Nobody Is Home escrita por lonelyofthedesert


Capítulo 7
Capítulo 7




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Acordei cansada, parecia que eu não dormia a dias. Sentei na cama e senti uma forte tontura, levantei da mesma com imensa dificuldade e caminhei até o banheiro. Olhei meu reflexo no espelho, enormes olheiras arroxeadas delineavam meus olhos e meu rosto tinha uma aparência cadavérica, eu havia emagrecido demais e nem havia notado isso. Joguei um pouco de água gelada no rosto, porem não foi o suficiente para terminar de me acordar. Peguei minha toalha e  entrei para um rápida ducha, a água gelada batendo em minha pele quente não fazia muito efeito. Fechei a torneira e me enrolei em minha toalha, quase cai no chão quando senti mais uma forte tontura. Mas que droga, como vou continuar aquela droga de missão nesse estado? Peguei meu uniforme preto, verde e prata e o vesti. A saia não parecia mais cair tão bem em meu corpo, alias ela parecia mais comprida, provável resultado de não parar mais em minha cintura, devido ao meu rápido emagrecimento. Talvez os gêmeos estivessem certos, tenho que comer um pouco mais. Amarrei meu all star e desci para o salão comunal, algumas meninas do primeiro e segundo ano fofocavam, como sempre, e pararam de conversar no momento que eu pisei na sala decorada de verde e prata. As ignorei, assim como as mesmas faziam comigo, e saí para o enorme corredor andando devagar até o grande salão. Apesar de eu estar com pressa de comer antes de o salão se encher eu não queria me esforçar muito e acabar passando mal. Minutos depois eu me encontrava sentada na mesa da sonserina. Estava determinada a comer mais, porem ao olhar aqueles pratos cheios em minha frente senti um ancia de vomito, eu não tinha vontade de comer nada que estava ali. Analisei as torradas, ovos fritos, bacon, podia sentir o ácido de meu estomago subir em minha garganta, então mais uma vez a tontura caiu sobre mim e eu me obriguei a comer algo. Com certa relutância alcancei uma panqueca que se encontrava em minha frente e despejei um pouco de mel sobre ela. Servi minha taça de ouro com suco de abobora e comecei a comer vagarosamente. E fazia aquilo com enorme sacrifício e as pessoas pareciam notar, me olhavam meio assustadas. Bom, era isso ou minha aparência cadavérica, eu aposto mais na segunda opção. Quando finalmente coloquei a ultima garfada em minha boca e a empurrei com o suco levantei rapidamente do banco, o que fez com que eu sentisse tudo girar. Maldição, porque justo agora? O salão estava um pouco mais cheio e mais pessoas me analisavam. A Professora Minerva, que me olhava fazia um pouco de tempo da mesa dos professores, veio caminhando rapidamente até mim e perguntou:
- Srta. Weasley, você está se sentindo bem? – Perguntou e eu me apoiei na mesa em minha frente e fechei os olhos.
- Sim, é só uma tortura. – Menti. Ela me analisou por alguns momentos e então respondeu.
- Qualquer coisa vá ver a Prof. Pomfrey. – concordei com a cabeça e então sai do salão andando vagarosamente. Sentia olhares em mim, malditas pessoas curiosas e fofoqueiras. Fui direto à torre da Sonserina, não ia me dar o luxo de ficar passeando pelo castelo nessa condição. Eu pareço uma velha, credo. Fui até meu dormitório e fiquei em minha cama até que eu me obriguei a ir para as aulas. Teria aula de herbologia, trato de criaturas mágicas, história da magia e poções. Eu tinha muito azar, justo nas primeiras aulas eu tinha que caminhar bastante para chegar até o local. E ainda teria que ficar de pé, acabei chegando atrasada para a aula de Herbologia, porém ao ver meu estado a Prof. Sprout não reclamou, apenas mandou que eu me dirigisse até uma bancada e adubasse as folhagens alaranjadas que estavam ali. Fiz o que ela mandou, em uma velocidade um tanto quanto lenta. Na medida em que os outros alunos adubavam cinco vasos eu adubava apenas um. Os outros alunos lançavam olhares em minha direção, mas não diria que estavam preocupados, mas sim curiosos. Nem imagino o que devem estar pensando, provavelmente estão criando as teorias mais absurdas para o meu mal estar. Estava terminando de cuidar de uma das pequenas folhagens quando a professora nos dispensou. Me encostei um pouco no balcão para me preparar para seguir para a aula de trato de criaturas mágicas. A tontura voltou assim que comecei a andar, mas ignorei o mal estar e segui pelo gramado. Todos os alunos estavam muito à frente, mas eu não estava em estado de me preocupar em me atrasar para a aula. Então uma dor aguda atingiu minha barriga e eu me contorci de dor, caindo no chão. As pontadas de dor continuavam, mas eu não conseguia me levantar nem gritar para os alunos, agora muito distantes, por ajuda. Estava quase desmaiando quando um par de braços brancos se fecharam em torno de minha cintura. Olhei para o rosto de Malfoy e a única coisa que consegui dizer foi:
- Não me leve para a enfermaria, seu fuinha. – E então tudo ficou preto e eu caí em um sono pesado.

 Acordei em uma sala com pouca iluminação. Sentei-me sobre a cama espaçosa que estava dormindo. Analisei o ambiente que me encontrava, a enorme janela coberta por uma grossa cortina vermelha encontrava apenas com uma fresta aberta, permitindo que um pouco de ar fresco e luz entrassem no ambiente. Varri a sala com meu olhar e encontrei Malfoy sentado em uma poltrona me analisando inexpressivamente.

- Finalmente acordou! – falou com uma voz rouca e levantou-se, vindo em minha direção. – Você está mesmo mal.

- É! – foi a única coisa que falei. Desviei meus olhos dos dele, aquele cinza estava deixando-me angustiada. Analisei meus dedos e fiquei em silêncio esperando que ele falasse algo.

- Você se sente melhor? – Pediu em um tom preocupado que me assustou, olhei para ele e sua face preocupada se tornou assustada e então voltou a se tornar fria. – Não que eu me importe, é claro. – falou e eu dei um pequeno sorriso de lado. Mesmo quando ele é fofo ele consegue estragar tudo, pensei antes de lhe responder.

- Sim, estou apenas cansada.

- Pessoas cansadas não emagrecem tanto e nem desmaiam pelo colégio, quase chorando de dor. – falou e eu olhei torto para ele.

- Que seja.

- Você devia comer direito. – falou em um tom semelhante ao de uma mãe, que tenta obrigar os filhos a comerem verduras.

- E como você sabe que eu não como direito? – lhe perguntei enquanto levantava um sobrancelha.
- Hm... – ele parou para pensar, um tanto quanto perdido e com as bochechas levemente vermelhas. – É que você está muito magra! – respondeu voltando ao tom arrogante.

- Ah! - falei, já estava me acostumando com a bipolaridade do loiro. Uma hora mostrava-se preocupado e outras que não ligava. Levantei da cama e arrumei minhas vestes e meu cabelo. - Acho que vou indo então. Obrigada. - sorri levemente para ele e ia sair da sala quando sua mão segurou meu pulso delicadamente.

- Sierra. - Falou e eu voltei a encarar seus olhos. - Se cuide, por favor. 

- Sim! - respondi, e ele então soltou meu braço, permitindo que eu saísse da sala. 


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