Meu décimo quinto sono reinava quando alguém entra fazendo o máximo de barulho possível. Sim, minha mãe. Ela caminhou até o outro lado do quarto e abriu as cortinas deixando entrar aquela droga de luz. Obrigadão hein mãe!!

– Vamos logo princesa, o ônibus está quase chegando.

– Só mais cinco minutos mamãe – Eu resmunguei colocando o travesseiro na minha cabeça.

Ela foi até a porta, mas antes de sair deixou outro aviso.

– Você tem quinze minutos Natália Marie Stewart! O Bieber já está te esperando lá embaixo.- Ela disse fechando a porta.

Devido á tantos episódios de Smallville ontem á noite, meu corpo já nem respondia por si só, meus olhos fechavam sozinhos, meus membros não se mexiam de acordo com meus comandos.

Já deviam ter se passado alguns poucos minutos, quando alguém abre a porta, ou melhor, quase arranca a porta do meu quarto.

– BOOOM DIA FLOR DO DIA!! VAMOS ACORDAR QUE UMA TURNÊ DE UM MÊS A ESPERA COM O DR.BIEBER AQUI.- O capeta falou.

– Santa educação! Ninguém mais sabe o que é porta nessa casa?- Falei me rendendo a insistência, e me sentando ainda com o edredom em meu colo.

–Desde que eu te conheço, esse seu humor matinal nunca mudou hein Nat? – Justin respondeu rindo.

Esse palhaço só pode estar de brincadeira comigo? Me acordam e ainda vem ficar rindo da minha cara.

–Vem deixa eu te ajudar! – ele disse pegando a minha mão e me puxando para levantar.

– Nããão. – eu dei piti novamente, me deitando na cama bruscamente, fazendo meus cabelos voarem e ele se desequilibrar e quase cair em mim.

– Natália, vamo logo menina! A gente tem que estar lá na cidade ainda hoje! O ônibus já está lá embaixo! – Ele me puxou me fazendo ficar sentada- Agora não dá mais tempo nem de você tomar banho. Anda, levanta, você tem que se trocar!

Eu bufei, cruzei meus braços e ainda de olhos fechados, fiquei sentada lá sem nem me mover.

– Você é inacreditável, Natália.- Ele disse, indo em direção á minha poltrona onde as roupas se encontravam, e pegando uma regata que eu tinha separado ontem.

Ele deslizou minha blusa pela minha cabeça, provavelmente embaraçando mais ainda meu ninho de fios. Dei graças por ter dormido de sutiã ontem. Mas mesmo assim, abri os olhos para conferir novamente se a peça realmente se encontrava lá.

Ri com a cena : Justin procurando o lado certo da blusa, já que a mesma não tinha etiqueta mostrando a parte de trás. Eu ri pelo nariz. Tirei a blusa de sua mão, levantei e andei até a poltrona e peguei a calça.

Fui em direção ao banheiro, pouco ligando que estava usando apenas a calça do pijama e um sutiã preto. Entrei no banheiro da minha suíte e tranquei a porta. Prendi meu cabelo em um coque alto. Lavei o rosto e escovei os dentes. Vesti minha regata e um colete de malha da mesma cor. Coloquei minha calça, que não era jeans porque queria conforto durante a viagem.

Saí do banheiro e Justin estava sentado na minha cama enquanto mexia distraidamente em seu celular. Peguei meus TOMS que estavam no chão e calcei-os. Peguei minha bolsa e fui a sua direção. Parei na sua frente e estendi-lhe a mão.

– Pensei que eu fosse te vestir. – Ele me olhou com malícia por detrás de suas orbes carameladas. Pervertido? Isso não é surpresa. Ele é assim mesmo.

– Hmm, eu sei que você no fundo só sente inveja porque eu tenho seios e você não- Eu o provoquei, rindo por dentro e de uma certa forma chamando-o de gay. Ele sempre se irritava e eu adorava isso.

Ele se levantou e pegou na minha mão e me virou, me colocando em direção á saída do quarto. Soltou sua mão e colocou as duas em minha cintura e foi me empurrando até a porta.

Antes de chegarmos á porta, ele parou e me puxou contra seu corpo mesmo estando de costas para ele. Senti cada centímetro de seu abdômen contra meu corpo, senti seu membro em minha cintura também, o que me deixou um pouco desconfortável. Ficou calor aqui ou sou só eu?

Ele agilmente deslizou suas mãos para meus seios, cobrindo-os com suas mãos. Meu coração e respiração pararam ao mesmo tempo. Suas grandes mãos encaixavam-se perfeitamente em meus seios, para meu total desconforto. Ele os apertou de leve e sussurrou baixinho em meu ouvido.

– É, talvez eu tenha um pouco de inveja mesmo.

Um arrepio passou pela minha espinha me fazendo estremecer. Peguei suas duas mãos e as abaixei, me virando para ele e o olhando incrédula. Esse menino não tem noção do perigo.

Eu ainda o fitava. Ele gargalhou e me puxou pela mão, indo comigo em direção as escadas e descemos por fim, de mãos dadas.

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Eu sempre odiei despedidas, ainda mais quando era com a família.

Abracei meu padrasto e depois minha mãe. Com um pouco de dificuldade por causa da barriga que no momento carregava Jaxon.

Dei mais um abraço nos dois e por fim fui em direção ao ônibus.

O Justin segurou minha mão enquanto íamos em direção ao ônibus no final da rua, já que os mesmos não podiam entrar na rua por chamarem muita atenção e fazerem muito barulho, afinal eram apenas 6:00 AM.

Ele apertou forte, me transpassando segurança. Lágrimas se formaram em meus olhos, mas ele acariciou minha bochecha.

– Não chora boo, você vai vê-la depois de amanhã. – Jus falou me animando um pouco. Minha mãe só não podia viajar conosco de ônibus por causa de sua gravidez, afinal, ela já estava com 7 meses.