I Still Love You escrita por abishop


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo tem uma cena caliente.
Boa leitura.



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No meu quinto dia no México, resolvi caminhar um pouco e dessa vez fui ao mesmo local do dia anterior para ver se ela ia aparecer. Vi ela entrando na loja e me contive para não fumar por conta da ansiedade que estava sentindo. Fiquei mexendo no celular, disfarçando que estava ligando para alguém. Minha vontade era de ligar para ela.

Andava de um lado para o outro encostada na parede do prédio que ficava próximo a loja onde ela estava. Quando eu a vi saindo, vi dois sujeitos que se aproximaram dela rapidamente e tentavam assalta-lá. Sai correndo até ela, dei um soco em um dos caras e acabei por levar socos também. Acabei batendo no outro e ela acabou me ajudando a espantá-los. Por sorte eles não estavam armados.

— Você está bem? – Perguntou. - Shane, é você? – Reperguntou quando me conheceu.

— Olá pra você também Carmen. – Limpei o pouco de sangue que escorria pelos meus lábios. – Ah, vou ficar bem.

— Shane, o que você está fazendo no México? – Perguntou.

— Negócios Inacabados – Menti. O único negócio inacabado que eu tinha ido resolver era minha situação com ela. – E como você está?

— Eu, é... estou bem. Nem acredito que você está aqui. – Disse tentando entender o que se passava.

— E como vai sua mãe? – Perguntei.

— Vai bem. – Ela respondeu sorrindo. – Se ela imaginar que você esta aqui ela vai ter um ataque.

— Que ótimo. – Retribui o sorriso. – Eu preciso conversar com você.

— Shane... Por favor. Agora não.

— Não precisa ser agora. Pode pensar e depois você me avisa. Vou deixar com você meu número de celular, me liga ou manda mensagem com uma resposta. – De relance a vi mordendo os lábios. Eu sabia o que aquilo significava, mas ela ficaria na vontade por mais um tempo.

— E como vão as meninas?

— Ah, elas vão bem. A Alice está trabalhando em uma rádio. Tina e Bette estão bem e a pequena Angélica está ótima, a Helena criou juízo e a Kit está administrando muito bem o The Planet.

— Que ótimo. E você? – Ela perguntou.

— Estou um pouco infeliz com algumas situações em minha vida, que podem se resolver em pouco tempo.

— Shane, se não se importar agora tenho que ir. Muito obrigada por ter me salvo.

— Só não deixa sua mãe saber que estou por aqui. Pelo menos por enquanto. – Ela fitou-me com seu olhar malicioso e depois foi embora. Esperei ela virar a esquina e peguei meu celular rapidamente e disquei o número da Alice.

— Alice, atende. – Falei enquanto ainda chamava.

— Oi Shane.

— Alice, acabei de salvar a Carmen de um assalto. Pra nossa sorte os bandidos não estavam armados.

— E daí? – Perguntou a baixinha do outro lado.

— Como assim “e daí?” Isso é bom Alice. Eu passei meu número de celular pra ela.

— Isso é ótimo. Agora espera ela te ligar, ai quem vai passar correr atrás de você é ela e não o contrário.

— Entendi. E como as coisas estão por ai?

— Tudo normal. E o que você está fazendo?

— Voltando para o hotel. Até Alice. E obrigada pelos conselhos.

— Disponha sempre que precisar.

Coloquei o celular no bolso e voltei para o hotel. Tomei um banho e tratei do pequeno corte que tinha por dentro dos meus lábios.

POV da Carmen

Eu ainda não entendi o porquê da Shane estar no México, mas vou pensar sobre isso e refletir. Vou ser eternamente grata por ela ter me salvo. E tinha outra coisa, algo dentro de mim começou a crescer mais não era fome, e nisso tinha um problema: minha mãe. As coisas teriam que ser devagar e de alguma maneira eu teria que contar a ela que Shane está no México tratando de negócios. Olhei seu número de celular e coloquei no bolso da calça. Cheguei em casa e me tranquei no quarto e fiquei pensando no que tinha acontecido. Eu tinha planejado sair a noite, mas depois do que aconteceu eu não tinha cabeça para sair. Eu precisava pensar e rápido.

Fim do POV da Carmen

Enquanto isso no The Planet...

Alice, Kit, Helena, Bette e Tina estavam sentadas na mesma mesa de sempre tomando café da manha para irem ao trabalho.

— Alice, tem notícias da Shane? – Perguntou Kit.

— Ela ligou e já chegou ao México. E...

— E o que Alice? – Perguntou Helena com muita curiosidade.

— Ela salvou a Carmen de um assalto.

— E está tudo bem com elas? – Perguntou Tina.

— Sim. Estão bem. A Shane disse que elas tiveram sorte porque os bandidos não estavam armados.

