhor coisa que poderia ver de manhã. –Disse.- E aí? O que ficou fazendo enquanto eu dormia?

–Fiquei te observando por um tempo, depois me levantei e fiquei examinando o quarto. Depois te olhando novamente, tentei ler um livro sobre mim, mas não consegui... -Ele riu. -Os humanos me imaginam de uma forma tão estranha...

–Eu sou a exceção!-Respondi

–Com certeza é! -Ele disse rindo. Então ele pegou minha mão. -Está quase na hora da reunião amor...

–Eu sei! Meu pai e todo mundo vai estar lá então isso significa acordar e me arrumar.

–Exato! Eu vou com você! E a propósito, o senhor Osíris já sabe sobre nós.

–Mas como?

–Ele sempre sabe de tudo.

Então ouvi batidas leves na porta.

Anúbis rapidamente se sentou a cadeira ao lado da cama. E eu me ajeitei

–Entre. –Eu disse

Então a porta se abriu, e Carter, Zia, Walt, Bastet, Bes e Hátor entraram. (OMG, iriam me sufocar com tanta gente assim!)

–Sadie!!!

Carter veio correndo me abraçar, assim como os outros.

–Meu filhote está bem!- Bastet murmurou.

Walt olhou feio para Anúbis. Mas logo se virou para mim e sorriu.

–É bom te ver recuperada Sadie!

–Eu posso dizer o mesmo.

–Foi muito corajosa ontem, garota! -Disse Bes.

–Obrigada!-Sorri.

–Não me dê mais um susto desses amiga!- Disse Zia.

–Eu estou bem gente! Calma!

Hátor saiu do meio de todos e sorriu para mim.

–É claro que está, minha querida!A festa acabou ruim, mas o importante é que você está aqui! Acho melhor todos nos retirarmos, estaremos na sala. Nós estamos te sufocando. Você já deve saber da presença de Osíris na reunião de hoje não?

–É claro Hátor, obrigada.

–Então quando estiver pronta, desçam. -Ela pausou- Anúbis.

Então todos, um a um se retiraram.

Antes de saírem, Carter e Zia me abraçaram.

Eu me levantei da cama com a ajuda de Anúbis. Me troquei rapidamente e depois de uns vinte minutos descemos as escadas da casa grande, saindo da enfermaria para a sala de reuniões.



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Hátor havia organizado uma mesa grande, e todos estavam sentados. Meu pai em uma ponta, Carter ao seu lado, seguido de Zia, Walt, Bes, Melanie, e Hátor.

Melanie olhava para suas unhas entediada. Quando nos viu descendo as escadas de mãos dadas assumiu uma expressão irritada.

–Sadie!- Meu pai me chamou.

–Pai!

Então ele me abraçou.

–Minha filha sempre metida em confusão. Fiquei preocupado quando soube de ontem!

–Estou bem pai!-Respondi.

Então ele se virou para Anúbis.

–Está cuidando bem de minha filha não?

–Sim senhor!

Walt olhava para Anúbis com um pouco de inveja.

Era muito engraçado ver como Anúbis falava com meu pai.

–Sentem!- Disse ele sorrindo, por um tempo, antes de assumir uma expressão preocupada, a mesma expressão em seu rosto daquele dia em que todos estávamos nos preparando para a viagem.

Eu e Anúbis nos sentamos nas cadeiras vazias, uma ao lado da outra. Demos as mãos em baixo da mesa, mais reservadamente.

Meu pai começou a falar.

–Bom, eu fiquei sabendo do ocorrido ontem a noite. Percebo que muito de vocês estão confusos, a maioria aliás, e eu explicarei da melhor forma e espero que entendam.

–Pai?- Carter disse.

Ele olhou Carter com uma expressão amargurada.

