Like A Dream escrita por hyunnie
Notas iniciais do capítulo
Minha primeira fic de APink! Espero que gostem :}
“You don't know what a girl wants
what a girl, what a girl wants ♪”
Chorong tateou embaixo de seu travesseiro a procura do aparelho que vibrava e tocava em um volume ensurdecedor. Por mais que aquela fosse sua música favorita, nessas horas ela a odiava com todas as suas forças.
Esfregou os olhos e o apanhou, fazendo uma careta quando fitou o visor.
- Droga! – xingou baixinho, desligando o alarme e saltando imediatamente da cama.
Não sabia como, mas seu celular havia despertado 1 hora depois do que se lembrava de ter programado. Entrou em pânico, como todas as vezes em que acordava atrasada.
Correu para o banheiro, mas decidiu não tomar banho. A qualquer momento Bomi chegaria e ela não estaria pronta, então preferiu apenas lavar o rosto e escovar os dentes rapidamente. Foi até a cozinha e encontrou seu tio sentado à mesa e lendo o jornal diário, como de costume.
- Bom dia, tio! – o cumprimentou depressa, deixando um beijo no topo de sua cabeça e abrindo a geladeira para providenciar seu café.
- Bom dia, Chorong-ah! – retribuiu com sorriso sincero. – Preparei ovos para você. Não vai comer?
- Hoje não, tio. – ela respondeu, pegando seu potinho de banana milk e o tomando quase que em um gole só. – Estou mega atrasada!
- Ah, que pena! Leve pelo menos um lanche e...
Ouviram os três toques da buzina da bicicleta de Bomi lá fora, e Chorong disparou de volta para seu quarto. Pegou a primeira roupa que conseguiu encontrar no meio da bagunça que estava seu armário e se trocou, indo em seguida até a penteadeira e escovando seus cabelos de qualquer jeito.
Foi até a janela do quarto de seu tio, subiu na cama e gritou para a impaciente Bomi que já fazia menção de ir embora sem ela.
- Me espera, cacete!
- Estamos atrasadas! Vê se desce logo! – a mais nova gritou de volta, apontando para o relógio em seu pulso.
Chorong voltou ao seu quarto, atirou algumas coisas dentro de sua mochila e a colocou no ombro. Passou novamente pela cozinha e se despediu de seu tio antes de ir embora.
- Nos vemos no treino, tio! Tenha um bom dia! – retirou um pãozinho recheado do cesto que estava sobre a mesa e deixou o apartamento, descendo as escadarias correndo e pegando sua bicicleta no quartinho do prédio.
Não demorou mais que dois minutos, mas Bomi já a encarava de uma forma tão assustadora que temeu pela sua vida. Assim que fechou o portão de entrada do condomínio, Chorong teve que montar sua bicicleta às pressas para seguir Bomi, que pedalou furiosamente e sumiu rua abaixo.
- Larga de ser estressadinha, Bomi! – Chorong disse quando a alcançou, emparelhando sua bicicleta à da amiga. – Nem estamos tão em cima da hora assim!
- Unnie, essa é a terceira vez que atrasamos esse mês! – Bomi esbravejou, trocando de marcha e pedalando ainda mais rápido. Tanto que Chorong teve que fazer um esforço sobrenatural para conseguir acompanhá-la. – O senhor Onew já está puto com a gente!
- Ai, você tá com medo de que, hein? – a mais velha deu de ombros. – Nos demitir ele não pode mesmo.
Em tese, Bomi sabia que a amiga tinha razão. Afinal, quem mais naquele bairro teria interesse no emprego das garotas? Certamente ninguém.
Alguns minutos depois as duas chegaram à loja. Estacionaram suas bicicletas em seus respectivos suportes e foram vestir seus uniformes para começar o trabalho.
- Até que enfim, hein?! – disse Yookyung - a garota que tomava conta do balcão - quando elas finalmente se apresentaram. – Deram sorte que o senhor Onew não veio hoje, porque se viesse...
- Culpe essa aqui. – Bomi deu uma cotovelada de leve em Chorong, que ajeitava seus cabelos dentro do boné temático da lanchonete.
- Não vai acontecer de novo! – Chorong se curvou exageradamente, pedindo desculpas por mais um atraso.
- Está bem, unnie! Mas agora vamos ao trabalho!
- Sim senhorita! – as duas concordaram, e o telefone da loja tocou.
