O Alvo

Carros passavam velozmente pela cidade de Konoha, onde o sol começava a se pôr no horizonte deixando no céu suas tonalidades laranjas e amarelas. Várias pessoas passavam pelas ruas movimentadas, crianças ao lado dos pais, mulheres e homens solteiros, casais, pessoas de negócios, quase impossível de se destacar no aglomerado de gente.

Num dos mais altos edifícios de exatamente 36 andares, os dois homens vestidos completamente de preto chegavam neste momento no apartamento do 31º andar. O moreno e mais alto com suas passadas largas chegou ao lado da janela, arredando centímetros da enorme cortina que tampava a visão do lado de fora da luxuosa suíte em que se encontravam.

Avistou algo do lado de fora, exatamente do outro lado da rua onde se encontravam. Abaixou-se deixando a enorme maleta que carregava no chão e abriu o zíper deixando à mostra a caríssima arma de fogo. As mãos cobertas pelas luvas de couro preta retiraram a Remington M24 de dentro da mala e a colocou em posição na pequena abertura que havia deixado na janela anteriormente.

Deixou o único olho ônix visível e procurou pela rua deixando a arma na posição do alvo. Agora era só aguardar o momento certo.

Do seu lado da janela se encontrava seu parceiro também todo de preto e com as mesmas luvas de couro, ele tinha os olhos fixos na movimentação da rua.

- Será que ele já saiu? – perguntou Naruto sério, não desviando os olhos azuis um minuto sequer da rua do lado de fora.

- Faltam poucos minutos, o observamos durante uma semana e ele sempre saiu no mesmo horário, exatamente às 18 horas. – falava Sasuke, mas sempre de olho no alvo que ainda não havia saído.

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Era um edifício elegante e alto, empresários e pessoas importantes saiam do prédio a todo o momento. Naquele momento o elevador se abria e o homem de cabelos grisalhos puxava um cigarro o acendendo, não se importando se os outros achariam ruim o cheiro ou não. Caminhava elegantemente pelo hall de entrada, ao seu lado seu irmão e fiel companheiro de negócios, a cabeça tão grisalha quanto à dele. Mas apesar de todos os defeitos de ambos, a família sempre era o bem mais precioso e prezavam muito por seus laços.

- Sr. Korano, hoje à noite a mercadoria estará chegando. Como devemos proceder? – falou o homem ao seu lado vestido elegantemente no terno cinza.

- Estou ciente e meu irmão irá comparecer pessoalmente no local. – falava Touya Korano, empresário multimilionário e o maior chefe de tráfico do país de Konoha. Temido por todos.

Caminhavam em direção a saída do prédio e logo os seguranças se puseram na frente de seus patrões os protegendo. Assim que chegaram ao lado de fora caminharam rapidamente até a limusine que esperava logo a frente. E em meio ao emaranhado de pessoas, o tiro ecoou alto e após isso o caos se fez presente, pessoas que caminhavam ali aquele momento gritaram e começaram a correr para todos os lados, os seguranças logo empunharam seus revólveres e Touya Korano se ajoelhou ao lado do irmão que sangrava ao chão até a morte.

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Guardaram tudo rapidamente dentro da mala e logo já saíam pela porta da suíte chegando ao corredor vazio. Caminharam rapidamente até a escada de incêndio e a desceram praticamente correndo. Sabiam que era questão de minutos até descobrirem que o atirador estava naquele edifício.

- Porra, Sasuke! – dizia Naruto alterado, logo atrás do amigo – Não era para acertar o irmão do Touya. – dizia abalado.

Sasuke mais controlado descia mais a frente, não sabia o que havia acontecido, havia mirado o próprio Touya, mas no último segundo o irmão dele se pôs na frente. Agora não podiam fazer nada, o erro já havia sido cometido. Agora só tinham que pensar em sair dali o mais rápido possível e principalmente, sem serem pegos.

- Controle-se, Naruto. Agora vamos dar o fora daqui. – disse por fim.

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O volvo negro e veloz entrou rapidamente nas propriedades Uchiha e parou rapidamente em frente aos grandes portões da mansão. Dentro do carro Sasuke e Naruto guardavam as armas rapidamente no compartimento secreto dentro do banco de trás. Retirou também as luvas e ajeitando os cabelos arrepiando-os desceram do carro caminhando tranquilamente para dentro da casa.

- Droga, Sasuke! Aquele Touya não se brinca, ele vai querer descobrir quem matou o irmão dele. – dizia Naruto, era visível o seu nervosismo pelo acontecido mais cedo – Temos que contactar o FBI imediatamente. – completou o loiro.

