A Última Dumbledore escrita por Baggins


Capítulo 8
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Mais um. Queria agradecer aos reviews! Eu amo vocês, cês sabem né?! kkkk
Mas enfim, aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179580/chapter/8

Me certifiquei de que não tinha ninguém no corredor e entrei na Sala Precisa.

A maioria dos antigos membros da AD estava lá. A maioria. Nem todos os alunos quiseram voltar, uns porque achavam que sem o Harry não seria a mesma coisa e que por causa disso a AD não daria certo, outros porque estavam preocupados do que suas ações poderiam acarretar aqui e lá fora. Tinham medo de que alguma coisa poderia acontecer à sua família. Não podia culpá-los ou julgá-los por isso, até porque também estava preocupada com o que podia acontecer com as pessoas que amo se não obedecer “as novas regras”, sentia mais medo do que podia acontecer à eles do que a mim. Estranho, não é? Mas, penso que não podemos mais depender das ações do Harry. Sim, ele é O Eleito, O Menino Que Sobreviveu, mas temos que continuar com nossas vidas. Temos que conseguir saber nos defender quando chegar a hora, temos que combater os Carrow e Snape, e dessa vez, o Harry não está aqui pra nos ajudar!

Sentei ao lado de Neville, que estava muito nervoso, com Gina e Luna também ao meu lado. Combinamos de que eu iria fazer o discurso. Ótimo!

– Bom, oi! – Comecei. – Todos sabem porque estamos aqui. – Assentiram. Olhei para Luna que balançou a cabeça me encorajando. – Precisamos nos preparar para a guerra que está por vir. Precisamos ter condições de combater o Regime imposto pelos Carrow e Snape. Temos que fazer o que está em nosso alcançe para trazer a velha Hogwarts de volta. Mas isso não será fácil. Não queremos que nenhum de vocês se machuquem, mas nem sempre será possível impedirmos. Aviso logo, que se estiverem indecisos, desistam. Porque a situação que nos encontramos hoje não dá lugares para covardes. – Respirei. – Perguntas? – Vi McLaggen levantar a mão. – Sim?

– Quem vai ser o professor? Digo, já que o Harry não está aqui…

– Será o Neville. – Vi McLaggen fazer uma careta, o que só piorou a baixa estima de Neville que já estava encolhido na cadeira tentando não aparecer ou chamar atenção. – Mas fiquem sabendo que ele é um bruxo maravilhoso e que eu irei ajudá-lo a preparar tudo. Aulas, ações e outras coisas. Estão de acordo? – Todos assentiram. – Pois bem, precisamos marcar quando será nossa primeira reunião…

Depois disso, houve planos e mais planos. Nossa primeira reunião oficial seria daqui a uma semana, o que daria a mim e a Neville tempo para nos prepararmos fisíca e emocionalmente. Fora isso, estava tão feliz que não cabia em mim. Afinal, a AD está oficialmente reaberta.



…….....


Aproveitei um de meus tempos livres para ir ao corujal, já que aquela hora não teria ninguém. Precisava ficar sozinha, precisava pensar, colocar as ideias no lugar, planejar diversas coisas e ainda ler meu livro. Tinha acabado de saber que iria ter uma viagem até o povoado de Hogsmeade. Não estava tão animada para ir, mas ia acompanhar Gina que não cabia em si de tanta felicidade… Abri meu livro, tentando me concentrar nas páginas, e quando finalmente consigo me concentrar:

– Fazendo o que aqui essa hora, Dumbldore? – Perguntou Malfoy sentando do meu lado.

– Lendo, pensando… - Respondi.

– Sério? – Perguntou num tom de brincadeira.

– Não, Draco. Estou armando um dos meus planos maléficos pra prejudicar alguém da Sonserina. – Devolvi no mesmo tom.

– Alguém em particular? – Disse com um tom de riso.

– Hum, estou olhando para ele! – Assim que disse aquilo, começamos a rir. Nossa! Os tempos estão mesmo ficando malucos. Há algum tempo atrás, se alguém me dissesse que hoje eu estaria rindo e tirando onda com o Malfoy eu chamaria a pessoa de louca.