— Que sorte mesmo. – Falou Helena.

...

Ainda bem que os bandidos não estavam armados ou poderia ter acontecido algo pior. Percebi que ela ficou surpresa ao ter me visto. Acho que as coisas começariam a mudar para mim.

Meu celular tocou dois dias depois. Era um número que eu conhecia.

— Olá Shane. – Me cumprimentou a voz doce do outro lado da linha.

— Olá Carmen. Que bom que ligou, preciso conversar com você sobre umas coisas.

— Tem como você vir me pegar aqui em casa. E não se preocupe, não tem ninguém em casa.

— É o mesmo endereço? – Perguntei.

— Sim. – Ela respondeu.

— Okay, Daqui alguns minutos estarei ai.

Desliguei o celular e comecei a me arrumar. Coloquei minha camisa social branca com listras pretas e meus óculos escuros. Peguei meu celular e coloquei no bolso. E sai. Dirigi até a casa dela e chamei por aquela que dominava meus sonhos.

Ela saiu da casa muito deslumbrante. Usava um shortinho e uma babylook com um colete por cima e estava com óculos escuros. O calor do México era absurdamente insuportável. Fiquei admirando aqueles corpo por de trás das lentes escuras dos óculos. Estava com a porta do lado do passageiro aberta para ela entrar. Ela deu um sorriso e entrou. Fechei a porta do seu lado e entrei do meu lado.

— Onde você pretende ir? – Perguntei.

— Perto daqui tem um restaurante muito bom, podemos ir lá.

— Tudo bem. Iremos pra lá. – Sorri e comecei a dirigir – Só me diz o caminho.

Pode ser impressão minha, mas ela parecia estar com medo de alguma coisa.

— Está tudo bem?

— Está.

— Ficou com algum machucado do outro dia?

— Não e você?

— Só um pequeno corte dentro do lábio, fora isso nada demais.

— Colocou gelo? – Ela perguntou preocupada.

— Sim.

— Vira na próxima a direita e na segunda à esquerda. – Ela falou.

Assim que virei na segunda rua, vi o letreiro do restaurante “Taco & Chilli”.

— O lugar parece bom. – Comentei.

— Você vai gostar.

Estacionei o carro em uma vaga do estacionamento do restaurante, desci do carro. – Espera. – Falei dando a volta no carro para abrir a porta para ela.

— Muito gentil da sua parte. Obrigada. – Ela agradeceu estampando um sorriso nos lábios.

Uma das coisas que eu gostava nela era o sorriso, mas como é impossível escolher uma só coisa eu diria que pra gostar da Carmen como pessoa tem gostar do pacote completo. E que pacote.

Entramos no local e escolhemos uma mesa um pouco distante das outras. Olhamos o menu e fizemos nosso pedido.

— Então, você disse que tinha um negócio inacabado por aqui. O que é? – Ela começou.

— Uma nova franquia para o meu negócio. E você, tem tocado nas noites mexicanas?

— Aqui tá tão difícil de conseguir algo que até sinto saudades de Los Angeles.

— Ah Carmen, eles não sabem o que estão perdendo. Você é muito talentosa.

— Obrigada. E você disse que queria falar comigo. Sobre o que é?

— Acho que aqui não é o lugar adequado para a conversa que quero ter com você. Vem comigo ao meu quarto de hotel para podermos conversar. Prometo que é será só uma conversa.

— Em que hotel você está?

— No Guadalajara. Você vem?

— Hm, não sei. – Disse mordiscando os lábios. - Te dou a resposta depois que a gente comer.

Nosso pedido chegou. Eu pedi um taco de frango e ela de carne. Nossos sucos foram iguais: de laranja.

— Isso está bom. – Falei depois de ter provado um pedaço.

— Eu falei que você ia gostar daqui.

Já tínhamos terminado e enquanto ela tinha ido ao banheiro, eu paguei a conta. Ela me viu na calçada e foi se aproximando.

— Você já pagou a conta? – Perguntou apontando para o caixa.

— Já.

— Eu ia pagar a minha parte. – Falou sem jeito.

— Carmen, você está com dificuldade financeira. Pra mim não tem problema nenhum pagar a sua parte. Agora vamos?

— Eu aceito seu convite.

— O quê?

— Vamos para o hotel onde você está.

Dirigi até o hotel, coloquei o carro na minha vaga e novamente abri a porta pra ela. Ofereci meu braço a ela que gentilmente aceitou. Passamos pela portaria e fomos até meu quarto.

— Esse é o seu quarto mesmo? – Ela perguntou.

— Por que pergunta?

— Porque está organizado.

— Em algumas coisas eu mudei depois que...

— Depois que?