Sasuke também estava nervoso pelo acontecido, entendia perfeitamente bem o nervosismo do amigo, Touya Korano não era alguém de se brincar e com toda certeza iria querer vingança. Mas sabia que em um momento como aquele era essencial ter calma e pensar com clareza, não adiantava perder a cabeça como Naruto estava fazendo. Já passaram por momentos como aqueles em seus 11 anos de carreira. Eles entraram para o FBI aos 18 anos e agora com 29 anos, ambos eram agentes, um dos melhores agentes da organização.

- O que aconteceu com vocês dois? Parecem que viram um fantasma. – falou Itachi no primeiro degrau da escada observando o irmão e o loiro subirem.

Naruto apenas arregalou os olhos já deixando visível que fazia algo de errado e Sasuke continuou com sua expressão indiferente de sempre continuando a subir as escadas e passando ao lado do irmão ignorando a pergunta. Itachi também era agente do FBI há 15 anos e sabia muito bem identificar quando algo não estava bem. Mas Sasuke lhe respondeu antes que precisasse indagar sobre o assunto.

- Erramos o alvo e acabamos matando o irmão do Korano. – disse de costas para o mais velho dos Uchihas.

O moreno apenas suspirou pesadamente e olhando o irmão de esguelha falou sério:

- Não se preocupem, não tem como ele descobrir que foram vocês. Certamente limparam todas as evidências, correto? – falava tranquilamente recebendo um manear afirmativo tanto de Sasuke, como de Naruto – Então esqueçam isso e vamos continuar nossas vidas. – completou.

E logo o moreno sumiu de suas vistas seguindo para a cozinha. Os dois apenas se entreolharam e logo continuaram seguindo pelo corredor e quando estavam a passos da porta do quarto de Sasuke, a porta do quarto de Itachi se abriu e um delicioso aroma de lírios invadiu o corredor.

- Boa noite, Sasuke e Naruto. – e a voz de sinos invadiu os ouvidos do Uchiha que se virou imediatamente para a bela morena de cabelos negros e longos e lindos olhos perolados.

- Boa noite, Hinata. – falou observando o sorriso gentil nos lábios da cunhada. E em questão de segundos esqueceu todos os seus problemas diante da Hyuuga.

- Hinata! – disse Naruto como sempre alegremente, dando um forte abraço na morena.

- Não esqueçam que amanhã aguardo a presença de vocês no meu casamento. – falou sorrindo ainda mais largamente, contagiando Naruto e fazendo uma carranca surgir no rosto de Sasuke, mas que não foi notado por Hinata.

- É claro que estarei lá e o Sasuke também, já que é o padrinho do Itachi. – dizia o loiro e Sasuke agradecia por isso, ou seria capaz de dizer ou fazer alguma loucura ali mesmo.

Observou a Hyuuga sorrir para eles antes de dar as costas e sumir no longo corredor. Há quanto tempo mesmo estava apaixonado pela Hyuuga? Já havia até perdido as contas, só se lembrava de seu mundo desabar ao receber a notícia do namoro de Hinata e Itachi há três anos. Sabia que não era certo, mas não conseguia evitar desejar a mulher de seu próprio irmão.

Suspirou irritado passando as mãos pelos cabelos bagunçando-os e logo seguiu para o quarto com Naruto em seu encalço. Já se sentia extremamente irritado só de lembrar que amanhã estaria perdendo qualquer possibilidade de ter Hinata. Mesmo que ele nunca tenha pensado em conquistá-la, pois além de amá-la, também amava Itachi.

Fechou a porta nervoso e assim que se virou notou a expressão de Naruto fixo em si.

- Não se preocupe, Teme, você um dia também irá encontrar alguém como Hinata-chan. – disse o loiro o fazendo arregalar os olhos. Mas já era de se esperar, Naruto lhe conhecia muito mais do que ele mesmo.

- Hinata é única. – foi a única coisa que respondi, sabia que mulher como Hinata nunca iria encontrar.

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A mansão estava o caos, mulheres corriam de um lado para o outro, Mikoto Uchiha e Hina Hyuuga saiam e entravam no quarto de cinco em cinco minutos com algo em mão. Pessoas entravam e saiam da casa com arranjos e laços que eram os enfeites e decoração da igreja. Portanto, aquele dia a mansão Uchiha estava intransitável.

Sasuke se encontrava em seu quarto arrumando a gravata de risca cuidadosamente junto com o terno fino. Os cabelos negros molhados e mais arrepiados que o normal. Mas os olhos  ônix demonstravam o que sentia no momento, um enorme vazio e tristeza. Teria que ver a mulher que ama se casando com seu próprio irmão.

