Garota Rebelde escrita por marilu


Capítulo 2
Capítulo 2 - Entrevista




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A chuva estava mais forte e os dois já estavam muito molhados, mas não perceberam isso, estavam ocupados demais se divertindo e rindo. Parecia que se conheciam por vários anos. Estavam conversando e nem perceberam o tempo passar, Gina sentiu seu bolso tremer e uma música invadiu a rua, ela pegou o celular e recusou a chamada, era de seu pai, possivelmente queria saber onde sua querida filha estava, ou talvez não tão querida assim.

- Poxa, se você tiver alguma coisa importante pra fazer ... – disse Harry, sua camisa preta esta totalmente grudada em seu corpo e ela não pode deixar de perceber seu abdome definido.

- Ãh, não, não tenho nada não. – ela deu um sorriso tímido. – Harry eu to com fome e com vontade de beber alguma coisa. – ela fez um biquinho com uma mistura de inocente e sexy.

- Vamos comer então. – ele se levantou e puxou Gina pelo braço, ela se levantou e se abraçou com os próprios braços, o frio começou a aparecer, percebendo isso Harry a abraçou e eles foram andando rumo a uma pizzaria.

- Você mora por aqui? – perguntou ela quando eles entravam em uma pizzaria na esquina de onde estavam.

- Aqui perto não, mas sempre venho aqui para ver se Draco está arruinando com a vida de mais alguém. – disse ele com um sorriso fraco no rosto.

- Desculpe, mas – ela corou. – porque defende tanto os desconhecidos? – um nó se formou na garganta de Harry, não gostava de falar disso, nunca tinha falado disso para ninguém e não mudaria de decisão agora.

- Me considere um anjo da guarda. – ele piscou e ela percebeu que ele não queria falar sobre isso, simplesmente deixou de lado o assunto. Pegaram uma pizza de calabresa, ela pegou uma vodka, ele uma cerveja, beberam, comeram e riram.

- Então, será que vou te ver de novo? – Perguntou a ruiva enquanto ele pagava a conta e eles saiam.

- Quem sabe? – disse ele dando um sorriso. – tenho que ir agora, qualquer dia desses eu sei que eu vou te ver em uma capa de revista. – disse dando um sorriso.

- O.k – ela piscou e deu um sorriso, andaram um pouco até ela se situar na cidade. Cada um seguiu seu caminho, certamente, aquele dia iria ser difícil de esquecer. Depois de algum tempo, Gina conseguiu chegar em casa, entrou toda molhada ignorando a limpeza em que a casa se encontrava. Subiu até seu quarto e entrou no banheiro, despiu-se e tomou um banho quente, pesando em tudo e principalmente em sua mãe até que as lembranças começaram a aflorar.

- Mamãe, mamãe, eu consegui, eu passei no teste de piano. – a pequeninha Gina  correu ao encontro de sua mãe e para sua tristeza, ela estava bêbada de novo.

- Sai daqui carniça, e daí que passou em um teste idiota? Que que eu tenho haver com isso? Anda sai daqui. – a pequena garota segurou as lagrimas e subiu as escadas correndo, sua mãe se tornou assim desde que se separou de seu pai o mesmo nunca tinha dado atenção a ela, entrou em seu quarto mofado e deitou na cama e chorou muito. Ficou assim até ouvir barulhos fortes no andar de baixo, saiu correndo assustada para ver o que estava acontecendo. Sua mãe estava lá, bêbada, só que dessa vez, algo vermelho que Gina reconheceu sendo sangue saia de seu peito que fora perfurado, um cara encapuzado estava na frente de sua mãe com uma arma apontada pra ela e soltou mais dois disparos.

- Isso é pra você aprender a pagar suas dividas, vadia. – dizendo isso o cara soltou mais um disparo e saiu da casa, a pequena Gina saiu correndo, sua mãe estava sangrando, e mesmo com aquele tratamento que ela havia recebido mais cedo ela não pode deixar de sentir tristeza, chorou muito em cima da mãe, e seus cabelos ruivos agora estavam encharcados de sangue, sua mãe estava estendida no chão com os olhos abertos em um aspecto leitoso, Gina chorou mais ainda e só conseguiu pegar o telefone e ligar para a única pessoa que sabia o numero, seu pai.