— Eu queria te pedir perdão pelo que fiz naquele dia que era para ser o nosso casamento. Eu me arrependi tanto do que fiz e você não merecia aquilo. Era pra tudo ter sido perfeito só que eu acabei estragando tudo e ainda deixei você mal. Fui muito tola e idiota pra deixar de casar com alguém que ainda amo.

— Bem, qualquer dia a gente teria que sentar pra conversar sobre isso mesmo. Eu fiquei chateada por dias e chorei em todos eles, tentando entender o porquê de você ter feito aquilo.

— Eu dei ouvido a um conselho estúpido do meu pai. – Sentei ao lado dela na cama. – Me perdoa pelo que fiz?

— E o que você quis dizer com “alguém que ainda amo”? – Perguntou olhando diretamente para meus olhos.

— O óbvio.

— Shane... – Disse tocando meu rosto levemente com as mãos.

Aproximei meus lábios dos seus e senti seu gosto outra vez. Ela correspondeu querendo mais.

— Carmen... – Afastei lentamente meus lábios dos seus. - Acho bom irmos devagar, não?

— É, você tem razão. O que vai fazer amanhã a noite? – Ela perguntou.

— Ficar aqui no quarto do hotel.

— Passa lá em casa as oito da noite e não vai ter ninguém. Quero te levar a um lugar.

— Okay.

— Você já falou pra sua mãe que estou na cidade?

— Ainda não e nem sei como fazer isso. Do jeito que ela está com raiva de você depois daquele dia é capaz dela cair pra trás ao ouvir seu nome.

— Carmen, eu quero me desculpar com ela também.

— Só espera eu contar que você está na cidade ai depois vejo um jeito de você ir lá em casa.

— Tudo bem, sem pressa.

— Shane, será que poderia me levar pra casa?

— Claro. – Peguei as chaves em cima do criado mudo e estendi minha mão para levantá-la. – Vamos?

— Vamos. – Ela respondeu alegremente.

Dirigi até sua casa e parei em frente da casa cor de salmão. Antes de sair do carro ela beijou-me na bochecha.

— Boa noite Carmen. – Falei. – Qualquer coisa me liga.

— Está bem. Boa noite.

Esperei ela entrar antes de voltar para o hotel. Se tinha uma coisa que eu não estava entendendo nada é o que tinha acontecido no meu quarto de hotel há alguns minutos atrás. Parei o carro no estacionamento e tirei meu celular do bolso junto com minha carteira e a chave do meu quarto. Subi as escadas e entrei no meu quarto. Sentei na cama e disquei o número da Alice.

— Está ocupada Al?

— Não, estou tomando chá com a Helena no The Planet. O que houve?

— Eu beijei a Carmen.

— O quê? Como foi isso? – Alice perguntou do outro lado meio admirada pelo que eu tinha falado.

— Bem, conversamos um pouco e marcamos de sair novamente.

— Isso é ótimo, aproveite para levar umas flores para ela.

— Shane, como ela te tratou? Foi gentil ou não?

— Al, isso é a parte mais estranha. Ela foi gentil até demais.

— Qual foi a reação dela quando te viu pela primeira vez?

— Admirada, mas eu diria que feliz.

— Então não se preocupe, se ela agiu assim então não vai mudar. É óbvio que ela está feliz em te ver e não quer te perder. O que você fez quando se beijaram?

— Eu falei para irmos com calma. A mãe dela ainda não sabe que estou aqui, ela disse que vai conversar com ela.

— Deixou aquele gosto de quero mais. E você já pediu desculpas pra ela?

— Já, mas ela ainda não respondeu. Eu acabei de deixar ela em casa e antes dela sair do carro ela me beijou na bochecha.

— Shane, tá na cara que ela também está apaixonada por você, mas evite demonstrar que você sabe disso.

— Entendi. Al, tenho que descansar. Amanhã o dia vai ser longo.

— Okay, assim que tiver mais novidades me avise.

Desliguei o celular e fui ver uma roupa em minha mala para sair amanhã com ela. Depois de uma meia hora, a minha roupa para amanhã a noite já estava separada: camisa social cinza e calça jeans preta. Tomei um banho e me joguei na cama, o dia tinha sido intenso. Fiquei me recordando dos momentos ao lado dela.

Ela sorria com o olhar e isso me deixava muito mais feliz. Talvez eu já tenho ganho o coração dela novamente, mas onde é que fica a confiança? Talvez adquiramos isso com o tempo, mas agora era o renascimento de um sentimento.

O dia já tinha amanhecido e eu tomado meu café da manha. De noite eu me arrumei e um pouco antes de ir buscá-la em sua casa eu passei em uma floricultura e comprei algumas rosas vermelhas. Dali segui caminho para sua casa. Parei em frente a casa cor de salmão, desci com as flores nas mãos e apertei a campainha. Ela abriu a porta e eu estendi o belo buquê de rosas a ela.