Suspirou pesadamente e se retirou do quarto fechando a porta bruscamente. Itachi neste momento estava em seu apartamento, junto com seus amigos malucos. Apartamento que também seria o ninho de amor do casal em sua noite de núpcias. Apenas no outro dia de manhã partiriam para Veneza para a lua de mel.

Só de pensar nos dois juntos já sentia uma imensa dor de cabeça. Caminhava no corredor com as mãos no bolso quando viu o quarto de Mikoto ser aberta e por ela sair um anjo que quando bateu os olhos paralisou no lugar.

O longo e belo vestido branco descia rente aos seios e cintura e após o quadril se abria na rodada saia que quase se arrastava ao chão. Em todo o vestido um belo trabalho de pedras brancas e delicadas formando um lindo desenho abstrato que brincava com imaginação de quem olhava. O estilo tomara que caia deixava ainda mais evidente o colo e o pescoço que tinha ao seu redor um lindo colar que sabia que Hinata havia ganhado de Itachi no dia do noivado. Os cabelos negros presos num coque frouxo, onde pequenas rosas brancas enfeitavam o penteado, juntamente com a clara maquiagem, bem estilo da Hyuuga.

- Ela não está linda, Sasuke? – perguntou minha mãe com um grande sorriso nos lábios, mas ainda tentava encontrar minha voz em meio ao turbilhão de sentimentos.

- Está linda. – disse educadamente e tentando desviar o olhar, mas sem sucesso – Itachi só terá olhos para você. – falei sentindo uma facada em meu coração em proferir essas palavras. Kami sabia o quanto desejava estar no lugar do meu irmão no altar.

Hinata apenas sorriu belamente juntamente com as bochechas que coraram fortemente pelo elogio.

- Obrigada, Sasuke-kun.

E o moreno só observou Hinata desaparecer com as outras mulheres pelo corredor. Olhou o relógio de pulso e percebeu que o casamento já estava quase para começar.

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O casamento todo correu bem e agora Hinata e Itachi já estavam oficializados como marido e mulher. A cerimônia foi maravilhosa e o casal deixou claro o quanto se amavam e estavam emocionados com aquele momento único. Agora todos esperavam o casal sair da igreja para jogarem arroz em suas cabeças como diz a tradição.

Finalmente o casal apareceu com imensos sorrisos nos lábios e uma chuva de arroz caiu sobre suas cabeças, onde Itachi continuou a sorrir e Hinata sorria largamente, mas todos percebiam que o amor ali era recíproco e que certamente seriam muito felizes nessa vida juntos. Os lábios selaram num beijo rápido e com as mãos dadas começaram a descer as escadas recebendo as felicitações.

E quando chegaram ao meio das escadas, tudo pareceu acontecer em câmera lenta, um tiro cortou o ar e acertou em cheio o meio da testa de Itachi que apenas caiu com um baque forte para trás. A poça de sangue logo coloriu a escada em frente à igreja enquanto uma mulher totalmente de branco se debruçava sobre o marido chorando incontrolavelmente.

- ITACHI!

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Hinata, Mikoto, Sasuke e Naruto se encontravam na mansão Uchiha, enquanto Fugaku e Hiashi resolviam tudo referente ao velório e liberação do corpo de Hiashi.

Hinata se encontrava sentada ao sofá, os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Ainda não acreditava em tudo que havia acontecido, que Itachi havia morrido. As lágrimas novamente voltaram a rolar enquanto tampava o rosto com as mãos pequenas.

O Uchiha mais novo descia as escadas, finalmente havia feito a mãe deitar um pouco, tudo graças a tranqüilizantes. Mikoto realmente estava muito agitada e nervosa com os acontecidos. O moreno ainda não esquecia aquela cena, o tiro foi certeiro e pelo que Sasuke conhecia e entendia, não foi um tiro acidental,o objetivo do atirador era justamente matar Itachi. Mas por qual motivo?

Saiu de seus pensamentos ao encontrar Hinata sentada ao sofá encolhida e chorando incontrolavelmente. Ele sofria por ter perdido o irmão, mas sabia que Hinata também sofria por perder o homem que amava. Aproximou-se a passos lentos e ficou de frente a mulher que chorava desolada no sofá e logo se ajoelhou segurando os pulsos da morena a obrigando a fitá-lo. E sem palavras e somente com ações Hinata se jogou em seus braços chorando sua dor e sofrimento contra o peito de Sasuke.

Não sabiam quanto tempo ficaram daquela forma, mas foi Hinata que tomou a primeira atitude e se afastou do moreno se endireitando no sofá fitando os ônix tão próximos. Olhos tão idênticos aos de Itachi, mas também tão diferentes. Itachi era um homem mais sério, centrado em seus ideais. Sasuke, diferente do irmão, mais relaxado e curte o tão esperado, deixe a vida me levar.

