Capítulo 9 - Vamos voltar pro começo

Sai do estúdio com a respiração falha, como se o ar estivesse rarefeito e corri em direção a meu carro. Na minha ânsia de chegar rapidamente ao meu apartamento, acabei arranjando mais dor de cabeça, já que tive que enfrentar um engarrafamento dos grandes. No tédio e completamente estressada, não pude evitar de deixar meus pensamentos vagarem para momentos atrás, mais precisamente para certos olhos verdes que vem atormentando meus sonhos. Para aquela boca vermelha que me atraia de forma alucinatória, para aquele queixo quadrado tão bem desenhado, para aquele corpo que eu queria com todas as minhas forças estar abraçada agora, sentindo todo o calor que emanava dele... mas ao mesmo tempo em que eu sentia tudo isso, eu também tinha uma necessidade de estar longe dele. Uma mágoa grande sempre se instalava em meu ser quando encarava seus olhos verdes, porque era como se gritassem: “Ele tornou-se humano e mesmo assim não te procurou!”. Eu ficava extremamente confusa e perdida nesses momentos, porque nessas horas os sentimentos misturavam-se tanto que eu não conseguia distinguir um do outro.

Encanto.

Mágoa.

Admiração.

Raiva.

Saudade.

Dor.

Paixão.

Angústia.

Amor, amor, amor...

Será que esse sentimento seria eterno? Será que eu nunca, nunquinha me livraria desse frio na barriga, dessa tremedeira nas pernas, desse suor nas mãos, dessa incrível falta de ar que me domina sempre que menciono Edward? Lembro-me agora da sua cena no estúdio e não pude evitar que um sorriso brotasse em meus lábios. Foi tão linda a forma como ele corou, eu nunca havia visto nada mais belo em toda a minha vida... e o modo grosseiro como reagiu ao saber que teria um triângulo amoroso na série, nossa aquilo arrepiou-me por inteira... de uma forma muito louca, eu gostava que ele tivesse posse sobre mim, eu gostava em como soava o fato de eu ser só sua, e ele fazer questão de mostrar isso pro mundo... sentia-me protegida, acolhida... amada. Loucura, loucura, loucura!, pensei. Eu não podia ficar pensando nessas coisas, fiz um juramento comigo mesma que evitaria ao máximo esses pensamentos que faziam meu coração palpitar desesperadamente. Criar expectativas demais era, infelizmente, algo constante em mim e por conta disso já me machuquei muito. Então, fiz um juramento a mim mesma, de não planejar, arquitetar, nem imaginar meu futuro, eu apenas deixaria que o destino assumisse sua função, sem que eu ficasse a toda hora dando palpites. “Deixa a vida me levar”, esse era meu novo mantra e eu estava nesse momento repetindo-o muitas vezes para mim mesma, para fixar bem isso em minha mente e meu coração.

Nem acreditei quando cheguei em casa, minha cabeça latejava tanto que, sério mesmo, fiquei com medo de ter um AVC. Não sei se pelo engarrafamento, ou pelos últimos acontecimentos, mas eu estava completamente esgotada. Fui em direção ao meu banheiro suspirando pesadamente, eu estava realmente precisando de um banho bem relaxante. Me despi e deixei que a água quente deslizasse por meu corpo, meus músculos tensos relaxando aos poucos. A sensação era tão boa, que demorei até decidir que já era hora de terminar aquele banho. Sai me arrastando, com preguiça até de ir até meu guarda-roupa que parecia que estava a mil quilômetros de distância. Olhei para minha cama e não resisti, deitei-me nela de toalha e tudo, relaxando completamente. Meus olhos fecharam-se por conta própria, e eu não consegui fazer nada contra isso. Estava realmente, muito, muito cansada. Perdi-me em um mundo totalmente desconhecido, e não estava com a mínima vontade de voltar...

Where I Come From - Passion Pit

Eu sentia o vento gelado batendo contra minhas costas nuas. Os pelos de todo meu corpo eriçavam-se com a sensação que era extremamente gostosa. Relaxo ainda mais abrindo um pouco minhas pernas, totalmente esparramada em meu colchão, de frente para o mesmo, quando de repente sinto um beijo cálido em minhas costas, acompanhado de um forte aperto em minha cintura.

