Like A Boss escrita por Carrie Collins


Capítulo 16
Capítulo 15.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora!



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A lua-cheia estava imensa no céu. Sua luz deixava sua pele com um tom cinza, seus olhos se enchiam de lágrimas cada vez mais. Porém, não sabia nem ao menos o porquê de estar chorando. Apenas chorava. Discretamente. Havia motivos de monte para chorar, mas tudo que ele poderia sentir é uma angustia, um aperto no coração que parecia que estava sendo esmagado por toneladas. Algo mil vezes pior que a tristeza de um humano.

Chorou discretamente, sentado sobre uma rocha, próximo ao castelo. Poderia vê-lo próximo. Poucas janelas, feito de pedras e torres góticas. Olhou-a de lado, e lembrou-se de como Harry tinha falado sobre a morte de seu pai. Algo tão... Vago. Como se houvesse alguma história que ele não havia comentado algo que estava escondido a sete chaves, e que nem por massacre ele iria contar-lhe... Ou até poderia contar, com muito esforço. Edward estava pronto para lutar com todas as suas forças para aprofundar-se em todo esse passado. E o porquê de Drácula e Klaus foram mortos, e Harry ter esse título de Conde. Isto definitivamente, não entrava na cabeça de Edward. Estava totalmente disposto para fazer qualquer coisa para que seu “tio” lhe contasse a história certa. É claro, se essa fosse à história falsa.

Um ofego o fez descer da rocha e procurar pelo coração acelerado que estava próximo dali. Virou-se, deparando-se com a empregada repugnante que limpava o suor da testa e respirava fundo. Deu um passo vacilante para trás, enojado.

- O jantar está pronto, meu mestre pediu para que o chamasse. – Sua voz cansada o fez respirar fundo.

- Diga a seu mestre que vou jantar fora. – Seu sorriso foi irônico. – Ah, e, por favor, leve comida para as minhas garotas, não quero que elas morram de fome.

 - Ele me mandou voltar apenas se estivesse com você. – Uniu as sobrancelhas e ajeitou a bainha do vestido surrado.

- Se vire. – Piscou e virou-lhe as costas, não estava nem aí se ele fosse matá-la ou não por chegar sem ele.

Para Edward, toda essa história de conhecer esse tal de Conde Harry só lhe trouxe aborrecimento. Apesar de suas brigas com os Cullen, as garotas que ele lhe trouxe tinham feito ficar mais sentimental... Não queria que seu lado humano transparecesse em abraços e beijos em garotas que mal sabia de onde vinha. Era apenas belas garotas que o faziam enlouquecer. Porém, não sabia explicar o porquê. Esse seu “tio” só lhe trouxe problemas, e parecia que ainda estava guardado mais problema mais à frente. Na verdade, isto era fato.

Ele só tinha de sensível a aparência de mais velho. Porém... De sensível não tinha nada. Harry havia séculos de experiências com lutas e em enrolar várias pessoas. Esperto... E matador profissional. Aliás, toda a sua família era matador profissional.

Edward caminhou sobre a calçada movimentada enquanto analisava discretamente as mulheres que passavam por ele. Alguns não estavam nem aí, outras até davam uma olhadela... Mas nenhuma se aproximava. Como se tivesse um escudo ao redor dele, que não podiam ultrapassar.

Um letreiro gigantesco e lilás o chamou atenção. Era um bar, muito famoso por sinal, havia vários círculos de pessoas em frente a ele e pelo vidro dava para ver que estava lotado. Ajeitou seu casaco e pôs as mãos no bolso, caminhou vagarosamente para dentro do bar. E então lembrou-se que estava sem nenhum tostão no bolso, mas continuou a caminhar e analisar as pessoas dali. Sentou-se em frente a bancada e sorriu para a garçonete, que foi em sua direção.

- O que vai querer? – Seus seios fartos quase pulavam de seu decote V, tinha os cabelos encaracolados que caiam sobre eles. Seus lábios vermelhos lhe chamaram atenção e seus olhos delineados com um preto o fizeram encará-la.

- Estou esperando uma pessoa... – Mentiu, não tinha dinheiro para pedir uma bebida, ainda...

- Não vai querer nada para esperar? – Sorriu ao mexer em seus cachos negros, ajeitou o avental justíssimo com o vestido e lhe deu as costas, mostrando-lhe sua comissão de costas exuberante.

Edward não conseguiu conter seus olhos um pouco mais embaixo das costas dela. Seu fardamento ia pouco mais de seu traseiro, era curtíssimo... Mas para ele era bonito. Ele a escolheu para se divertir hoje, definitivamente...

Passou algum tempo ali, observando-a, sem pedir nada, até que ela lhe falou...

- Você tem certeza que esta pessoa vai vim? – Mordeu o lábio e ergueu a sobrancelha.

- Ela está aqui, porém ainda não veio até mim. – Seu sorriso foi doce, que a deixou sem graça.

- Diga-me quem é, posso ir até ela e pedir para que venha aqui. – Deu de ombros guardando alguns copos em uma prateleira de vidro.

- Que horas você larga? – Mudou de assunto rapidamente.

- Daqui à uma hora... Por quê? – Uniu as sobrancelhas.

- Quer beber algo depois do expediente? – Riu.

- Estamos em um bar... – Gargalhou. – Quando fechar pode ficar aqui, se quiser...

- Seu chefe não vai brigar? – Encarou-a.

- Ele está viajando... E é meu pai. – Fez uma careta.

- Você trabalha para o seu pai? – Disse ele.

- É para pagar a faculdade. – Deu de ombros.

- Foi ele que escolheu essa sua farda? – Apontou rapidamente para as pernas amostra dela.

- É. Ele não queria pagar outra, e mandou-me usar a da última garota que trabalhou aqui. – Ajeitou o avental. – Se me der licença, tem um velho chato que fica me pedindo whisky e perguntando quantos anos eu tenho de cinco em cinco minutos...

- Á vontade. – Piscou ao rir, seguindo-a com o olhar.

Observou-a colocar whisky em um copo achatado e sorrir para um idoso grisalho que já estava com cara de débil ao observá-la.


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