— São para você. – Falei.

— Oh Shane, são lindas. Obrigada. Entre, não tem ninguém em casa, estou terminando de me arrumar.

Dei alguns passos e já estava na sala.

— Sente, volto já.

— Okay. – Sentei-me no sofá e fiquei esperando por ela. O meu maior medo era a família dela aparecer naquele momento e então era uma vez Shane McCutcheon.

— Vamos?

Ela apareceu na sala com um vestido vermelho. Fiquei de boca aberta.

— Shane, fecha a boca para não entrar mosquito.

— O que? – Perguntei confusa.

— E limpa a baba que está escorrendo.

— Ah, desculpa. Não me contive. Você está linda.

— Você também não está nada mal. Vamos? – Sorriu e olhou-me de cima até embaixo.

— Para onde iremos?

— Estive pensando em um barzinho ou uma pizzaria. O que acha?

— Eu acho ótimo.

Ela deu-me passagem para sair primeiro abri a porta do carro do lado do passageiro e esperei ela entrar e fechei a porta. Dei a volta e sentei em frente ao volante. Conduzi-nos até o local de escolha dela. O local era agradável. Pedimos uma pizza quatro queijos e de bebida cerveja. O garçom se retirou do nosso lado, deixando-nos as sós.

— Reparei que você quase não tem fumado. – Ela comentou.

— Eu estou evitando.

— Isso me admira muito. Fico feliz por você estar se controlando. Quanto tempo já tem isso?

— Seis meses.

— Uau, realmente você mudou e não sei nada sobre você.

— Deixa disso, você sabe mais de mim do que qualquer outra pessoa Carmen e...

— E? – Ela passou a língua nos lábios.

— E eu diria que você está pensando na mesma coisa que eu estou pensando agora.

— Sei. E o que você acha que eu estou pensando agora?

— Que você está confusa sobre uma coisa que deseja muito, mas vai se fazer de difícil.

— Quer saber de uma coisa? – Me perguntou num tom malicioso.

— Quero.

Ela aproximou seus lábios dos meus ouvidos e disse sussurrando: - Não vou me fazer de difícil.

— Wow. – Fitei seu olhar. – Então eu posso esperar o que disso tudo?

O garçom chegou com nossa cerveja, nos serviu e saiu.

— Só o tempo dirá. – Ela sorriu e mordiscou maliciosamente os lábios.

— Você está me torturando, só pode ser isso.

— Não estou te torturando, nem na época medieval estamos.

Nossa pizza chegou, o garçom nos serviu e foi embora atender os outros clientes.

— Você tem falado com a Alice? – Perguntei.

— Algumas vezes. Por quê?

— Por nada, só perguntando.

— E quando você volta para Los Angeles? – Tinha preocupação em sua voz.

— Assim que o meu negócio acabar. Até lá, estarei por tempo indeterminado aqui.

— Falta muita coisa para terminar?

— São algumas pendências, mas que não depende apenas de mim.

— É, os outros tem que ter atitude para tomar a iniciativa para cooperarem com tudo para que termine logo.

— É praticamente isso. – Falei. – Não aguento mais comer.

— Nem eu. O que você quer fazer agora?

— Não sei, o que você quer?

— Podemos comprar algumas bebidas e ir para o seu quarto de hotel jogar conversa fora.

— Sua mãe não vai desconfiar de nada? Você chegando tarde...

— Não sou mais uma garotinha Shane e eu sei me virar.

— Então tá, vamos pro meu quarto de hotel então.

Paguei a conta e de lá fomos a um mercado comprar algumas cervejas.

— Ela está comigo. – Falei pro porteiro do hotel.

Subimos a escada lado a lado e ela parecia feliz com o momento. Eu ainda estava impressionada com o fato dela estar deslumbrante naquele vestido vermelho. Abri a porta e gentilmente ofereci para que ela entrasse primeiro.

— Esses sapatos estão me matando. – Disse ao sentar-se na cama para retirá-los.

— Mais eles ficam muito bem em você. – Comentei entregando-lhe uma cerveja.

— Obrigada. Outro dia você disse que mudou desde o nosso quase casamento. Que mudanças foram essas? – Ela perguntou.

— Bem... – Fiquei de pé olhando para ela, dei um gole em minha cerveja e continuei. -... Diminui o cigarro, estou bebendo menos, resolvi aprender espanhol, tenho saído menos e não tenho saído com ninguém desde então.

— Nossa, isso é surpreendente. Shane McCutcheon não saindo com ninguém.

— Pra você ver como as coisas mudam.

Ela deu um longo gole em sua cerveja e aquilo foi provocador.