“Assim você me mata bebê” - sussurrou com a voz rouca o amor da minha vida - “Não sabe como te desejo te vendo desse jeito” - terminou e mordeu meu ombro, fazendo um calor absurdo apoderar-se de mim.

“Ed-wa-ward?! - Viro-me assustada, gaguejando por conta das sensações que ainda me dominavam, e seus olhos recaíram sobre meu corpo, coberto pela minúscula toalha.

“Sou eu mesmo baby” - disse dando o meu amado sorriso torto, a voz ainda rouca - “Vim apenas para ensaiarmos o roteiro como Catherine pediu, mas perdi-me quando entrei em seu quarto e contemplei essa visão magnífica” - corei e o calor desceu para o meio de minhas pernas., por conta do jeito faminto que Edward me olhava. Seu cabelo estava desgrenhado como sempre, só que hoje estava mais ruivo que o normal. Sua boca esbanjava um sorriso malicioso, e seus olhos estavam negros de desejo. Pude ver suas mãos fechadas em punho, como se tentasse conter-se para não me atacar a qualquer momento. Não consegui falar mais nada, completamente perdida naquelas lindas esmeraldas verdes que eram seus olhos. Ele aproximou-se de mim vagarosamente, olhando em meus olhos como se pedisse permissão. Meu coração palpitava freneticamente, enquanto meu corpo era ainda mais dominado por aquele calor completamente desconhecido. Edward colocou uma das mãos em minha cintura, apertando-a possessivamente, enquanto com a outra puxou meu cabelo levemente, fazendo com que minha cabeça pendesse para trás. Beijou meu pescoço com carinho, distribuindo beijos por todo o local e quando mordeu meu pescoço, achei que fosse entrar em combustão. Gemi. Ele pareceu se descontrolar com isso, pois do nada parou com os beijinhos e sugou a pele de meu pescoço com força, dando várias mordidas e lambidas. Se antes parecia que eu estava entrando em combustão, agora mais parecia que eu estava queimando em um fogo extremamente prazeroso.

“Você é minha, Bella...” - arfou deitando seu corpo em cima do meu, fazendo com que meu corpo grudasse completamente no seu - “Vou te marcar todinha... Todos irão saber a quem você pertence, quem é o único homem que te faz se sentir assim...” - susurrou em meu ouvido, mordendo meu lóbulo em seguida de maneira sexy. Senti sua mão subindo por minha coxa, apertando-a no caminho. Gemi alto. - “Viu... todinha minha baby, vou te fazer ver estrelas... minha, minha, minha!” - beijou ainda mais afoito o meu pescoço, sugou, mordeu, lambeu... infiltrei minhas mãos em sua camisa e comecei a arranhar suas costas, fazendo com que ele gemesse alto. Aquilo me causou um prazer sem precendentes, e intensifiquei ainda mais os movimentos. Ele começou a mover-se descontroladamente em cima de mim, enquanto seus lábios desceram para meu colo.

“Edward... Oh Edward mais por favor... por favor...” - gemi em súplica.

“O que você quer meu amor? Peça o que quiser que te dou até o mundo se me pedir!” - sussurrou, e sua língua roçou em meu seio. Descontrolei-me e puxei seu cabelo beijando seus lábios com força. Ele retribuiu de forma avassaladora, quase animalesca, pareciámos dois animais nos engolindo naquele beijo profundo... Ele passeava as mãos por meu corpo, enquanto eu infriltava as minhas em seu cabelo. Tudo o que eu queria era que aquele momento nunca acabasse...

Acordei assustada e completamente suada. Meu corpo inteiro tremia, enquanto aquele calor intenso e estranho ainda percorria-me de norte a sul. Meu Deus, que sonho foi esse? Que sonho quente, estranho e perturbador foi esse? Inevitavelmente lembrei-me daqueles momentos ainda tão vividos em minha mente. Lembrei-me das mãos de Edward percorrendo meu corpo, de nosso beijo sôfrego, de minhas mãos alisando a pele de suas costas incrivelmente macia... aquela onda absurda de prazer ainda estava completamente instalada em meu corpo, queimando como se ainda estivesse sento tocada com toda aquela devoção por Edward. Fechei os olhos sentindo seu cheiro forte de menta ainda impregnado em minhas narinas...