- Obrigada. – murmurou baixinho e de cabeça baixa e quando já ia continuar o celular de Sasuke toca chamando a atenção de ambos.

- Alô. – atendeu o moreno se levantando e se afastando da morena um pouco.

- Sasuke Uchiha?

Estranhou erguendo uma sobrancelha e virando de costas para a morena. Já tinha um pressentimento referente aquela ligação.

- Sim.

E o silêncio logo se fez presente na chamada, mas antes que Sasuke desligasse o telefone a pessoa continuou:

- Como está se sentindo Sasuke Uchiha, ao perder seu irmão de uma forma tão trágica? – o timbre irônico pingando como veneno em cada sílaba, fazendo Sasuke arregalar os olhos já imaginando de quem se tratava – Concordo com você que perder um irmão dessa forma é horrível, a dor vai até a alma.

O coração já batia acelerado tendo a certeza de quem era, a mão apertava o aparelho celular tão forte que parecia que iria quebrá-lo a qualquer momento.

- Maldito. – grunhiu Sasuke baixo, se afastando da sala e tomando todo o cuidado para Hinata não escutar. Quando já estava no corredor continuou já exaltado – Foi você, Touya Korano. – não era uma pergunta e sim uma afirmação. E no mesmo tempo uma risada maligna era ouvida do outro lado da linha.

- Sasuke, meu querido, apenas devolvi na mesma moeda. Você matou meu irmão, apenas matei o seu. – houve uma pausa – Só não me decidi se vou parar apenas por aí.

- Desgraçado, fique longe d...

- Acalme-se rapaz, ainda não acabei. – e logo o timbre do mafioso ficou duro e ameaçador – Tenho que admitir que sua cunhada é uma gracinha, então talvez brinque um pouquinho com ela antes de matá-la.

- NÃO SE ATREVA! – gritou totalmente exaltado fazendo o outro rir ainda mais alto.

- Devia ter pensado melhor antes de entrar no meu caminho, Uchiha.  – e logo encerrou a ligação, não dando tempo para Sasuke responder.

 Jogou o telefone longe o quebrando contra a parede. As mãos embrenharam-se nos cabelos deixando-os ainda mais arrepiados. Naruto ao topo da escada encarava o amigo espantado, assim como Hinata que encarava de onde ele estava anteriormente.

- Tudo bem, Sasuke-kun? – perguntou Hinata se aproximando do moreno e tocando-lhe os ombros.

Fitou aquelas pérolas e logo se acalmou deixando o sangue correr normalmente em suas veias. Antes que pudesse se conter levou a mão direita acariciando a bochecha de Hinata que se avermelhava pelo contato.

- Itachi pode estar morto, mas eu vou continuar lhe protegendo. Não vou deixar que nada de mau lhe aconteça, Hinata.

Arregalou os olhos não entendendo nada que acontecia ali, mas logo se deixou sorrir imaginando que aquilo fosse apenas um gesto de proteção de Sasuke, devido a ter perdido o irmão tão recentemente.

- Eu sei que sim.

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Os meses passaram rapidamente, a família Uchiha assim como Hinata ainda sentiam pela morte de Itachi, mas como sempre dizem, aprenderam a viver sem ele.

A Hyuuga nestes oito meses desde a morte do marido se aproximou bastante de Sasuke, que da forma dele lhe fazia rir e aos poucos ir deixando para trás toda aquela dor que lhe consumia. Agora via no Uchiha mais novo uma companhia agradável e confiável, assim como em Naruto, o melhor amigo de Sasuke.

- Onde está o idiota do Dobe? – dizia Sasuke andando de um lado para o outro com a demora do loiro. Desse jeito tinha certeza que iriam acabar perdendo a sessão do cinema.

- Tenho certeza que ele deve estar chegando, Sasuke-kun? – falou Hinata tentando conter a irritação do moreno. Mas também com um pingo de preocupação pelo Uzumaki.

Fitou a mulher se perdendo em suas pérolas, o moreno ficava feliz de ter se aproximado tanto assim de Hinata, mesmo que sofresse por saber que ela o vê apenas como cunhado e amigo. Mas para ele, isso por enquanto está perfeito. Lutaria para Hinata amá-lo, tanto quanto ele já a ama.

- Tem razão.

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Desligou o carro tirando a chave da ignição, sabia que Sasuke o mataria pela demora. Saiu do carro rapidamente ligando o alarme e antes que pudesse dar um passo a mais um tiro lhe acertou em cheio o peito esquerdo, fazendo-o bater forte contra a porta do carro acionando o alarme que soava estrondosamente.