— Que foi? – Ela perguntou ao me ver.

— Você sabe me provocar. – Dei outro gole em minha cerveja.

— Tá calor aqui, não? – Ela comentou.

— Tá vendo, você está fazendo de novo.

— O quê? – Ela questionou sem entender.

— Estas a me provocar.

Ela levantou-se e ficou bem próxima de mim. – E o que te faz pensar que eu estou te provocando? – Dei o ultimo gole em minha cerveja e coloquei a garrafa em um canto.

— Não sei, isso é você que tem que me dizer.

— Fuck You. – Ela riu ao terminar de dizer.

— Ok, se você deseja.

Envolvi meus braços em sua cintura e aproximei seu corpo do meu. Nossos lábios se encontraram sozinhos e trocamos fervorosos beijos. Enquanto beijava seu pescoço ela passava suas mãos em minhas costas como se estivesse me arranhando. Voltei a beijar seus lábios e procurei pelo zíper do vestido, dali guiei nossos corpos até a cama deixando-a por baixo. Ela alisava meu cabelo e procurava por mais beijos, enquanto desabotoava minha camisa. Retirei seu vestido sem cessar os beijos deixando-a somente com as roupas intimas. Sorri ao rever suas tatuagens e voltei a beija-lhe intensamente nos lábios. Dos lábios desci um pouco para os seios, retirei o sutiã e comecei a lamber os biquinhos delicados que aos poucos ficaram durinhos. Subi rapidamente para beijar-lhe os lábios e ela aproveitou para retirar minha camisa. Começou a apertar meus seios e isso começou a me excitar. Voltei aos seus seios e comecei a mamá-los e arranquei alguns suspiros dela. Devagar comecei a beijar sua barriga e fui descendo ate chegar em sua parte intima. Desci a calcinha e comecei a fazer meu trabalho na parte debaixo. Ela já estava molhada, mas eu queria que ficasse mais. Comecei a lamber o local e com um dedo pude sentir que por dentro estava mais quente, fiz movimentos rápidos em sua vulva e vi que ela se contorcia no colchão e apertava-o. Seus gemidos eram músicas para meus ouvidos. Voltei a beijá-la nos lábios e fazia o trabalho lá embaixo com uma das mãos, esfregava meu corpo ao seu para que o momento ali fosse inesquecível. Interrompi os beijos e acariciei seu rosto. Ela acabou tendo seu momento de êxtase e eu sabia por que ela já tinha parado de gemer e suspirar de prazer.

— Eu te amo. – Sussurrei ao seu ouvido e voltei a tocar-lhe os lábios.

Reconfortei meu corpo sobre o seu. Ela abraçou-me e mordiscou minha orelha.

— Eu também te amo. – Sussurrou ao meu ouvido.

Ela acabou adormecendo pouco depois de termos feito amor. Virei de lado e ela parecia ter acordado um pouco, encostou seu corpo ao meu e dormimos abraçadas no quarto 19. Um momento inesquecível.

Acordei de manha com ela olhando para mim.

— Dormiu bem? – Ela perguntou.

— Sim e você?

— Também. Você me parece feliz.

— E estou. – Disse sorrindo. Aproximou seus lábios dos meus.

— Carmen, você já falou pra sua mãe que estou aqui?

— Ainda não. – A beijei. – E o que faremos agora?

— Hm. Agora sim temos que ir com calma e você tem que falar pra sua mãe. – Encaixei seu corpo no meu e ficamos abraçadas conversando sobre algumas coisas.

— Shane...

— Yeah?!

— Mesmo você tendo me magoado bastante naquele dia, mesmo eu tendo derramado muitas lágrimas por sua causa e mesmo ter tentado te esquecer eu percebi que nunca vou conseguir fazer isso.

— Que ótimo ouvir isso. Eu peço as minhas mais sinceras desculpas. – Comecei a beijar seu pescoço.

— Porque eu te amo e você é minha alma gêmea.

— Quer saber de uma coisa? – Perguntei.

— Quero.

— Nos últimos meses eu resolvi mudar por sua causa, porque eu acabei percebendo que eu te amo e que vou te amar para sempre. – Ela virou-se e fitou meus olhos, encarou-me e me beijou.

— Fico feliz por ouvir isso de você. E o que te fez mudar? – Ela perguntou olhando em meus olhos.

— Lembra daquela conversa que você teve comigo sobre monogamia e pássaros?

— Lembro.

— Foi naquele dia em que eu decidi mudar. – Respondi olhando em seus olhos.

A única coisa que cobria nossos corpos era o lençol da cama, pelo quarto tinha rastros da noite anterior que deu inicio a nossa noite de amor.

— Shane, tem horas?

— É quase dez da manha.

