Mellody Potter escrita por Gessika Granger


Capítulo 14
Férias de Natal


Notas iniciais do capítulo

Oi, era para eu ter postado antes, mas estava sem internet.
Boa leitura pra vocês antes de domingo eu posto mais um.



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Fiquei trinta minutos na sala pensando sobre o que Harry havia dito, o que Sirius havia feito era errado, mas o que meu irmão pretendia fazer com ele não era certo também, ele não podia se vingar do Black da maneira como ele pensava. Além disso Sirius Black era um criminoso e Harry era basicamente uma criança, certamente se sairia mais mal do que bem nesta história. Entretanto, eram meus pais também, e eu sofri a vida inteira as consequências do ato de Sirius Black. Depois de pensar muito sobre isso resolvi ir falar com meu irmão, entrei no salão comunal e não o vi em lugar algum, então resolvi perguntar de seu paradeiro para a Mione.

— Mione, você viu o Harry? — Perguntei.

— Ele subiu para o dormitório e o Ron acabou de subir para falar com ele. — Ela respondeu desviando um pouco sua atenção de um livro sobre runas antigas.

— Obrigada, vou lá falar com ele.

Encaminhei-me para o dormitório masculino, quando estava nos últimos degraus Ron saiu do dormitório.

— Você quer falar com o Harry? — Ele perguntou.

— Sim, ele está ai?

— Está, mas parece que está dormindo, não consegui falar com ele. — Ele disse com um pequeno sorriso de desculpa.

— Vou tentar mesmo assim.

— Boa sorte — ele disse enquanto terminava de descer a escada para o salão comunal.

Terminei de subir as escadas e abri a porta, Harry estava deitado de barriga para cima, parecia que dormia, mas eu sabia que não.

— HARRY! Levanta quero falar com você, sei que não está dormindo. — Disse me aproximando, parando ao lado de sua cama e o chacoalhando. Ele abriu os olhos devagar e me encarou sem dizer nada.

— Podemos conversar? — Perguntei.

— Sim — Ele disse sem emoção.

— Está mais calmo?

— Um pouco.

— Olha Harry, eu sei que você ficou mal pelo que escutou, eu também fiquei, também eram meus pais Harry — eu disse o encarando e tentando segurar as lagrimas que queriam cair.

Ele não disse nada por um longo tempo, no qual ficou apenas me encarando.

— Vem aqui. — Ele me chamou de repente para que eu me deitasse ao seu lado e assim o fiz — Quero te mostrar algo — ele disse pegando algo em baixo das cobertas.

— O álbum com as fotos do papai e da mamãe? — perguntei sem entender.

— Sabe quando sinto muita saudade eu o pego e fico olhando, quando você quiser vê-los também pode pegar, está bem? — Ele me disse sério.

— Está bem — eu dei um pequeno sorriso e encostei minha cabeça em seu ombro.

— Mas é isso aqui que queria te mostrar. — Ele abriu em uma foto que parecia ser de um casamento — Este aqui é o traidor. — ele apontou para um homem ao lado dos nossos pais.

— Eles parecem tão felizes, e tão amigos — disse passando meu dedo em volta deles. — Quem adivinharia que ele os entregaria? Por que ele não pensou na amizade deles quando os entregou a Voldemort? Ele acabou nos deixando órfãos, por quê? Ele preferia Voldemort aos amigos? — As lagrimas teimosas começaram a cair.

— Não sei Mel. — Ele disse dando um longo suspiro. — Sabe que eu queria que ele escutasse a mamãe gritando quando Voldemort a matou, toda vez que um dementador chegasse perto dele, isso seria um bom castigo.

— Sim, seria. — eu disse e acrescentei após um momento de silêncio — Harry eu vou te ajudar no que você escolher fazer com o Sirius Black desde que seu plano não seja matá-lo ou que não nos trague problemas — quando ele me olhou recriminador adicionei — quero dizer mais problemas.

Fiquei um bom tempo olhando as fotos do álbum com Harry, até Neville subir e dizer que estava na hora do jantar, então fomos ao salão principal.

No outro dia quase todos os alunos foram passar as férias de natal em casa, então o castelo ficou praticamente vazio. O melhor de tudo é que Gina e eu tínhamos o quarto só para nós.

Acordei um pouco tarde e encontrei Mione, Harry e Rony conversando perto da lareira.

— Bom dia — disse enquanto descia os últimos degraus.

— Bom dia — disseram juntos.

— Vocês viram a Gina? — perguntei bocejando enquanto me jogava em uma poltrona ainda de pijama.

— Ela foi no corujal enviar uma carta pra mamãe — Rony disse.

— E vocês dois não vão mandar cartas para seus pais? — perguntei pro Rony e para a Mione.

— A Gina mandou a minha junto com a dela — Rony disse.

— E eu já mandei a minha assim que acordei — disse uma Mione sorridente.

— E você mano não vai mandar uma carta para nossos queridos tios? Para deixá-los mais tranquilos, já que não mandou nenhuma até agora. — disse para incomodar ele um pouquinho.

— Claro que não Mel, acho que quando receberem uma carta dizendo que passarei todas as férias aqui na escola ou que morri em um desses problemas que acabam me encontrando aqui, será a que mais os deixarão felizes e tranquilos — Harry disse e todos rimos.

Ficamos em silencio por um momento e confesso que quase comecei a dormir de novo

— Mel, acorda — Harry disse me chacoalhando para que eu prestasse atenção nele, acho que isso foi vingança por ontem. — Mel, nós vamos visitar Hagrid, quer ir junto? — Meu irmão perguntou.

