Capítulo 14 - As Alunas novas.

Harry despachou Edwiges e olhou o relógio ao lado, eram quatro da manhã. Puxou um livro qualquer da mesinha de cabeceira ao lado e olhou o título. Quadribol Através dos Séculos. Abriu-o e começou a folheá-lo... Imagens de times dando voltas no ar e de um artilheiro fazendo um gol espetacular passaram pelas páginas e ele adormeceu, novamente.

Sonhou que estava correndo pela Floresta Proibida. Perseguia uma fênix, uma coruja belíssimas penas prateadas e um unicórnio. Os dois animais passaram a correr e a voar mais rapidamente.

- Esperem por mim! - Ele gritou, mas as palavras pareciam que não queriam sair.

Os animais pareciam agora saber que estavam sendo perseguidos. Harry tentou correr mais rápido, mas pareciam que suas pernas haviam virado chumbo... “Por que estou correndo?” ele pensou consigo mesmo. Tentou parar de correr, mas as pernas agora tinham vontade própria. Então continuou correndo, e correndo, e correndo...

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O garoto de cabelos morenos se levantou estranhamente bem e disposto. Olhou o relógio em sua mesa de cabeceira e se perguntou o porquê de sua tia não tê-lo acordado.

Afinal, ele pensou, já são dez e meia!

Levantou-se e fez sua higiene pessoal. Trocou de roupas e desceu as escadas.

- Onde está tia Petúnia? - Perguntou sem cerimônia, vendo o tio sentado assistindo TV.

- Saiu. E você tem visita. - Ele disse a última parte rangendo os dentes e cerrando os punhos.

Harry foi surpreso por um par de mãos brancas que o abraçaram. Sorriu, sentindo o cheiro de flores.

- Gina! - Ele a beijou.

- Hem, hem. - A cara de tio Valter estava quase vinho.

- Ér, nós vamos lá para cima.

Puxou Gina escada acima e fechou a porta do quarto.

- Como você veio parar aqui?

- Chave de portal - Ela deu de ombros - Fred e George me ajudaram. Devo admitir que a cara da sua tia foi realmente muito hilária. . .

Os dois passaram o resto do dia quase que inteiro conversando (Foi o que Harry disse para os Weasleys depois, ao menos) [N/A: Não pensem coisa errada ._.] mas toda a calma e felicidade que os dois estavam sentido meio que foi pela culatra quando eles ouviram aquele barulho.

PRAC!

Era o já conhecido som de aparatação. “Mas e a proteção de Dumbledore?” Harry pensou.

Passos ecoaram escada acima, e Harry rapidamente pegou a varinha e olhou para Gina em sinal de que era para fazer o mesmo.

A porta se abriu bruscamente e do corredor antes vazio entraram cinco seres encapuzados com roupas pretas.

- Olha só. . .  O casalzinho de ouro. – Disse a voz que Harry reconheceria em qualquer lugar.

- Olha só, a não tão queridinha do Voldy.

Os olhos de Bellatrix ficaram mais escuros

- Você não tem o direito de abrir sua boca sangue ruim para falar dele!

Harry, num ato involuntário, deslizou sua mão para a de Gina.

Bellatrix  pareceu se divertir.

- Olha só. . . Será que você aguentaria viver sem seu tesouro, Harryzinho? – ela deu um sorriso malévolo – AVADA KEDRAVA!

A luz verde atravessou o quarto. Harry cobriu Gina com o corpo, tentando protegê-la, mesmo sabendo que seria inútil e então... nada. Outra luz apareceu na metade do quarto, uma luz amarela.

- Olá Bellatrix. Tempos, não? Faz o que? Quatro anos que não nos reencontramos?

- Não... Não pode ser... – E então ela aparatou.

- Vocês têm que sair daqui. Agora! – Disse uma garota de cabelos loiros e roupas pretas, surgindo das sombras. Seu rosto estava escondido em baixo de um capuz, e sua voz soava tensa.

- Espere. O que aconteceu aqui, afinal? – Perguntou Harry

- Hã, comensais da morte invadiram a sua casa? – Disse outra garota, essa com a voz descontraída, o rosto também coberto pelo capuz.

- Essa casa não é minha, é dos meus t... Espere! Onde estão os meus tios?

- Calma, eles estão a salvo – a primeira garota deu um passo à frente – decidiram ir a uma pizzaria, bem em tempo.

Harry observou outra garota, essa também era loira, mas ela o observava com olhos tristes e de cabeça baixa, embora tivesse um sorriso maroto brotado em seu rosto.

- Temos que levar vocês para um local seguro. Como é o seu aniversário de 17 anos, Harry, a proteção que se fazia em volta da casa se desfez. Você corre perigo aqui.

