Parte 1

Pov. Rose

                A luz do sol entrou com violência pela janela. E foi isso o que me acordou. Tateei a cama em busca de Scorpius, meu namorido. Digo namorido, porque apesar de não estarmos casados, moramos no mesmo apartamento. Estava quase chegando à beirada da cama e não encontrei o corpo quente de Scorpius, constatei que ele não estava mesmo ali.

- Amor? – chamei, minha voz saiu rouca por causa do sono.

- Estou no banheiro. – ele respondeu.

                Espreguicei-me e lentamente levantei da cama, com preguiça. Caminhei em direção ao pequeno banheiro que tínhamos em nosso apartamento, escutei o chuveiro ligado ao mesmo tempo em que vi o vapor quente sair pela pequena fresta que estava aberta. Empurrei a porta do banheiro e vi a melhor cena que poderia ter visto logo ao acordar. Não me achem depravada, por favor, mas ter a visão de Scorpius no banho era realmente a coisa mais sexy do mundo.

- Tão cedo? – perguntei tentando tirar o vapor do meu rosto com a mão.

- Tenho que ir trabalhar, hoje é sexta meu amor. – ele disse enxaguando o cabelo.

- Alguém tem que trabalhar né.

- E como eu sei que você não vai fazer isso. – ele brincou também. Nós rimos.

- Certo. Vou voltar pra cama.

- Vem pra cá. – ele disse piscando pra mim.

- Não me faça cair em tentação Malfoy. Hoje você entra cedo no trabalho.

- Vem aqui vem.

                Ele sim é o depravado da história.

- Bom trabalho amor. – eu disse rindo.

                Enquanto voltava para a cama, ouvia os protestos dele. Me joguei na cama e fechei os olhos, não que eu estivesse com sono, mas sou daquele tipo de pessoas que passam o dia na cama, comendo e vendo TV. Ouvi o chuveiro sendo desligado e os passos de Scorpius em direção ao quarto, abri os olhos e me virei em sua direção.

- Você está molhando a casa inteira. – resmunguei.

- É água, vai secar. – ele disse revirando os olhos.

- Você já pensou no fato de que eu posso cair e ficar tetraplégica?

- Dramática. – ele riu e se abaixou para me dar um selinho. – Você nem vai sair da cama.

- Mas mesmo assim. – eu reclamei.

                Ele terminou de se vestir, observei cada movimento seu. Não sei como consegui resistir quando ele se virou para mim, o terno todo preto acompanhava de uma camisa branca e uma gravata verde escura – como ele gostava.

- Aprovado?

                Eu apenas mordi o lábio como resposta. É claro que ele estava aprovado e claro que ele entendeu aquilo como um sim.

- É, acho que sim. – ele disse brincando. – Até a noite meu amor. – ele disse se abaixando e selando meus lábios, como sempre, senti uma corrente elétrica passando pelo meu corpo.

- Até.