Quando Hanna se aproximou, viu que era Selena, uma das filhas de Afrodite. Beijando o Nico. ”Isso não pode estar acontecendo.”, pensou.

Pov. Nico

Depois de pegar minhas coisas para a missão, fui me encontrar com Percy, Annabeth e Hanna. Ainda não acredito que vou ter que ir numa missão com ela. Quando Hanna estava chegando, avistei Selena, do chalé de Afrodite. Pensei rápido e, sem dizer nada, fui até lá e beijei Selena quando Hanna estava olhando. Tudo bem, admito que foi maldade, mas ela mereceu.

Pov. Hanna

Não acredito nisso. O Nico estava mesmo beijando a Selena. Ele não me ama. Ah, não! Eu não posso chorar. Não na frente dele. Vamos lá, Hanna. Seja forte!

Pov. Narradora

Então, Hanna foi até lá, pisando duro. Passou por eles de nariz empinado, desfilando. Nico se afastou de Selena, murmurando um rápido ”Me desculpe”, e foi até os outros.

– E aí, Hanna? Pronta para a missão? - Disse Nico, sorrindo para ela de forma sarcástica.

– Muito engraçado, caveira jr. - Disse Hanna. Percy e Annabeth apenas observavam, quietinhos.

– Ei, relaxa, eu só tô brincando! - Disse Nico.

– Ah, é? Porque não vai brincar com a senhorita Barbie Anoréxica ali? - Disse Hanna, apontando para Selena com o queixo.

– Olha só quem está com ciúmes! - Brincou Nico.

– Não é ciúmes! - Protestou Hanna. Nico ignorou. Rachel chegou e explicou o que eles tinham que fazer. Teriam que encontrar a flauta de bronze, uma flauta que, quando tocada, pode fazer qualquer um que escutar sua música cair em sono profundo por cem anos. Ela pertence a um sátiro, que perdeu-a em meio a uma missão em Nova York.

– Estão prontos? - Perguntou Rachel.Todos concordaram e foram em direção aos estábulos. Montaram em seus Pégasos em duplas: Annabeth com Hanna e Percy com Nico.

– Ei, Hanna. - Chamou Annabeth. - Eu e o Percy voltamos. Então acho que eu desculpo você, mana. - Ela deu uma risadinha.

– Obrigada, Annabeth. Acho que devíamos ser amigas. Afinal, irmãs brigam, né? - Brincou Hanna.

– Claro. - Annabeth concordou, e as duas riram. Parecia que elas estavam se dando bem, afinal.

Percy e Nico estavam conversando sobre armas, lutas e essas coisas de garotos. Quando chegaram em Nova York, deixaram os Pégasos em um terreno abandonado que havia por lá. A Névoa se encarregaria de disfarçá-los se alguém os visse.

– Vamos fazer assim - Começou Percy. - Nico e Hanna procuram do lado leste e eu e Annabeth do lado oeste. Nos encontramos aqui em duas horas.

– Sem chance de eu ir com ele. - Disse Hanna, cruzando os braços. Por um lado, ela adoraria ir com ele. Mas por outro, realmente não queria.

Pov. Nico

Eu estava observando Hanna fazer pirraça e me dei conta da burrada que fiz mais cedo. Tá bom, eu admito: ela é uma chata, metida, mimada, pirracenta e... eu a amo. Decidi tomar uma atitude antes que eu perdesse ela para sempre.

– Ah, você vem sim. Se não vier por bem, vai ser por mal. - Eu disse, olhando para ela e rindo.

– Não vou e ponto final. - Disse Hanna, sem olhar para mim.

– Tudo bem, então. Foi você quem pediu por isso. - Eu disse, e depois peguei ela no colo. Ela começou a se debater e gritar:

– ME SOLTA, NICO DI ANGELO!!! AAAAAH! - Ela gritava. Ela se debatia tanto que eu não consegui segurá-la e nós dois caímos no chão. Começamos a gargalhar feito loucos. Todos que passavam na rua ficavam nos encarando, mas eu não liguei. E parece que ela não ligou também. Eu sou o cara. Aposto que ela tá caidinha por mim agora. Tá bom, parei.

Pov. Hanna

Não acredito que ele me pegou no colo. Agora ele olhava pra mim com uma cara de bobo. Percebi que ainda estava em cima dele e levantei, arrumando meu cabelo. Ele é um retardado mesmo. E eu amo esse retardado.

Pov. Narradora

Nico e Hanna começaram a procurar. Foram atacados por várias dracaenas, e Nico derrotou todas, enquanto Hanna ficou gritando histericamente. Quando eles acharam que não havia mais nenhuma, uma dracaena se aproximava de Nico sem que ele a visse, por trás. Quando a dracaena estava prestes a atacá-lo com um golpe mortal, Hanna a viu. Pegou sua faca, reuniu toda a sua força e atacou a dracaena. O monstro gritou de dor, mas não morreu. Atacou Hanna com suas garras e fugiu.

– HANNA! - Nico gritou, indo até ela.

– Ni... Nico. - Disse Hanna, chorando por causa da dor.

– Fica calma, Hanna, eu vou cuidar de você. Eu te amo. - Disse Nico, seus olhos transbordando de lágrimas.

– Eu... também te amo, Nico. - Disse Hanna, e logo depois, desmaiou. Nico passou néctar nos seus ferimentos desesperadamente. Depois de algum tempo, ela acordou.

– Hanna? Você tá bem? Pode me ouvir? - Nico perguntou, segurando a mão dela.

– Estou bem. Cadê a dracaena? - Ela disse, preocupada.

– Ela fugiu depois que você a feriu.

– Ah, que bom que eu servi pra alguma coisa. - Ela disse, e os dois riram. - Eu tive um sonho muito esquisito enquanto estava desmaiada.

– Como foi? - Perguntou Nico, curioso.

– Não posso te contar. - Ela disse, corando.

– Ah, agora eu quero saber.

– Hum, a gente tava aqui mesmo. Você disse que me amava. - Ela disse, corando mais ainda.

– E o que você respondeu? - Disse Nico, sabendo que aquilo não fora um sonho.

– Eu disse que te amava também.

– E você me ama? - Ele perguntou, seus rostos a centímetros de distância.

– Acho que sim. Você me ama?

– Acho que sim. - Eles riram e se beijaram. De repente, parecia que o mundo tinha parado de girar e só existiam eles dois. Hanna passava a mão pelos cabelos pretos de Nico. Só pararam pois precisaram de ar.

– Acho melhor a gente voltar. O Percy e a Annabeth já devem estar esperando a gente. - Nico falou.

– Mas e a flauta? A gente nem procurou por ela.

– Ah, a gente fala que houveram... imprevistos. – Disse Nico, rindo.

– Tudo bem, então. - Disse Hanna, rindo, e os dois se encaminharam até o ponto de encontro...