POV JUSTIN ON

Eu havia recebido uma proposta de tocar num parque de diversões. Bom, aceitei de primeira, não achei que seria problema, até encontrá-la... 

Não podia ser. Eu não estava acreditando no que estava vendo. Meu coração parece que diminuiu de tamanho, eu fiquei sem ar, as lágrimas brotavam em meus olhos e senti todas minhas forças desvanecer-se. O que estava acontecendo comigo? Porque ela estava assim com ele? Alice sorriu entre o beijo e o garoto moreno, que aquele dia quase veio para cima de mim, voltou a beijá-la. Ela tinha seus braços enroscados no pescoço do otário, e ele mantinha suas mãos na cintura dela. Anna apareceu com uma bexiga e eles se separaram, cada um deu uma mão para Anna e saíram andando, como uma família feliz. PORRA, PARA DE VIADICE JUSTIN! Já faz duas semanas e você não conseguiu esquecer essa vadia? Ela está muito bem sem você, seu otário. Se manca! Você achou o que? Que ela voltaria correndo para seus braços? Se toca!

- Justin, você já vai entrar! – Kenny me chamou e eu encarei o local onde vi meu mundo desabar. Alice, eu mudarei, não sofrerei mais por você, e um dia ainda você vai implorar pelo meu amor, e eu vou dizer, “tarde demais shawty”! Mentira, o que eu estou dizendo? Queria que fosse eu ali, podendo beijá-la na frente de todos, chamá-la de minha e tê-la em meus braços. – Vamos JB! – Kenny me gritou.

- Já estou indo caralho! – revoltei.

- Ih, alguém está de mal humor... Isso é falta de mulher cara! – Kenny disse batendo em meu ombro. Devia ser mesmo, não fodia ninguém a mais de dois meses...

- Cala a boca! – disse e fui em direção ao palco. Essa era a única parte boa, poder ver o sorriso de minhas beliebers só de me verem ali. Isso me fazia esquecer tudo por alguns minutos, mas esse não era tempo o suficiente para me fazer esquecer Alice...

- Bom show meu filho. – Pattie disse assim que estava prestes á entrar. O cronometro já havia sido disparado. 3,2,1... Mandei um beijo para minha mãe e subi.

POV JUSTIN OF

POV ALICE ON

- Aonde vamos agora? – Henri perguntou para Anna.

- Na roda gigante! – Anna gritou pulando nos braços de Henri.

- Vão vocês, eu vou pegar algo para beber. – disse dando um selinho em Henri. Anna saiu correndo em direção á fila e Henri me puxou para um beijo. Já estava me acostumando com seu toque, o que era estranho, por que com Justin era sempre uma nova sensação... PORRA, PARA DE PENSAR NO JUSTIN! Anna apareceu e nos separamos, não sei por que, mas tive a sensação de estar sendo encarada, mas nem dei bola. Peguei em uma mão de Anna e Henri fez o mesmo. Estávamos indo em direção á fila quando começou a maior gritaria.

- Meu Deus, o Jared Leto está ai e eu não estou sabendo? – perguntei irônica.

- Ei! – disse Henri fingindo estar ofendido.

- Baby, me desculpa, mas eu tenho que te confessar uma coisa. Te trocaria pelo Jared. – disse passando a mão pelas bochechas de Henri que depois riu.

- Tudo bem meu amor, porque eu te trocaria facilmente pela Beyonce. – ele disse e deu um beijo em meu biquinho de ‘não acredito que você me trocaria’. Beyonce... A preferida dele.

“My friends say I’m a fool to think

That you’re the one for me

I guess I’m just a sucker for love

‘Cause honestly the truth is that you know I’m never leavin’

‘Cause you’re my angel sent from above

Baby you can do no wrong

My money is yours

Give you little more because I love ya, love ya…”

- Merda! – disse baixo. Não acredito que é ele. Claro que é, sua voz é inconfundível... Como não percebi antes? Hoje era o dia em que teriam os shows no palco central... MERDA! Assim não consigo esquecê-lo mesmo.

- AAAAAAAAAAH! – Anna gritou. – É o tio Justin! – ela disse batendo as mãozinhas uma na outra. – Eu quero ver ele, eu quero, eu quero! – Anna disse fazendo birra e ainda gritando.

- Podemos ir? – Henri perguntou para mim. Era como se ele soubesse que aquilo seria difícil, mas eu prometi esquecê-lo, prometi seguir em frente, e era isso que eu faria.