Quando finalmente nos controlamos, ele perguntou: - Esse livro é de quê? – Antes que eu pudesse responder ele disse: - Deixa eu adivinhar, romance!

– Errou, Malfoy! É aventura.

– Mesmo? – Perguntou surpreso. – Sempre achei que todas as meninas se interessavam por histórias de romances impossíveis, proibidos e cheios de melação.

– É, mas eu não sou qualquer uma! – Disse num tom de brincadeira.

– Eu sei! – Sussurou. Depois se deu conta do que disse: - Com isso eu quis dizer que, você não parece ser dessas meninas todas melosas e tal… - Ele tava se enrolando ainda mais.

– Calma, eu entendi o que quis dizer! – Disse tentando acalmá-lo. – Mas voltando, acho que certas garotas ficam pensando tanto em encontrar o príncipe encantado e tal, que esquecem de que aqui é a realidade, e não um conto de fadas.

– E você não pensa nisso? Quer dizer, você não “sonha” em encontrar um cara romântico, o tão desejado príncipe encantado?

– Como assim? – A pergunta certa era “Onde você quer chegar?”

– Você não se importaria se a pessoa fosse, tipo, um Comensal ou coisa do tipo?

Tudo bem, a pergunta me pegou de surpresa, mas já sabia a resposta: - Se eu o amasse, não importaria o que ele seria. Desde que ele seja capaz de fazer sacrifícios por mim, do mesmo modo que eu faria por ele.

Ele fixou seus olhos nos meus por um momento. E dessa vez não o impedi de entrar na minha mente, de algum modo queria que ele soubesse que o que falei era verdade. Não sei porque, mas eu senti uma necessidade enorme de demonstrar o quanto eu era diferente das outras garotas, de que eu não me importaria com o fato da pessoa ser ou não um comensal, desde que eu a amasse e o sentimento fosse recíproco.

Vi ele arregalar os olhos e perguntar: - Porque me deixou entrar?

– Não sei. – Falei pensativa. Realmente não sabia. – Só, queria que soubesse que era verdade…

– Você é tão diferente das outras meninas que eu conheço. Elas são fúteis, só pensam em si mesmas, são egoístas.

– Não conhece muitas meninas decentes, não é? – Falei com um meio sorriso.

– Para falar a vardade, não! As Sonserinas não são, como posso dizer, “verdadeiras”. Bom, a maioria delas, pelo menos não é… - Eu o olhei surpresa. – Ei! Tem garotas sinceras na Sonserina também. Elas são bem legais!

– E você gosta de alguma delas? – Me ouvi perguntando. POR MERLIN EU FALEI ISSO MESMO? O que há de errado comigo, gente!

Ele deu um sorriso malicioso. – Não.

Ok, agora ele me pegou de surpresa. – Sério? E porque não? – Gente, desde quando eu sou tão curiosa?

– Porque mesmo sendo sinceras e tal… - Ele parou, pensando: - Elas não são você! – Falou indo me beijar.

Assim que seus lábios tocaram os meus não consegui pensar em mais nada. Acabei correspondendo ao beijo. Só nos soltamos quando o ar faltou. Ficamos nos olhando, ambos surpresos, durante alguns minutos, até que eu, como a covarde que sou, peguei minhas coisas e fui embora.

O que tinha acabado de acontecer? Porque ele me beijou? E porque eu correspondi? E o pior, porque eu tinha gostado? O que aconteceu com aquele sentimento de raiva e repulsa que eu sentia por ele? Aquela vontade de acertar um balaço naquela cabeça loira cada vez que eu o via? Eu sempre odiei o Malfoy, sempre foi assim. E porque agora, do nada isso iria mudar? Um sentimento não pode substituir o outro assim de uma hora para outra… Mas porque aquilo, a lembrança, não saia da minha mente? O que está acontecendo comigo?



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente ficou super clichê mas foi só o que consegui fazer. Digam se gostaram nos reviews. xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Última Dumbledore" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.