Ouvi passos vindo do corredor. Rapidamente saí pela porta da sala e corri atá sair do corredor. Só então eu percebi que eu ainda segurava a foto em uma das mãos.

Eu já vira a garota da foto em algum lugar.... Os olhos... eram muito familiares. Guardei a foto em um dos bolsos do meu uniforme e me dirigi ao dormitório da Grifinória.

Passei pelo buraco do retrato e avistei Gina e Rony, sentados em frente à lareira.

–Oi...- Gina disse.- Como foi a ... Detenção?

–Ah, bem. - respondi. Ela parecia não estar prestando atenção, provavelmente preocupada com Harry que por sinal já tinha saído.

–Hã... Harry pediu para tomarmos isso. - ela me entregou um frasco de Felix Felicis. Eu peguei o vidrinho dourado e o bebi.

Uma sensação de felicidade se espalhou pelo meu corpo. Não... Não era felicidade. Era confiança. De que qualquer coisa que eu fizesse auquela noite iria dar certo.

Então pensei. Eu não me despidira de Draco. Não formalmente. E também queria ver se ele realmente não era decente suficiente para tentar fazer.. Aquilo com Dumbledore.

Eu nunca faria isso se estivesse numa situação normal, mas com a Felix Felicis, subi ao meu dormitório e avistei os dois frascos da poção parecida com água.

...

Eu nunca havia tomado duas poções no mesmo dia. Mas não recomendo. Assim que virei os dois frascos em minha boca, um calafrio percorreu meu corpo, dos pés à cabeça. Meu estômago começou a arder, por causa das duas poçoes em menos de 5 minutos.

Mais um calafrio. Desta vez muito mais forte. Olhei para baixo. Meus pés começaram a desaparecer, assim como minhas pernas, minha cintura, minha barriga, meu ombros, meus braços e minha cabeça. Eu estava invisivel.

Desci pelas escadas do dormitório, e aproveitei a entrada de Lilá Brown para sair pelo buraco do retrato, sem ser percebida.

Corri em direção à sala precisa e me deparei com Malfoy e Snape saindo pela porta. Os dois discutiam.

Snape voltou em direção à sua sala e Draco veio em minha direção. Pensei que ele havia me visto, de algum modo, mas ele passou por mim, indo em direção aos jardins da escola. Eu o segui.

Ele saiu pela portão da escola, comigo em seus calcanhares. Por um segundo virou-se para ver se estava sendo seguido, e então sacou sua varinha. Ergueu a manga de seu braço esquerdo e eu arquejei. Lá estava. A marca negra.

Ele apertou a varinha no pulso e murmurou algum feitiço, então apontou-a para o céu, logo acima da torre de atronomia.

Uma fumaça verde subiu de seu pulso em direção ao céu, e começou a tomar forma. Uma caveira, com uma cobra saindo de sua boca.

Draco se sentou e esperou.

Passado algum tempo, começei a ouvri barulhos à distância. Barulhos de vassoura. Iam em direção à torre.

Draco se levantou e correu, e eu o segui novamente.

Ele chutou a porta da torre e subiu às escadas, se deparando com Dumbledore. Ou ao menos parecia ele.

Ele estáva pálido. Muito pálido. Se apoiava na parede para não cair e demorava-se com os olhos fechados cada vez que piscava.

–Expelliarmus! – Draco sibilou.

Dumbledore chegara a tempo. Malfoy mantinha a mão trêmula como sua varinha, apontada ao coração do diretor.

–Boa noite Draco. - Dumbledore disse, amávelmente.

Dumbledore lhe perguntava sobre seus planos, Draco respondia, acrescentando ameaças.

Chgou à um ponto em que se ouviam estampidos e gritos, logo abaixo da torre. Draco retrucava a Dumbledore, com mais ameaças.

"Não faça isso." sussurrei em seu ouvido. "Por favor, não Draco."

Ele se retesou. Olhou pelo canto do olho em minha direção, mesmo eu estando invisível. Ele sabia que era eu.