Nagumo guardou os poemas depois disso. A tarde passou... Já era noite.

Ao lado da casa de Shirou e Atsuya havia uma casa em que já estava sem ser habitada um bom tempo, mas parece que alguém vai se mudar para lá.

E mais uma vez, Zoe e Kouji, voltaram do trabalho, mas...

– Shirou, Atsuya! - grita Zoe

Os meninos estavam no quarto e com os berros de sua mãe, acabam saindo para ver o que estava acontecendo.

– Mãe? O que foi? - pergunta Shirou. Atsuya estava ao seu lado.

– Eu e seu pai teremos de passar um mês fora agora meninos...

– Fala sério mãe... Vocês não cansam são? Por que nós, sim - pergunta Atsuya fitando sua mãe.

– É claro que sim Atsuya, mas não podemos fazer nada - responde Zoe - Bom, sairemos amanhã.

Ambos dos irmãos suspiram

– Tá certo... - fala Shirou em um tom calmo

Após isso Zoe foi para o quarto arrumar sua mala, Kouji estava no banho. Shirou e Atsuya estavam no sofá.

– Na boa Shirou, isso é cansativo...

– Como se eu não soubesse Atsuya. Mas é o trabalho deles e devemos entender isso.

– Eu sei...

– Hey, que tal fazermos o jantar?

– Boa idéia.

E eles foram. Fizeram o jantar enquanto seus pais arrumavam suas coisas. Depois da janta eles lavaram as louças. Há essa hora seus pais já estavam dormindo.

– E o que vamos fazer nesse ‘um mês’ que eles vão ficar fora?! - pergunta Atsuya enquanto pegava o último prato da mão de seu irmão.

– Sexo, é claro - fala Shirou

– O quê?! - vira-se rapidamente

Shirou dá uma risada.

– É brincadeira seu bobo - diz Shirou. Este vai de encontro à Atsuya e lhe dá um selinho - Na verdade eu nem sei. A gente tinha que fazer algum vestibular né?

– Também...

– Vamos dormir, estou com sono...

Depois de tudo acabado, hora de dormir. No outro dia bem cedo Zoe foi ao quarto dos meninos, Kouji também. Eles disseram que já estavam indo e mesmo com sono Shirou e Atsuya ouviram e desejaram-lhes boa viajem. Após isso eles deixaram a casa.

Hiroto não estava mais ficando com Liah, o que havia deixado Nagumo muito feliz. Estamos já na segunda semana de Maio.

Nagumo tinha enfim aceitado seus sentimentos por Hiroto.

E foi numa quarta-feira em que Hiroto estava na casa de Nagumo que...

– Hiroto... Eu... Posso te dizer uma... Coisa?

– Pode Nagumo, mas o que foi?

– É que... Eu... Eu gosto de você - cora

– Mas eu também gosto, afinal, somos amigos não é?!

– Sim, mas não é nesse sentido...

– Como assim?

– O que eu estou tentando te dizer é que eu... Eu amo você

– Você... O quê?!

– Te amo... - corado

– Isso é... - cora - E - errado, você sabe...

– Eu sei, mas... - aproxima-se dele e fala em seu ouvido, sussurrando - Eu realmente gosto de você, eu te amo

– Não! - grita Hiroto empurrando Nagumo para trás fazendo com que ele caísse à sua frente sentado - Seu imbecil! - sai correndo da casa dele.

Nagumo junta às pernas e coloca a cabeça nos joelhos como forma de apoio. Ele começava a chorar.

– E - eu... Fui... Rejeitado? - tentava dizer entre soluços

Hiroto em sua casa não sabia o que fazer, ele não queria isso, mas Nagumo o amava.

– Por quê? - perguntava a si.

Como eles iriam conviver no dia a dia agora?

Só o tempo dirá?

Sexta-feira, Suzuno estava na casa de seu amigo e Karina fazendo um bolo, mas...

– Essa não, acabou a farinha... Hiroto! - o grita

– Chamou mãe?!

– Veja se algum dos vizinhos tem farinha

– Quanto?

– Um pacote dá

Hiroto saindo de casa foi ver se alguém tinha farinha.

Ele pensou em passar na casa de Nagumo, mas não quis arriscar e foi para a casa de Shirou e Atsuya.

Ao chegar lá ele bate três vezes na porta, mas ninguém diz nada, ele então entra na casa, mas dá de cara com os gêmeos se beijando.

– O - o quê vocês... - ele não consegue terminar a frase.

Os gêmeos o encaram e param com o beijo.

– Eu volto depois... - diz Hiroto virando-se, mas é puxado por Shirou que fecha a porta e a tranca

– O que foi Hiroto? - pergunta Atsuya

– N - nada... Eu volto mais tarde...

– Fala logo! Que droga... - Atsuya estava perdendo a paciência com Hiroto

– T - tá, calma... - engole seco - Minha mãe tá fazendo um bolo e acabou a farinha... Tem aí?

– Tem sim, Atsuya, pega lá - diz Shirou

Atsuya foi então pegar a farinha e entregou-a a Hiroto.

Hiroto antes de sair olhou para os gêmeos e perguntou:

– Não se sentem mal fazendo isso?

– Na verdade não... - Shirou responde

– Mas, vocês são irmãos e são meninos também. Isso é errado...

– Amor é amor. Independente do sexo - Shirou disse isso e depois fitou Hiroto - Aonde quer chegar com essas perguntas?!

– É que...

– Ei garoto, ao menos leve a farinha para sua mãe, e depois volte aqui - disse Atsuya

– Tudo bem...

Hiroto deixou a casa dos gêmeos, foi para a sua deixar a farinha e depois voltou.

Ao entrar na casa ele viu os gêmeos se beijando de novo.

– Qual é vocês não cansam não?! - disse Hiroto fechando a aporta e fitando-os

Shirou e Atsuya apenas ficaram olhando Hiroto e depois disso os três sentaram no sofá.

– Isso é embaraçoso... - disse Hiroto

– Só você acha - falou Atsuya

– Tudo bem, tudo bem... Hiroto, qual é o problema? - diz Shirou fitando o garoto

– Nagumo... - complementa Hiroto

– Nagumo?! - os gêmeos perguntam sincronizados

– É que ele... Uhn, como é que se diz?...

– Gosta de você?! - pergunta Shirou

Hiroto não fala nada apenas acena a cabeça.

– Me deixa adivinhar - começa Atsuya - Você não tá nem aí pra ele, nem para o que ele sente em relação a você, não é mesmo Hiroto?

– Digamos que sim... Ele disse pra mim que me ama, mas eu não amo ele...

– Quando foi isso? - pergunta Shirou

– Quarta-feira - complementa Hiroto

- Acho que só o tempo vai decidir o que vai acontecer agora... - fala Atsuya

- O... Tempo? Mas por quê?!

- Só um palpite - Atsuya dá de ombros

- Hum... Tá... Eu vou pra... Pra minha casa. Valeu por me escutarem - sorri

- De nada Hiroto, precisando de alguma ajuda, pode vir aqui falar conosco.

- Certo. Tchau - sai da casa dos gêmeos e volta para a sua.

Os gêmeos se encararam.

- Só um palpite, né?! - fita Atsuya

- Você queria que eu falasse o quê?! Olha Hiroto, eu sei que você também gosta dele, mas não sente... Não podia dizer isso e você sabe.

- É, mas tudo bem. Ele vai descobrir isso cedo ou tarde.