Levantei-me sacudindo a cabeça para os lados, tentando dispersar aqueles pensamentos malucos. Apenas um sonho com ele era capaz de deixar-me amendontrada desse jeito? Eu não podia deixa-lo afertar-me daquela maneira! Fui em direção ao meu guarda-roupa, tirando de lá uma regata e um short meio curto, pois estava fazendo muito calor. Estava penteando meus cabelos quando ouvi meu telefone apitar, indicando que eu havia recebido uma mensagem.

De: Cath

Bella querida, estou preocupada! Você nunca se atrasa para as filmagens, e está com meia hora de atraso! Aconteceu alguma coisa? Por favor, venha o mais rápido que puder ao set!

Beijos

Oh Deus! Como assim meia-hora? Olhei meu relógio e vi que eram 15:00. Mas que droga! Acabei dormindo e me atrasando, sorte que não demorei mais a despertar! Terminei de arrumar-me rapidamente, sai do apartamento e corri a meu carro feito uma louca.

[...]

– Senhorita Swan, graças a Deus você chegou! Catherine a aguarda em sua sala - disse uma estagiária que havia chegado semana passada. Eu estava tão apressada que nem me dei ao trabalho de falar para a tal moça - que agora o nome não me lembro - que não precisava chamar-me de Srta. Swan. Bella já bastava. Dirigi-me rapidamente a sala indicada, abrindo a porta em um rompante.

– Bells! Finalmente querida! Já estava preocupada! Onde estava? - perguntou Catherine assim que entrei, vindo em minha direção dar-me um abraço. Percebi, com certa tristeza, que Edward não estava. Eu queria vê-lo e isso irritava-me profundamente.

– Em casa - respondi.

– Então porque demorou tanto? - encarou-me confusa.

– Tenho até vergonha de responder essa pergunta Catherine... é que eu estava dormindo - Corei, mas não pelo fato de estar lhe confessando que havia dormido. É que de repente lembrei-me do sonho nada inocente que tive...

– Oh querida! Não precisa ficar envergonhada por conta disso - sorriu - sei que está sobrecarregada psicologicamente, pelos últimos acontecimentos... - encarou-me enigmática.

– Como sabe que estou sobrecarregada? - perguntei franzindo cenho.

– Bells querida... já está na hora de gravarmos, suas roupas estão no baú - disse desviando do assunto, deixando-me desconfiada - Vou chamar Edward - falou fechando a porta, enquanto meu coração começava a acelerar descompassadamente.

O que sentir? Felicidade por saber que irei vê-lo, ou tristeza por ter que encarar seus erros que me machucaram tanto através de seus olhos verdes? Alívio por ter consciência que ele estava ao alcance de minha mão, ou frustação por saber que perto dele minha vida virava algo inconstante como uma montanha-russa? Orgulho por saber - e eu sentia isso do fundo de meu coração - que ele me queria por perto, ou vergonha e medo de saber que era errado querê-lo?

Meus pensamentos confusos e indecisos foram interrompidos pelo som da porta da sala sendo aberta violentamente. Dei um pulo com o susto.

Locked Out Of Heaven - Bruno Mars

– Wow! - senti meu sangue congelar em minhas veias.

– Querida, aqui estamos nós, prontos para ensaiar - Cath sorriu. Edward olhou-me de cima a baixo, secando-me na maior cara de pau enquanto encarava-me ferozmente, arrepiando meu corpo inteiro por fazer-me lembrar do sonho.


– Você trocou de roupa Isabella? - perguntou, seco. Aquilo me surpreendeu. Desde quando Edward falava comigo naquele tom e ainda chamava-me de Isabella?


– Sim - respondi confusa e um tanto assustada.




– Você não acha esse seu microshort curto demais não? - falou por entre os dentes. Eu o conhecia suficientemente para saber que a linha fina que sua boca formava agora só era formada por ele quando o mesmo controlava um rosnado. Mas o que ele estava pensado afinal? Que era meu dono? Que poderia falar todo autoritário dessa forma comigo?




