Nada É Por Acaso, Disso Pode Ter Certeza escrita por lalala


Capítulo 13
Só me leva para casa...


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!!!!!!!!!!! lol
Não vou falar nada da demora, porque estou com pressa aqui mas tenho que avisar algumas coisas.
É, esse mês acaba tudo... Vai ser tudo excluído. Maas eu passei essa e todas as outras fanfics para a categoria "Originais", vou tentar deixar essa com MCR até no máximo amanhã ou depois, e caso ninguém veja, mando mensagem para as leitoras que comentam ou os que deixaram em favoritos. Porque tem menos da metade comentando çsdlskçdlkas enfim... Só queria mesmo que continuassem me acompanhando lá... Vocês são muito importantes, sério... Não quero que tudo seja perdido, e essa história tá muito importante para eu parar agora!
Tive que dividir o capítulo senão não postava hoje rs
Desculpem qualquer erro, não revisei NADA
Boa leitura! ~não pretendo demoraaar... e como prometido e tals, POV's Gerard pra começar hahaha
Novos leitores, bem vindooossss



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Realmente, Frank era louco por fazer isso. Tudo isso. Pelo menos já era seu último dia com o pai, e eu esperava que ele chegasse de noite.

Por incrível que pareça, ficar aqui foi melhor do que pensei... Mesmo que às vezes contra sua vontade, Linda me ajudava com Mikey e tentava ao máximo não nos deixar sozinhos no quarto, sem sociabilidade. Ela era uma boa pessoa, depois de uns dias depois que Frank foi embora, começou a se aproximar e tentou falar comigo.

Perguntou de onde eu vinha. Balancei os ombros e olhei para baixo. Perguntou minha idade. Contei até dez e depois até oito nos dedos. Olhou para minha sobrancelha e meu cabelo com um leve sorriso. Perguntou-me se eu queria mais tinta vermelha. Mesmo rindo, assenti com a cabeça.

Eu sei, eu sei... Por que eu não consigo falar com as pessoas? Bom, essa é outra história.

Michael também gostou dela. Se bem que a esse ponto, ele adoraria qualquer um que nos tirasse da rua. Mas quando Linda chegou com uma blusa e um par de jeans novos para ele, dizendo que já estava dando nos nervos vê-lo sempre com os mesmos três pares de roupa – mesmo que já limpos -, digamos que ela ganhou muitos pontos com Mikey.

De qualquer jeito, eu continuava a usar algumas roupas de Frank. Era impressionante o número de camisas que ele já havia ganhado e acabaram ficando grandes. Mas até as calças apertadas já estavam se tornando normais.

~ Frank ~

Ok. Era o último dia. A última tarde que iria passar com meu pai até o próximo mês. Pode parecer drama, mas sabe-se lá quando poderia falar com ele de novo.

Vamos... Diga que é sobre um amigo seu... Invente qualquer coisa no meio, mas fale.” Dizia para mim mesmo enquanto caminhava até a sala, a caminho de meu pai.

Antes que eu chegasse até o sofá, ele acabou me vendo e sorriu, pedindo que eu me sentasse ao seu lado.

– Ei filhão, tudo preparado?

– A-as malas? Acho que sim... Eu só...

– Ah, que bom. Assim a gente não se atrasa na hora de ir embora! – Pareceu não me ouvir, simplesmente me cortando.

– Mas… Mas você realmente não quer se atrasar? Nem que seja um pouquinho?

– Como assim? – Olhou-me torto.

“É que parece que você não gosta mais de ficar comigo...” Queria, mas era incapaz de lhe dizer algo assim.

– Você podia pedir para a mamãe me deixar aqui por mais uns dias... – Olhei para baixo ao sorrir sem graça.

– Frank! Mas esses dias já não são o suficiente?! – Ficou surpreso e riu aflito.

Não sei, senti um mal estar ao ouvir aquilo. Era realmente isso que alguém como meu pai pensava? Sete dias eram de fato suficientes para dizer que conhecia seu filho?