- Rei do Frango, bom dia? – disse Yookyung ao atender. – Sim, fazemos. Sim, temos. Qual o seu pedido? – sacou a caneta do bolso do avental, anotando em seu bloquinho. – Hm... Empanado? Sim, temos frito e empanado.
- Agora reze para ela não contar a ele. – Bomi cochichou para Chorong.
- Ok, ok.. Qual a quantidade?... Certo!... Qual o endereço?
- Ela não vai! É boazinha de mais para isso.
- Hm... Anotado! Agradecemos a preferência e informamos que, se o seu pedido não chegar em 20 minutos, ele será entregue gratuitamente! Tenha um bom dia!
- Espero que você esteja certa...
- Pronto! – exclamou ao desligar o telefone. – Quem quer fazer a primeira entrega?
- Vai você. – falou Chorong.
- Eu não! Vai você! – retrucou Bomi, cutucando-a.
- Aish, vocês duas! – a balconista bufou, balançando a cabeça negativamente. – Bem, é naquele pensionato feminino que abriu aqui perto. Agora decidam quem das duas vai.
“Pensionato feminino?” – pensou Chorong. – Eu vou!
- Não! Pode deixar que eu vou!
- Como esperado de vocês! – Yookyung deu as costas e levou o papel até a cozinha, o entregando à chef responsável e retornando ao balcão. – Bem, vão as duas! O pedido é grande.
“Yes!” – ambas comemoraram internamente, e não demorou mais que cinco minutos para o pessoal da cozinha liberar o pedido, já devidamente embalado.
Pegaram as máquinas de cartão, ajeitaram as sacolas de papelão nas cestas de suas bicicletas e partiram para o endereço da pensão.
Chorong, como sempre, não era capaz de acompanhar a velocidade de Bomi pelas ruas. Ainda mais carregando tanto peso.
- Isso é comida para umas duzentas pessoas! – reclamou ofegante enquanto contornavam uma das praças do bairro.
- Acelera, unnie! Mas que saco! – Bomi gritou. – Faltam só três minutos!
- Nem vem que você tá levando coisa leve!
- Aish! Chincha? – Bomi resmungou e voltou, colocando quase todo o conteúdo da cesta de Chorong em sua própria. – Agora vamos!
Mas já era tarde. Estavam exatamente sete minutos atrasadas quando finalmente chegaram em frente ao prédio da pensão.
- Ferrou. – Bomi estava desolada.
- A esperança é a última que morre! – Chorong a tranquilizou, determinada.
– Ai, ai... Rei do Frango! – Bomi gritou no interfone, pressionando o botão.
Estavam tensas. Se a cliente não aceitasse realizar o pagamento, todo o valor seria descontado do salário de ambas.
- Já estou descendo! – respondeu a voz feminina do outro lado.
As duas descarregaram suas cestas e desceram de suas bicicletas, travando os pedais e aguardando apreensivas.
E quando a porta se abriu, ambas ficaram sem nenhuma reação.
- Vocês estão atrasadas, hehe. – disse a jovem em um sotaque engraçado, alisando sua franja e sorrindo como uma criança que acabara de ganhar um presente.
- Eu.. eu.. Quer dizer, nós...
Bomi gaguejou. Nunca havia visto alguém com um sorriso tão radiante antes. Sentiu-se nas nuvens, admirando um verdadeiro anjo.
- Mas não tem problema! – continuou a garota. – Obrigada pelo trabalho duro!
- Nós que... agradecemos. – completou Chorong, também admirada. – O total é ₩ 37.000.
- Tá caro, hein?! – ela falou brincando, e sorriu novamente. Bomi pode sentir seu coração perfurar seu peito com aquele simples gesto. – Naeun, desce aqui!
Ouviram barulho de passos se chocando contra o piso da escada e outra garota surgiu em frente à porta. Foi a vez de Chorong se encantar.
- Quando é pra pagar você me chama, dona Eunji? – a garota de longos cabelos negros brincou com a amiga, e entregou seu cartão de crédito a Chorong.
Desastrosamente, Bomi deu as sacolas para as duas garotas. Chorong retirou de sua mochila a máquina de crédito e estudou o cartão.
“Son Naeun”.
E aquele nome agora era a informação mais preciosa que detinha em sua vida.
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http://i24.photobucket.com/albums/c3/oldmanarmy/spring_chicken_hat1.jpg esse é o chapéu do Rei do Frango rs