– Não que isso seja da sua conta, mas não - respondi, enfrentando-o, incrivelmente irritada.



– Olha aqui você.... - começou, apontando o dedo em minha cara, o tom completamente raivoso e arrogante, mas Catherine interrompeu sua fala.



– Wow! - Catherine arregalou os olhos - O que está dando em você dois? Algum problema?


– NÃO! - gritamos ao mesmo tempo. Ela olhou-nos assustada.



– Gente... caramba acho melhor eu nem tentar entender isso.... Vamos Bella, venha comigo se trocar, sua roupa está aqui Edward - entregou uma sacola a Edward.


[...]


Olhei-me no espelho mais uma vez. Para que tudo aquilo? Para que aquele vestido, aqueles brincos, aqueles sapatos... para que? Catherine me disse que iriámos ensaiar uma cena de um baile, mas eu desconfiava seriamente que ela estava fazendo tudo aquilo para pintar um clima entre Edward e eu, o que me deixava com medo. Será que já não bastava tudo o que estava acontecendo? Será que já não bastava a verdade cruel jogada em minha cara, a indiferença que eu obrigava-me a ter em relação a Edward, agora ainda terá um “cupido” tentado juntar-nos? Aquilo tudo era absurdamente angustiante.


Catherine entrou no camarim em que eu vestia minha roupa, avisando que já estava na hora de começarmos o ensaio. Suspirei e segui-a pelos corredores, tentanto ocultar o quanto eu estava amendontrada.


Adentramos a sala dos ensaios, e senti meu coração perder uma batida. Edward estava sentado em cima do palco, a expressão impaciente. Ele estava absolutamente... lindo. Mais do que já era. Com a aparência exata como quando nos conhecemos, fazendo meus olhos marejarem em reconhecimento. Desviou o olhar em minha direção, notando minha presença. Encarou-me encantadoramente, enquanto eu retribuía o olhar com o sentimento completamente recíproco.




– Eu queria ensaiar uma cena de vocês dançando no baile... - eu mal escutei a voz de Catherine. Eu só conseguia encarar Edward, completamente deslumbrada. Aproximou-se lentamente de mim, e no momento em que tocou minha mão, aquela linda música tomou conta do ambiente.




(Iron And Wine - Flightless Bird American Mouth)



Aquela música, a nossa música, não poderia vir em um momento mais perfeito. A mesma música que dancei com meu vampiro no baile de formatura no ano em que nos conhecemos. Não conseguimos conter a emoção e logo nossos olhos foram tomados pelas lágrimas. Não havia mais nada ali, não havia erros, ciumes, distância, medo, insegurança, receio... só havia Bella e Edward, duas pessoas que se amavam intensamente.



O clima estava mudando, eu podia sentir. Era como se todos esses longos anos tivessem congelado para esperar-nos para viver nosso amor. Eu podia sentir meu corpo desfalecendo aos poucos, podia sentir as mãos de Edward tremendo, enquanto perdia-me naquele infinito mundo verde que eram seus olhos.... Nossos olhares não desconectaram em momento algum, e quando expirei o ar que tanto prendia, foi inevitável. Edward fechou os olhos quando meu hálito bateu em seu rosto.



Aproximou-se lentamente de mim, e eu podia sentir a corrente elétrica palpável entre nós. Não era Stefan e Elena ali, era Bella e Edward. Como num sussurro de uma pluma, como num sonho perdido, minha boca foi tomada pela sua. No primeiro momento foi bem delicado, sugou meu lábio inferior enquanto mordia o superior, deliciando-me com o gosto do seu beijo, que eu nunca conseguia gravar da maneira certa em minha mente. Mas foi só nossas linguas se encontrarem que a explosão de sentimentos aconteceu. De repente lembrei-me do sonho quente que tive, o que fez-me agarrar seu corpo como um leão ataca uma presa. Com Edward não foi diferente, agarrou minha cintura e grudou seu corpo no meu, de modo que eu podia senti-lo inteiramente. Enfiou as mãos em meus cabelos puxando meu rosto pra si e sugando minha língua avidamente, enquanto eu arranhava suas costas, fazendo-o gemer. Através daquele beijo eu podia sentir o Edward de meu sonho, o Edward sedutor, mandão e absurdamente quente, o que fazia-me explodir em prazer. Passamos muitos minutos naquele beijo intenso, nossas bocas já começavam a ficar doloridas pelos movimentos exagerados, mas nunca paramos ou ficamos menos violentos. Simplesmente estava além de nossa capacidade resistir àquilo.