— Claro, deixa só eu trocar de roupa e pegar minha capa — disse a eles, seguido de um longo bocejo.

Quando voltei todos já estavam com suas capas e fomos para a cabana de Hagrid. Quando chegamos em frente a cabana batemos na porta, mas ninguém atendeu.

— Será que ele saiu? — perguntou Mione.

— Tem um barulho estranho — disse Ron encostando o ouvido na porta — Acho melhor a gente chamar alguém — ele completou nervoso.

— Hagrid! Hagrid, você está ai? — Harry chamou batendo na porta.

Ouviu-se passos e a porta se abriu. Hagrid estava com os olhos vermelhos e chorando.

— Vocês souberam? É o Bicuço, o Malfoy o denunciou e agora querem uma audiência para a Comissão de Eliminação de criaturas perigosas — ele disse voltando a chorar.

— Mas o Bicuço não é perigoso, né Hagrid? — perguntei me aproximando dele.

— Claro que não — Hagrid disse parecendo ofendido.

— Você precisa preparar uma boa defesa Hagrid — Mione disse e eu concordei com um aceno de cabeça.

— Isso mesmo Hagrid você não pode desistir — Harry disse — Pode até nos chamar como testemunhas.

— Eu já devo ter lido em algum lugar sobre um hipogrifo que foi inocentado, vou procurar para você Hagrid e verificar o que aconteceu — Mione disse, mas ao invés de acalmá-lo ele simplesmente começou a chorar mais. Olhamos para Rony para ver se ele dizia alguma coisa.

— Hmm... alguém quer chá? — ele disse e completou quando o olhamos espantados — O que foi? É o que minha mãe sempre faz quando alguém está chateado.

— Vocês têm razão não vou desistir — Hagrid disse convicto.

Ficamos um bom tempo conversando com Hagrid o que fez com que por um momento esquecêssemos Sirius Black.

Na manhã de natal haviam vários presentes ao pé da minha cama resolvi acordar Gina antes de abri-los.

— Acorda Gina, já é natal — chamei ela ou melhor gritei.

— Me deixa dormir — ela disse enquanto se virava para o outro lado.

— Acorda logo — disse chacoalhando ela.

— O que foi Mellody, por que me acordou a essa hora? — Ops, acho que ela acordou de mau humor.

— É que já é natal — eu disse fazendo bico.

— Feliz Natal, sua boba — ela disse me abraçando.

— Feliz natal!

— Vamos abrir nossos presentes — ela disse animada.

Além do suéter roxo da Sra. Weasley, ganhei também livros, tortas e chocolates.

— Feliz natal meninas — Mione disse entrando no dormitório.

— Feliz natal Mione — dissemos juntas.

— Vou ir falar com os meninos querem ir junto? — Perguntou Mione, Gina ficou vermelha e disse:

— Eu... eu preciso terminar de abrir meus presentes.

— Ok, então até mais.

Coloquei o suéter Weasley por cima do pijama e fomos para o dormitório dos meninos.

— Feliz natal! — dissemos assim que entramos no dormitório masculino.

— Feliz natal, Mione e Mel — eles disseram.

— O que é isto? — perguntei enquanto me sentava na cama do Harry.

— Uma vassoura — Rony disse revirando os olhos.

— Eu sei que é uma vassoura, quero saber de quem ganhou — eu disse um pouco irritada.

— Não é minha é do Harry. E não temos a mínima ideia de quem a mandou. — Rony respondeu.

— Ei, está não é do mesmo modelo que você ficou namorando no Beco Diagonal? — Perguntei ao meu irmão.

— É sim, não é incrível? — Ele disse animado. — O que foi Mione? — Harry perguntou ao ver a expressão dela.

— Não sei — respondeu Hermione lentamente — mas é meio esquisito, não é? Quero dizer, essa é uma vassoura muito boa, não é?

— É a melhor vassoura que existe no mundo, Hermione. — Respondeu Harry.

— Então deve ter sido realmente cara...

— Provavelmente custou mais do que todas as vassouras da Sonserina, juntas — disse Rony alegremente.

— Bem... Quem iria mandar a Harry uma coisa tão cara e nem ao menos dizer que mandou? — perguntou Hermione.

— Quem quer saber disso? — retrucou Rony, impaciente. — Escuta aqui, Harry, posso dar uma voltinha? Posso?

— Acho que ninguém devia montar essa vassoura por enquanto! — disse Hermione com a voz esganiçada.

Os dois a encararam.

— Que é que você acha que Harry vai fazer com ela... Varrer o chão?

— Mione tem razão, isso é muito estranho, e se a vassoura estiver azarada Harry? Você sabe que enquanto Sirius Black estiver solto estamos em perigo então acho que seria adequado não usar esta vassoura enquanto não tiver certeza de que ela é segura.

— Ela não está azarada Mellody, não está. — Harry disse bravo.

Almoçamos com os professores e alunos que ficaram no castelo em uma única mesa que havia no salão principal neste dia. Depois do almoço Mione foi falar com McGonagall e a professora resolveu confiscar a vassoura de Harry para fazer testes nos quais iria ver se havia algo de errado com ela, pois a professora pensava a mesma coisa que eu e Mione, que quem deu a vassoura foi Sirius Black. O que fez com que Ron e Harry ficassem bravos com ela, então enquanto ela estava magoada com os meninos, e eles agiam como completos idiotas, Mione passava seu tempo comigo e com a Gina, ou na biblioteca lendo.


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Notas finais do capítulo

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