–Bom. Todos vocês conhecem a lenda de Nun. –Ele se dirigiu a nós.- Crianças vocês devem se lembrar disso, da história que sua mãe lhes contou... Fiquei sabendo que Hátor contou para vocês esta história por acaso, no dia da fogueira. O dia das visões... Mas, mesmo assim, desejo relembrá-los. Nun criou o Egito, uma civilização inteira, completa. Então para que nada a destruísse ele escreveu um pergaminho, que contava e mostrava toda a origem e segredos do Egito. Quem obtivesse o pergaminho em mãos, teria o controle do Egito. Poderia mudar ou criar a história ou o que quisesse. Então Nun resolveu guardar o pergaminho em um baú mágico. O baú, mais conhecido por baú de Nun, foi fechado com 4 cadeados, e estes, por 4 chaves. O primeiro cadeado representa a água, o segundo representa o fogo, o terceiro a terra e o último o ar. Tanto as chaves quanto os cadeados também são mágicos. As chaves foram espalhadas ao redor do mundo. Mas ninguém nunca as achou. Cada chave é guardada por um guardião, mago, que controla um elemento. E a única forma de obter a chave é derrotando cada um deles, e para isso é preciso inteligência, determinação e coragem. Essa era a estratégia de Nun, ele queria que um dia, uma pessoa com todas essas características e se fosse boa o bastante achasse o pergaminho e obtivesse o poder de controlar o Egito. Por isso ele deixou um mapa gravado no baú, formado por um enigma, que quando desvendado em hieróglifos, mostra a localização das chaves.

Muitos dizem que nunca acharam o baú. Outros foram em busca das chaves, mas nunca mais voltaram. Bom, essa é somente uma parte da história. –Ele suspirou antes de continuar. –Quando eu convidei todos para essa viagem de férias ao Havaí no trigésimo terceiro nomo, foi com total intuito de fazer com que se juntassem, criassem laços de amizade, se entendessem, se conhecessem melhor e que descansassem. Não foi por pura diversão, foi mais do que isso... Há algo acontecendo... Eu tive uma visão. Um deus, ou deusa está em busca do baú, ele ou ela quer achar o pergaminho e tomar todo o poder do Egito, para destruí-lo, ainda não sei por qual motivo nem quem é essa pessoa. Sei que há um mago traidor que trabalha para ela, e sei que também está aqui no trigésimo terceiro nomo... O fato é que todos vocês não vieram passar as férias por coincidência. Eu não queria assustá-los, apesar de alguns, os deuses, já tiverem mais experiência. Vocês foram os escolhidos. Vocês são as pessoas que podem deter esse deus ou deusa, são os últimos a tentar achar o baú de Nun. E isso precisa ser feito antes que seja tarde demais, antes que o deus, ou deusa ache o baú e tudo seja destruído. Mas isso não acabará somente com o Egito, vai acabar com a memória que elas têm dele, toda a tecnologia e desenvolvimento de uma civilização, tudo isso vai ser apagado da mente das pessoas pra sempre, consequentemente, tudo que tiver alguma relação com o Egito Antigo vai desaparecer, e isso vai afetar o mundo inteiro. A última chance, para impedir que isso aconteça são vocês, os escolhidos. Eu sei que muitos não se dão bem, e a tarefa é difícil, mas foi por isso que os trouxe para cá. Não quis mentir, não quis dizer nada, mas aquele monstro de ontem que atacou vocês foi enviado para detê-los, e é um aviso de que começou. A última busca pelo baú de Nun.

Houve um silêncio profundo. Todos se entreolharam naquela mesa sem dizer nada. É claro, todos estávamos atordoados com tamanhas informações, com tudo isso. Quer dizer, tem mesmo algo acontecendo, o sonho de Carter era real, nós fomos escolhidos para a tarefa mais difícil, para salvar o mundo novamente...

Eram tantas coisas que ninguém podia raciocinar.

Hátor assentiu e olhou para todos:

–Eu já sabia de tudo... Mas não podia contar a vocês, Osíris não quis que revelássemos, principalmente aos deuses aqui presentes, tirando Bastet, Bes e Anúbis, os outros já estão a par dos fatos. Todos estão muito preocupados, trabalhando muito e esperam o melhor de vocês...

Carter foi o primeiro a dizer algo:

–Eu também meio que sabia, aliás, eu e Sadie. Eu tive um sonho com o baú...

Meu pai olhou para Carter atentamente enquanto ouvia contar o sonho.

Após ouvir ele comentou.

–Então foi mais uma coisa que comprova o que está acontecendo...