Gina chorou de novo, como se sua mãe estivesse ali, deitada em sua frente, lembrou-se de como queria acabar com a sua vida, levantou ignorando de novo que estava molhava e foi até uma gaveta no armário da banheiro, lá estava, um pano branco, desenrolou e pegou uma lamina afiada, pressionou contra seu punho e fez um corte profundo, junto com seu sangue estava toda sua culpa por ter separado os pais, pela mãe ter morrido, por ser tão idiota, sentiu a água cair sobre seu braço que ardia, e chorou ainda mais, não queria aquilo para ela, não queria aquela vida. Depois de algum tempo, saiu da banheira e pegou um pano para estacar o sangue que escorria livre pelo seu braço, vestiu uma calça de couro preta, e uma blusa gasta da mesma cor, pegou seu all star velho e sujo e calçou, saiu do quarto e viu a figura de um cara ruivo e alto na sua porta.

- Aonde você estava? – perguntou o homem.

- Me prostituindo com algumas de suas namoradas, depois fomos para um bar usamos muita drogas então ficamos bêbadas e aqui estou eu na sua frente falando meu dia maravilhoso. – o homem deu um tapa na cara de Gina, o som ecoou e ela não fez nada apenas sorriu debochada. – Querido papai – deu ênfase no papai. – eu não tenho medo de você, muito menos dos seus tapas.

- Pois deveria ter, que que é isso no seu braço? Fala aonde você estava? – o ruivo tinha perdido a paciência.

- Sai e conheci gente nova, isso – ela levantou o braço com o pano. – não é nada que te interessa.

- Eu te liguei 5 vezes e você não atendeu, a entrevista é daqui 20 minutos, e você não está pronta ainda. – disse o homem com muita raiva.

- Claro que estou, - ela deu uma voltinha. – então, vamos? – o homem saiu bufando. Gina tinha 17 anos mas sempre foi assim, ou talvez nem sempre, parou de tocar piano quando sua mãe morreu e então nunca mais se envolveu com alguma área da musica. Entrou no carro junto de seu pai e em minutos estavam em uma rua na frente de um lindo hotel, branco e dourado, com o uma placa pequena escrita : Le Jardim. Seu pai saiu e ela ouviu gritos, possivelmente, fãs loucas, logo depois ela saiu e mais gritos se formaram, provavelmente algumas fãs com raiva dela estar tão próxima dele. Entraram no hotel e encontraram a bancada que já era uma velha amiga a menina, ela se sentou ao lado do pai e chamou um garçom.

- Uma vodka por favor? – O garçom assentiu e saiu.

- Não me passa vergonha aqui. – disse Arthur, pai da garota, em tom baixo.

- Pode deixar. – a garota sorriu falsamente para o pai, logo vários reportes entraram e começaram a bombardear perguntas, Sr. Weasley respondia todas, até que uma pergunta foi diretamente  sobre a mãe de Gina. 
- Sr. Weasley, porque o senhor nunca fala da mãe de sua filha ela é tão misteriosa, afinal qual era o nome dela? – perguntou uma jornalista e a atenção de Gina, que estava em seu copo de vodka, foi diretamente para o pai ela sorriu em deboche esperando a resposta dele.

- Não falo sobre ela, porque quero preservar sua imagem, ela está morta, deixem ela em paz. – disse o homem ríspido.


- E a sua filha, ela já foi metida em vários escândalos, como o senhor lida com isso? – perguntou um cara de terno preto e Gina não conseguiu segurar a risada.


- Porque ela não responde isso? – disse o Sr. Weasley.

- Claro, - disse Gina -  bom, quem disse que eu sou metida em escândalos eu só quero privacidade, só quero ser como uma menina de 17 anos, comum, eu odeio essa vida que meu pai leva e eu não suporto ter que viver 24 hrs sorrindo. – completou ela.

- Mas milhões de meninas dariam tudo para estar no seu lugar. – disse um jornalista.

- Eu daria tudo para estar no lugar delas, essas meninas são fúteis e só querem o sucesso, isso é ridículo, eu odeio isso, aposto que elas não queriam viver toda hora sobre regras. 

- Mas sem as regras viveríamos em um caos. – disse um senhor.

- Claro, eu só não quero ter que ser lembrada de 5 em 5 minutos sobre o que eu tenho que fazer ou não, eu sei muito bem o que eu quero e o que eu não quero sei muito bem da minha vida. – disse a ruiva.

- Srta. Gina, me desculpe mas o que é isso no seu braço? – disse uma jornalista.

- Não interessa – disse Gina que já estava com raiva. – e tchau para vocês. – Ela saiu com raiva da entrevista coletiva e foi para fora do hotel, novos gritos quando ela saiu e entrou no carro. Estava odiando isso, deitou a cabeça no banco e dormiu, sonhou como se ainda fosse aquela garotinha de 4 anos de idade que viu a mãe sendo morta por um assassino.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, postei hoje porque estava sob ameaçada da Kassia u_u, enfim, quem quiser deixar opinião q