"Shape shifting Shape shifting, também conhecida como transformação e transmutação, é uma mudança na forma ou na forma de uma pessoa, principalmente uma mudança de forma humana para forma animal ou uma mudança na aparência de uma pessoa para outra. "Toda cultura na mundo tem um metamorfo-lore lendas de criaturas que podem se transformar em animais ou outros homens. "Normalmente, o animal envolvido na transformação é indígena ou predominante na área da qual deriva a história. É digno de nota que, enquanto o idéia popular de um metamorfo é de um ser humano que se transforma em outra coisa, existem numerosos mitos sobre os animais que podem se transformar também."*

(*para entenderem o que é Shape shifting ok?)

A mulher deitada na cama pestanejou sonolentamente e fi­tou-o com seus lindos olhos verdes. Os cabelos cor de chocolate despenteados e o toque rosado de sua pele fizeram com que Edward Cullen pensasse em outras coisas que se faziam numa cama. Coisas que havia muito tempo, décadas, ele não tinha vontade de fazer.

— Sinto muito — ela falou hesitante. — Está tudo bem com você?

Ele se recostou na cadeira e balançou a cabeça.

— Aparentemente, estou melhor que você.

Os olhos dela se arregalaram ao ouvi-lo falar. Provavelmen­te, ela estava admirada com seu sotaque inglês. Desde que ele chegara ao país, notara que as mulheres o amavam ou o odia­vam, não havia meio-termo.

— Então, você é ele? — ela perguntou.

— Ele quem?

— O meu encontro às escuras. — Ela engoliu em seco e pis­cou. — Eu sou Isabella Swan.

Edward jamais participara de um encontro às escuras em sua vida, ou seja, em 400 anos, mas, de repente, com aquela mulher, ele bem que desejaria experimentar.

— Sou — ele respondeu, gostando do jeito como ela corava.

O coração de Bella acelerou e ela o sentiu pulsar na gargan­ta. Edward bem que gostaria de saboreá-la naquele ponto, num gesto ritual de antiga cortesia da sua espécie. O fato de ela per­tencer a uma categoria que lhe era proibida não diminuiu seu desejo. Ele tinha uma séria atração por belos shape-shifters, ou seja, por seres que mudavam de forma. Aquilo seria um problema. Em geral, os vampiros e os shape-shifters apenas se toleravam. Apesar da delicada trégua entre as duas raças, ainda existia muita animosidade. Se o Conselho de Vampiros descobrisse, as repercussões seriam sérias. Ela gemeu, cha­mando a atenção de Edward. Observando seu lindo rosto outra vez, ele percebeu que não importava o que ela fosse, fazia séculos que ele não desejava uma mulher daquela maneira. Embora ela ainda não soubesse, seria sua, e isso era tudo o que importava.

— Você bateu a cabeça — ele informou de modo quase des­necessário, porque ela levantara a mão e sentira a atadura branca que lhe envolvia a cabeça como um turbante. — A pancada a fez desmaiar e deixou um corte feio, mas eles acham que a concussão não foi grave. Você levou alguns pontos e disseram que você ficará bem. A enfermeira está procurando um médico para lhe dar alta, e você poderá ir para casa.

— Por que você está aqui? — ela perguntou. — Quer dizer, estou um pouco surpresa em acordar e vê-lo sentado ao lado da minha cama. — Ela corou novamente. — Você nem me conhece.

— Eu me senti um pouco responsável.

— Responsável? — A gargalhada sem graça soou um pouco forçada. Ela parecia nervosa... Seria por causa dele? —A culpa não é sua. Isso é ridículo. Sinto muito se empurrei a mesa e derramei todo o meu vinho em cima de você. — Ela suspirou. — Acho que posso acrescentar "desajeitada" ao meu perfil na internet.

— Seu perfil na internet? — Ele levantou a sobrancelha.

— No MySpace?

A pergunta a fez corar ainda mais.

— No Matchmaker.com. É um site de encontros na internet.