— Que preguiça de levantar da cama.

— Se quiser pode ficar aqui o tempo que quiser. – Comentei.

— Não dá, tenho que ir. De noite tem aniversário da minha avó.

— E provavelmente não vou te ver, acertei?

— Sim, mas não fique triste, podemos nos ver amanhã. Você poderia ir lá em casa, já que não vai ter ninguém. Eles vão para a casa de uma tia minha onde será a continuação da festa da minha avó.

— Eu poderia ir sim. Vou pensar um pouco sobre isso. – Beijei seus lábios.

Ela levantou-se e começou a colocar sua roupa. Comecei a vestir a minha também enquanto ela estava no banheiro se arrumando.

— Shane, poderia me levar em casa? – Ela perguntou do banheiro.

— Claro. Não vou te deixar andando sozinha por ai.

— Falou a ciumenta.

— Não sou ciumenta, só gosto de cuidar do que é meu.

— E o que é seu?

— Você.

— Hm. Outra coisa que não sabia sobre você. – Me beijou. – Agora vamos?

— Sim, my lady.

— Como você tá bobinha hoje. – Ela deu sorriu de canto com os lábios.

— Não estou bobinha. Estou apaixonada pela mexicana mais linda que existe no México.

Ela parou na minha frente e segurou minhas mãos. Ficou procurando algo em meu olhar e acho que ela encontrou.

— Não posso negar que também estou apaixonada por você. – Nos abraçamos.

— Eu senti falta do seu cheiro. E de tudo que vem de você. – Disse quando estávamos abraçadas. Ela apertou mais ainda seu abraço.

— Agora vamos Shane? – Dei um beijo demorado nela antes de sairmos.

Enquanto eu dirigia, ela fuçou no porta-luvas do carro. Viu o CD que tinha me dado de aniversario.

— Você ainda tem? – Olhou para o CD e depois para mim.

— Claro, foi um presente que você me deu. E que gostei muito.

— Bom saber disso. Eu te ligo amanhã, tudo bem?

— Yeah.

Parei em frente à casa dela e esperei ela entrar. Ela jogou um beijo pelo ar e eu o capturei pressionando contra meu peito. Ela sorriu antes de entrar a porta quando ela adentrou naquela fortaleza eu voltei para o hotel.

POV da Carmen

Era o dia em que eu me encontraria com Shane de novo. O aniversário da minha avó foi como todos os outros. Depois do almoço decidi conversar sobre um assunto que era desagradável para ela.

— Mama, tenho que te contar algo. – Comecei enquanto ela procurava algo em seu guarda-roupa.

— O que foi Carmencita?

— Mama, lembra outro dia que eu comentei que eu fui salva naquele assalto?

— Si, claro que me lembro.

— Mama, foi a Shane que me salvou. Se não fosse por ela eu poderia estar morta agora.

— Aquela que era tu noiva? Não acredito, o que ela esta fazendo aqui no México? – Ela olhou com fúria para mim.

— Resolvendo alguns negócios.

— Você sabia que ela esta por aqui há mais tempo e não me contou...

— Mama, eu só fiquei sabendo que ela estava aqui naquele dia.

— Não acredito em você.

— Mama, eu juro que é verdade. E tem outra coisa.

— O que é? – Ela perguntou irritada.

— Ela quer pedir desculpas a você.

— Antes de tudo ela tem que pedir desculpas a você, Carmen, para depois vir se desculpar comigo.

— Ela já fez isso.

— Eu não sei Carmencita, vou pensar sobre isso e depois te dou a resposta.

— Tudo bem mama.

Deixei ela sozinha em seu quarto e fui para o meu. Vi uma mensagem da Shane em meu celular. “Eu te amo mais que tudo no mundo.” Respondi com “Vem aqui lá pelas sete da noite. Já não vai ter ninguém em casa. Também te amo. Beijos.”

Fui até a cozinha beber água e minha mãe entra e fica me encarando.

— Que foi mamita?

— Você vai na casa da sua tia conosco?

— Não mama, tenho que fazer algumas mixagens e isso leva tempo.

— Tens certeza?

— Absoluta mama. – Ela saiu da cozinha um pouco triste, mas sabia que se eu tinha trabalho era sinal de boa coisa. A parte ruim disso é que eu menti para ter um encontro com Shane.

Fim do POV da Carmen

Era quase sete da noite quando cheguei à casa da Carmen no horário combinado. Dessa vez eu levei bombons. Ela abriu a porta e eu entrei.

— É estranho estar, ainda mais sendo odiada pela sua família inteira. – Falei.

— Mais você vai se desculpar com eles e tudo vai voltar ao normal.

— Ah, são para você. – Disse entregando-lhe a caixa de bombons.