Escorregou até o chão com a dificuldade em respirar aumentando cada vez mais, a dor no peito dilacerante. A visão turva ainda o ajudou a ver um vulto todo de preto correndo por entre os carros até a escuridão o tomar por inteiro.

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Ainda esperavam Naruto chegar quando notaram a movimentação em direção ao estacionamento. O Uchiha notando que algo estava errado agarrou a mão de Hinata levando-a até o local que estava cheio de policiais e curiosos.

- Algum problema, Sasuke-kun? – perguntou Hinata preocupada.

Não respondeu, apenas continuava puxando-a na aglomeração de pessoas, sentindo a cada passo que dava o coração apertar cada vez mais. Finalmente chegaram ao local da observação e ambos arregalaram os olhos com a visão que tiveram. Um corpo estirado ao chão com um lençol branco cobrindo-o, mas o que mais chamou a atenção de Sasuke era o Corolla ao lado. Justamente o carro de Naruto.

Soltou a mão de Hinata e avançou contra os policiais no local que tentavam contê-lo, mas todos falhando. Chegou ao lado do corpo e abaixou-se ficando de joelhos, o corpo tenso e a respiração pesada. Mentalmente rezava para não ser quem imaginava.

- Rapaz, você não pode ficar aí!

Apenas ignorou o policial e com as mãos trêmulas levantou o lençol parcialmente fitando o rosto sem vida de seu melhor amigo. A dor lhe atingiu em cheio no peito enquanto se levantava trêmulo, as pernas bambas quase não lhe sustentavam em pé.

Levantou os olhos para Hinata que corria em sua direção lhe abraçando pela cintura. Tinha certeza que a morena ainda não havia notado a gravidade da situação.

- Naruto. – dizia trêmulo, a visão distante.

- O que tem o Naruto-kun? – perguntou sem entender, mas quando Sasuke a fitou com aqueles ônix opacos e sem vida ela finalmente entendeu o que ele queria dizer.

As mãos tremeram e as lágrimas vieram compulsivas, ainda não acreditava naquilo. Fitou o corpo tampado ao chão e logo depois Sasuke, que parecia tão perdido quanto ela. Abraçou-o forte deixando as lágrimas descerem compulsivas pela tez alva. Não aceitava, não acreditava que perdeu mais alguém tão importante para ela.

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O enterro havia sido na parte da manhã, mas ele não havia comparecido ao cemitério. Não conseguiria ver o seu melhor amigo dentro de um caixão. Então, preferiu ficar trancafiado em seu apartamento sem ver ninguém. Primeiro seu irmão, agora Naruto, quem mais Touya Korano iria tirar dele?

As lágrimas desceram enquanto o ódio lhe consumia como um veneno correndo em suas veias, num ataque de ira atirou todas as taças e garrafas de bebidas sobre a mesinha ao canto contra a parede. As mãos embrenharam-se nos cabelos, enquanto a raiva e o ódio ardiam em suas veias, iria se vingar, Touya Korano iria se arrepender de tudo que lhe fez.

- SASUKEE!

Ouviu o grito do lado de fora juntamente com as batidas fracas na porta, sabia que se tratava de Hinata, mas não queria vê-la, não agora, não dessa forma que ele se encontra.

- Por favor, sei que você está aí. – falou agora mais baixo, parando as batidas.

Abriu a porta visualizando a linda morena de preto do lado de fora e apenas sentiu o pequeno corpo pressionar contra o seu num abraço apertado. E a única coisa que pode fazer é fechar a porta e retribuir o abraço.

- Oh Sasuke... Eu estou aqui, estou aqui com você. – disse a morena passando toda sua compreensão e carinho para o moreno que se encontrava tão fragilizado.

E naquele momento, Sasuke se deixou chorar nos braços de Hinata Hyuuga.

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Duas semanas se passaram e Sasuke não recebeu nenhuma notícia do Korano, como ele havia feito quando matou Itachi. Mas ele não se manteve parado apenas esperando, usou todos os recursos do FBI para procurá-lo, achar o momento certo para encontrá-lo e matá-lo. E finalmente encontrou, o Korano estaria em Roma dali dois dias, então já havia providenciado sua passagem para o outro dia de manhã. Sabia que seria uma missão arriscada, estaria num país estrangeiro e se fosse pego, certamente seria condenado a morte. As leis com imigrantes eram bastante severas no país. Mas era um risco que valia a pena.

Chegou em frente ao edifício luxuoso e pegou o elevador até seu andar e logo abriu a porta sentindo o agradável aroma de carne adentrar suas narinas. Fechou a porta estranhando, não se lembrava de sua mãe ter comentado que viria visitá-lo essa noite. Retirou o paletó deixando-o no sofá e seguiu até a cozinha se surpreendendo que não era Mikoto que estava lá e sim Hinata.