–Se não agirmos o pior pode acontecer, nós fomos os escolhidos... Nunca como deusa passei por uma coisa assim... Sem saber de quase nada...

Os outros deuses assentiram, inclusive Anúbis.

–Creio que não temos escolha. -Comentou Bes. –E como eu adoro aventura, eu aceito!

Todos olharam para ele. Osíris sorriu.

–Muito obrigado.

–Se é pela humanidade...

Eu e Carter nos entreolhamos. Anúbis olhou para mim. Eu o olhei por alguns segundos e desviei o olhar.

Melesmie não havia dito nada até aquele ponto. Ela mascava um chiclete e lia uma revista de moda.

Eu revirei os olhos.

–Alguém mais vai querer entrar nessa missãozinha?-Perguntou ela

Nós olhamos para ela. Bastet a cortou.

–Eu também aceito! Tudo pelo bem do mundo e do Egito.

Bes levantou o olhar para ela, e logo o desviou.

Osíris sorriu.

–Sabia que podia contar com você mais uma vez Bastet.

–Eu aceito!- Disse Walt.

–Idem. -Disse Zia olhando para Carter esperando sua resposta.

E ele assentiu.

–Aceito!-Abraçando nosso pai.

Anúbis olhou para mim e apertou minha mão. Eu assenti.

–Meu senhor, aceito o desafio. -Disse Anúbis.

Eu olhei de Carter para meu pai.

–Também aceito pai.

Ele sorriu sorriu para mim.

–Minha filha... Que bom...

Melanie pôs sua revista em cima da mesa.

–Nesse caso eu também quero ir para ajudá-los, pois a regra não é três magos irem junto na missão?

–Mas... Melanie, você é a coordenadora do acampamento...- Disse Hátor.

–Mas você estará aqui para cuidar de tudo. –Respondeu petulante.

Hátor assentiu pensativa.

–Acho que consigo dar conta. Posso pedir ajuda de alguns magos experientes durante sua falta...

–Seria de boa ajuda Melanie. -Disse meu pai

Eu olhei para ela ríspida.

–Pai!!!Ela só quer ir porque quer ficar perto do meu namorado!

–Calma amor. -Disse Anúbis

Walt me olhou assustado.

–Namorado?

Eu tapei a boca com a mão. Queria me dar um tapa, por ter aberto a boca. Walt não sabia de nada ainda. Eu fui tão estúpida... Mas Anúbis me cortou antes de tudo.

–Sim Walt, Sadie é minha namorada.

–Impossível!- Gritou Walt.

–Totalmente possível!-Disse Anúbis.

–Sadie, isso é verdade?- Perguntou Walt atordoado.

Não sabia o que dizer.

–Walt... Eu... Não sabia como te contar...

Ele me cortou.

–Tudo bem. -Ele pausou.- Se me dão licença... Te vejo mais tarde Carter.

–Walt... -Comecei, mas ele não quis me ouvir.

Assim ele saiu da casa sem olhar para trás.

Um silêncio se prostrou na sala.

Anúbis me abraçou de lado, me consolando.

Osíris cortou o silêncio.

–Então como todos aceitaram o desafio, têm três dias para se prepararem.

Vão para o Egito primeiramente, para encontrarem o baú. Amanhã Hátor preverá o que vocês devem fazer. Poderão escolher as armas e artigos mágicos nas cabanas. Terão mais dois magos para seguir viagem com vocês.

–Acho que Sarah e Jack estarão à altura da missão. -Disse Hátor.

–Ótimo! Então acho que a reunião já está encerrada. -Disse Osíris concordando.

Todos se levantaram da mesa. Quando todos estavam saindo, Bast me perguntou.

–Quer que eu te espere Sad?

–Não obrigada Bastet, vou andar um pouco com Anúbis.

–Tudo bem então. -Disse ela olhando feio para Anúbis.

Melanie saiu me dando uma piscadela. Eu sorri ironicamente para ela.



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Eu e Anúbis saímos depois de todos.

–O que você achou sobre tudo?-Perguntou

–Muito comum, típico dos Kane.

–Também acho. -Disse rindo. -Mas eu vou te proteger.