- Vamos. – disse olhando-o e ele apenas sorriu. O que me pareceu um ‘parabéns’. – Só que Anna, você não sai de perto de mim ok? – perguntei, mas a garota já havia sumido. Henri saiu em disparada e voltou com Anna nos braços.

- Me larga! – ela gritava batendo em Henri.

- Não, só porque você saiu correndo. – ele disse apertando-a ainda mais em seu corpo.

- Eu quero ver o Justin, e vocês estavam demorando muito. – ela disse fazendo um biquinho de brava.

- OK. Vamos logo então. – eu disse e Anna acalmou no colo de Henri.

- Agora ta para me soltar bobão? – Anna perguntou fuzilando Henri que me olhou. Assenti e cai na gargalhada. Bobão... Ai meu Deus, mais essa.

Chegando lá, tinha muita gente, mas muita mesmo. Anna pediu para ficar nos ombros de Henri para poder enxergar melhor, e eu fiquei ali, paralisada.

Arrisquei olhar para o palco, mas me arrependi amargamente. Justin estava divino, mais lindo do que nunca. Seus olhos brilhavam de felicidade. Ele era assim quando estava com suas fãs. Ele cantava para elas, e nada mais importava. Ele havia me dito uma vez, que elas eram TUDO pra ele, e eu acho isso muito fofo, mas agora, vê-lo assim, apertou ainda mais meu coração, me fez perceber porque eu não consigo esquecê-lo. Aqueles cabelos sedosos, aqueles lábios rosados, aqueles olhos mel... O corpo de Justin, a voz de Justin. Tudo isso era como uma droga para mim. Era como se ele tivesse sido feito exatamente para mim. Mas não, não era assim. Ele havia sido feito para o mundo. Para milhares de mulheres loucas por ele, e eu não fui diferente. Nem sei quanto tempo fiquei ali em pé, mas percebi que foi o tempo de um show inteiro.

- Obrigada Atlanta, só vocês sabem o quanto eu amo cada um de vocês. Espero que tenham adorado o show, pois eu amei ver todas vocês. – Justin disse com um sorriso no rosto e escutar sua voz me fez estremecer. Como era bom escutar sua voz... – E essa é nossa ultima musica... – ele disse e a platéia fez um coro de AAAAAAAAH tristonho e depois ele sorriu e começou a musica.

- Alice, Anna sumiu! – disse Henri me trazendo de volta á realidade.

- O QUE? COMO ASSIM? ELA NÃO ESTAVA COM VOCÊ? – perguntei gritando. Não pode ser, eu não posso simplesmente perder Anna. E ele fala com toda essa calma? Vai tomar no cú.

- Estava, mas ela disse que queria descer, e depois acho que viu alguém e saiu correndo. – ele disse tentando se explicar.

- Ah seu idiota! – disse gesticulando com as mãos, e juro que me segurei para não matá-lo ali. – Ela é só uma criança porra, e agora está por ai... – disse passando a mão nos cabelos.

- Eu... – ele ia dizer algo.

- Ah Henri, cala a boca! Eu vou procurá-la antes que alguém a encontre por mim. – disse ríspida. – Se quiser fazer algo de útil, procura do outro lado do parque. – disse irritada e Henri apenas se virou e foi em direção ao outro lado. Merda, onde Anna pode estar? Já sei! Posso pedir para os seguranças de Justin me ajudarem, afinal, eles são ótimos nisso. Fui até aos bastidores, onde geralmente a equipe ficava e encontrei com Ryan.

- E ai, bela adormecida! – Ryan disse me dando um beijo estalado na bochecha. Sério que ele não tem um apelido melhor?!

- Oi Ry. Você viu Anna por ai? – perguntei olhando para os lados.

- Já perdeu a pestinha? – ele disse rindo e eu o fuzilei. – Não sei, vou ver aqui e te dou um toque.

- Ah, obrigada Ry. Vou procurá-la nos brinquedos. – disse dando-lhe um abraço e saindo.