- Sasuke-kun. – disse com um sorriso ao finalmente se dar conta que o moreno já havia chegado – Pensei que conseguiria deixar tudo pronto antes de chegar. – comentou.

Fitou-a ali na sua cozinha, de avental florido, cabelos presos num rabo de cavalo alto e um sorriso genuíno nos lábios. Olhando para Hinata ali agora, a sua frente, há via como sempre viu, mesmo quando ainda eram apenas adolescentes... como sua esposa.

Sabia que não poderia adiar aquele momento mais, precisava deixar tudo posto a mesa, pelo menos até ter que deixá-la. Aproximou-se a passos vagarosos, notando ela corar ligeiramente e fitar o chão acanhada. Quando estava a centímetros de distância levantou o queixo fazendo fitá-lo. E quando pérolas se encontraram com ônix, se esqueceram de tudo e todos e no segundo seguinte os lábios se encontraram hesitantes, mas logo se reconheceram e se deixaram se amarem como quisessem.

Beijavam-se sem pressa, não ligavam para o tempo, apenas se reconheciam e se identificavam. E quando Hinata tombou a cabeça para a direita e os lábios de Sasuke tomaram os seus com mais ímpeto, ela não pode fazer nada além de se segurar firmemente contra sua camisa. E só depois de vários minutos que se separaram, devido à falta de ar.

Ouviu o soar alto da panela de pressão e apenas se virou assustada desligando o fogo rapidamente, se xingando mentalmente por ter se esquecido da panela. Mas também, quem se lembraria de uma mísera panela estando desfrutando um beijo com Sasuke Uchiha?

Sentiu as bochechas queimarem ao se lembrar do beijo e logo se virou mordendo o lábio inferior acanhada. Fitou aquelas pedras ônix que estavam fixas em si e que diziam tantas coisas, assim como ela sabia que os seus próprios também transmitiam várias mensagens para o Uchiha.

- Eu te amo.  – falou, rápido e direto, nunca foi homem bom com palavras e não seria agora que mudaria – Sempre te amei, mesmo quando você ainda estava com Itachi. Muito antes disso.

Arregalou os olhos não acreditando no que ele dizia, não acreditava que Sasuke a amou por tanto tempo sem nunca dizer nada. Sorriu amavelmente, não negava que o tempo que viveu com Itachi foram os melhores anos de sua vida, que o amava com todas as suas forças e que ele sempre teria um espaço em seu coração, fato que ela sabia que o próprio Sasuke tinha ciência. Mas não negava que com esses meses que passou com Sasuke, que ela acabou resgatando aquela amizade e confiança que tinham quando crianças, que um novo sentimento pelo Uchiha mais novo foi surgindo em seu peito. E agora ela tinha certeza, que o amava sim e ficava feliz com isso.

Aproximou-se do moreno circundando os braços em volta de seu pescoço e ficava nas pontas dos pés e antes de ela tomar seus lábios num segundo beijo, disse com toda a sinceridade:

- Eu também te amo.

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A fraca luz adentrava a janela do quarto aberta, enquanto a brisa da manhã adentrava o quarto acordando o casal deitados sobre a cama de casal.

- Bom dia. – sussurrou Sasuke contra a orelha de Hinata, enquanto a abraçava pelas costas sentindo a maciez do quadril e do corpo nu contra a palma de sua mão. Os resquícios da noite passada ainda fixas tanto no quarto como em suas mentes.

O moreno ainda escutava os gemidos de Hinata contra seu ouvido, assim como o sabor de sua doce pele contra seus lábios. Virou-a de frente para si, fitando aquelas pérolas que sempre habitaram seus sonhos, antes de depositar um beijo leve em seus lábios, pena que agora era hora da despedida.

- Se cuide. – falou Hinata abraçando-o ternamente e fazendo-o arregalar os olhos – Não sei o que você vai fazer, mas apenas volte sã e salvo para mim. – falou de olhos fechados.

Agora ele entendeu que ela sempre soube, que ela o conhecia tão bem que sabia que algo o atormentava. E certamente quando chegou ontem à noite, ela deve ter lido em algum momento em seus olhos o que ele pretendia fazer.

- Hai. – houve uma pausa onde ele colocou os lábios contra os cabelos lisos – Apenas espere por mim.

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Chegou a sua poltrona ajeitando a bagagem no compartimento. Sentou na poltrona avistando Konoha pela pequena janela do avião, a mente ainda lembrando da promessa de Hinata antes de sair.

“Esperarei.”