Doía. Doía muito.

Aí eu pensei nele. No sorriso que ele deu ao me ver, uma semana atrás, nos fundos de casa. De sua voz rouca e tímida ao me agradecer. Ao me agradecer... Por tudo. E finalmente, seus lábios tocando meus num momento rápido, porém único.

Sorri, com os olhos fechados.

– Frank? – Meu pai me cutucou – Frank, filho?

– Pai! – Saí de meus devaneios já sentindo o rosto esquentando. “Ótimo” pensei, “Agora mais isso” enquanto começava a fingir arrumar o cabelo para não ser visto.

– O que foi isso? – Papai riu.

– Só... – Forcei um uma risada – Só estava p-pensando... – Droga! Por que nada nunca saía como eu queria?!

– Nossa, mas esse meu garoto está pensando demais ultimamente! – Passou o braço por meus ombros – O que está acontecendo?

Não tinha certeza se ele falava realmente sério ou só disse aquilo para fingir se importar, mas não fazia mais diferença.

– Puberdade, pai... – Forcei um sorriso que não queria vir de jeito nenhum, fitando meus tênis. Legal, nem assim eu conseguia.

– Puberdade? – O mais velho apenas riu novamente – Frankie, você tem 17 anos!

–É. Então? – E não me chame de Frankie...

– Hum, nós já falamos sobre isso. Você tinha 14 anos.

– N-não é isso! – Finalmente levantei a cabeça e aumentei o tom de voz, apertando os olhos. Papai ia dizer algo, mas eu continuei – A gente... Nós precisamos conversar! De verdade! – Gritei, a ponto de chorar. Só precisava de uma conversa séria. De pai para filho.

– F-filho...

Pediu que me acalmasse e me abraçou antes que eu continuasse a gritar ou realmente caísse no choro. Acho que estou ficando maluco, pois pensei mesmo que algo inteligente ou amoroso pudesse sair em suas palavras. Algo que me deixasse bem.

– Se quiser alguma dica com as garotas, pode falar sem medo... Vou sempre te ajudar...

Olhei para cima, para o rosto do outro e pude ver seu sorriso. Era isso que ele achava que girava em torno do meu mundo? Garotas? Arranjar logo uma namorada? Ao abrir os olhos, ele me encarou também, esperando por um sorriso que não chegou.

Meu rosto ficou vermelho, não de vergonha. De raiva. Saí rápido do sofá com as mãos nos olhos e batendo os pés. Lembro-me de gritar, já na porta do cômodo:

– Garotas? Isso não tem nada a ver com garotas, pai! É sobre mim! Eu, porque sou seu filho! Tente me ouvir pelo menos uma vez! – E então saí correndo para meu quarto enquanto as lágrimas já eram incontáveis.

Me joguei na cama depois de fechar a porta com força. Não hesitei e comecei a gritar ali mesmo. Queria desaparecer, ir embora dali. Não demorou muito e ouvi passos se aproximando do quarto.

Papai começou a bater na porta entre alguns pedidos de desculpas, dizendo que me ouviria da próxima vez. Era só dar-lhe uma segunda chance.

Segunda chance? Mas eu já te dei várias. E nunca adiantou. Aprendi do pior jeito que as segundas chances nunca resolvem nenhum problema. As pessoas nunca mudam mesmo. Mas ele persistiu. Continuou na porta aturando todas as palavras sem sentido que eu gritava e soluçava.

No final, ele apenas disse “Eu faço qualquer coisa

Bom, depois de respirar fundo e esfregar os olhos, levantei-me e peguei todas as malas que estavam pelo quarto. Coloquei um casaco e abri a porta.

– Só me leva para casa.

Ele o fez. Sem dizer uma palavra enquanto eu soluçava pelo caminho, grudado à porta do carro.



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Notas finais do capítulo

Reviews gente? Novos leitores, falem comigo plmmds u_u
Explico melhor no próximo capítulo!
Bjoss