Capítilo 5 – Laços cortados



– E então Ruki, qual é o motivo dessa reunião? – Pergunta Kai
– Eu pretendo ser direto , então... Nessa semana que passei me recuperando do acidente, fiquei pensando na situação em que se encontra a banda, e eu decidi que não dá mais eu paro por aqui.
– O quê, está louco? – Kai se mostra indignado.
– É, como assim? Você não pode fazer isso! – Argumenta Reita.
– Por que Ruki, estávamos tão bem...
– Exatamente Shima nós estávamos bem, não estamos mais, e afinal não sou só eu que quero sair da banda... Não é Aoi?
– Não coloque palavras na minha boca Ruki.
– Pare com isso Ruki você não está raciocinando direito. – Kai os interrompe.
– Não sei por que estão fazendo tanto drama o fim da banda já ocorreu a muito tempo.
– Aoi diz alguma coisa. – Kai se volta para o moreno.
– Hum, ele não vai dizer nada, e sabe por que? Por que ele já não nos considera a muito tempo, ele foi o primeiro a sair da banda só que ele não avisou ninguém.
– Ruki pare com suas idiotices.
– Não são idiotices Uke, só vocês não percebem o quanto o Shiroyama está ocupado com o “Bon Craz”.
– Estava demorando pra você soltar o seu veneno Ruki. – Diz Aoi.
– Isso é verdade e você sabe disso.
– Então eu posso concluir que você está deixando o The Gazette por que está muito ocupado com o LUV.
– Deixe de ser ridículo Yuu, não faca teatrinhos agora, você se afastou de todos , não deixou ninguém te ajudar, e enquanto nós perdíamos nosso tempo pensando em como te ajudar, você estava se divertindo com seus outros amigos.
– Você não pode sair dizendo o que pensa Ruki, você não sabe o que se passa comigo ultimamente. – Aoi altera seu tom de voz.
– Sei sim por que eu ví, você não precisa da nossa ajuda, na verdade você não precisa de ajuda, quer distancia de nós.
– Do que você está falando?
– Não preciso te dar satisfação alguma, não somos mais amigos...
– Você sim é um perfeito egoísta Takanori, muito diferente de mim que sempre fiz tudo pensando em você, por você, mais eu fui um imbessil por demorar a entender que você não merece nada, nem um mínimo esforco da minha parte, tudo o que você sempre soube fazer foi dar as costas pra todos, e é exatamente o que você está fazendo agora, mais quer saber que se foda você, que se foda tudo, eu é quem não quero mais ter que aturar essa sua cara de sínico.
– Eu nunca te pedi nada Aoi, se você parou a sua vidinha de merda pela banda a culpa não é minha.

Aoi não responde, só o fita com indiferença ao perceber que Ruki lança o mesmo olhar.

– Não pode ser assim, não podemos terminar dessa maneira, por favor Ruki, Aoi, não façam isso. – Uruha interfere a discussão.
– Sinto muito Uruha mais eu não volta atrás do que digo. – Ruki se posiciona para sair do estúdio.
– Seis meses Ruki! – Diz Kai num tom desesperado.
– O quê? – O baixinho se volta para Kai.
– Damos uma pausa de seis meses para decidirmos o que realmente queremos se nada mudar é cada um pro seu lado.

Todos ficam um tempo sem dizer nada.

– Está certo, mas eu não prometo nada. – Ruki se retira.

[...]

– Esse é o fim... Ele não vai voltar atrás, não mesmo, conhecemos ele até demais pra duvidar – Diz Reita com uma aparência cabisbaixa.
– Mas e você Aoi? – Pergunta Uruha.
– Não esperem muito de mim...
– Aoi eu estamos te dando um tempo pra você nos mostrar se esse realmente se tornou seu sonho. – Diz kai
– Eu não quero decepcionar vocês.
– Pelo menos pensa mais no assunto, se nada mudar não iremos te dar as costas...



...



Semanas após o ocorrido...

– O tempo está passando muito devagar,essa espera está me sufocando. – Reita apoia os cotovelos na mesa e leva as mãos à cabeça.
– Eu acho que eles voltam atrás. Diz Uruha.
– Acho que o maior problema é o Aoi, ele parece decidido, o Ruki conseguiu magoar muito ele. – Diz Reita.
– Temos que ter pensamentos positivos. – Argumenta Uruha.
– Pelo meu ponto de vista o Yuu é o único que pode nos ajudar. – Diz Kai.
– Como se o Yuu ta puto da vida com o mascote, impossível. - Reita se volta para Kai.
– Eu prometi pro Yuu que eu não contaria a ninguém o que eu vou dizer agora, então eu gostaria que vocês agissem como se não soubessem de nada... O Aoi está apaixonado pelo Ruki e é por isso que ele estava meio afastado de todos.
– To pasmo! - Diz Reita.
– Foda... muito foda, nunca imaginei isso, logo o Yuu... Apaixonado pelo Ruki, o ser mais mesquinho de todos os tempos. Diz Uruha.

– Bem que... Não, será?
– O que Akira? Pergunta Uruha
– Agora que o Kai me disse isso eu parei pra pensar em algo que eu vinha percebendo nos últimos anos... Eu sempre suspeitei do Ruki ser apaixonado pelo Yuu.
– Isso é sério? Pergunta Kai.
– Eu não tenho certeza, mas o Ruki sempre demostrou ciúmes pelo Aoi, e principalmente quando se tratava do Hiroto, ele sempre cita o ódio inesplicável que ele tem pelo Hiroto.
– É verdade... – Kai fica um tempo com o olhar fixo em um ponto da mesa.
– Então podemos concluir que eles se afastaram por que querem se esquecer. – diz Uruha.
– Sim. Assentiu Kai.
– Mas o que te leva a pensar que o Shiro vai se contradizer e... Uruha não termina seu argumento.
– Sabemos que o Yuu tem aquele jeito marrento, mas ele sempre volta atrás, mesmo que esteja errado.
– Seis meses é muito tempo, as pessoas mudam Kai, eu acho que é melhor a gente não esperar muito deles.
– Só o que podemos fazer é esperar Reita... E mais nada.
– Mas e se a gente der um empurrãozinho pra eles ficarem juntos, até por que agora não é só o futuro da banda que está em jogo...
– Não podemos fazer muito por eles talvez esse tempo que passarão longe um do outro faca com que eles se aproximem mais... – Diz kai.
– Por que as coisas são tão difíceis? Eles poderiam estar juntos agora. – Argumentou Uruha.
– Mas por que o Yuu nunca nos disse nada? – Perguntou Reita
– Ele tem medo que vocês não o aceitem, e tem mais medo ainda que o Taka não aceite ele.
– Já passei por isso. – Diz Uruha.
– É eu me lembro. – Reita começa a rir.
– Você é um otário Reita! – Uruha faz careta para o desnarigado.
– Você que é, a mina era muito afim de você, tava na cara, e o veadinho ficava todo vermelho quando ela chegava perto, e saia correndo igual a um bebê.
– Vai se foder calopsita ambulante de irritação constante.
– Vamos juntos então. – Reita coloca a mão direita na perna de Uruha.
– Sai seu viado, da fruta que você gosta eu só contemplo a minha e de mais ninguém.

Os três começam a rir

– Eu espero que essa veadagem não pege. – Diz kai
– Que preconceito é esse amor ontem a noite você não estava assim. Reita comeca a mecher em uma mecha do cabelo de Kai.
– Para de me entregar Akira seu puto.
– Ai meu Deus tô perdido. Uruha apoia a testa contra a mesa.