Suas palavras ainda ecoam em seus ouvidos lhe dando ânimo para sobreviver e finalmente poder viver em paz com a Hyuuga. Um motivo para continuar vivo.

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Havia perdido a conta de quantos meses estava naquele país, cinco ou seis? Não fazia idéia, mas seu ódio apenas aumentava, Touya sabia que ele estava lá, esperando apenas uma oportunidade para matá-lo. Mas o mafioso não dava trégua, sempre andava por lugares povoados, ou então com seus brutamontes como escoltas. O que dificultava e muito seu trabalho, precisava ser silencioso e eficaz, e infelizmente não tinha Naruto para ajudá-lo.

E finalmente o momento de matá-lo chegou. Encontrava-se num galpão abandonado, sabia que Touya havia marcado com alguém ali, certamente algum mafioso como ele. Certamente teria que matar os dois, mas não tinha problema, não fariam falta a ninguém.

Observou a limusine preta chegando devagar e logo empunhou a arma com o alvo para a porta por onde Touya sairia. O dedo foi para o gatilho imediatamente assim que a porta traseira se abriu e quando o dedo já fazia pressão para apertar o gatilho não foi Touya quem saiu e sim um de seus guarda costas, fazendo-o arregalar os olhos automaticamente. Algo estava errado, Touya nunca deixava um de seus seguranças saírem primeiro.

- Largue a arma agora, Uchiha, ou estouro seus miolos aqui mesmo. – sentiu o cano do revolver contra sua nuca e logo deixou a arma ao seu lado no chão, sendo chutada para longe pelo homem atrás de si – Agora levante-se, que vamos fazer um passeio.

E no segundo seguinte Sasuke teve os dois braços imobilizados e foi levado até a limusine onde o jogaram no banco traseiro, arrancando o carro.

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As mãos se encontravam amarradas e imobilizadas contra a grossa viga de metal no teto, as costas e peitoral já se encontravam cheios de cortes e hematomas devido às horas de surras que levou naquele lugar. Não sabia onde estava, certamente era alguma fábrica abandonada ou algo do tipo. Naquele momento sua mente apenas fixava em como Hinata estaria.

Ouviu a porta sendo aberta e por ela passar Touya, mais os dois comparsas que lhe deram a surra. Observou-o pegar uma mangueira de água e jogar o jato com toda sua força contra seu corpo, fazendo-o gritar exaustivamente. E quando finalmente parou só conseguia sentir a dor e a ardência de seu corpo, devido aos machucados.

- Vou fazer você me implorar para matá-lo e se caso você for forte e não o fizer, irei mandar buscarem sua namoradinha gostosa, tenho certeza que quando vê-la sendo estuprada por meus capangas tenho certeza que irá cooperar. – dizia Touya venenoso.

- Encoste nela e eu juro que te mato da pior maneira possível.

E no segundo seguinte um soco foi lhe acertado em cheio no abdômen, fazendo-o cuspir mais sangue.

- Você não está em condições de me ameaçar.  – e logo se encaminhou para a porta, mas antes de sair completou para os comparsas - Podem começar.

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Horas se passaram de tortura e Sasuke realmente pensou que não agüentaria tanta dor, mas seu amor por Hinata lhe dava forças para agüentar aquilo, mas sabia que não podia ficar ali daquela forma, precisava tramar um modo de escapar.

Notou quando um dos comparsas saiu informando que iria ao banheiro, deixando o outro sozinho ali, sabia que aquela era a sua única oportunidade e não teria outra. Fez um movimento de tentar escapar com os braços chamando a atenção do homem que logo veio em sua direção.

- Ei o que você pensa que está fazendo?

E assim que ele chegou a sua frente lhe deu uma chave com as pernas sufocando-o e em segundos quebrando seu pescoço fazendo-o cair no chão com um baque. Agora precisava ser rápido, então forçou a mão tentando cortar a corda com a própria viga da maneira, que com muito esforço finalmente conseguiu caindo no chão.

Foi até o comparsa morto e procurou em seus bolsos algo que lhe podia ser útil e sorriu ao encontrar um revolver e ainda com cinco balas restantes. Ouviu passos se aproximando e correu até a lateral da porta esperando o homem entrar. Precisava ser silencioso para não chamar a atenção de Touya que devia estar em algum lugar ali perto.

E logo o segundo comparsa caiu morto após quebrar seu pescoço com uma chave de braço. Seguiu para fora calmamente procurando Touya, ele tinha que estar em algum lugar. E em poucos estantes o encontrou de costas, falando ao telefone. Empunhou a arma fitando-o as costas e se aproximando lentamente e quando o Korano desligou o telefone pronunciou-se chamando sua atenção:

- Eu disse que iria matá-lo.