POV ALICE OF

Anna andava pelo imenso parque á procura de alguém que pudesse levá-la até o camarim, o problema é que havia se perdido de sua irmã e nem tinha tomado conta de que a mesma deveria estar muito preocupada, ela só queria poder falar umas poucas e boas para o Tio Justin e abraçar a Tia Pattie. Anna não era mais neném, e entendia porque sua irmã chorava todas as noites em seu quarto. Era por causa dele. Não acreditava que o Tio Justin, que dizia amar sua irmã, fosse capaz de fazer a mesma sofrer tanto. Anna não entendia muito bem sobre relacionamentos, mas sabia que a irmã não amava o Tio Henri, ele era legal, brincava com ela e tudo mais, mas ele não era o Tio Justin, que deixava sua irmã mais velha com cara de bobona e toda cuti-cuti.

Anna não sabia onde estava, olhava para todos os lados, e tudo o que via agora era ônibus e tendas. A garotinha sentou-se no chão e começou a chorar. Tudo o que queria agora era sua irmã... Não gostava de estar sozinha...

- Ei. Anninha? – uma voz conhecida perguntou á garotinha. A mulher estava preocupada, e quando viu uma loirinha toda encolhida na grama, não pensou duas vezes antes de socorrê-la.

- Ti-Tia Pattie? – a garotinha perguntou com a voz chorosa. A mulher morena abriu um sorriso nos lábios.

- Sim meu amor. Sou eu! – Pattie disse pegando Anna no colo. – O que faz aqui? – Pattie perguntou preocupada, mas a garotinha não sabia o que dizer.

- Eu me perdi da Lice... – Anna assumiu e Pattie levou-a para o camarim, onde era mais seguro e aconchegante. A mulher nem pensou na preocupação de Alice, afinal, a garota foi dura quando afastou Anna dela, e isso não se faz. Além de o fato de ter machucado o coração do filho, que não é nenhum santo, mas era apaixonado por ela...

POV JULLIE ON.

Isso! Era tudo o que eu precisava... Minha futura sogrinha está com Anna, então mato dois coelhos com uma bala só. Segui-as até o camarim, logo Justin sairia dali, podia escutar a ultima musica soar.  O que eu diria? Isso não importa, mas eles vão ficar sabendo de uma forma ou de outra. Afinal, Justin terá de assumir seu filhinho... Sorri com meus pensamentos pervertidos. Justin nunca mais será feliz. NUNCA MAIS!

Quando fazia uns cinco minutos que Anna e Pattie já haviam entrado, decidi ir até a pequena sala.

- Justin? – abri a porta chamando-o. Eu sabia que ele não estava, mas isso fazia parte do plano também. Pattie ficaria surpresa em me ver ali.

- Ele não esta, posso te ajudar? – Pattie perguntou assim que entrei na sala. Anna me olhou e sorriu.

- Tia Ju! – ela disse vindo me abraçar.

- Oi aninha. – sorri falsa. Fala sério, é bom que essa menina me sirva de algo além de me dar despesas na Starbucks. – Ah, desculpa Pattie, eu volto depois então. – disse forçando um sorriso tímido.

- Não Jullie, tudo bem, espere aqui por ele. O show já esta acabando. – Pattie disse toda fofa, como sempre. Af que nojo dessas coisas. Mas bom, ela era mãe de Justin, então tinha que tratá-la minimamente bem. – Mas do que se trata, posso saber? – perguntou curiosa. Qual é, além de falsa a velha é intrometida? Poupe-me!

- Ah, é um assunto meio particular, apesar de que, eu acho que logo todos vão saber. – disse tentando deixar um clima de suspense ali. O silêncio se instalou e aquilo estava me deixando irritada, a velha não ia perguntar nada? Merda! – Ah. – disse colocando a mão na cabeça fingindo dor.

- O que foi querida, está bem? – Pattie perguntou já ao meu lado.

- Não sei, de repente me deu uma tontura. – disse fingindo um quase desmaio e levando minhas mãos á cabeça. Pattie me olhou preocupada, e eu ri internamente. Cara, eu sou uma ótima atriz!

- Acho que é melhor eu chamar a ambulância. Eles estão aqui perto mesmo... – ela disse como se pensasse o que era melhor. Velha lerda! O lance vai ser jogar limpo, ou melhor sujo, ah que se foda! Vou ser direta!

- Não, isso deve ser normal... – disse agora passando minhas mãos pela barriga e fazendo um carinho ali. Sério, estava me sentindo uma louca, mas acho que estava funcionando bem, pois Pattie me olhou receosa.

- OMG! – Pattie disse depois de alguns segundos levando a mal a boca.

