A Escolhida escrita por Sooh Bernardoni


Capítulo 7
06- Bem melhor


Notas iniciais do capítulo

demorei muito tempo, mas agora já está ai.



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Acordei no quarto de Cristopher, odiei isso, em menos de uma semana já havia dormido na casa de um garoto duas vezes. Levantei-me da cama, eu vestia um conjunto de baby doll lindo, imaginei ser de Larissa. Fui ao banheiro, me olhei no espelho, e comecei a me lembrar de tudo que havia acontecido. As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, os soluços pareciam ser automáticos, encostei na parede e escorreguei até o chão. Juntei minhas mãos e coloquei-as sobre meu rosto, até que Cristopher bateu na porta. TOC-TOC-TOC

- Sophie?! Abre a porta. – eu não tinha forças, para me levantar.

- C-R-I-S – abri o berreiro, consegui levantar minha mão e abrir a porta, Cristopher abriu a porta, já com os braços abertos. Ele se sentou ao meu lado no chão, e me encostei nele.

- Sophie... Shhi shhi – ele colocou seu dedo nos meus lábios – não chore. Sua mãe sempre vai estar com você, ela sempre vai cuidar do bebê dela. Olha para mim – ele pegou em meu queixo e levantou minha cabeça.

- El...ela... Eu a amava tanto. – olhei bem no fundo dos olhos dele.

- Eu sei... – ele pegou meu rosto suavemente, até que nossos lábios começaram a agir feito ímas... Faltando quase 5 milímetros, Larissa chega na porta:

- Sophie, você está bem?! – ela ficou vermelha – desculpa, não queria atrapalhar.

- Larissa, está tudo bem, porque não leva Sophie para dar uma volta?! – Disse Cris.

- Não! – exclamei – Eu vou para casa, cuidar dos meus irmãos e do meu pai. Eles estão precisando de mim. – levantei arrumei meu cabelo, peguei uma roupa em cima da cama e troquei-me.

Eu não sabia exatamente o que fazer, minha vida estava acabada. Eu só  pensava como seria minha vida, de hoje em diante, sem a minha mãe. Minha irmã, meu pai, meu irmão. Desci as escadas, todo mundo já estava na sala assistindo televisão. Phil olhou para mim e me abraçou. – Não chore menina, tudo vai ficar bem. – o abraço de Phil era tão bom, que eu não queria mais sair dali.

Cristopher, veio em minha direção – Você quer que eu te deixe em casa? - perguntou Cris.

- Sim... – choraminguei – Tchau gente. – todos acenaram para mim.

Saímos de casa, caminhando muito devagar, Cristopher, estava me abraçando, as lágrimas caiam dos meus olhos automaticamente. Cristopher ficava fazendo cafuné em mim, toda hora... As arvores pareciam estatuas, parecia que eu estava em um filme em que só eu existia, todo o resto era uma fantasia sem fim. Até que as arvores se mexem. Tirei o braço de Cristopher que estava em meu pescoço, e berrei:

- Quem é?! Sai daí, dá as caras, seu otário. – saiu um rapaz, correndo em minha direção me jogando no chão.

- Sai de cima dela Godric. – Cristopher pegou ele pela jaqueta preta que usara.

- Olá priminho, nem me apresenta sua nova namoradinha, não é mesmo? – disse Godric, num tom de deboche.

- Cala a bica Godric, você quase matou a menina. Vai embora daqui.

- Essa menina, é estressadinha mesmo não é. Parecia com a sua mãe.

- Não fala da minha mãe, seu idiota. – Cristopher deu um tapa na cara dele.

- PARA! – berrei.

- Oi boneca, meu nome é Godric – ele pegou minha mão , mas antes que a beijasse eu retirei-a.

- Sai daqui seu pervertido.

Não sabia quem era esse tal de Godric, mas sabia que ele irritava muito Cris. Primo? Tudo bem, mas não entendi nada. Esse lance de vampiro, clã, escolhida, que bagunça.

- Vamos Sophie – Cris me pegou pelo braço, e saiu me arrastando. Godric ficou nos olhando e berrou:

- Até logo, priminha. – e abriu um sorriso maléfico.

- Cristopher! Quem é esse menino? Porque ele quis me matar? Porque ele te chamou de primo?

- CALMA... – Cristopher berrou – ele é de outro clã, como já te falei. Ele é meio problemático. Por isso primo.

- Entendi, mas porque ele te irrita tanto?

- Coisas pessoais. – mandou logo uma indireta.

- Pode me contar?

- Não.

- OK, pode deixar que eu vou sozinha daqui. – virei às costas e sai andando.

- Sophi... Para de palhaçada. – ele segurou no meu braço – É uma longa história do passado.

- Temos tempo até chegar em casa. – respondi.

- OK, OK... Antes de eu me tornar um vampiro, eu tinha uma vida normal como de qualquer outra pessoa. Até eu me tornar vampiro, junto com Larissa. Só que após isso, meus pais ficaram vivos, e eu ia sempre visitá-los, até que um dia eu cheguei para visitá-los, e eles estavam mortos, esquartejados. Com o tempo descobri que havia sido Godric, por isso toda minha raiva, ele tinha, ou tem, inveja de mim, por eu ser, certinho e tal. Mas até hoje não achei o verdadeiro motivo para ele matar meus pais, que eu me lembre nunca fiz nada com ele.

- Nossa, que aterrorizante. – Respirei fundo.

- Pois é. Até hoje eu guardo mágoas do passado, e parece que com o tempo isso aumenta cada vez mais. – saiu uma lágrima dos olhos de Cristopher, eu o abracei, dando-lhe um beijo no canto da boca, ele abriu um sorriso e me tascou um beijo, eu fui nas nuvens, segurei em seu pescoço, sua mão que estava nas minhas costas já havia descido para minha região lombar, sai do beijo, dei um suspiro, e voltamos a caminhar em silêncio. Fomos assim até chegar na minha casa. PS: ESTAVAMOS DE MÃOS DADAS. Subi as escadas da entrada, e abri um breve sorriso para Cristopher, que veio correndo me dar outro beijo. Pensei em como era bom estar sempre ao lado dele, minha mãe mal acabara de falecer, e eu já estava sorrindo junto a ele, me surpreendi ao perceber isso. Sai do beijo novamente, ainda segurando em seu pescoço e sorri.

- Quer entrar? – perguntei.

- Acho melhor não, outro dia, o clima não está muito bom, sua família está precisando de você. – ele tirou meus braços de sua nuca, e me deu um beijo na testa.


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