— Assim eu vou engordar. – Sorriu.

— Não me importa que você seja gorda ou magra, o importante é que eu te amo.

— Você é mesmo um doce. – Sorriu e deu-me um beijo.

Envolvi meus braços em sua cintura e deixei nossos corpos colados e nossa respiração estava ofegante. Nossos olhares se cruzavam e era tão profundo que procurávamos através deles coisas que jamais encontraríamos. Dei um beijo que acabou deixando-a sem fôlego.

— Nossa. – Ela falou assim que separamos nossos lábios. – Não sei o que você queria com esse beijo, mas acho que conseguiu. Eu apenas sorri.

— Carmen?

— Yeah.

— Você se envolveu com alguém depois do nosso quase casamento? – Perguntei.

— Não. – Ela respondeu firmemente.

— E não pensou nisso?

— Estava preocupada pensando em outras coisas. Por que pergunta isso agora?

— Só uma curiosidade minha.

— Se é só uma curiosidade então não têm que ficar vivendo do passado. É melhor vivermos o presente, não acha?

— Tenho que concordar com você. – Dei um selinho nela.

— Shane, vamos até a cozinha. – Suas mãos encontraram as minhas.

Ela nos guiou até o outro cômodo e ajudei-a a cozinha macarrão. Arrumei a mesa e peguei uma bebida para nós. Ela trouxe a panela com o macarrão até a mesa e nos servi. Começamos a degustar o delicioso macarrão que ela tinha feito. Servi sua taça com um pouco mais de cerveja.

— Nossa Carmen, isso tá muito bom. – Ela sentou-se do meu lado.

— Estou vendo mesmo. – Falou apontando para o meu prato. – Você praticamente já comeu tudo. – Riu.

— Acho que se você continuar a fazer comida assim eu vou virar um bola.

— Boba. Vou te amar de qualquer jeito. – Deu uma garfada seguida de um gole de cerveja. – Ah, antes que eu me esqueça. Comentei com minha mãe sobre você estar na cidade.

— E o que ela disse? – Perguntei depois de dar um gole em minha bebida.

— Ela ficou de pensar no assunto. Mais não se preocupe, se eu bem conheço minha mãe ela vai acabar querendo te ver novamente porque ela adora você.

— Hm. E você não me adora? – Perguntei só pra saber a resposta dela.

— Mais que isso. Eu te amo. – E me beijou.

— Eu também te amo. – A beijei.

— Shane, e como tá o seu negócio por aqui?

— Acho que está quase pronto.

— Entendi.

Tiramos as coisas da mesa e limpamos tudo. Sentamos nos degraus da escada que dava para o jardim. Ela sentou-se entre as minhas pernas e ficamos curtindo o momento. Eu acariciava seu corpo macio.

— Achei que nunca mais ia te ver... – Comentei.

— Também pensei o mesmo, mas agora nada disso importa porque estamos juntas novamente. Pra sempre.

— Então se é assim... – Retirei um pequeno embrulho do bolso interno do blazer. -... Carmen, quer namorar comigo? – Abri o pequeno embrulho para que ela visse o anel.

— OMG Shane, que lindo. – Ela disse pegando o anel. – Claro que aceito.

Peguei o anel de sua mão e coloquei em seu dedo, ela fez o mesmo comigo.

— Eu sei que tudo está acontecendo rápido demais, mas eu não tenho duvidas que eu te amo. – Expliquei-me.

— Entendo o que quer dizer Shane e também sinto o mesmo por você. Apesar do que aconteceu no passado, não posso negar que te amo. E que quero estar presente no seu dia a dia.

— Acho que seria bom passarmos uma borracha em algumas coisas do passado e recomeçar do zero.

— Acho bom fazermos isso mesmo. – Ela comentou e eu a beijei.

— E sabe o que eu acho?

— Não. O que?

— Imagina quando as meninas souberem que estamos namorando. – Ri.

— Nem quero ver. A Alice vai fazer aquela cara de sem vergonha que ela faz e vai ficar boquiaberta.

— Na verdade todas elas vão ficar boquiabertas.

— Shane, só tem um problema. Você vai ter que voltar pra Los Angeles e... – Começou a falar tristemente.

— Ei, olha pra mim. – Ela olhou em meus olhos. – Eu ia deixar isso para outro momento, mas como você tocou no assunto, então vou ter que te perguntar agora. Quer voltar comigo pra Los Angeles?

— É tudo o que eu mais quero. Mais antes de tudo, você tem que conversar com minha mãe e eu não faço ideia de como vou contar essa novidade a ela.

— Depois vemos isso.

— Quer mais cerveja? - Ela perguntou.

— Quero. – E levantou-se para buscar.

Sentou-se ao meu lado quando voltou e entregou-me minha cerveja.