- Calma Pattie, não é nada demais. Você sabe, no começo vai ser sempre assim. – disse passando a mal em minha barriga novamente e fingindo um olhar carinhoso para ela.

- S-Sim, claro! – ela disse gaguejando. Ela parecia incerta de suas próximas perguntas, mas eu queria deixar bem claro o que estava acontecendo ali.

- O que foi Pattie? Parece agoniada. – disse fazendo minha voz mais sínica e mais falsa.

- É... Essa... Hum... Esse bebê... Ele é do... – Ela parecia não conseguir terminar nem uma frase se quer, então decidi dizer logo. Aquele teatrinho irritante já estava me enchendo, ainda tenho que encenar bastante para Justin...

- Sim, esse bebê é do Justin. – disse rápido. Pattie levou as mãos á cabeça, e no exato momento Alice abre a porta.

- Pattie, você está bem? – Alice perguntou correndo até a velha. Ah claro, até parece que ela se preocupa tanto... Ah Alice, dera eu ser tão boa atriz quanto você. Pena que irá sofrer um pouquinho mais com as novidades. Bom, meu trabalho estava feito, agora era só esperar a pirralha dar com a língua nos dentes.

- Estou sim querida, foi só um mal estar, mas eu já estou bem. – Pattie disse sentando-se numa cadeira ali perto. Alice passou o olhar por toda sala e parou em mim.

- Jullie? – ela perguntou surpresa.

- Sim, e ai Alice?! – disse tentando parecer simpática, mas na real, Alice sempre me irritou, esse jeitinho de minha vida é uma merda, eu me corto, e só sofro. Não tenho ninguém... Af fala sério, isso nunca colou comigo. O importante é que ela tem personalidade, e comigo nunca foi como as patricinhas do bairro que só falavam de roupas e essas coisas. Eu tinha tudo, mas odiava ficar falando sobre, preferia gastar, tanto do dinheiro dos meus pais quanto do meu. Era por isso que eu trabalhava, para depois eles não ficarem tacando na minha cara que eu gasto e não faço merda nenhuma.

- Estou bem. – ela disse sorrindo e olhando para Anna. Agora parecia brava. – Quem você pensa que é para sair correndo do nada? Sabe o quanto Henri e eu ficamos preocupados? – Alice perguntou para Anna que agora tinha a cabeça baixa.

- Desculpa Lice... – a menina disse tristonha. Admito que aquilo me afetou um pouco, mas ah, qual é, que se foda! Daqui a pouco as duas estão no maior Love de novo.

- Tudo bem, mas não faça mais isso. – Alice disse pegando a garotinha no colo. Não disse que ela tem o coração mole? Fraca!

- Lice, Lice, sabia que a Tia Ju está grávida? – Anna disse apontando para mim. Pronto, pelo menos a pirralha fez algo de útil. Isso mesmo!

- Sério? – Alice perguntou chocada. – Que bom amiga! – disse sorrindo para mim, mas espera ai, amiga? Ela ainda me considera sua amiga? Mesmo depois de tudo que aprontei e tudo que estou aprontando com ela? Ela é tão idiota assim? Achei que ela fosse mais esperta, mas isso me deixou um pouco magoada, Alice sempre foi, no termo do possível, uma boa amiga, e agora eu estou aqui, parecendo à vilã da história. Ah, mas que se dane. Isso não é por ela, é por causa do Justin. ELE tem que sofrer, se isso atingir Alice também, não posso fazer nada. Eu apenas sorri torto em resposta á Alice.

- E adivinha de quem é? – Anna perguntou e Alice a olhou confusa. Pelo canto do olho vi Pattie estremecer. Qual é?! Ela vai ter que se acostumar com isso. Afinal, ela vai ser vovó. – É do Tio Justin. – Anna disse, mas num tom de ignorância e revirou os olhos. Alice não disse nada, parecia em choque. Ela apenas sorriu e sussurrou um ‘parabéns’ e olhou para Anna.

- Vamos? – perguntou com a voz embargada. – Desculpe qualquer coisa. – disse para Pattie que a olhou com os olhos marejados. Ah, chega de drama!

- Tchau amiga, eu te chamo para o chá de bebê ok? – disse sorridente e ela apenas balançou a cabeça num sinal positivo.

Quando Alice abriu a porta, Justin entrou. Os dois se esbarraram e Justin a olhou apavorado. Os dois não estavam se falando? Do que adiantou todo esse teatro então? Que merda!