Edward balançou a cabeça, admirado.

— Por que alguém com sua aparência precisaria usar os ser­viços de um site de encontros? — Ele sentiu uma pontada de ciúme só de pensar na idéia. Não queria que outros homens a vissem na internet e achassem que poderiam possuí-la.

— Trabalho numa agência de seguros familiar e a cidade é pequena. Como não é provável que eu conheça alguém no trabalho, e como conheço a maior parte dos rapazes daqui — ela fez uma careta —, o Matchmaker me pareceu uma boa idéia.

Edward se inclinou para a frente e viu que as narinas dela se dilatavam, tentando sentir seu perfume. Desde que ele se trans­formara em vampiro, seu corpo não tinha cheiro algum a não ser que ele tomasse um banho de água-de-colônia. Ela o olhou por entre as pestanas e ele percebeu que ficara intrigada.

— Você é diferente — ela afirmou simplesmente. — Não sei se eu...

Ele correu os olhos pelo corpo dela e sorriu, tomando o cui­dado de manter suas presas retraídas.

— Você não sabe se... o quê?

Após um momento de hesitação, ela sorriu para ele. Se ainda tivesse um coração batendo, Edward estava certo de que ele estaria acelerado. Aquela mulher não fazia idéia do modo como o afeta­va. O pior era que, a despeito de sua falta de cheiro, ela parecia acreditar que ele era humano. Ela não demonstrava a reação que sua espécie, em geral, dedicava aos vampiros.

— Não importa. — Ela balançou a cabeça com uma expres­são satisfeita e jogou as longas pernas para o lado de fora da cama. — Você me ajuda a levantar? Eu sinto um pouco tonta.

Edward sentiu uma profunda pontada de desejo. Se ao menos aquela linda mulher que mudava de forma fosse da sua espé­cie! Ele jamais esqueceria uma vampira como ela, eternamente linda. Nenhum homem que tivesse um par de caninos afiados a esqueceria.

— Claro. — Ele lhe ofereceu o braço e suspirou ao sentir o toque da mão delicada em sua pele.

— Nós já nos conhecemos? — ela perguntou de repente, franzindo o nariz e a testa. Ele a achou encantadora mesmo assim.

— Não.

— Eu achei que não, mas por algum motivo você me pare­ce conhecido. Pensei tê-lo visto na tevê ou algo assim. Você é ator?

— Ator? — Ele deu uma risada, resistindo ao impulso de beijar os lábios dela. — Não. Trabalho no ramo da música, na indústria de gravações. Era por isso que eu estava no bar hoje à tarde. Eu vim para avaliar a banda.

— Os Digests? Eles são um grupo local muito bom. — Ela piscou e franziu as sobrancelhas. — Então, você não é meu en­contro às escuras?

Por um momento, ele não conseguiu responder. Tudo naque­la mulher, desde a nuca até a forma como ela balançava os ca­belos, o excitava. A pele dele era sedosa, os cabelos, da cor de chocolate, era graciosa e tinha um corpo malhado. Seus olhos possu­íam uma cor incomum, como safiras engastadas em ouro. Edward sentiu a atração de sua beleza e esperou, ou melhor, acreditou, pela cor de sua face e pelas batidas de seu coração, que ela tam­bém se sentia atraída por ele. Era impressionante: ele não sentia aquele tipo de atração há 250 anos, se é que já o sentira alguma vez. Ele controlou seu devaneio, sorriu outra vez, ainda se con­trolando para não mostrar seus caninos, e ajudou-a a ficar de pé. Ela cambaleou um pouco, e ele se aproveitou desse fato como desculpa para abraçá-la. Edward sabia que os shape-shifters têm o poder de se curar rapidamente. Sem dúvida, dentro de uma hora ela estaria totalmente curada.

— Não. Meu nome é Edward Cullen. Receio não ser seu par, mas, se você quiser e concordar, gostaria de ser, a partir de agora.