— Quero fazer um brinde a nossa felicidade. – Falei.

— E também ao nosso amor. – Acrescentou. Brindamos e bebemos nossa cerveja.

— Querida, acho que já vou. – Falei.

— Se desse eu te convidaria para dormir aqui, mas minha mãe pode chegar e nos ver ai ela já vai tirar algumas conclusões e vai ser pior.

— Tudo bem, eu entendo. Quer ir ao meu quarto de hotel comigo?

— Até iria, mas seria suspeito demais para quem falou que ia mixar algumas músicas. Quando te vejo de novo?

— Hm, não sei. Mais eu te ligo. – Falei.

— Okay. – Ela disse remexendo os cabelos.

— Me leva até a porta?

— Claro.

Antes que ela pudesse abrir, encostei-a na porta e comecei a beijá-la lhe arrancando suspiros.

— Oh Shane... – Cessei suas palavras com um beijo intenso. – Acho bom você ir antes que alguém da minha família chegue.

— Você tem razão. – Dei mais beijo naqueles lábios e sai pela porta.

Parei no mercado próximo de casa e comprei algumas bobeiras para ficar comendo enquanto via televisão no quarto de hotel. Esparramei-me na cama com o meu celular em cima da cama e fiquei mudando de canal compulsivamente ate achar algo que preste. Quando encontrei algo que prestasse, eis que começa a chover fortemente. E estava precisando mesmo. O calor do México é insuportável e pra dormir é pior ainda.

Meu celular piscou com aviso de uma mensagem. Era da Carmen. “Amor, começou a chover ai?” Essa mulher tinha algo que mexia comigo.

“Sim e muito. Acho que só vai piorar.” – Respondi. Peguei uma bala e comecei a mastigá-la. Pouco tempo depois uma nova mensagem. “Estou com medo. Gostaria que você estivesse aqui comigo pra me proteger.” Era o que dizia a mensagem dela. O que eu poderia dizer dessa mexicana? Que ela era quente. Quente até demais. “Eu sei amor, mas temos que ir com calma e não fica com medo. Faz o seguinte: lembre-se de algum momento inesquecível que tivemos que tudo ficará bem.” Envie minha mensagem. Fui até o banheiro e quando voltei, ela já tinha me respondido. “Não sei o que seria de mim sem você. Te amo e boa noite. Beijos.” Essa latina de sangue quente sabia me enlouquecer. “Também te amo. Boa noite e durma bem. Beijos.”

Não tinha se passado nem dez minutos e meu telefone toca. Era Alice pra fazer mais uma de suas investigações como se eu fosse uma criminosa e ela uma policial. Às vezes eu penso que Alice está na profissão errada, mas jornalismo era uma coisa bem parecida com um interrogatório.

— Olá Alice, como vai?

— Bem e você? E como anda os negócios por ai?

— Que negócios? – Perguntei.

— Você e a Carmen.

— Ah, estamos nos falando e o bom é que não brigamos nem nada. Estamos nos entendendo.

— Entendi e vocês ainda não...

— Alice não começa, eu apenas estou seguindo conselho que você me deu.

— Okay Shane, calma. E como ela está?

— Ela está ótima. Melhor impossível, temos conversado um pouco desde que... você sabe o que e lembramos de algumas coisas.

— E quando você volta?

— Não faço a mínima ideia. E como estão as coisas por ai?

— As mesmas coisas de sempre.

— Até imagino o que seja. Al, tenho que desligar. Até mais.

Ou eu encerrava a conversa ou a Alice ia inventar mil e umas perguntas. Tive um bom motivo para sonhar esta noite. Carmen estava feliz com nosso inicio de namoro, sua volta para Los Angeles e só faltava uma coisa: conversar e me entender novamente com a família dela.

POV da Carmen

Já tinha se passado dois dias e eu ainda não vi Shane. A única coisa que eu sabia que ela estava fazendo era resolver seus negócios. Só soube disso porque ela me mandou uma mensagem. Desci e fui até a cozinha ajudar minha mãe na cozinha.

— Como foi a festa na casa da tia, mama?

— Ah Carmencita, foi ótimo. Você deveria ter ido.

— Você sabe que não deu mama, eu tinha coisas para fazer.

— Você terminou?

— Sim. Mama, você pensou naquele assunto?

— Que assunto Carmencita?

— O da Shane vir aqui conversar com a senhora.

— Vocês tem se encontrado? – Minha mãe perguntou.

— Temos saído algumas vezes para conversar.

— Eu pensei sim. Embora eu tenha ficado chateada com ela, não posso negar que eu a admiro. Marca um dia pra ela vir aqui.

— Oh mama, eu te amo. – Fui abraçá-la por isso.

Fim do Pov da Carmen


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