- Oi meu amor! – disse assim que a porta atrás de Justin se fechou.

- Eu vou deixar vocês dois á sós. – Pattie disse em meio á soluços.

- O que você quer? – Justin perguntou ríspido assim que Pattie saiu da sala.

- Ai meu amor, não fala assim. – disse me aproximando dele.

- Eu falo do jeito que eu quiser. – ele disse ainda grosso e se afastou um pouco de mim. – Fala logo pra que você veio aqui. – ele disse pegando uma garrafinha de água e virando-a. Eu queria ser mais romântica, mas já que ele preferia ser direto, por mim, tudo bem.

- Eu só vim te avisar que estou grávida e o filho é seu. – sorri vitoriosa e Justin engasgou com a água que bebia.

- O QUE? – perguntou assustado e com raiva nos olhos.

- Isso mesmo, nossa linda noite de amor gerou frutos. – disse inventando coisas fofas. Só eu sabia o quanto aquilo estava deixando Justin irritado.

- NÃO, ESSE FILHO NÃO É MEU! – ele disse exaltado. – SAI DAQUI SUA VADIA, E NUNCA MAIS OUSE FALAR COMIGO! – ele gritou puxando meu braço e me pondo para fora.

Bom, não era isso que esperava, mas até que ele reagiu bem... Comecei a rir assim que sai da sala. Sim, eu sou foda. Agora é só esperar que logo Justin estará atrás de mim, se não, meus advogados irão...

POV JULLIE OF

POV ALICE ON

O que eu diria ali? Só podia sorrir e fingir felicidade pelo que havia destruído o resto de coração que eu tinha. Jullie parecia feliz, Pattie parecia abalada, mas eu? Eu não sei como estou. Talvez chocada, mas além de tudo, estou decepcionada. Mais do que em qualquer outra situação... Como se não bastasse, tive de encarar aqueles olhos mel quando estava saindo. As lágrimas já caiam, e eu nem tentei escondê-las dele. Estava simplesmente inconformada com o fato dele ter feito mesmo aquilo com Jullie...

Não, isso não era possível. Não podia ser verdade. As lágrimas desciam descontroladas por minha face, mas e daí, está tudo acabado mesmo. Justin será pai, e todas as possibilidades de nos acertarmos foram embora assim que soube disso. Não acredito! Como isso é possível?! Eu me odeio. Odeio ter de sentir isso que estou sentindo agora. É como se estivesse sozinha, tem um vazio agora onde antes ficava um coração. Meus órgãos estavam revoltosos dentro de mim. Minha visão estava embasada devido ás lagrimas e eu não estava nada bem... Parei assim que vi Henri. Soltei Anna e corri até ele. Só o que eu precisava agora era de um abraço, na verdade eu só não ficaria sozinha, pois no estado em que estou, seria capaz de fazer alguma burrada.

Henri estava ao telefone, e tudo que escutei antes dele desligar foi: “Eu te amo muito meu amor.”. Mais essa... Mas isso não importava agora, o lance do telefone ela resolveria depois, o que a afetava mais agora era essa gravidez... NÃO PODE SER VERDADE... Mas é, e eu não posso fazer nada. Abracei Henri que parecia perdido, e chorei. Chorei feito uma criança... Mas era só isso que eu podia fazer no momento. Chorar.

POV ALICE OF

POV JUSTIN ON

O QUE? EU SERIA PAI? ISSO NÃO ERA POSSIVEL! E-EU NUNCA FIZ NADA COM JULLIE! Não, isso não pode ser verdade... Como assim a garota chega e diz na maior cara de pau que eu sou o pai daquela criança que ela esta carregando? Então era por isso que Alice saiu chorando daqui, era por isso que minha mãe estava triste e chocada? Elas já sabiam? Anna foi a que mais me pareceu calma. Até parecia que ela já esperava isso de mim, mas como? Não. Isso não era possível. A não ser que... Não, eu já disse que não fiz nada com Jullie naquela festa. Mas, vai que... NÃO, mas vai que nada! Eu não sou o pai desta criança. Isso não pode ficar assim...

- Mãe? – chamei a mulher que agora mantinha sua cabeça entre as mãos e chorava.

- Sim meu filho? – ela perguntou enxugando o rosto. Aquilo foi a gota d’água.

- Preciso que me leve até o apartamento de Alice...