Então ele tentou me beijar, mas eu estava nervosa.

–O que foi? -Perguntou preocupado.

–Como assim? Você falou para Walt que namorávamos para magoá-lo, e depois Melanie lançando olhares para você e não fez nada.

–O que Sadie? Não queria dizer que namorávamos? Não queria que ele soubesse? Prefere ele?

–Não é isso! Estava esperando a hora certa para contá-lo.

–Uma hora ou outra ele ia saber! Além do mais odeio quando você fica o defendendo. Eu te amo Sadie, e quero que todos saibam, e ninguém fique em cima de você, porque é minha!

Eu ri.

–Ciumento.

–Olha quem fala...

–Olha só, aquela se aquela idiota der mais uma vez em cima de você juro que dou um soco naquela cara horrível dela.

–Calma...

–Como assim? Ela tava te olhando e você não fez nada!

–Queria que eu fizesse o que? Eu nem percebi!

Não disse mais nada enquanto andávamos e ele me parou segurando meu braço e levantou meu rosto me beijando.

–Sabe que eu pertenço a você, e a ninguém mais.

Eu sorri.

–Eu sei. Eu digo o mesmo.

–Ah é?

Então ele começou se aproximando de mim.

–Anúbis?

Ele riu.

E eu corri rindo também.

O vento invadia meus cabelos. Olhei para trás, ele corria atrás de mim.

–Vou te alcançar!

–Tente!-Eu disse rindo loucamente.

Então olhei para trás novamente para me certificar de que ele estava longe, mas ele não estava em lugar algum.

Continuei correndo olhando para os lados, para ver se o avistava.

Vi uma árvore em minha frente parei o procurando.

Então senti alguém me agarrando por trás.

–Te peguei!- Ele riu.

–Isso não vale!!!

–Vale sim!- Ele disse me pegando rapidamente no colo.

–Me ponha no chão!!!-Comecei a rir.

–Não!-Respondeu.

Me debatia tentando me soltar, mas ele era extremamente forte.

Então ele me conduziu em meio à floresta. Ele andou como se conhecesse o caminho que percorria. Então logo estávamos em frente a uma cachoeira. Eu entendi seu plano.

–Ah não! Por favor!!!-Eu ri.

Ele riu correndo na direção da cachoeira e pulou junto comigo no grande lago.

Senti a água invadindo meus cabelos. Eu ria muito. Olhei ao redor o procurando. Então senti braços fortes me envolvendo. Ele beijou meu pescoço. Então me virei e vi seu rosto. Ele estava extremamente lindo, sem sua camiseta, era muito alto, seus cabelos estavam molhados. Seus olhos dourados me encaravam.

Eu sorri. Então o beijei.

Ele me envolveu com seus braços e correspondeu. Ele acariciava minhas costas e eu seus cabelos.

Ficamos assim por muito tempo.

Um certo tempo se passou sem percebemos. Logo víamos a lua no céu, onde a mata não cobria. Ela cintilava no lago onde nos encontrávamos. Ele me aninhava em seus braços enquanto observávamos a grande lua cheia.

–Essa é nossa última noite de descanso... -Comecei.

–Sempre foi assim. Mas ainda temos mais três dias...

–É. -Eu pausei. -Anúbis... Pode me prometer uma coisa?- Perguntei me virando para ele.

Ele acariciou meu rosto.

–O que?

–Me prometa que ficaremos juntos, aconteça o que acontecer.

Ele olhou para mim.

–Embaixo dessa noite, eu Anúbis, prometo que ficaremos juntos aconteça o que acontecer.

Eu sorri e ele pegou minha mão.

–Vamos?

–Vamos.

Quando saímos do lago, eu tremi. Estava um pouco frio.

–Está com frio.

–Não tudo bem Ann!

–Odeio esse apelido!

Eu ri.

Ele vestiu a camiseta e eu fiz uma cara triste. Ele percebeu e riu.

–Vem aqui.

Ele me ajudou a vestir sua jaqueta de couro, e me pegou o colo me envolvendo com seus braços. Eu aninhei a cabeça em seu peito.

Então nós fomos andando até chegar nas casas da árvore.





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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Opiniões, reviews??? ;)