Memórias De Uma Caçadora escrita por Giovana Rebelo


Capítulo 2
Ao ataque de um dragão chinês, ou pior


Notas iniciais do capítulo

Se você achou o outro ruim, nem leia: esse está pior



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                O sol estava coberto e a brisa estava gelada. Algumas caçadoras caminhavam, outras corriam em círculos. Todas tão novas, pequenas, inexperientes. Milady ia na frente com Thalia e Phobe, provavelmente rastreando nossa presa.

                - Mas então – disse Linni, a filha pentelha de Ares – de quais caçadas vocês já participarem, lideres ?

                -Provavelmente de todas – disse lady Ártemis, fria  como a brisa.

                -Participei da caçada na casa lobo, na batalha de Manhattan e outras, mas principalmente essas – disse Thalia, indiferentemente.

                - UOU, isso parece perigoso, como foi ? – disse Linni, aquela bajuladora maldita.

                -Perigoso – disse Thalia. Obviamente, todas as pequenas caçadoras começaram a rir, inclusive a Linni. Quer dizer, todas com exceção de Lady Ártemis, Blaze e eu mesma.

                - Boa piada tenente – disse aquela estressadinha – Acho que a Giovana esta quienta porque não participou de nenhuma – e começou a rir sozinha.

                -Não estou a falar pois meu nome não foi citado. Ao contrário de algumas pessoas, seri o básico sobre educação – disse, enquanto reparava na copa das árvores.

                Quando olhei para a minha frente, algo estranho havia acontecido. Todas as caçadoras estavam literalmente congeladas, imóveis.

                Ia gritar, mas minha boca foi tapada. Olhei para trás e vi milady fazendo sinal para que eu ficasse quieta.

                -Este monstro é diferente, é perigoso. O sinto, mas não sinto seu cheiro ou o vejo. – sussurrou em meu ouvido.

                -Porque não estamos paralisados? – perguntei.

                -Não sei, mas não é um bom sinal. – ela disse, preocupada.

                De repente o dia claro escureceu. Os pássaros não cantaram, os lobos não uivavam. O chão estremeceu.

                Minha cabeça pesou. Sento que ela ia explodir.

                “Você tem pouco tempo para achá-los. Ache-os, ou te matarei. “ – uma voz sombria e assustadora disse em minha cabeça. Vi todos os meus medos passando em frente de meus olhos e fechei-os.

                Quando os abri, as caçadoras saiam do transe.

                -O que aconteceu aqui? – Linni perguntou.

                -Estás bem? – Lady Ártemis me perguntou – O que ocorre aqui?

                -Estou bem. Acredito que sofri o transe mais tardiamente. – menti.

                -O que passou passou. Vamos continuar? Estou com fome – Thalia disse.

                Continuamos nossa caminhada, mas, desta vez, silenciosamente.

                Repassava o ocorrido em minha cabeça. Será uma armadilha, como Lícaon fez comigo? Não sei.

                De uma coisa eu sei: Bonnie tem um sexto sentido. Ela sempre percebe quando estou alterada ou quando minha mente esta viajando.  Sempre que isso ocorria, ela não saia do meu lado.

                -Estou bem garota – menti, enquanto acariciava sua cabeça. Como mentir para sua companheira?

                A corneta de Phobe tocou. Estávamos próximos a presa.

                -Esta tem um cheiro bem mascarado. Alguém sabe o que é? – Phobe perguntou-nos.

                Não precisava mais: uma criatura saiu do meio das arvores.

                -O que é isso? – Linni perguntou. Quem mandou ser novata?

                -Armas apostas! – Thalia gritou, abrindo Aegis.

                -Formação 2X4X6! – Blaze sugeriu.

                -PAREM! – milady gritou.

                -MAS O QUE É ISSO? – A pirralha pentelha gritava.

                Realmente: o que era aquilo? Flutuava ao vento e lembrava aqueles dragões de festivais chineses, porem era do tamanho do meu tronco e tinha a cor do céu, com pequenos olhos azuis profundos.

                Lady Ártemis aproximou-se da criatura.

                -Tens uma mensagem para ela? – perguntou calmamente.

                -Sim – a criatura respondeu com uma voz suave.

                -Giovana, um passo a frente – milady falou.

                Segui sua ordem: aproximei-me de tal criatura.

                -Desculpe a indelicadeza, mas o que é você? – perguntei.

                -Sou nhefk, a brisa de verão, mensageira dos deuses. Lhe trago uma mensagem:  saiba que seu papel há de chegar, mas você não ira gostar desse e seu desenrolar: mas não desista.

                Ao falar isso, ele desapareceu ao vento, levando meu raciocínio com ele. 


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Notas finais do capítulo

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