E antes que Touya Korano pudesse virar totalmente e se defender, Sasuke o acertou com as cinco balas restantes do revólver, o matando imediatamente. Deixou o revólver cair cansado e juntamente o corpo que se escorou a parede. Finalmente sua tormenta acabou.

Depois de vários minutos o moreno já se encontrava do lado de fora e agradeceu aos céus ao encontrar tanques de gasolina. Levou-os para dentro do galpão e os despejou em toda parte. E levando as mãos ao bolso encontrou seu isqueiro, que neste momento agradecia por Naruto ter lhe dado, na época lhe chamou ainda de estúpido, já que não fumava para que iria precisar de um isqueiro. E assim que o acendeu jogou sobre a gasolina observando o galpão incendiar completamente. Assim nunca descobririam o que aconteceu ali dentro.

Deu as costas ao incêndio e com o corpo machucado seguiu pela estrada de terra. Só queria e precisava se afastar dali e procurar um hospital antes de voltar para casa.

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Era noite de Natal e luzes se encontravam espalhadas por toda a cidade de Konoha. A neve tomava conta das ruas tornando impossível o transito de carros e crianças se encontravam na porta de casa brincando de guerrinhas de neve. A música natalina ecoava pelas diversas ruas deixando aquela véspera de Natal bem mais alegre.

Na mansão Uchiha tudo estava sendo preparado para a ceia, mesmo que todos estivessem tristes com os acontecimentos daquele ano, a morte de Itachi e Naruto e o sumiço de Sasuke que já se estendia para quase sete meses. E Hinata era a que mais ficava aflita, pois não tinha idéia de onde Sasuke estava ou se estava vivo ou morto. Precisava tanto dele, principalmente agora.

- Hinata, minha querida, pode me ajudar a pôr a mesa. – a morena apenas acenou para Mikoto indo lhe ajudar, também esperava a chegada de seu pai, Hanabi e Neji que viriam passar o Natal com a família Uchiha.

Já eram aproximadamente 23 horas quando todos chegaram e todos já estavam prontos para aquela noite de festividades. Hinata descia as escadas já com seu vestido lilás quando uma prima distante de Sasuke olhou pela janela e gritou extasiada:

- É o meu primo Sasuke ali fora!

E todos abriram a porta afoitos observando o Uchiha caminhar até eles com um sorriso aliviado nos lábios. Os hematomas no rosto já se encontravam fracos e distantes.

Hinata não sabia se chorava ou se sorria ao avistar Sasuke ali a frente, então preferiu fazer ambos enquanto corria em sua direção e o abraçando fortemente ao alcançá-lo e deixando-se chorar em prantos em seu peito.

- Sasuke-kun!

O moreno também não se cabia em si de felicidade, se lembrou que era Natal quando o avião pousou em Konoha e pegou o táxi observando os enfeite daquela época e a neve em toda a parte. Olhou toda a sua família ali e sorriu ao ver a mãe também chorar nos braços de Fugaku e ainda mais ao ter aquela mulher ali em seus braços depois de tanta dor e sofrimento.

- Hinata, querida. – e logo tomou seus lábios num beijo repleto de saudades e amor – Senti tanto a sua falta.

- Eu também e... – completou sorrindo enquanto acariciava a já volumosa barriga de quase sete meses - ... nosso filho também.

Arregalou os olhos com a revelação e instantaneamente os olhos ônix fixaram na barriga de Hinata, só agora realmente notando o volume considerado. Não havia notado antes por causa da escuridão e também pelo calor do momento e da imensa saudade que sentia dela. As mãos que estavam na cintura se movimentaram para frente tocando a barriga enquanto Hinata colocava a sua por cima da dele. Ônix e pérolas se fitaram intensamente e Sasuke nunca se sentiu tão feliz em sua vida. Seria pai.

- Você já sabe o sexo? – perguntou baixinho e com um timbre emocionado, tinha acabado de voltar e já recebia tantas emoções.

Afirmou sorrindo largamente e olhando para a barriga Hinata completou também emocionada, a família de seu filho finalmente estava completa.

- É um menino.

- E já escolheu um nome?

A Hyuuga corou levemente colocando uma mecha de cabelos atrás da orelha e mordendo o lábio inferior respondeu a pergunta:

- Itachi Uchiha.

Estava nervosa e ansiosa, estava receosa de que Sasuke não aprovasse o nome, já que Itachi foi alguém importante em sua vida. Mas ficou bem mais aliviada ao ver o sorriso de lado surgir nos lábios do Uchiha antes de abraçá-la fortemente, a respiração varrendo sua orelha e pescoço.

- Para mim está perfeito.

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O

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... FIM ...