Ouvi Catherine pigarrear, o que nos fez separar um do outro buscamente, mas contra nossa vontade. Abrimos os lhos lentamente.


– Bem... - Catherine olhou-nos maliciosa, segurando o riso - O ensaio acaba aqui.


– Como acaba aqui? - perguntei apesar da respiração ainda ofegante.


– Nós mal começamos Catherine - Edward completou minha fala, igualmente ofegante.


– E pelo que posso perceber não estão com a mínima pressa de terminar - Pude apreciar novamente o lindo corar de Edward, mas não pude jugá-lo. Não era o único. Ficamos sem fala, completamente constrangidos - Amanhã teremos o janta que reunirá todo o elenco às 20:00.


– Todo o elenco? - perguntou Edward


– Sim


– Inclusive o Ian Somerhalder? – imitou uma voz ridícula.

– Sim querido - respondeu Catherine, tentando esconder sua divesão.


– Bom saber disso - disse, estalando cada um de seus dedos demoradamente. Engoli em seco.


– Pelo jeito, este jantar promete - falou Catherine, fechando a pota.


Japer Hale POV




The Scientist - Coldplay (Tema De Alice e Jasper)


– Jazz, por favor, não faça isso comigo - implorou Alice mais uma vez, agarrada a meu braço. Suspirei.


– Eu preciso ir Alice - respondi sem olhar em seus olhos. Não conseguiria encarar-lhe de frente sem demonstrar toda minha mágoa que ainda guardava. Suas palavras me machucaram muito.

– Não me surpreende que você pense dessa maneira - disse, fria - Afinal de contas, era você que torturava e matava as pessoas mesmo sabendo todo o medo, dor e assombro que elas sentiam!

Eu havia sido um monstro no passado. Havia realmente feito coisas de que não me orgulho nem um pouco, e que nunca poderia sofrer suficientemente para pagar por todos os meus pecados. Mas Alice precisava passar isso em minha cara? Ela havia aceitado-me do jeito que eu era, alegando que eu merecia uma segunda chance para a vida, para depois me acusar como um tapa em minha cara?


– Não precisa não! - retrucou.


– Preciso, sim - suspirei mais uma vez - Por favor Alice, não torne as coisas mais difícies do que já são.


– E porque você precisa ir? - perguntou contrariada.


– Porque preciso ajudar Edward. Não vou deixa-lo sozinho no campo minado em que você o jogou - provoquei. Antes eu preocupava-me em não magoa-la, mesmo achando suas atitudes errdas. Mas ela havia magoado-me da formas mais cruel não é? Baixou os olhos - E porque precisamos dar um tempo.


– O que? - levantou o olhar, alarmada - Não precisamos de tempo, Jazz! - lacremijaria, se fosse possível . Aquilo, apesar de tudo, partiu-me o coração. Doía muito deixa-la, mas eu sabia que era o melhor para nós dois.



– Precisamos sim e você sabe disso - falei calmamente, tentando ocultar a dor em meu peito.


– Não sei de nada - retrucou teimosa - o que preciso é de você aqui. Do meu lado.


– As coisas não voltarão a ser como antes Alli... Alice - ainda era muito estranho chama-la de Alice, mas eu não conseguia mais chamar-le de Allie - Você sabe.


– Jazz por favor me perdoe - desesperou-se - Aquilo que eu te disse foi um equívoco meu. Uma besteira que falei sem pensar e...

– Eu sei Alice - a interrompi - mas eu preciso de um tempo pra mim. Pra botar as coisas no lugar e poder voltar a te ver como te via antigamente.


– Jazz por favor não... não - seus olhos sofridos imploravam, não produzindo lágrimas por ser algo impossível.


– Vamos voltar pro começo Alice - sorri - Assim como você obrigou Edward e Bella a voltarem - arranquei meu braço de sua mão.