- E os meus tios?

- Eles vão ficar bem. Só correm perigo... bem, se você estiver aqui. – ela foi para a luz, e Harry pôde ver os olhos verdes brilhantes pensou, só por um segundo, que já havia visto aquele rosto antes. A garota sorriu, como se tivesse lido o pensamento dele, e depois se postou ao lado de Gina. – Você vai nos encontrar novamente, Harry. Pode acreditar. Para A Toca, ok meninas? – E estendeu o braço para Gina.

A garota que falou em segundo lugar se aproximou dele, e estendeu o braço. – Tem certeza que eu não a conheço? – Perguntou Harry, encarando os olhos também verdes.

Ela riu – Quem sabe? – E aparatou junto com ele.

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Faziam dois meses desde o encontro de Gina com o encontro com as garotas que a salvara. Ela sentira ciúme da garota ruiva e Harry, logo no início. Mas agora estava pior que nunca. Harry não falava com ela, fugia e vivia junto com Rony.

- Perfeito! – Ela resmungava o tempo todo, irônica, enquanto tentava chegar perto de Harry e ele se esquivava.

Mas, naquele dia, era a véspera do expresso de Hogwarts. Já perdera a conta de quantas vezes reabrira o malão para acrescentar algo que havia esquecido, ou quantas vezes sua mãe jogara algo em sua direção que ela com certeza precisaria.

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- Roniquinho, cuide da sua irmã! Gininha, se mantenha na linha! Ah, e não esqueça de escreverem sempr...

Os dois Weasleys restantes que ainda ocupavam Hogwarts tentavam não ficarem vermelhos com o que sua mãe dizia. Entraram rapidamente no expresso e Harry e Gina ocuparam uma cabine, enquanto Rony e Herminone foram para o compartilhamento dos monitores.

- Aleluia! – Gina falou – Agora, Harry. Você quer me dizer o porquê de ter ficado quase o verão inteiro sem falar comigo?

- Ah, é... – ele suspirou – Ok. Você se lembra que... que meus tios ficariam em perigo se eu estivesse perto deles?

- E...?

- Ah, Gina, você sabe. Sempre que eu fico perto de alguém...

Gina revirou os olhos, irritada – Jura que você fez mesmo isso? Acha mesmo que vai se livrar assim de mim tão fácil? – Ela o fez encará-la – Entenda Harry. Eu amo você. E nunca vou te deixar.

- Eu sei, mas...

- Mas nada! – ela o puxou pelo colarinho e o beijou.

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A viagem seguiu tranquila. Harry comprou vários doces, sabia que Rony iria querer. Uma meia-hora depois, a porta do compartilhamento se abriu.

- Oi, será que podemos nos sentar aqui? O resto do trem está chei... ah, merda. – Disse a voz de uma menina.

Seus cabelos eram loiros e tinham as pontas laranjas. Os olhos eram verdes brilhantes, e vestia uma camisa preta de uma banda trouxa que Harry conhecia, The Beatles, além de All Star e short surrado, com meia fumê por baixo.

- Ju! – Disse outra voz repreendendo a primeira garota. Seu rosto ficou à mostra quando a porta da cabine se abriu mais. Ela era loira, também, e vestia casaco fino azul e uma blusa branca, com calça jeans e sapatilha. Ela parecia super normal, mas quando viu quem estava na cabine sua expressão mudou – Merda, de novo.

- Vão andar ou não? – Uma terceira voz preencheu a cabine e a garota ruiva entrou. Essa usava uma bata vermelha e short também jeans, só que preto.

- Eu não conheço vocês? – Harry perguntou, depois arregalou os olhos – São vocês! As que nos salvaram na noite do ataque dos comensais!

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- E agora, quero chamar as novas alunas que foram transferidas de uma escola do Brasil.

As portas se abriram e as três garotas que Harry e Gina viram mais cedo entraram e a professora McGonnagal se postou novamente.

- Araújo, Julia.

A garota de cabelos tingidos de laranjas sorriu e andou até o banquinho. Lilá e Parvati observaram, horrorizadas, os cabelos tingidos da garota, e rapidamente juntaram a cabeça para falarem.

- Grifinória! – gritou o chapéu.

- Coudo, Victória. – A outra loira andou a até o banquinho, e o chapéu mal encostou em sua cabeça e gritou:

- Grifinória!

- E, por último, Oliver, Lily.

- Grifinória! – A ruiva se juntou às outras duas na mesa da Grifinória. Julia mudou suas mechas de laranja para vermelho-sangue.

- É, esse vai ser um ano e tanto.